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terça-feira, 3 de abril de 2018

Mais 7 de 13 Boletim diário da ONU Brasil: “Programa Mundial de Alimentos apoia cooperação Brasil-Angola em merenda escolar” e 15 outros.

Boletim diário da ONU Brasil: “Programa Mundial de Alimentos apoia cooperação Brasil-Angola em merenda escolar” e 15 outros.

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Posted: 28 Mar 2018 02:11 PM PDT
Alimentação escolar foi definida como um super-recurso por estudo do Centro de Excelência contra a Fome. Foto: PMA
Alimentação escolar foi definida como um super-recurso por estudo do Centro de Excelência contra a Fome. Foto: PMA
Programa Mundial de Alimentos (PMA) da ONU anunciou na segunda-feira (26) que apoiará a colaboração entre autoridades brasileiras e Angola na segurança alimentar. Em entrevista à ONU News em Nova Iorque, a diretora do PMA para África Austral e Oceano Índico, Lola Castro, anunciou uma viagem ao Brasil, onde deve discutir o tema da agricultura familiar.
“A merenda escolar brasileira está ligada aos pequenos agricultores, que produzem e vendem. E aí, nas escolas, as crianças vão ter uma alimentação diversificada. A ação também apoia ao camponês a aumentar a renda e a conseguir segurança alimentar na família.”
Segundo o Ministério da Educação de Angola, o país aprovou a iniciativa para promover programas da alimentação nas escolas em 2013. Os programas são ligados à produção local para garantir uma educação de qualidade e aprendizagem.
Com o projeto, pretende-se também combater a taxa de reprovação nas escolas, aumentar a retenção e ajudar as crianças em idade escolar a cumprir as metas com melhor nutrição. Lola Castro disse ainda que a experiência do PMA no Brasil também deu resultados na região africana.
“Estamos a falar de Angola, mas vou falar também de uma boa experiência em Moçambique. Temos estado a trabalhar com o governo moçambicano e doadores para verdadeiramente aumentarmos a merenda escolar.”
De acordo com o PMA, um estudo de sustentabilidade da alimentação escolar na União Africana contou com o apoio do Brasil. Em todo o continente, pelo menos 40 países implementam a iniciativa. Mais de 26 milhões de crianças africanas se beneficiam de merenda escolar.

 
Posted: 28 Mar 2018 02:05 PM PDT
Foto: ONU/Rick Bajornas
Foto: ONU/Rick Bajornas
Um porta-voz das Nações Unidas confirmou na segunda-feira (26) que o órgão mundial estava ciente do anúncio pelo governo dos Estados Unidos de sua decisão de tomar medidas contra alguns diplomatas russos nos EUA.
“Essa ação pode exigir que esses diplomatas deixem o país”, disse Farhan Haq, porta-voz da ONU, a jornalistas durante coletiva de imprensa, citando o Acordo de Sede da ONU com os EUA, que rege as relações entre a organização e o país anfitrião.
“Dada a sensibilidade do assunto, que está em andamento, não comentaremos mais este ponto, além de confirmar que o secretário-geral acompanhará de perto este assunto e se envolverá conforme apropriado com os governos envolvidos”, disse ele.
Segundo relatos da imprensa, o governo dos EUA ordenou na segunda-feira a expulsão de 60 russos dos EUA, seguindo ações semelhantes tomadas por outros países na sequência da acusação, por parte do Reino Unido, de que a Rússia estava por trás de um ataque em que o ex-espião Sergei Skripal e sua filha, Yulia, foram envenenados com um agente nervoso no último dia 4 de março em Salisbury, no sul da Inglaterra.
No dia 14 de março, o Reino Unido levou a acusação diante de uma reunião urgente do Conselho de Segurança da ONU, onde a embaixadora norte-americana, Nikki Haley, disse que os EUA estavam solidários com o Reino Unido denunciando o ‘crime’ e acreditavam que a Rússia tinha sido responsável pelo ataque.
Na mesma reunião, tanto a Rússia quanto o Reino Unido disseram que o incidente deve ser investigado pela Organização para a Proibição de Armas Químicas (OPAQ), com sede em Haia, órgão internacional que trabalha, com apoio da ONU, para implementar a Convenção sobre Armas Químicas e eliminar o uso de armas químicas e a ameaça de seu uso.
O Ministério das Relações Exteriores do Reino Unido anunciou mais tarde que os investigadores independentes da OPAQ chegariam ao Reino Unido no dia 19 de março para dar início à investigação sobre o agente nervoso usado no ataque em Salisbury.
 
Posted: 28 Mar 2018 01:54 PM PDT
Morro da Boa Vista em Niterói, antes de iniciativa de reflorestamento. Foto: Companhia de Limpeza Urbana Morro da Boa Vista em Niterói, depois de iniciativa de reflorestamento. Foto: Companhia de Limpeza UrbanaEm publicação lançada para celebrar o Dia Internacional das Florestas e da Árvore, observado em 21 de março, a FAO elogia os esforços de conservação do município de Niterói, no estado do Rio de Janeiro. Agência das Nações Unidas lembra que, em 2014, a cidade criou 2.657 hectares de áreas protegidas. Zonas públicas de vegetação já ocupam 7.495 hectares. Atualmente, 45,9% do território municipal está sob proteção legal.
A FAO estima que em média, para cada niteroiense, existem 123,2 metros quadrados de florestas. A cidade tem cerca de 500 mil habitantes. De acordo com o organismo da ONU, trata-se provavelmente da maior proporção de zonas protegidas per capita em todas as regiões metropolitanas do Brasil.
A agência das Nações Unidas lembra que os esforços para ampliar e preservar a cobertura vegetal em Niterói aumentaram com a adoção do plano Niterói que Queremos, uma estratégia de desenvolvimento adotada em 2014 e com metas a serem cumpridas até 2033. Um dos objetivos era a criação de parques e outras áreas protegidas em 50% da área da cidade. O marco municipal foi fruto de um processo de consulta que teve a participação de 10 mil cidadãos em 2013.
Os avanços do município contrastam com o contexto estadual. Quando considerada a região metropolitana da capital, o Rio de Janeiro, da qual Niterói faz parte, a média de zonas verdes protegidas chega a apenas 16,5% do território.

