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segunda-feira, 27 de janeiro de 2020

Posted: 27 Jan 2020 12:48 PM PST
A Aliança Empresarial para Acabar com a AIDS até 2030 é uma coalizão público-privada copatrocinada pelo UNAIDS e GBCHealth. Foto: UNAIDS
A Aliança Empresarial para Acabar com a AIDS até 2030 é uma coalizão público-privada copatrocinada pelo UNAIDS e GBCHealth. Foto: UNAIDS
A Aliança Empresarial para Acabar com a AIDS até 2030, uma coalizão público-privada patrocinada por Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS (UNAIDS) e a organização sem fins lucrativos GBCHealth, foi anunciada na quinta-feira (23) em Davos, na Suíça, paralelamente ao Encontro Anual do Fórum Econômico Mundial.
A iniciativa reúne empresas inovadoras para fortalecer a colaboração intersetorial, desenvolver valores em comum e criar espaços para uma colaboração efetiva. Sua meta é proporcionar às empresas as ferramentas necessárias e o suporte de parceiros do setor público para ajudar a alcançar o objetivo de acabar com a AIDS até 2030.
A indústria foi e continua sendo essencial para a resposta à AIDS, seja desafiando o estigma que cerca o HIV, ou construindo parcerias inovadoras entre empresas através de setores e implementando programas de diagnóstico, tratamento e prevenção dentro dos locais de trabalho e comunidades que os cercam.
Entretanto, esses modelos precisam operar em escala para preencher as lacunas de investimento e implementação necessárias para alcançar a meta de acabar com a AIDS até 2030.
“O setor privado tem um papel fundamental na resposta multissetorial ao HIV. Empresas devem garantir que seus funcionários, seus fornecedores e as comunidades recebam tratamento para HIV e programas de prevenção e cuidado. Juntos, podemos acabar com a AIDS até 2030”, disse a diretora-executiva do UNAIDS, Winnie Byanyima.
“Entendendo que um mundo livre da AIDS está para além do alcance de uma só empresa, manter as coisas como estão não vai nos ajudar a alcançar os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável, tampouco uma inovação vinda de apenas alguns precursores”, afirmou a presidente do Conselho da mineradora britânica Anglo American na África do Sul, Nolitha Fakude.
“Esse plano vai precisar de colaboração intersetorial, das redes de abastecimento e sistemas econômicos, assim como parcerias inovadoras com o governo e a sociedade civil. Nós, da Anglo American, estamos comprometidos a ser parte da Aliança Empresarial para Acabar com a AIDS até 2030, e estimulamos outras empresas a se juntar aos nossos esforços coletivos.”
“Empresas com pensamento inovador são necessárias para ajudar a desenvolver soluções holísticas e gestão de riscos. Estamos em uma encruzilhada. O futuro será determinado pelo que faremos hoje”, disse a presidente da GBCHealth, Nancy Wildfeir-Field.
A Aliança Empresarial para Acabar com a AIDS até 2030 funcionará como um veículo e uma voz coletiva para disseminar as melhores práticas através de plataformas públicas, suas companhias e suas respectivas redes de abastecimento.
Além disso, servirá como um órgão coletivo para ajudar a definir regulações e políticas para apoiar programas de prevenção e tratamento ao HIV e acabar com estigma e discriminação relacionados ao HIV.
 
