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Boletim diário da ONU Brasil: “Faces do Refúgio: série fotográfica da ONU aborda deslocamento forçado no mundo” e 10 outros.
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qui, 26 de jul 18:40 (Há 18 horas)
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Posted: 26 Jul 2018 02:28 PM PDT
SUDÃO DO SUL/2014 — Um ano após a eclosão dos conflitos no Sudão do Sul, crianças sul-sudanesas refugiadas se divertem em um brinquedo instalado por uma organização parceira do ACNUR no centro de transição Nyumanzi, norte de Uganda. Foto: ACNUR/Frederic Noy
A cada três segundos, alguém, em algum lugar no mundo, é obrigado a deixar sua casa para trás. Segundo a Agência da ONU para Refugiados ( ACNUR), 68,5 milhões de pessoas vivem longe de seus locais de origem devido a guerras, conflitos e perseguições. Para conscientizar a população brasileira sobre os desafios que esses indivíduos enfrentam, o organismo internacional promove a exposição itinerante Faces do Refúgio.
A mostra fotográfica traz histórias de crianças, homens e mulheres que sonham com um novo começo, longe de confrontos armados e violações rotineiras de seus direitos. Com curadoria do ACNUR em parceria com o Atelier Vanessa Poitena, a série foi exibida em São Paulo nos meses de junho e julho. Confira algumas das imagens que fazem parte do catálogo:
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Posted: 26 Jul 2018 02:02 PM PDT
Sala São Paulo. Foto: Governo do Estado de São Paulo
Nesta quinta-feira (26), brasileiros e pessoas de lugares tão diferentes quanto a Síria, a Costa do Marfim e a Venezuela serão unidas pela linguagem universal da música. Refugiados e migrantes foram convidados a assistir gratuitamente à apresentação da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo (OSESP). Evento acontece na Sala São Paulo, na capital paulista, e integra a programação oficial do 49º Festival Internacional de Inverno de Campos do Jordão, o mais prestigiado festival de música erudita do Brasil.
O concerto também celebrará um encontro de nacionalidades entre seus convidados especiais: o maestro inglês Alexander Shelley, o violinista italiano Emmanuele Baldini e seu homólogo brasileiro, Davi Graton. No programa, estão obras do compositor russo naturalizado alemão Alfred Schnittke (1934-1998), além de composições dos consagrados Johannes Brahms (1833-1897) e Richard Strauss (1864-1949).
A ação é fruto de uma parceria entre a Fundação OSESP e o Projeto Meu Amigo Refugiado, da ONG Migraflix, que conta com o apoio da Agência da ONU para Refugiados (ACNUR). A instituição não governamental reúne refugiados e famílias locais em datas e ocasiões especiais para que possam compartilhar suas culturas e histórias de vida.
Criada em 2016, a Migraflix atende refugiados e imigrantes da América Latina, África e Oriente Médio. Desde a primeira edição do seu projeto para reunir estrangeiros e nativos, no Natal de 2017, 6 mil famílias brasileiras aderiram à campanha. Em 2018, foram realizados encontros em abril, na Páscoa, em junho, no Ramadã, e também nos jogos do Brasil na Copa do Mundo da Rússia.
ServiçoConcerto: “OSESP no Festival de Campos do Jordão” Programa (sujeito a alterações): “Moz-Art à la Haydn” (Alfred Schnittke); “Variações Sobre um Tema de Haydn, Op.56ª” (Johannes Brahms); Uma Vida de Herói, Op. 40 (Richard Strauss) Data: 26/07 às 20h30 Local: Sala São Paulo Praça Júlio Prestes, 16 – Campos Elíseos, São Paulo.
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Posted: 26 Jul 2018 01:40 PM PDT
Maitê Gadelha, presidente da IFMSA Brazil e Jaime Nadal, representante do UNFPA no Brasil. Foto: UNFPA
O Fundo de População das Nações Unidas ( UNFPA) e a Federação Internacional das Associações dos Estudantes de Medicina do Brasil (IFMSA Brazil) firmaram na quarta-feira (25) uma parceria para sensibilizar universitários e promover os direitos humanos. A cooperação entre as instituições promoverá eventos, ações de conscientização e distribuição de materiais informativos, além de estágios no escritório da agência da ONU, em Brasília.