Cidades precisam das florestas

Niterói é um dos exemplos analisados na publicação Florestas e cidades sustentáveis: histórias inspiradoras de todo o mundo, divulgada neste mês pela FAO. Para a agência da ONU, a criação de bosques e zonas verdes, bem como o plantio de árvores em regiões urbanas e no seu entorno trazem benefícios diversos — como o armazenamento de carbono, a redução da poluição do ar, a restauração de solos degradados e a prevenção de enchentes e secas.
Segundo estimativas do organismo internacional, em uma cidade de tamanho médio, árvores podem reduzir a perda de solo em cerca de 10 mil toneladas por ano.
A vegetação também pode conter elevações extremas de temperatura e mitigar os efeitos das mudanças climáticas. Quando plantadas adequadamente em volta de edifícios, árvores podem reduzir o uso de ar condicionado em 30%. Em regiões com clima mais frio, elas protegem residências do vento, contribuindo para economias de energia de 20 a 50% com aquecimento.
Em Lima, no Peru, o reflorestamento foi usado como estratégia para prevenir deslizamentos de terra. Desde 2015, um projeto plantou 3,5 mil árvores nativas em 14 hectares da capital, transformados em um parque com mirantes, trilhas e espaços de lazer.
Até 2050, quase 70% da população mundial viverá em centros urbanos. Embora as cidades ocupem apenas 3% da superfície do planeta, elas consomem 78% de toda a energia produzida no mundo e emitem 60% de todo o gás carbônico liberado na atmosfera.
Acesse a publicação na íntegra clicando aqui.
 
Posted: 28 Mar 2018 01:45 PM PDT
Seminário em Salvador (BA) discutiu formas de impulsionar a alimentação escolar nos países de língua portuguesa. Foto: PMA
Seminário em Salvador (BA) discutiu formas de impulsionar a alimentação escolar nos países de língua portuguesa. Foto: PMA
Representantes dos ministérios da Educação de nove países que integram a Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP) reuniram-se em Salvador (BA) em 14 e 15 de março para o “Seminário Internacional: Sustentabilidade dos Programas de Alimentação Escolar”.
Os participantes discutiram suas expectativas em relação aos programas de alimentação escolar, formas de melhorá-los e de aumentar as compras de alimentos de agricultores familiares. Em 16 de março, ocorreu a 10ª reunião de ministros da Educação da CPLP.
O seminário internacional foi organizado pelo governo brasileiro, representado por Ministério da Educação, Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), em parceria com Agência Brasileira de Cooperação (ABC), Ministério das Relações Exteriores, Ministério do Desenvolvimento Social e Centro de Excelência contra a Fome — uma parceria entre o governo brasileiro e o Programa Mundial de Alimentos (PMA) da ONU.
Os países da CPLP são Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste. Durante o seminário, cada país apresentou sua experiência com a alimentação escolar. Os participantes identificaram desafios, boas práticas e discutiram formas de melhorar as diretrizes estratégicas e legais dos programas.

Desafios

Sobre o marco legal, alguns temas emergiram como desafios, tais como a necessidade de melhorar mecanismos e sistemas de coordenação entre diferentes níveis de governo e coordenação setorial entre instituições governamentais responsáveis pelas áreas de educação, saúde e agricultura.
A demanda pelo fortalecimento das capacidades técnicas locais, encorajando a participação da sociedade civil, melhorando a gestão do financiamento, monitorando e avaliando os mecanismos e a inclusão de linhas de financiamento nos orçamentos nacionais também foram enfatizadas.
A compra de alimentos de agricultores familiares é um desafio comum para todos os países presentes no evento. Nesse tema, participantes identificaram como demanda a melhora dos marcos legais para facilitar a aquisição de produtores locais e o mapeamento e organização da agricultura familiar.
Outra dificuldade é garantir que os pequenos agricultores atendam regularmente as demandas escolares diante de sua vulnerabilidade frente fatores climáticos, agravados pela mudança do clima.

Recomendações

O seminário internacional ocorreu sob o tema da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável, que guia as ações da CPLP durante a presidência pro tempore do Brasil, que acaba em 2018.
Os representantes dos países prepararam um documento com uma lista de recomendações, que foi apresentada durante a 10ª cúpula de ministros da Educação da CPLP. Entre elas, está um plano de ação para fortalecer os programas de alimentação escolar, a criação de um grupo de trabalho, conectar a alimentação escolar a programas de compras locais de alimentos de agricultores familiares, a promoção de leis específicas sobre o tema e o fortalecimento dos pequenos produtores.
As recomendações também visam enfrentar a necessidade de construir uma sólida base de evidências para demonstrar o impacto e os múltiplos benefícios dos programas de alimentação escolar. Outro aspecto é a importância de expandir ações de educação alimentar e nutricional.
Para que os países sigam essas recomendações, o documento indica a Cooperação Sul-Sul, em parceria com agências da ONU que trabalham com o tema, tais como o Centro de Excelência contra a Fome.
 