Posted: 27 Jan 2020 12:15 PM PST
A edição deste ano será dedicada à biodiversidade, tema do Dia Mundial do Meio Ambiente 2020, 5 de junho. Imagem: ONU Meio Ambiente
A edição deste ano será dedicada à biodiversidade, tema do Dia Mundial do Meio Ambiente 2020, 5 de junho. Imagem: ONU Meio Ambiente
Aproveitando a força da arte para ampliar a conscientização ambiental e inspirar ações diretas, a 16ª edição da Bienal Internacional de Cartazes recebe inscrições até 15 de maio, convidando artistas do mundo todo a apresentar obras em seis categorias.
Nos últimos 30 anos, cerca de 70 mil pôsteres de cinco continentes foram submetidos para a exposição, que acontece na Cidade do México. O Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) é parceiro da Bienal desde 1990, patrocinando a categoria ambiental.
A edição deste ano será dedicada à biodiversidade, tema do Dia Mundial do Meio Ambiente 2020, 5 de junho.
Artistas de todo o mundo participam anualmente da Bienal Internacional de Cartazes, usando suas ferramentas e sua criatividade para descrever os desafios de nosso planeta.
Maja Zurawiecka, artista plástica da Polônia, usou uma imagem grotesca de uma mão humana decepada para retratar as ameaças à floresta nativa Białowieża, patrimônio mundial na fronteira entre seu país e a Bielorrússia.
“A mensagem do meu pôster era simples: não somos nada sem a natureza. Quando você corta uma árvore, é como se estivesse cortando sua própria mão. Você está tirando um pedaço da nossa vida neste planeta”, disse Zurawiecka, que conquistou o primeiro lugar na 14ª edição da competição.
Algumas das questões ambientais urgentes que os artistas abordaram incluem biodiversidade, poluição plástica, aquecimento global, economia verde e redução da pegada de carbono na indústria de alimentos.
Na última edição do concurso, 1.645 pôsteres foram submetidos à categoria ambiental. O designer chinês Yongkang Fu conquistou o primeiro lugar por sua peça “Living Space”, que evocou o impacto prejudicial da poluição plástica na vida marinha.
O PNUMA lembra que 2020 é um ano importante para o meio ambiente, quando ocorrem reuniões que devem definir a agenda de ações ambientais da próxima década, incluindo a 15ª reunião da Conferência das Partes (COP15) da Convenção sobre Diversidade Biológica, em Kunming, na China, e a Conferência das Nações Unidas sobre Mudança Climática, em Glasgow. A COP15 discutirá a ousada proposta de proteger 30% de toda a terra e mar do planeta.
Segundo um relatório histórico da Plataforma Intergovernamental de Políticas Científicas em Biodiversidade e Ecossistema (IPBES), divulgado em 2019, 1 milhão de espécies de plantas e animais estão em risco de extinção devido a alterações no uso da terra e do mar, à poluição, à mudança climática e à superexploração de recursos.
A saúde dos ecossistemas dos quais nós e todas as outras espécies dependemos está se deteriorando mais rápido do que nunca, de acordo com o ex-presidente do IPBES Robert Watson. Ele lembra que os seres humanos estão corroendo os próprios fundamentos de economias, meios de subsistência, segurança alimentar, saúde e qualidade de vida.
“Este ano, o tema da bienal é mais relevante do que nunca, pois estamos experimentando uma perda irreversível de biodiversidade em uma escala sem precedentes”, disse Leo Heileman, diretor regional do PNUMA para a América Latina e o Caribe. “Estamos muito orgulhosos de continuar esta parceria prolífica com a Bienal Internacional de Cartazes, que acontece na Cidade do México, um dos centros culturais mais vibrantes das Américas”.
“O cérebro leva apenas três segundos para guardar um bom cartaz na memória”, disse Xavier Bermúdez, diretor da Bienal desde a sua fundação. “A Bienal Internacional de Cartazes, em colaboração com o PNUMA, amplia a conscientização e inspira as pessoas a agir, mudando seus estilos de vida. Não basta gerar inquietação — um bom cartaz deve também motivar as pessoas a tomar medidas positivas”.
A escala da atual degradação da biodiversidade é incomparável; o relatório do IPBES alerta que mais de um terço de todos os mamíferos marinhos, mais de 40% das espécies de anfíbios e 10% dos insetos estão ameaçados.
“A mudança começa com a conscientização. Consciência de que não estamos sozinhos no planeta Terra. Consciência de que todas as nossas decisões e ações têm repercussões em outros seres humanos, animais e plantas”, disse Fatoumata Dravé, uma designer canadense que conquistou o segundo lugar na Bienal em 2016. Sua peça, intitulada “Toxicité”, tratou das consequências devastadoras da produção de alumínio na vida marinha.
“Sempre pensei na forma como designers gráficos podem contribuir e se manifestar sobre questões sociais”, acrescentou. “Aproveitei a oportunidade da Bienal para fazer um cartaz baseado nas pesquisas sobre biodiversidade com uma mensagem que poderia gerar um impacto”.
 