“Consideramos que a promoção da saúde pública precisa do comprometimento e do engajamento ativo dos estudantes. Por isso, é importante que os futuros profissionais da saúde conheçam e promovam os marcos e princípios internacionais de direitos humanos e de desenvolvimento, tendo em vista as metas e agendas acordadas pelas Nações Unidas. Essas metas destacam a necessidade de não deixar ninguém para trás e de alcançar primeiro os mais vulneráveis”, afirma o representante do UNFPA no Brasil, Jaime Nadal.
O termo de cooperação também prevê apoio do UNFPA a estágios de curta duração, de duas a quatro semanas, para estudantes de medicina, que terão a oportunidade de acompanhar as atividades do escritório da agência, em Brasília. Maitê Gadelha, presidente da IFMSA Brazil, diz que o estágio permitirá aos universitários ampliar os horizontes de atuação profissional, além de entrar em contato com o contexto nacional e mundial.
Presente em mais de 130 países, a IFSMA trabalha com a promoção de intercâmbios e com a realização de ações sociais e ativismo nas áreas de saúde pública, saúde sexual e reprodutiva, incluindo AIDS e HIV, direitos humanos e educação médica. Com a parceria, a federação e o UNFPA pretendem realizar iniciativas de educação de estudantes sobre temas de interesse comum, como planejamento familiar e prevenção de infecções sexualmente transmissíveis.
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Posted: 26 Jul 2018 12:44 PM PDT
Confrontos na Síria deixaram a maior parte do país em ruínas. Foto: ACNUR/Susan Schulman
O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, condenou veementemente nesta quinta-feira (26) os atentados suicidas ocorridos na cidade de Sueida, localizada no sudoeste do país e controlada pelo governo sírio, e que deixaram centenas de mortos e feridos.
De acordo com a imprensa internacional, os ataques foram reivindicados pelo grupo terrorista Estado Islâmico, ou Da’esh, que defende território na região após uma ampla ofensiva do governo.
“Ele está chocado com o total desrespeito pela vida humana exibido pelo Estado Islâmico”, disse o porta-voz da ONU, Stéphane Dujarric, ressaltando que “os responsáveis pelos ataques devem ser responsabilizados”.
O secretário-geral da ONU enviou suas condolências às famílias das vítimas e desejou rápida recuperação aos feridos.
O coordenador humanitário da ONU para a região, Ali al-Za’tari, pediu melhor “proteção de civis e da infraestrutura civil e que eles sejam poupados da violência e do conflito onde quer que estiverem” no país devastado pela guerra.
Staffan de Mistura, enviado especial da ONU para a Síria que está tentando levar as partes em conflito para a mesa de negociação, atualizou o Conselho de Segurança na quarta-feira (25) em Genebra sobre a situação política e humanitária no país.
Agência da ONU alerta para necessidade de assistência a desabrigados
Depois de um ataque do governo às áreas controladas pela oposição na Síria, estima-se que 140 mil pessoas no sudoeste do país permaneçam desabrigadas e precisem de ajuda, disse a Agência das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) na sexta-feira (20), pedindo acesso contínuo às comunidades deslocadas.
“Um novo aumento de assistência é necessário e o ACNUR continua defendendo o acesso sustentado de agentes humanitários”, disse o porta-voz do ACNUR, Andrej Mahecic, a jornalistas em Genebra, explicando que a ONU e outros parceiros conseguiram alcançar dezenas de milhares de civis.
Durante os primeiros seis meses deste ano, em meio a contínuos combates e novos deslocamentos, estima-se que cerca de 13 mil refugiados de países vizinhos e outros 750 mil deslocados internos tenham retornado a Alepo, Homs, Hama, Damasco, no oeste e nordeste da Síria.
Mahecic lembrou que as Nações Unidas continuaram a melhorar sua resposta humanitária aos deslocados internos, retornados e outras comunidades afetadas pela crise.
“Em antecipação e reconhecimento dessa dinâmica, o ACNUR ampliou sua capacidade dentro da Síria já em 2017 para apoiar refugiados e deslocados internos que voltam espontaneamente”, afirmou.
Em reconhecimento ao anúncio de uma iniciativa conjunta sírio-russa para estabelecer um centro de refugiados na Síria para ajudar aqueles que desejam voltar para casa, o ACNUR disse que, embora ainda não tenha visto nenhum detalhe do plano, está pronto para discussões com os dois governos. A agência também disse estar preparada para trabalhar com as autoridades no sentido de encontrar soluções que atendam os padrões internacionais de refugiados e direitos humanos.