Posted: 28 Mar 2018 12:36 PM PDT
Agricultores semeando alface crespa. Foto: Flickr/ Orgânicos do Pivas (Creative Commons)
Agricultores semeando alface crespa. Foto: Flickr/ Orgânicos do Pivas (Creative Commons)
Quer aprender técnicas de produção agrícola sustentável e entender como gerir de forma responsável os recursos naturais? A Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) oferece uma formação online gratuita sobre o tema, com conteúdos sobre agricultura familiar, sistemas pesqueiros, aquicultura e exploração de bens florestais. Capacitação é inspirada em iniciativa brasileira.
Com 40 horas de duração, o curso está disponível em inglês e usa uma metodologia de autoaprendizado, em que o aluno acessa o material didático e avança as etapas no seu próprio ritmo.
O treinamento é inspirado no projeto Cultivando Água Boa, da Itaipu Binacional, que criou uma metodologia para envolver produtores rurais na conservação da bacia do rio do Paraná.
A iniciativa mobiliza mais de 2 mil parceiros, engajados em promover práticas sustentáveis em propriedades familiares da região. Em 2015, o programa recebeu o prêmio Água pela Vida da ONU, na categoria melhores práticas de gestão dos recursos hídricos. A Itaipu replicou o modelo na Guatemala e no Paraguai.
A formação da FAO é voltada para pessoas e organizações interessadas em implementar programas de gestão sustentável dos recursos naturais e da produção agrícola. O curso apresenta um panorama da agricultura familiar na América Latina e no Caribe e traz informações sobre tecnologias, pesquisa e boas práticas.
Participantes aprenderão sobre novas ferramentas e estratégias de desenvolvimento socioprodutivo, que incluem planejamento e manejo territorial para uma produção familiar responsável.
Para participar do curso, é necessário criar uma conta no Núcleo de Treinamento em Política Pública do Escritório Regional da FAO para América Latina e Caribe. Para se cadastrar e saber mais sobre o curso, clique aqui.
A formação ficará disponível no portal da FAO até março de 2019.
 
Posted: 28 Mar 2018 12:20 PM PDT
Foto: EBC
Foto: EBC
arrecadação fiscal na América Latina e no Caribe caiu em 2016, reduzindo-se a níveis mais baixos que a média dos países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), apesar da expectativa de recuperação nos próximos anos.
A conclusão é do relatório “Estatísticas Tributárias na América Latina e no Caribe 2018“, segundo o qual a pressão tributária média foi de 22,7% do PIB em 2016, o que implica uma queda de 0,3 ponto percentual desde 2015.
A diminuição da arrecadação em 2016 reflete o ambiente econômico geral na região, onde o crescimento do PIB desacelerou a partir de 2012. Os preços mais baixos das matérias-primas foram elemento determinante dessa tendência da arrecadação nos países latino-americanos e caribenhos.
A expectativa é de que a queda da arrecadação fiscal como percentual do PIB seja revertida nos próximos anos graças a uma recuperação do preço das commodities e a uma melhora no ambiente econômico, já que a previsão é de que o crescimento do PIB na América Latina e no Caribe fique entre 2% e 2,5% em 2018.
Lançado durante o 30º Seminário Regional de Política Fiscal em Santiago, no Chile, o relatório cobre 25 países da América Latina e do Caribe e inclui a Guiana pela primeira vez.
Foi produzido conjuntamente por Centro Interamericano de Administrações Tributárias (CIAT), Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL), Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Centro de Política e Administração Tributária da OCDE e Centro de Desenvolvimento da mesma organização.

Principais conclusões

Entre 2015 e 2016, a pressão tributária média na região da América Latina e do Caribe caiu 0,3 ponto percentual, para 22,7% do PIB. Entre os países da OCDE, a taxa aumentou 0,3 ponto percentual, para 34,3% do PIB.
Em 2016, a pressão tributária dos 25 países cobertos pelo relatório variou de 12,6% do PIB na Guatemala para 41,7% do PIB em Cuba. Barbados e Brasil tiveram a pressão tributária mais alta depois de Cuba, com 32,2% do PIB, enquanto a República Dominicana (13,7% do PIB) e Venezuela (14,4% do PIB) registraram as menores taxas depois da Guatemala.
Em 2016, a arrecadação tributária como percentual do PIB caiu em quase a metade dos países considerados no estudo, enquanto em 2015 foram registradas diminuições em apenas quatro países.
A queda na proporção de impostos em relação ao PIB na média dos países da região em 2016 esteve motivada por uma diminuição nas receitas por imposto de renda de 0,2 ponto percentual, que se deveu a uma menor receita no imposto sobre renda corporativa.
Em 2016, o imposto sobre o valor agregado (IVA) foi a maior fonte de arrecadação tributária na região (29,3% do total), seguido por receitas provenientes de impostos de renda e sobre o lucro (27,3%) e de outros impostos sobre bens e serviços (21,2%). Isso representa um movimento para impostos com valor agregado e se afasta dos impostos baseados em renda e lucros.