Posted: 27 Jan 2020 10:27 AM PST
Uma rosa é colocada nos trilhos de trem no Memorial e Museu Auschwitz-Birkenau, na Polônia. Foto: Unsplash/Albert Laurence
Uma rosa é colocada nos trilhos de trem no Memorial e Museu Auschwitz-Birkenau, na Polônia. Foto: Unsplash/Albert Laurence
Lembrando o 75º aniversário da libertação do campo de extermínio de Auschwitz-Birkenau e os 6 milhões de judeus e outros assassinados sob ordens nazistas durante o Holocausto, o secretário-geral da ONU, António Guterres, disse em uma cerimônia em Nova Iorque nesta segunda-feira (27) que o mundo deve se comprometer a impedir a repetição desses crimes.
“Nossa solidariedade diante do ódio é necessária hoje mais do que nunca, pois vemos um ressurgimento profundamente preocupante de ataques antissemitas em todo o mundo e, o que é inacreditável, também à nossa volta aqui em Nova Iorque”, disse ele no evento para o Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto.
Observando uma tendência crescente de crimes de ódio antissemita nos EUA, ele lembrou que, há menos de um mês, um ataque a faca feriu cinco em uma festa de Hannukah em Monsey e deixou quatro mortos em um supermercado kosher na vizinha Nova Jersey.
E ele disse que “a situação dos judeus na Europa é ainda pior”. Citando incidentes em Reino Unido, Alemanha e Itália, ele também observou que 2018 viu um salto de 74% nos ataques antissemitas na França.
“Existe uma crise global de ódio antissemita; um fluxo constante de ataques contra judeus, suas instituições e propriedades”, explicou o chefe da ONU.
Além disso, ele sustentou que o aumento do antissemitismo estava ligado a “um crescimento extremamente preocupante” de xenofobia, homofobia, discriminação e ódio em muitas partes do mundo, visando pessoas com base em sua raça, etnia, nacionalidade, religião, orientação sexual, deficiência e status migratório.

Normalização do ódio

Enquanto tropas do exército soviético ficaram atordoadas ao libertar Auschwitz, 75 anos atrás, hoje o mundo não deve desviar o olhar para os terríveis detalhes daquele campo de extermínio.
Guterres chamou de “nosso dever” continuar olhando, “aprendendo e reaprendendo as lições do Holocausto, para que este nunca se repita”.
“A lição mais importante é que o Holocausto foi o culminar de milênios de ódio, desde o Império Romano até os ataques pogroms da Idade Média”, continuou ele. “O meu país, Portugal, cometeu um ato de extrema crueldade e estupidez ao expulsar sua população judaica no final do século 15.”
E ele enfatizou que décadas antes da ascensão de Hitler ao poder, os judeus da Europa Oriental já tinham sido enviados para a ilha africana de Madagascar.
Ao recontar sua visita a Yad Vashem, há dois anos, o chefe da ONU disse ter ficado horrorizado ao observar “a capacidade do antissemitismo de se reinventar e de ressurgir ao longo dos milênios”. “Toma novas formas; pode ser disseminado por novas técnicas; mas é o mesmo velho ódio”, disse ele.
Ele ressaltou que milhões de pessoas foram dessensibilizadas pelos crimes contra a humanidade que aconteciam ao seu redor, alertando: “nunca podemos baixar a guarda”.
O Holocausto foi “uma operação complexa decorrente de preconceitos de longa data” com uma corrupção social de ampla extensão, da linguagem à educação e ao discurso político, explicou o chefe da ONU.
Ele pediu a todos que examinem seus próprios preconceitos, “protegendo-se contra o uso indevido de nossa própria tecnologia e ficando atentos a qualquer sinal de que o ódio esteja sendo normalizado”.

Combatendo os preconceitos

Quando qualquer grupo de pessoas é definido como um problema, “fica mais fácil cometer abusos de direitos humanos e normalizar a discriminação contra elas”, disse Guterres.
O combate ao preconceito requer uma liderança que promova a coesão social e lide com as causas do ódio.
Um objetivo primordial da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável é promover os direitos humanos e combater a discriminação e o ódio.
“A Década de Ação que lancei na semana passada visa aumentar o apoio aos países do mundo inteiro para construir sociedades inclusivas, diversas e respeitosas, que proporcionem vidas dignas e oportunidades para todos”, concluiu o secretário-geral.