“Os refugiados sempre têm o direito de voltar”, ressaltou Mahecic, acrescentando que eles não devem ser pressionados, apressados ou prematuramente forçados a deixar os países onde encontraram abrigo.
“O ACNUR ressalta que qualquer plano que vise permitir que os refugiados exerçam esse direito deve estar alinhado com os padrões internacionais — o que significa que os retornos devem ser voluntários, precisam ocorrer em condições seguras e dignas e precisam ser sustentáveis”, declarou.
Em seu oitavo ano, o conflito sírio continua cobrando um pedágio terrível para os civis do país. Mais da metade da população foi forçada a sair de suas casas e muitos foram deslocados várias vezes.
Famílias deslocadas da cidade de Quneitra, sudoeste da Síria, buscam abrigo em áreas e campos abertos. A estimativa é de que 140 mil pessoas estejam deslocadas na região. Foto: UNICEF/Alaa Al-Faqir
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Posted: 26 Jul 2018 11:51 AM PDT
Jovem palestina no bairro de Shejaiya, na Cidade de Gaza. Foto: UNICEF
Ao longo dos últimos 30 dias, militantes do Hamas e outras entidades dispararam 283 foguetes contra território israelense. Israel lançou 189 mísseis no enclave, onde nove palestinos, incluindo sete crianças, foram mortos pelas Forças de Defesa Israelenses (IDF). Os números foram divulgados na terça-feira (24), no Conselho de Segurança, pelo enviado especial da ONU, Nickolay Mladenov.
Em Gaza, mais de mil pessoas ficaram feridas por conta de operações das autoridades israelenses para responder a protestos e confrontos. Israel também realizou ataques aéreos contra a Faixa. Um soldado israelense foi morto a tiro. Outro oficial e mais quatro civis, também israelenses, foram moderadamente feridos.
Segundo Mladenov, os números da violência e os incidentes entre os dois lados do conflito marcam uma das piores crises desde a guerra de 2014. “No último sábado, estávamos a minutos de mais um confronto devastador entre Israel e o Hamas em Gaza”, afirmou.
“Em um período de apenas 24 horas, de 14 para 15 de julho, militantes dispararam cerca de 220 foguetes e morteiros de Gaza em direção a Israel. Um foguete atingiu diretamente uma casa e feriu quatro pessoas. Outros aterrissaram no piso de uma sinagoga e próximo a um parque para crianças em Sderot. A IDF disparou 90 mísseis e granadas de artilharia na direção do que disse ser alvos militares, ferindo pelo menos 25 palestinos e matando dois adolescentes no centro altamente povoado da Cidade de Gaza”, acrescentou o enviado.
De acordo com o comissário, Israel também destruiu um túnel que conectava Gaza ao país. Uma operação semelhante foi conduzida pelo Egito, que eliminou uma passagem entre o enclave palestino e o Sinai.
Gaza: serviços essenciais estão prestes a ser interrompidos devido à falta de combustível
Na Cisjordânia ocupada, lembrou o enviado da ONU, um adolescente palestino foi morto pela IDF durante uma incursão de busca e apreensão. Outros 25 palestinos e três soldados israelenses ficaram feridos em diferentes ocorrências no decorrer do último mês.
Mladenov conversou com facções palestinas na semana passada (15) e pediu o fim de incidentes ao longo da cerca de Gaza, bem como a suspensão do disparo de foguetes e do uso de pipas e balões incendiários. Em diálogo com as autoridades israelenses, o dirigente cobrou a reabertura de pontos de passagem na fronteira, fechados neste mês (16) por decisão de Israel, amplamente criticada por deixar o enclave sem combustível e outros suprimentos. O enviado solicitou ainda a interrupção dos bombardeios israelenses, sobretudo em áreas povoadas.
Bloqueio agrava crise humanitária em Gaza
Em pronunciamento na véspera, o alto-comissário da ONU para os Direitos Humanos, Zeid Ra’ad Al Hussein, expressou “preocupações agudas” com a escalada de violência. “Lembro todas as partes de que qualquer uso desproporcional ou indiscriminado de armamento, que leve à morte ou ferimento de civis, é proibido pelo direito internacional humanitário”, afirmou o dirigente em reunião do Comitê sobre o Exercício dos Direitos Inalienáveis do Povo Palestino.