Seções especiais

O relatório deste ano contém duas seções especiais. A primeira identifica tendência nas arrecadações fiscais de 12 países exportadores de produtos básicos baseados em recursos naturais não renováveis na região da América Latina e do Caribe durante 2016 e 2017.
O documento conclui que as arrecadações fiscais provenientes de recursos naturais não renováveis continuaram caindo na média dos 12 países exportadores de matérias-primas da região, passando de 3,5% do PIB em 2015 para 2,3% em 2016.
A arrecadação relacionada a hidrocarbonetos explicaram essa diminuição — caindo em média de 5% do PIB em 2015 para 3,4% em 2016 nos dez países exportadores de petróleo da região — como resultado de uma queda gradual dos preços do petróleo, menos ganhos dos principais produtores e uma brusca contração da produção regional.
As receitas com mineração, por outro lado, mantiveram-se relativamente estáveis em torno de 0,4% do PIB como média em dez países produtores de minerais. A arrecadação do imposto sobre a renda corporativa neste setor continuou caindo, o que reflete em parte as substanciais perdas de 2015.
Em geral, a dependência da região dos recursos naturais não renováveis caiu significativamente entre 2010 e 2016, o que reflete a dinâmica do mercado das matérias-primas e uma maior mobilização de receitas provenientes de outras fontes, como o IVA e o imposto de renda.
A segunda seção especial examina os impostos de renda em países selecionados da América Latina entre 1940 e 2016. O documento conclui que o grau de redistribuição de renda alcançado pelo imposto de renda da pessoa física nesses países é muito menor que na União Europeia e na OCDE, o que significa que o impacto desse imposto na desigualdade é mais fraco.
Isso reflete em parte o relativamente baixo nível de arrecadação por IR na América Latina, fruto de uma estreita base tributável e baixas taxas marginais máximas, assim como altas taxas de evasão fiscal.
Nos últimos anos, vários países da América Latina realizaram reformas tributárias focadas na igualdade, que estão mostrando sinais de progresso em termos de obter arrecadações mais altas e uma melhora na redistribuição de renda.
 
Posted: 28 Mar 2018 11:30 AM PDT
Centro de Convenções Ulysses Guimarães em Brasília. Foto: UNOPS/Tony Winston
Centro de Convenções Ulysses Guimarães em Brasília. Foto: UNOPS/Tony Winston
O Escritório das Nações Unidas de Serviços para Projetos (UNOPS) e o governo do Distrito Federal concluíram nesta semana a primeira etapa de um projeto para a concessão do Centro de Convenções Ulysses Guimarães. Agência da ONU auxiliou as autoridades a elaborar e aprovar o termo de licitação que será usado na seleção de instituições interessadas. Já na terça-feira, uma proposta foi apresentada para obter a licença.
O vencedor da concessão receberá o direito de explorar a operação do Ulysses Guimarães para a realização de feiras, exposições, eventos, congressos e atividades afins. Também será responsável por reformar, modernizar e manter o local.
Os investimentos para as reformas e adequações necessárias estão estimados em cerca de 12 milhões de reais, e as receitas esperadas com a operação são da ordem de 22 milhões por ano. Ao poder público, deverá ser pago o valor da outorga de, no mínimo, 3,8 milhões de reais, no momento da assinatura do contrato, e mais 2,6 milhões por ano de operação, somando um total de 25 anos.
O UNOPS apoiou o governo na concepção do projeto de engenharia para a reforma do centro. Também foram feitos estudos de viabilidade econômico-financeira e análises do modelo jurídico e de negócios. Atividades tinham por objetivo encontrar um modelo que equilibrasse os interesses públicos e privados, contribuindo para a atratividade comercial do projeto.
A análise da primeira proposta encaminhada ao governo ainda será feita pelas autoridades. O processo de estruturação e assinatura do contrato contará novamente com a assistência do escritório da ONU.
O projeto de concessão foi concebido pela Subsecretaria de Parcerias Público-Privadas (SubPPP), de acordo com as normativas da unidade federativa e determinações da Procuradoria e do Tribunal de Contas local. O UNOPS participou da iniciativa transferindo conhecimento para o governo, por meio de especialistas de alto nível.
Rossini Dias de Souza, subsecretário da SubPPP, explica que, desde dezembro de 2016, quando foi assinado o termo de cooperação, o UNOPS vem trabalhando com o organismo estatal. De acordo com ele, a atuação do escritório das Nações Unidas foi fundamental tanto para a análise da viabilidade jurídica e econômico-financeira, quanto na elaboração de croquis, documentos, projetos e orçamentos. “É uma parceria de sucesso”, conclui o subsecretário.
Dias de Souza destaca ainda que a equipe do governo agora está preparada para fazer outros projetos em função dos conhecimentos compartilhados durante a cooperação.
 
