Após a inglória e vergonhosa cena do então secretário de Cultura usando trecho de discurso de ministro nazista, ao som da ópera favorita de Hitler, o destino da Secretaria de Cultura do governo Bolsonaro está em aberto.
Roberto Alvim foi demitido na própria sexta-feira (17), como avisei em nossa última newsletter. O presidente convidou a atriz Regina Duarte, fã dele, para ocupar a vaga. Mas Regina disse que precisa pensar, e um encontro entre os dois deve conferir o tom dos próximos passos para a secretaria.
O que já dá para cravar é: a saída de Alvim não significa o fim da cruzada na Cultura contra o "esquerdismo". Texto da editora Grasielle Castro aponta que o enaltecimento do conservadorismo e do ultranacionalismo deve continuar a tônica das políticas culturais do próximo secretário, seja ele quem for.
A retórica nazista no vídeo de Alvim não foi um problema, a princípio, para Jair Bolsonaro. Mesmo quando a repercussão negativa estava a todo vapor na sexta, ele chegou a dizer que o "barulho" era "coisa de esquerda".
A crise mudou de figura pela reação da comunidade judaica, aliada de Bolsonaro, e especialmente do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP). Ele é judeu e pediu a cabeça de Alvim.
O HuffPost vai continuar em alerta nesta semana para novidades na pasta de Cultura no governo.
Boa semana.
Diego Iraheta
Editor Chefe HuffPost Brasil
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