Embora a ONU e o Egito tenham empreendido esforços diplomáticos para manter um cessar-fogo entre Israel e Gaza, Al Hussein ressaltou que a conjuntura continua seriamente frágil.
Os confrontos se somam à “extrema crise humanitária” vivida pelos palestinos em Gaza, disse ainda o alto-comissário. Em sua avaliação, as precárias condições de vida no enclave — que incluem desemprego e pobreza em ascensão e dependência de doações alimentícias — tendem a piorar, principalmente por causa dos cortes orçamentários enfrentados pela Agência da ONU para Refugiados da Palestina (UNRWA).
Violações de direitos humanos
Al Hussein lembrou “os assassinatos chocantes” de manifestantes, entre eles, crianças, durante os protestos da Grande Marcha do Retorno, em março último. Para o alto-comissário, será “essencial” que as autoridades cooperem com a comissão de inquérito independente, criada pelo Conselho de Direitos Humanos da ONU para investigar as mortes e outras violações. O dirigente explicou que, embora Israel tenha mecanismos para responsabilizar os autores dos crimes, existem “sérias preocupações” quanto à imparcialidade das suas instituições.
O chefe de Direitos Humanos da ONU alertou ainda para a adoção em julho da Lei Básica do Estado-Nação, que “fundamenta uma discriminação inerente contra comunidades não judias, principalmente os cidadãos árabes de Israel e os residentes de Jerusalém Oriental, ocupada”. Em sua avaliação, Al Hussein acredita que o texto pode “inflamar ainda mais as tensões”.
O alto-comissário criticou o fato de que a construção e o planejamento de novos assentamentos israelenses prosseguem “sem cessar” na Cisjordânia, incluindo na região leste de Jerusalém. “Desde o início de 2018, ataques de colonos aos palestinos atingiram a média mensal mais alta dos últimos três anos”, ressaltou.
Outras violações do direito internacional que afetam os palestinos incluem as crescentes restrições à liberdade de movimento, as demolições e remoções de propriedades civis, intimidações diárias da população, transferências forçadas e a prolongada existência do muro que separa os territórios.
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Posted: 26 Jul 2018 11:27 AM PDT
Mulheres e homens refugiados e migrantes no Brasil. Foto: ACNUR/Victoria Hugueney
Em Foz do Iguaçu, no Paraná, a Universidade Federal da Integração Latino-Americana (UNILA) abriu um processo seletivo para refugiados e portadores de visto humanitário. A instituição oferece 29 vagas, uma em cada curso de graduação, para ingresso no ano letivo de 2019. As inscrições estão abertas até o dia 19 de agosto e devem ser realizadas por meio de formulário eletrônico.
Para ler o edital e conferir outras informações sobre a seleção, acesse http://bit.ly/editalrefugiados.
Podem participar candidatos de qualquer nacionalidade, que tenham status de refugiado, sejam solicitantes de refúgio ou portadores de visto humanitário reconhecido no Brasil. O edital também pede que o candidato tenha concluído o ensino médio, não possua vínculo ativo com a UNILA e tenha, no mínimo, 18 anos até 15 de fevereiro de 2019. A universidade exige ainda que os candidatos morem há mais de seis meses no Brasil ou apresentem certificado de proficiência em língua portuguesa.
No momento da inscrição, é necessário anexar, em formato PDF, os documentos pessoais e escolares solicitados pelo edital. O candidato poderá escolher, em ordem de preferência, três opções de curso. De acordo com o cronograma, a primeira chamada será publicada no dia 2 de outubro. Os classificados nessa etapa terão de 2 a 8 de outubro para confirmar o interesse na vaga.
Todos os estudantes selecionados por este edital deverão estar em Foz do Iguaçu em fevereiro de 2019 para os procedimentos de matrícula. A previsão é de que as aulas tenham início em março de 2019. A data será divulgada posteriormente, no calendário acadêmico da UNILA.
Após serem convocados e matriculados, os refugiados e portadores de visto humanitário poderão solicitar os auxílios estudantis do Programa de Assistência Estudantil da UNILA. O quantitativo de vagas para os auxílios de moradia, alimentação e transporte dependerá da disponibilidade orçamentária da universidade para o próximo ano.
Para mais informações sobre a seleção de refugiados e portadores de visto humanitário, entre em contato pelo e-mail seleccion.al@unila.edu.br.