Posted: 28 Mar 2018 11:10 AM PDT
Aulas do projeto do UNAIDS aconteceram no Centro de Cidadania LGBT Luiz Carlos Ruas, em São Paulo. Foto: UNAIDS
Aulas do projeto do UNAIDS aconteceram no Centro de Cidadania LGBT Luiz Carlos Ruas, em São Paulo. Foto: UNAIDS
Uma cerimônia em São Paulo marcará nesta quarta-feira (28) o encerramento do curso “Luz, Câmera, #ZeroDiscriminação”, uma formação em audiovisual voltada exclusivamente para pessoas trans.
O projeto é do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS (UNAIDS) e contou com financiamento da organização Mac Aids Fund — no âmbito da iniciativa Aceleração da Resposta ao HIV nas Cidades —, em parceria com a Coordenação de Políticas para LGBTI da Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania de São Paulo.
A cerimônia de encerramento, que também conta com o apoio da escola Cultura Inglesa, acontecerá às 16h no Centro Brasileiro Britânico (CBB), no Deck Jardim, e terá um show de encerramento da cantora Renata Peron, uma das alunas do projeto. O evento é fechado para convidados.
O objetivo da formação é contribuir para a redução do estigma e da discriminação em relação à população trans e abrir espaço nas mídias sociais e outras plataformas de audiovisual, fomentando o acesso a esse mercado de trabalho, tanto à frente como atrás das câmeras.
Após a publicação da chamada pública, 48 pessoas se inscreveram e um grupo diverso de 20 pessoas — das quais 13 conseguiram concluir a formação — foi selecionado para atuar com a equipe da produtora Brodagem Filmes, a fim de aprender noções básicas de audiovisual e colocar em prática esses conhecimentos com o desenvolvimento de três projetos em grupo.
A produtora Brodagem Filmes, selecionada para conduzir o treinamento, convidou especialistas em áreas específicas como fotografia, sonorização e produção, entre outras. Além disso, os participantes do curso receberam instruções sobre temas como roteiro, pré-produção, direção, fotografia, filmagem, edição e pós-produção.
“Seja à frente das câmeras ou atrás delas, é importante que a perspectiva e a visão de pessoas trans sobre o mundo e nossa sociedade estejam presentes”, disse Georgiana Braga-Orillard, diretora do UNAIDS no Brasil, na abertura da formação, no final de fevereiro.
“Desejo que este seja um primeiro passo para a realização dos projetos e sonhos brilhantes que vocês têm em mente: seja para ter voz nas redes sociais, seja para engrandecer ainda mais a arte e o debate sobre zero discriminação no cinema, na TV e onde mais o audiovisual estiver presente”, completou.
A iniciativa do UNAIDS é feita em parceria com a Coordenação de Políticas para LGBTI da Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania de São Paulo, uma das cidades signatárias da Declaração de Paris, que prevê compromissos com a aceleração da resposta ao HIV e com o cumprimento das metas 90-90-90 para 2020. Todos os encontros semanais aconteceram no Centro de Cidadania LGBT Luiz Carlos Ruas desde o dia 28 de fevereiro até 28 de março.
O Mac Aids Fund, responsável por parte dos recursos utilizados na realização da formação, é pioneiro no financiamento de campanhas em torno do HIV e da AIDS, fornecendo apoio financeiro a organizações que trabalham com regiões e populações mais vulneráveis à epidemia.
“Na qualidade de maior doador corporativo não farmacêutico dessa área, o Mac Aids Fund se dedica a enfrentar a ligação que existe entre pobreza e o HIV por meio do apoio a diversas organizações no mundo inteiro que oferecem amplo leque de serviços a pessoas vivendo com HIV ou vulneráveis ao vírus”, diz o fundo em seu site.
 
Posted: 28 Mar 2018 10:44 AM PDT
Anália Tuxá, Lucely Morais e Maria do Socorro participam de reunião do projeto DGM, em Brasília. Foto: Banco Mundial/Juliana Braga
Anália Tuxá, Lucely Morais e Maria do Socorro participam de reunião do projeto DGM, em Brasília. Foto: Banco Mundial/Juliana Braga
Três mulheres líderes de povos indígenas e comunidades tradicionais estão unindo forças para manter viva a história de seus povos. Com o apoio do projeto Mecanismo de Doação Dedicado a Povos Indígenas e Comunidades Tradicionais (DGM), a cacique Anália Tuxá, a quebradeira de coco-babaçu Maria do Socorro Lima e a quilombola Lucely Pio têm mobilizado suas comunidades para, juntas, realizarem o sonho de terem suas terras protegidas e tradições preservadas.
O projeto é liderado pelo Programa de Investimento Florestal (FIP), do Fundo de Investimento do Clima (CIF) administrado pelo Banco Mundial e executado pelo Centro de Agricultura Alternativa do Norte de Minas.
Em comum, as três mulheres têm o respeito pelo Cerrado, segundo maior bioma da América do Sul. É dele que tiram seu sustento: Maria do Socorro do coco-babaçu, Anália e Lucely das plantas medicinais. Por esse motivo, a gestão sustentável e a regularização fundiária de seus territórios são prioridades para as três.
“Nosso objetivo é deixar o Cerrado de pé, ensinar as pessoas a respeitarem a natureza e até a ganharem dinheiro com ele. Mas sempre com o Cerrado de pé”, afirma Lucely, de 54 anos.
A liderança aconteceu naturalmente. Integrante do povo Tuxá, uma comunidade formada por 440 indígenas baseada em Minas Gerais, Anália, de 54 anos, foi escolhida cacique seguindo os rituais de seu povo. O feito incomum de certa forma reflete a realidade Tuxá. “A maioria de nossa população é formada por mulheres”, conta.
Famosa pela bravura, Anália liderou seu povo na ofensiva para assegurar os 6,5 mil hectares onde os Tuxá vivem há dois anos. “Perdemos nosso território tradicional devido à construção da Barragem de Itaparica, na Bahia. Fomos divididos em seis aldeias, quatro na Bahia, uma em Pernambuco e nós em Minas Gerais”, lembra a cacique. “Mas meu pai sempre nos avisou que um dia a encantaria nos mostraria onde estava nossa nova terra”.
Em Minas Gerais, Anália pôde dar continuidade aos hábitos dos Tuxá. “A cultura indígena é espiritual. Acreditamos em Tupã e nos quatro elementos da natureza”, explica a cacique. “Cultivamos as plantas medicinais e produzimos o anjucá, nossa bebida sagrada da cura e da Mãe Terra, que tomamos durante os rituais”.