Promova a paz

Por sua parte, o presidente da Assembleia Geral da ONU, Tijjani Muhammad-Bande, chamou o Holocausto de “o genocídio mais horrível da história da humanidade”.
Observando os relatos arrepiantes dos sobreviventes, ele enfatizou a necessidade de fazer mais para garantir uma “comunidade global inclusiva, pacífica e harmoniosa que incentive a unidade na diversidade”.
“Eles devem nos lembrar da constante necessidade de estarmos vigilantes, promovendo coletivamente esforços que desencorajem slogans e discursos de ódio, incluindo outros vícios intoleráveis ​​que alimentam a discriminação, a xenofobia e outros preconceitos”, disse Muhammad-Bande.
Assinalando que os jovens de hoje serão os líderes de amanhã, ele enfatizou a necessidade de educar os jovens sobre esse e todos os crimes hediondos para garantir que as “atrocidades do Holocausto não se repitam”.
Em sua mensagem do dia, a alta-comissária das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Michelle Bachelet, destacou que a ONU foi estabelecida em resposta à “desumanização assassina e ao ódio propagado pelo regime nazista” durante a Segunda Guerra Mundial, para reconstruir um “mundo de justiça e paz”.
“Mas hoje”, lamentou, “as pessoas que são vistas como diferentes estão enfrentando muitas formas de ódio, com até mesmo líderes (globais) alimentando discriminação ou violência contra judeus, muçulmanos, migrantes ou outros membros de comunidades minoritárias”.
Bachelet ressaltou que a humanidade não deve voltar a “essa mentalidade injusta e cruel”.
O alto-comissária elogiou “as mulheres, homens e jovens de todo o mundo que demonstram sua coragem, empatia e princípio ao defender a tolerância e os direitos humanos diante dos esforços para desumanizar e demonizar as pessoas”.
Ela disse que uma educação em direitos humanos não apenas garante que esses princípios universais e as lições da história sejam absorvidas, mas também capacita as pessoas a responsabilizarem seus governos.
 
Posted: 27 Jan 2020 09:18 AM PST
Vista aérea da cidade de Teresópolis (RJ). Foto: Prefeitura de TeresópolisVista aérea da cidade de Teresópolis (RJ). Foto: Prefeitura de Teresópolis
Vista aérea da cidade de Teresópolis (RJ). Foto: Prefeitura de Teresópolis
Representantes das administrações municipais, da sociedade civil organizada e do setor privado das cidades fluminenses de Cachoeiras de Macacu, Itaboraí e Maricá reúnem-se em Teresópolis (RJ) até sexta-feira (31) para o Programa Presencial de Capacitação em Territorialização dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável – ODS.
O curso faz parte da segunda etapa do projeto de cooperação técnica Territorialização e Aceleração dos ODS, implementado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) em parceria com a Petrobras. O encontro reunirá 36 pessoas, 12 de cada cidade, ao longo de cinco dias.
Durante o curso, os participantes terão palestras com especialistas no tema, discutirão sobre a análise de indicadores municipais para monitorar o desenvolvimento, farão o mapeamento de atores locais para a construção de parcerias e identificarão políticas e programas para acelerar o desenvolvimento local.
O compartilhamento de projetos e boas práticas, além da análise dos planos plurianuais dos municípios e ações para captação de recursos, também fará parte da formação. Ao término do curso, os participantes serão instruídos a elaborar um plano de trabalho com dez atividades a serem desenvolvidas em 2020, com o apoio técnico de consultores do PNUD. O objetivo é formar um grupo de multiplicadores dos ODS na região.
Para a segunda fase do projeto, foram selecionados 28 municípios, em diferentes regiões do país. Ao longo de 2020, o público-alvo dessas cidades participará do curso e promoverá atividades alinhadas com a implementação da Agenda 2030 e dos ODS.
Com a participação de representantes de diferentes setores da sociedade, o projeto tem o objetivo de formar multiplicadores nas cidades atendidas pela inciativa, de forma a impactar, no longo prazo, o desenvolvimento sustentável local.
“Em 2019, o foco estava nos diagnósticos e cursos introdutórios de nivelamento inicial das informações sobre a Agenda 2030, os ODS e sua relevância para os atores municipais no Brasil. Já no segundo ano, temos como objetivo a formação de uma base de multiplicadores capazes de repassar o conhecimento adquirido para seus colegas e parceiros e elaborar propostas de projetos e soluções inovadoras para os desafios no seu ambiente e, assim, contribuir com o alcance dos ODS”, afirmou a assessora para Desenvolvimento Territorial do PNUD, Ieva Lazareviciute.
“Por isso, o curso tem sessões teóricas intercaladas por muitas atividades práticas, incluindo exercícios, debates e momentos de aprendizado com os colegas. Acreditamos que a experiência e os conteúdos trabalhados ajudarão a fortalecer gestores locais e a estabelecer parcerias entre os setores público e privado para uma colaboração benéfica aos municípios engajados.”