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Posted: 26 Jul 2018 11:18 AM PDT
Marlova Jovchelovitch Noleto foi nomeada diretora do Escritório da UNESCO em Brasília e representante da UNESCO no Brasil. Foto: UNESCO/Mila Petrillo
A diretora-geral da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), Audrey Azoulay, nomeou na sexta-feira (20) a assistente social brasileira Marlova Jovchelovitch Noleto como diretora do escritório da UNESCO em Brasília e representante da UNESCO no Brasil. Ela já ocupava o cargo interinamente desde maio do ano passado, e foi a candidata escolhida por meio de processo seletivo para assumir oficialmente a função.
Marlova é mestre em Serviço Social pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS). Foi bolsista da Fundação Kellogs e da Eisenhower Exchange, tendo participado de um programa acadêmico de intercâmbio profissional nos Estados Unidos para aprofundar seus conhecimentos sobre combate à pobreza, políticas sociais e educacionais, responsabilidade social e filantropia.
Aprofundou seus estudos sobre o Estado de bem-estar social na Suécia, como bolsista da Federação Sueca de Assistentes Sociais, e completou o treinamento executivo em Administração Pública no Instituto de Administração Pública de Nova Iorque. Em sua carreira acadêmica, por dez anos, lecionou na Faculdade de Serviço Social da PUC-RS as disciplinas de Teoria e Metodologia do Serviço Social.
Foi presidente do Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS), órgão máximo de deliberação da Política Nacional de Assistência Social (PNAS), e responsável pela concessão dos certificados de filantropia nas áreas de Educação, Cultura, Saúde e Assistência Social.
Trabalhou na Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (FAMURS), no Governo do Estado do Rio Grande do Sul e na antiga Fundação Estadual para o Bem-Estar do Menor (FEBEM) do mesmo estado. Foi Conselheira da Fundação Maurício Sirotsky Sobrinho, da Fundação Abrinq e do Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social (IDIS), entre outros.
Em 1997, ingressou no Sistema ONU no Brasil como oficial de programas de Políticas Públicas e Direitos da Criança do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF).
Em 1999, entrou na UNESCO no Brasil como oficial de projetos e, em 2002, assumiu a coordenação do Setor de Ciências Humanas e Sociais. Em 2012, tornou-se diretora da Área Programática, para coordenar a implementação do programa, promovendo a intersetorialidade das cinco áreas programáticas da UNESCO – Educação, Ciências Humanas e Sociais, Ciências Naturais, Cultura, e Comunicação e Informação.
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Posted: 26 Jul 2018 11:04 AM PDT
Em depoimentos para a ONU Mulheres, ativistas avaliam os oito meses da campanha Vidas Negras, uma iniciativa das Nações Unidas no Brasil pelo fim da violência contra a juventude afrodescendente. Para as militantes, o projeto acerta ao debater abertamente o racismo e ao defender que todas as existências têm o mesmo valor.
“É importante quando alguém diz que vidas negras importam e coloca caras de homens e mulheres negras nessa perspectiva de dizer que essas vidas são importantes para a sociedade. Nós precisamos de campanhas como essa, que tenham coragem de colocar a cara do Brasil nos meios de comunicação”, afirma Ieda Leal, coordenadora nacional do Movimento Negro Unificado (MNU).
Para Clátia Vieira, integrante do Comitê Mulheres Negras Rumo a um Planeta 50-50 em 2030, a violência letal contra os jovens afrodescendentes “não pode ser um problema só da comunidade negra”. “A mensagem que essa campanha traz é que você olhe para um jovem ou uma jovem preta e veja naquele ser uma pessoa, cidadã de direitos”, aponta a ativista, que pede que toda a sociedade brasileira reaja contra a discriminação.
Thânisia Cruz, também participante do comitê, ressalta o alcance da Vidas Negras em tempos de smartphones. “As pessoas estão o tempo todo conectadas. A campanha chega às pessoas de uma forma aproximada, elucidativa, prática e objetiva”, avalia.
Segundo Maria Inês Barbosa, ativista do movimento negro, a iniciativa deve ser o ponto de partida para ações do poder público e transformações concretas. “Quando se faz um histórico de movimento negro, uma das pedras angulares, quando surge o MNU, foi justamente numa questão de morte. A questão é como se estabelece agora, século 21, estratégias para dentro das Nações Unidas, dos Estados para reverter isso. A campanha tem de estar vinculada a proposições”, enfatiza a militante.