Conhecimento protegido

A terra é fonte de cura também para a comunidade quilombola do Cedro, liderada por Lucely, de 54 anos, baseada no município de Mineiros, em Goiás. Ex-professora municipal, ela foi alçada à liderança por incentivo da Pastoral da Criança.
“Eu já era catequista e professora”, lembra Lucely. “A pastoral nos incentiva a trabalhar com plantas medicinais. Começamos a fazer reuniões na minha casa e a liderança veio de modo natural. As pessoas foram chegando e acabamos criando a Articulação Pacari de Plantas Medicinais do Cerrado”.
Presente em seis estados — Minas Gerais, Goiás, Maranhão, Tocantins, Bahia e Mato Grosso — a articulação tem como objetivo fortalecer o conhecimento de plantas medicinais. “Queremos fazer isso tanto com relação ao manejo como também na identificação das espécies”, explica Lucely, cujo conhecimento foi herdado de sua avó, benzedeira e parteira quilombola.
Para preservar e disseminar esse conhecimento, Lucely criou o Centro de Plantas Medicinais, em Mineiros, que conta com laboratório próprio. “No centro, fazemos workshops sobre plantas medicinais do Cerrado”, diz a quilombola. “Também criei um horto e equipei o centro”.

Protagonismo natural

Moradora do assentamento tradicional do município de Praia Norte, no Tocantins, Maria do Socorro completa o trio. Aos 66 anos, ela é uma líder incansável, acumulando uma série de cargos, entre os quais, a coordenadoria financeira nacional do Movimento Interestadual das Quebradeiras de Coco Babaçu (MIQCB) e a presidência nacional da Rede Cerrado.
Seu protagonismo é nato. “Os jovens sempre se juntavam na minha casa para ver televisão”, lembra Socorro. “Eu comecei a conversar com eles e criei um movimento jovem. Logo, fui convidada para ser catequista e formei também um clube de mães. Então, trabalhava com os jovens, as mães e as crianças na catequese”.
A visita de um agente da Comissão da Pastoral da Terra (CPT) foi o empurrãozinho que faltava para que Socorro ampliasse sua atuação pela comunidade. “Quando ele me conheceu, disse: essa é a mulher ideal para o que precisamos”, lembra, com orgulho. Socorro foi levada ao Primeiro Grito da Terra Brasil, em Palmas. Lá, encontrou trabalhadores rurais analfabetos. “Eram pessoas muito carentes. Eu, que tinha conhecimento, não tinha como negar ajuda”.
A luta das quebradeiras necessitava de fato de uma liderança forte. “Do coco, se tira a amêndoa, o azeite, faz-se sabão, carvão”, explica Socorro. “Tudo de babaçu tem mercado, dá dinheiro. Por isso, existe essa briga pela posse do território”.
Para garantir a proteção das palmeiras fundamentais para o sustento das quebradeiras de coco, Socorro organizou as trabalhadoras, que hoje chegam a 400 mil divididas em quatro estados. “Criamos a Associação de Mulheres Quebradeiras de Coco do Tocantins, mas até isso era difícil. Nenhum cartório queria registrar, pois afirmavam que quebradeira de coco não era profissão”, lembra.
Para resolver a questão, ela trocou o nome para Associação de Trabalhadoras Rurais do Bico do Papagaio. Hoje, a associação está presente em 12 municípios do Tocantins, com 23 núcleos. O trabalho de cada um deles gera, em média, a renda mensal de um salário mínimo, divididos entre os integrantes.
A formação desse poderoso trio trouxe ainda mais força à causa. “Não nos separamos na base, nem aqui porque defendemos as categorias tradicionais. Estamos todos juntos”, afirma Socorro. “Esse é o bem que o mal trouxe. A abertura desse grande diálogo. Entendemos que separados não vamos chegar a lugar nenhum. Juntos, venceremos”.
 
Posted: 28 Mar 2018 09:23 AM PDT
Clique para exibir o slide.O coreógrafo congolês Fabrice Don de Dieu Bwabulamutima acredita no poder de cura da dança. Ele viaja com sua companhia de teatro para campos de refugiados em toda a República Democrática do Congo. Por meio da arte, ensina pessoas que enfrentaram a guerra e a violência a superar traumas, reconstruir sua autoconfiança e aprender a conviver novamente.
“A dança emociona a todos, independentemente de posição de poder, idade ou raça”, diz o instrutor de 40 anos que fez uma pausa em sua própria carreira na dança.
Sua companhia, Kongo Drama, vem ministrando um programa de dança, teatro e música de quatro meses intitulado “Refugiados em Movimento” no campo de Inke, na província de Ubangi do Norte, que abriga mais de 16 mil refugiados da República Centro-Africana.
O programa é financiado pela organização não governamental francesa African Artists for Development, em colaboração com a Agência da ONU para Refugiados (ACNUR).
Mais de 600 pessoas de todas as idades, refugiados e residentes locais, participam de uma variedade de cursos, incluindo dança infantil, dança contemporânea africana, hip hop e dança tradicional.
Fabrice começou o projeto em 2015 no campo de Mole, em Ubangi do Sul, onde segundo ele havia tensão e desconfiança entre os diferentes grupos de refugiados. Uma vez que começaram a dançar juntos, a tensão desapareceu e sorrisos voltaram a estampar os rostos.
“Quando vejo os efeitos do que estamos fazendo, como você pode restaurar o desejo das pessoas de estarem vivas, como você pode dar esperança a milhares de pessoas, é incrível”, declarou.
 