Projeto

Iniciado em 2019, o projeto Territorialização e Aceleração dos ODS já capacitou mais de 2.300 gestores públicos, representantes da sociedade civil e do setor privado dos 116 municípios atendidos pela iniciativa, por meio de um curso online.
Ao longo de dois meses, no segundo semestre de 2019, alunas e alunos aprofundaram os conhecimentos sobre desenvolvimento territorial, alinhamento do planejamento local aos ODS, principais fontes de informação sobre o tema e monitoramento de metas. A quem completou o curso foram fornecidos certificados de participação.
Também em 2019, o PNUD realizou amplo trabalho de consolidação de indicadores dos 116 municípios participantes do projeto para gerar os Diagnósticos Situacionais ODS, documentos que mostrarão aos governos municipais e à sociedade civil o grau de alinhamento dos índices de desenvolvimento local às 169 metas da Agenda 2030.
Paralelamente, também foram elaboradas Avaliações Integradas Rápidas (RIAs) de alinhamento dos 116 Planos Plurianuais aos ODS. Esses documentos analíticos serão entregues e discutidos com todos os municípios ao longo do primeiro semestre de 2020.
 
Posted: 27 Jan 2020 09:00 AM PST
Manifestação em Buenos Aires, na Argentina, pelo fim da violência contra as mulheres. Participante exibe cartaz com o lema #NiUnaMenos. Foto: Flickr (CC)/Colectivo La Luz
As vice-presidentas da Colômbia, Marta Lucía Ramírez, e da Costa Rica, Epsy Campbell; o vice-presidente de El Salvador, Félix Ulloa, e dezenas de ministras e altas autoridades de órgãos de políticas para as mulheres participarão da 14ª Conferência Regional sobre a Mulher, que acontece até sexta-feira (31) na sede da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL), em Santiago, no Chile. Trata-se do principal fórum inter-governamental sobre os direitos das mulheres e a igualdade de gênero na região.
O encontro é organizado pela CEPAL com apoio da ONU Mulheres. Tem como tema central a autonomia das mulheres em cenários econômicos em mudança.
A abertura da conferência ocorrerá na terça-feira (28), às 14h30, com exposições da ministra da Mulher e da Igualdade de Gênero do Chile, Isabel Plá; da secretária-executiva da CEPAL, Alicia Bárcena; da diretora executiva-adjunta da ONU Mulheres, Åsa Regnér; da subsecretária de Relações Exteriores do Chile, Carolina Valdivia; da diretora do Instituto Nacional das Mulheres (INMUJERES) do Uruguai, Mariella Mazzotti; e da coordenadora-residente do Sistema das Nações Unidas no Chile, Silvia Rucks. São aguardadas representantes de organizações da sociedade civil, universidades, organismos inter-governamentais e do Sistema das Nações Unidas, entre outras personalidades.
A Conferência Regional sobre a Mulher da América Latina e Caribe é um órgão subsidiário da CEPAL. É convocada regularmente desde 1977 para identificar a situação regional e subregional a respeito da autonomia e dos direitos das mulheres, apresentar recomendações em termos de políticas públicas de igualdade de gênero e realizar avaliações periódicas das atividades voltadas ao cumprimento dos acordos regionais e internacionais. As últimas edições aconteceram em Montevidéu (2016), Santo Domingo (2013), Brasília (2010) e Quito (2007).
Na conferência em Santiago, Alicia Bárcena apresentará o documento “A autonomia das mulheres em cenários econômicos em mudança”, para estimular os debates das delegações. O programa da conferência é composto por seis painéis, uma sessão especial, uma mesa-redonda e mais de 30 eventos paralelos.
Entre os destaques, estão painel de alto nível sobre a Estratégia de Montevidéu para a Implementação da Agenda Regional de Gênero no Marco do Desenvolvimento Sustentável até 2030, adotada em 2016, durante la 13ª Conferência Regional; sessão especial sobre o 25º aniversário da Declaração e Plataforma de Ação de Pequim (Pequim+25); e mesa-redonda sobre os desafios das políticas integrais para a igualdade de gênero.
Estão programados painéis temáticos sobre globalização e igualdade de gênero, revolução digital, economia do cuidado e mudança climática. Ao final, acontecerá uma sessão plenária para consideração e aprovação dos acordos da conferência.
O evento será transmitido ao vivo em: www.cepal.org
 