A ONU Mulheres começou a divulgar nesta semana os depoimentos em vídeo de cada uma das ativistas. Acompanhe as publicações pelas redes sociais da ONU Mulheres — Facebook, Twitter e YouTube.
“São fundamentais as vozes de mulheres negras ativistas para a Vidas Negras no sentido de qualificar a campanha e trazer outras agentes e elementos que colaborem para o enfrentamento do racismo. As campanhas são vivas e se tornam mais reais quando as pessoas participam e trazem a sua contribuição para que o debate público se torne mais intenso e alcance mais corações e mentes”, afirma Nadine Gasman, representante da ONU Mulheres no Brasil e coordenadora do Grupo Temático de Gênero, Raça e Etnia da ONU Brasil.
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Posted: 26 Jul 2018 10:38 AM PDT
Nos últimos dois anos, as mulheres vêm consolidando um papel de protagonistas no universo do empreendedorismo brasileiro. Pesquisas conduzidas pelo Sebrae, como a Global Entrepreneurship Monitor (GEM) e o Anuário do Trabalho nos Pequenos Negócios, mostram que desde 2017 as mulheres superaram os homens na abertura de empresas e já são maioria entre os trabalhadores com carteira assinada nos pequenos negócios.
Em sintonia com esse avanço, o Sebrae assina na sexta-feira (27) a carta de adesão aos “Princípios de Empoderamento das Mulheres”, da ONU Mulheres e do Pacto Global das Nações Unidas, cuja finalidade é compartilhar poder às mulheres para que participem de forma plena da vida econômica em todos os setores e em todos os níveis da economia brasileira.
Com essa decisão, o Sebrae passa a integrar um grupo de mais de 170 entidades públicas e empresas que incorporaram em seus negócios valores e práticas que visam à equidade de gênero e a consolidação do papel das mulheres na sociedade e na economia.
Hoje, as mulheres representam 24 milhões de empreendedoras no Brasil, número pouco inferior ao universo masculino, que é de 25,4 milhões. No entanto, entre os pequenos negócios iniciados nos últimos três anos e meio, elas lideram o ranking, com 14,2 milhões em relação aos homens, que somam 13,3 milhões. Contudo, elas ainda ganham menos que os homens, apesar de serem mais escolarizadas.
Com pós-doutorado em Química, Natália Cristina Costa decidiu se tornar empreendedora ao assumir o estabelecimento do pai, o Skina Restaurante e Pizzaria, em Capitólio (MG). “Minha decisão foi ficar perto da minha família e auxiliar meu pai que já vem desenvolvendo o negócio há tanto tempo (40 anos)”, explicou Natália.
Princípios
Os Princípios de Empoderamento das Mulheres consistem em sete princípios orientadores voltados ao empoderamento econômico das mulheres a serem adotados por todos os seus signatários.
O documento será assinado pela diretora técnica e presidente em exercício do Sebrae, Heloisa Menezes, com a presença da representante da ONU Mulheres no Brasil, Nadine Gasman, na sexta-feira (27).
Na ocasião, também acontecerá, na sede do Sebrae, em Brasília (DF), um painel para debater sobre o tema: “Empreendedorismo feminino – desafios e oportunidades”, com as presenças da ganhadora do Prêmio Sebrae Mulher de Negócio 2013, Ágda Oliver, e da líder da Rede das Mulheres Empreendedoras, Ana Fontes.
“É fundamental que o Sebrae faça parte dessa iniciativa, por atuar no fomento ao empreendedorismo feminino, que faz com que a mulher alcance, entre outros objetivos, sua liberdade econômica e contribua de forma decisiva e inovadora com a geração de emprego e renda no país”, afirma Heloisa Menezes.
“Muitas vezes, elas se encontram em uma situação de risco e ameaçadas pela violência doméstica por não terem remuneração e, a partir do momento que conquistam sua própria renda, mudam essa condição e constroem uma nova história”, acrescenta.
Para Nadine Gasman, representante da ONU Mulheres Brasil, “a adesão do Sebrae possibilita fortalecer o empoderamento econômico das mulheres a partir de ações específicas para a igualdade de gênero, raça e etnia e o fechamento de brechas que impedem as mulheres de obter a rentabilidade máxima do seu trabalho e da geração de riquezas equilibrada nas cadeias produtivas”.