Posted: 28 Mar 2018 08:57 AM PDT
Foto: Prefeitura de São Francisco da Glória
Foto: Prefeitura de São Francisco da Glória
O que significa acesso universal e equitativo à água, dessalinização, eficiência do uso e gestão integrada dos recursos hídricos? Para apresentar de forma propositiva as definições internacionalmente acordadas sobre esses e outros temas, o Grupo Assessor do Sistema ONU no Brasil sobre a Agenda 2030 lançou na segunda-feira (19) em Brasília (DF) o glossário de termos do Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 6 – Água potável e saneamento.
O documento foi divulgado na abertura do evento “Planeta ODS”, que ocorreu paralelamente ao Fórum Mundial da Água. O texto pretende servir de subsídio para o debate sobre políticas públicas entre instituições e indivíduos.
As definições e referências apresentadas na publicação foram organizadas por especialistas das Nações Unidas de forma colaborativa. Os conceitos presentes no glossário pretendem ser uma proposição inicial e não esgotam os temas apresentados.
“Este glossário tem o diferencial de ser lançado por ocasião do 8º Fórum Mundial da Água, o qual enseja uma discussão mais aprofundada da relação da água com todos os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável”, disse o coordenador-residente do Sistema ONU no Brasil e representante-residente do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) no país, Niky Fabiancic.
“Esse trabalho representa a continuidade da parceria entre o Sistema das Nações Unidas no Brasil e o Governo Federal para a implementação e a transversalização da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável em todas as esferas governamentais e múltiplos setores interessados”, salientou.
Segundo o oficial de meio ambiente da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), Massimiliano Lombardo, o glossário promove um maior conhecimento sobre água e saneamento, questões centrais para o Brasil e outros países garantirem o desenvolvimento sustentável.
“A UNESCO vem trabalhando há mais de 50 anos para construir a base de conhecimentos necessários para que os recursos hídricos sejam geridos de forma sustentável em todo o mundo. Para que esse conhecimento seja amplamente disseminado, é preciso entender os vários termos e conceitos associados a esse tema, que vêm sendo usados de forma comum, mas que nem sempre são de fácil entendimento para todas as pessoas”, afirmou Lombardo.
Desde a entrada em vigor da Agenda 2030, o Grupo Assessor da ONU no Brasil já lançou outros dois glossários: ODS 5 (Igualdade de Gênero) e ODS 13 (Ação contra a mudança global do clima). As publicações são elaborados com apoio de agências, fundos e programas da ONU no país.
Na avaliação do assessor sênior do PNUD e co-presidente do Grupo Assessor da ONU no Brasil para a Agenda 2030, Haroldo Filho, apresentar a definição de termos específicos para cada ODS é ferramenta fundamental para a formulação de políticas públicas com enfoque no desenvolvimento sustentável.
“Esses glossários constituem, portanto, relevante ferramenta de apoio à compreensão integrada dos temas da Agenda 2030. Conhecer os conceitos por trás do compromisso firmado pelos países, com destaque para a participação do Brasil na Cúpula do Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas em setembro de 2015, é fundamental para embasar a formulação de políticas, além de guiar sua implementação e acompanhamento ao longo dos próximos anos”, disse.
Clique aqui para acessar o glossário.
 