Posted: 27 Jan 2020 08:48 AM PST
Funcionários usam máscaras no Aeroporto Internacional de Chengdu Shuangliu, na China. Foto: ONU/Jing Zhang
Funcionários usam máscaras no Aeroporto Internacional de Chengdu Shuangliu, na China. Foto: ONU/Jing Zhang
A diretora da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), Carissa Etienne, instou na sexta-feira (24) os países da região das Américas a estarem preparados para detectar, isolar e cuidar precocemente de pacientes infectados com o novo coronavírus, dada a possibilidade de receberem viajantes de países onde há transmissão do vírus.
“Os serviços de saúde têm que estar preparados, pois provavelmente serão o ponto de entrada onde casos do novo coronavírus serão detectados, como aconteceu em epidemias anteriores”, afirmou Etienne. “A OPAS está pronta para apoiá-los. A detecção precoce de casos pode impedir a propagação da doença”, disse a diretora durante uma sessão de informações para embaixadores na Organização dos Estados Americanos (OEA), em Washington, Estados Unidos.
Mais de 2,7 mil casos foram confirmados na China, e 80 pessoas morreram, incluindo um médico de 62 anos em um hospital em Wuhan que contraiu o vírus de um paciente, de acordo com a imprensa internacional.
Por esse motivo, Etienne enfatizou a importância de informar e capacitar trabalhadores de saúde na região das Américas e promover entre eles o uso de equipamentos de prevenção de infecções para protegê-los de qualquer doença.
A diretora da OPAS mencionou que a Organização ativou seu sistema de manejo de incidentes, já que desde o início de janeiro tem compartilhado informações com os Ministérios da Saúde por meio dos canais do Regulamento Sanitário Internacional (RSI) e de seus representantes nos países. Etienne também manifestou que continuará atualizando informações sobre o que os países podem fazer para responder de forma efetiva a este novo vírus, ainda cercado de incertezas.
Nos dias 22 e 23 de janeiro, o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, convocou o Comitê de Emergência para avaliar se o surto na China constitui uma emergência de saúde pública de interesse internacional. O diretor-geral da OMS decidiu não declarar uma emergência de saúde pública no momento. No entanto, disse que se trata de uma emergência na China e que o surto representa um alto risco em níveis regional e global.
“O fato de a OMS não ter declarado emergência não significa que não estamos enfrentando um grande desafio na saúde pública”, alegou o vice-diretor da OPAS, Jarbas Barbosa. “Com a globalização e as viagens internacionais, não é inesperado que os países da Região possam receber pessoas com o vírus”, disse, esclarecendo que “ter um caso importado não é o mesmo que ter transmissão local ou sustentada em um país”.
O diretor do Departamento de Emergências da OPAS, Ciro Ugarte, enfatizou que a vigilância epidemiológica para a detecção precoce de casos, bem como o manejo de pacientes com equipamentos de proteção adequados, podem limitar a transmissão de pessoa para pessoa, reduzir a possibilidade de que casos secundários ocorram e impedem a propagação da doença.
“A natureza do 2019-nCoV é muito semelhante à da gripe e os sintomas são semelhantes aos da SARS (síndrome respiratória aguda grave): febre, tosse, falta de ar e pneumonia”, disse Ugarte. Ele acrescentou que o tratamento para o novo coronavírus ainda é desconhecido e que não há vacina disponível.
 