A representante da ONU Mulheres Brasil destaca, ainda, que a parceria com o Sebrae é importante para trocas de conhecimento e oportunidades de negócios entre empreendedoras do Brasil, América Latina e Europa por meio do programa regional “Ganha-Ganha: Igualdade de Gênero Significa Bons Negócios”.
“Há potencial de trocas estratégicas entre o Sebrae e suas parceiras diretas, o grupo de empresas signatárias e a rede de empreendedoras do Brasil e do exterior por meio do programa regional ‘Ganha-Ganha: Igualdade de Gênero significa Bons Negócios’, desenvolvido por ONU Mulheres, OIT (Organização Internacional do Trabalho) e União Europeia em seis países da América Latina e Caribe, incluindo o Brasil”.
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Posted: 26 Jul 2018 08:28 AM PDT
Joana Pereira, representante-residente do FMI no Brasil. Foto: Arquivo pessoal
A economista portuguesa Joana Pereira assumiu neste mês (18) a direção do Fundo Monetário Internacional (FMI) no Brasil. A dirigente traz para o cargo ampla experiência no organismo e também em instituições de pesquisa como a Erasmus University, da Holanda, e o Instituto Universitário Europeu, na Itália.
A especialista ocupava o cargo de economista sênior no Departamento Europeu do FMI e fazia parte da equipe responsável pelo acompanhamento econômico da Alemanha. Anteriormente, desempenhou funções também nos Departamentos de Assuntos Fiscais e para o Hemisfério Ocidental.
Sua pesquisa no organismo internacional era voltada para temas como mercado de trabalho, valorização de preços no mercado imobiliário, efeitos macroeconômicos de política fiscal e arcabouço fiscal.
Antes de trabalhar no FMI, Joana Pereira era pesquisadora na Erasmus University, em Roterdã, na Holanda.
A nova representante-residente fez Doutorado e Mestrado em Economia no Instituto Universitário Europeu, em Florença, na Itália. A dirigente também obteve Licenciatura em Economia na Universidade Nova de Lisboa, em Portugal.
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Posted: 26 Jul 2018 08:27 AM PDT
Formação de mangue em Cuba. Foto: Flickr (CC)/Anusa Kreft
Em mensagem para o Dia Internacional de Conservação do Ecossistema de Mangues, lembrado neste 26 de julho, a diretora-geral da UNESCO, Audrey Azoulay, alerta que manguezais estão ameaçados, sobretudo por conta do desenvolvimento das zonas costeiras. “Estima-se que, em 40 anos, a cobertura global de mangues foi reduzida pela metade”, afirmou a chefe da agência da ONU. Destruição ambiental põe em risco a biodiversidade e o ser humano.
“Os mangues constituem uma proteção contra tempestades, tsunamis e o aumento do nível do mar. Eles impedem a erosão da costa, regulam a qualidade da água costeira, mantêm áreas de pesca e contribuem para melhorar a segurança alimentar de muitas comunidades costeiras”, ressaltou a dirigente.
Audrey disse ainda que esses ecossistemas “também fornecem um habitat para espécies marinhas em perigo”. “Além disso, seus mecanismos naturais para armazenar o carbono da atmosfera, conhecidos como ‘estoques de carbono azul’, que realizam o sequestro de carbono e auxiliam a mitigar os efeitos dos distúrbios climáticos ao longo das costas”, completou a chefe da UNESCO.
Algumas das reservas da biosfera e geoparques da agência da ONU contam com mangues em seus territórios. Nessas localidades, o organismo internacional trabalha para acumular conhecimento sobre essas formações naturais, além de melhorar sua gestão e preservação. A UNESCO também visa criar estratégias para promover o desenvolvimento sustentável de tribos indígenas instaladas nesses ecossistemas.
Outra frente de atuação da instituição é a Iniciativa Carbono Azul, que tem a participação da Comissão Oceanográfica Intergovernamental da UNESCO. Realizado em conjunto com a ONG Conservation International e a União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN), o projeto busca combater as mudanças climáticas, protegendo e recuperando ecossistemas marinhos. Um dos focos do programa são os mangues, pântanos-de-maré e os prados marinhos.
Em 2018, o Equador sedia as comemorações globais da data em prol da proteção dos mangues, que estão presentes na Reserva da Biosfera do Arquipélago de Colón, em Galápagos. Audrey convidou a comunidade internacional a se inspirar no país latino-americano e a “renovar os nossos esforços para apoiar a preservação de um ecossistema que é essencial para o nosso planeta e para seus habitantes”.
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