Posted: 27 Jan 2020 07:14 AM PST
Secretário-geral da ONU, António Guterres, discursa durante evento em sinagoga de Nova Iorque em outubro de 2018. Foto: ONU/Rick Bajornas
Secretário-geral da ONU, António Guterres, discursa durante evento em sinagoga de Nova Iorque em outubro de 2018. Foto: ONU/Rick Bajornas
No contexto de um fluxo constante de ataques contra judeus, suas instituições e propriedades, o secretário-geral da ONU, António Guterres, alertou no sábado (25) para uma crise global de ódio antissemita.
Enquanto vemos um ressurgimento profundamente preocupante de ataques antissemitas em todo o mundo, “a solidariedade diante do ódio é hoje mais necessária do que nunca”, disse o chefe da ONU em uma cerimônia anual de lembrança do Holocausto na histórica sinagoga de Park East, em Nova Iorque.
Ele refletiu sobre o ressurgimento de neonazistas e supremacistas brancos espalhando ideologia venenosa e memes online que “envenenam mentes jovens”.
Enquanto o mundo se revolta com os horríveis detalhes dos campos de extermínio de Auschwitz, Guterres sustentou que todos devem olhar, aprender e reaprender as lições do Holocausto, para que nunca se repitam.
Ele disse que, uma vez que o preconceito e o ódio prosperam na insegurança, expectativas frustradas, ignorância e ressentimento, é necessária uma liderança que promova a coesão social e lide com as raízes do ódio, em todos os níveis.
Um investimento de todas as partes da sociedade para erradicar o crescente antissemitismo pode ser feito e realizado com um espírito de respeito mútuo, observou Guterres.

Libertação de Auschwitz

Na véspera do Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto, nesta segunda-feira (27), a ONU lançou uma pungente exposição fotográfica sobre os 75 anos da libertação de Auschwitz-Birkenau, o maior campo de extermínio nazista.
Estima-se que mais de 1,1 milhão de pessoas tenham sido assassinadas naquele único campo na Polônia ocupada, nove em cada dez eram judeus.
Hoje, a ação coletiva contra o antissemitismo e outras formas de preconceito continua sendo importante para a dignidade e os direitos humanos de todas as pessoas em todos os lugares.

Mensagem da UNESCO

Em mensagem para a data, a diretora-geral da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), Audrey Azoulay, lembrou que, 75 anos atrás, a centésima e a tricentésima vigésima segunda divisões do exército soviético “Primeiro Fronte Ucraniano” alcançaram o campo de concentração e extermínio de Auschwitz-Birkenau, cujos nomes simbolizam a barbárie de centros de execução e campos de concentração.
Quase 1 milhão de homens, mulheres e crianças foram mortos porque eram judeus, a maioria assim que chegavam lá. Milhares de ciganos, prisioneiros de guerra soviéticos, oponentes políticos e outras pessoas perseguidas foram presas lá ou lá morreram. No total, os nazistas assassinaram 1 milhão e 100 mil pessoas em Auschwitz-Birkenau.
Birkenau, com seu sistema industrializado de matança, representa o ápice da iniciativa criminosa nazista. Em nome da ideologia racista e antissemita, pessoas de todas as idades foram consideradas indignas para viver e foram sistematicamente assassinadas em escala continental.
“Para estas vítimas sem enterro, para quem o esquecimento seria uma segunda condenação, a UNESCO deseja prestar tributo neste dia. Primeiro, através do indispensável trabalho de lembrar e, segundo, através do comprometimento de agir. É, portanto, nosso dever lutar contra discursos, onde quer que sejam feitos, que busquem negar a existência do Holocausto, minimizar sua escala ou tentem absolver os assassinos e seus cúmplices dos crimes”, declarou a chefe da UNESCO.
Segundo ela, é também nosso dever, aqui e agora, prevenir o ressurgimento do genocídio e da violência em massa, porque embora os nazistas tenham sido derrotados, nem o antissemitismo nem o racismo morreram. Eles continuam tirando vidas, minorias continuam sendo discriminadas e perseguidas por suas religiões, origem ou cultura e populações civis continuam a ser vítimas de crimes de guerra, crimes contra a humanidade e genocídio, lembrou.
“É precisamente o papel da UNESCO fazer todo o esforço para aumentar a conscientização pública, fortalecer as defesas intelectuais e, numa palavra, educar – porque as pessoas não nascem antissemitas nem racistas, elas se tornam assim.”
“É nosso dever coletivo responder vigorosamente contra a manipulação da cultura e a instrumentalização da educação, que é muito mal utilizada para doutrinar ou incitar o ódio, e promover o conhecimento sobre outras culturas e fortalecer o pensamento crítico e o respeito mútuo.”
Prevenir dano irreparável, preparar as novas gerações para um futuro mais seguro e pacífico – esta é a missão confiada à UNESCO há 70 anos e que continua, mais do que nunca, a nos inspirar, disse Azoulay.
 

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