Posted: 28 Mar 2018 08:36 AM PDT
Foto: Rede Esporte pela Mudança Social (REMS)
Foto: Rede Esporte pela Mudança Social (REMS)
Com a proposta de democratizar a atividade física e o lazer e em comemoração ao Dia Internacional do Esporte para o Desenvolvimento e pela Paz (6 de abril), a REMS – Rede Esporte pela Mudança Social, parceria da Nike e do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), promoverá a segunda edição do evento “Esporte na Rua”.
O chamado para a população participar de atividades físicas, esportivas e brincadeiras ativas em espaços públicos conta com a participação de instituições e ONGs reconhecidas, responsáveis pelo atendimento de mais de 200 mil pessoas no último ano, em 20 estados.
Os eventos, gratuitos e abertos ao público, ocorrerão em pontos espalhados pelo país. Haverá intervenções em 8 de abril (domingo) em São Paulo, Ribeirão Preto, Brasília e Fortaleza e em 7 de abril (sábado) em Curitiba e Rio de Janeiro, e toda a população será convocada a praticar esportes.
Os mais de 250 voluntários, entre educadores, líderes comunitários, assistente sociais, atletas e educandos, esperam promover atividades para 5 mil pessoas, como os jovens atendidos pelas organizações e demais interessados.
Em São Paulo, a esquina da Avenida Paulista com a Alameda Ministro Rocha Azevedo receberá brincadeiras de rua e esportes variados, como tênis, futebol e rugby, com as organizações Instituto Corrida Amiga, Fundação Tênis, Projeto Vida Corrida, Instituto Patrícia Medrado, Fundação Esportiva Educacional Pró Criança e Adolescente – EPROCAD, Fundação Gol de Letra, HURRA!, ONG Social Skate, Instituto Passe de Mágica, Instituto Futebol de Rua, Instituto Família Barrichello, Social Skate, Fundação Cafu, Instituto Esporte & Educação.
Representando o interior paulista, a cidade de Ribeirão Preto receberá atividades promovidas pela Associação Proesporte e Cultura. O Parque Dr. Luiz Carlos Raya será palco de um café da manhã para convidados e voluntários que prepararão cinco estações de atividades esportivas e culturais: futebol 3 tempos, fitdance, treino social, badminton e recreação.
Brasília fará sua estreia no evento e receberá a população no Eixão Norte. O CER Samambaia realizará oficinas de iniciação ao rugby. O Instituto Joaquim Cruz, a Capital Feminina Futebol Clube e a Ajax Estrutural também entrarão no rodízio de atividades e levarão aos participantes oficinas de atletismo, torneios de golzinho e grupos de capoeira.
Em Fortaleza, o evento acontecerá no Anfiteatro do Parque do Cocó, maior parque urbano do estado. Haverá jogos recreativos, karatê, jogos de oposição/combate, beisebol, skate, capoeira, atletismo, yoga, futebol, dinâmicas de grupo, futsal, beach tênis, biodança, zumba, tai chi chuan, dança de salão, slackline e arvorismo, liderados por organizações da REMS (Instituto Planet, Instituto Esporte Mais – IEMais, IPOM, IBLF, NUD e Associação Cearense de Beisebol) e pela Secretaria Estadual de Meio Ambiente – Projeto Viva o Parque.
Curitiba será a sede do “Esporte na Rua”, no Sul do país. O local escolhido é a Praça de Esportes Oswaldo Cruz. Estão previstas atividades esportivas, contando com a participação do Instituto Futebol de Rua, Instituto Compartilhar, Instituto Guga Kuerten e Atleta Bom de Nota, com minivôlei, futebol freestyle, futebol de rua, futsal, treino social e mini tênis, bem como brinquedão e atividades culturais para entreter os participantes.
No Rio de Janeiro, o evento será na Vila Olímpica de Isabel, no Morro dos Macacos, em 7 de abril, sábado, das 8h ao meio-dia. Entre as atividades programadas, estão futebol de 5, judô, tênis, simulador de barco a vela, skate e atividades lúdicas, desenvolvidas pelas organizações Instituto Reação, URECE Esporte e Cultura, Instituto Companheiros das Américas, Fundação Gol de Letra, Coletivo Briza, Luta pela Paz, Instituto Promundo e Instituto Rumo Náutico.
“Não basta ter o Dia Internacional do Esporte para o Desenvolvimento e pela Paz. Entendemos que nossa responsabilidade é democratizar, com qualidade, a atividade física e o lazer, promovendo saúde e bem-estar. O esporte é capaz de favorecer o desenvolvimento humano”, explica William de Oliveira, diretor-executivo do Instituto Família Barrichello, organização responsável pela Secretaria Executiva da REMS.
“O espaço público deve ser usado para o bem comum. Por isso, estamos mobilizando toda nossa rede e a população para que ocupem as ruas. Nesta edição, conseguimos movimentar ainda mais instituições e voluntários”, observa Ana Carrança, coordenadora da REMS.
A REMS tem como missão fortalecer organizações que reconhecem o esporte como fator de desenvolvimento humano e o setor no qual elas atuam. A intenção da rede é trazer visibilidade ao trabalho das organizações, demonstrando o impacto social e o poder transformador do esporte, que inspira pessoas, instituições e governos para a promoção da saúde, do desenvolvimento humano, da ética e da cidadania.
Programação
São Paulo (SP)
Data: 8 de abril, das 10h às 13h
Local: esquina da Avenida Paulista com a Alameda Ministro Rocha Azevedo.
Atividades: As organizações da REMS oferecerão aos moradores de São Paulo e seus visitantes atividades físicas e esportivas como um passeio a pé pela Avenida Paulista (Instituto Corrida Amiga), tênis (Instituto Patrícia Medrado), Futebol 3 Tempos (Fundação Esportiva Educacional Pró Criança e Adolescente – EPROCAD), Atividade Esporte e Gênero – prática esportiva associada a reflexão sobre igualdade de gênero e Circuito lúdico (Fundação Gol de Letra), Rugby (HURRA!), Playground Basquete (Instituto Passe de Mágica), Futebol de rua (Instituto Futebol de Rua), Brincar para Jogar – Estações de atividades com jogos e brincadeiras variadas (Instituto Família Barrichello), Jogadeira (Instituto Esporte & Educação), dança (Projeto Vida Corrida), skate (ONG Social Skate), além do apoio das organizações Love.Fútbol, Fundação Cafu, Fundação Tênis, CIEDS e Plan International Brasil.
Ribeirão Preto (SP)
Data: 8 de abril, das 8h às 12h
Local: Parque Dr. Luiz Carlos Raya (Rua Severino Amaro dos Santos s/n)
Atividades: futebol 3 tempos, fitdance, treino social, badminton e recreação promovidas pela Associação Proesporte e Cultura
Brasília (DF)
Data: 8 de abril, das 9h às 11h
Local: Eixão Norte (altura da SQS 211/212)
Atividades: Mais de 40 voluntários serão responsáveis por oficinas de iniciação ao rugby (CER Samambaia), oficinas de atletismo (Instituto Joaquim Cruz), torneio de golzinho (Capital Feminina Futebol Clube) e grupos de capoeira que irão interagir com os participantes e ensinarão os principais movimentos do esporte (Ajax Estrutural)
Fortaleza (CE)
Data: 8 de abril, das 7h às 12h
Local: Anfiteatro do Parque do Cocó (Avenida Padre Antônio Tomás, s/n – Cocó)
Atividades: Jogos recreativos, karatê, jogos de oposição/combate, Beisebol, skate, capoeira, atletismo, yoga, futebol, dinâmicas de grupo, futsal, beach tênis, biodança, zumba, tai chi chuan, dança de salão, slackline e arvorismo, realizados pelas organizações membros da REMS (Instituto Planet, Instituto Esporte Mais – IEMais, IPOM, IBLF, NUD e Associação Cearense de Beisebol) e pela Secretaria Estadual de Meio Ambiente – Projeto Viva o Parque.
Curitiba (PR)
Data: 7 de abril, das 9h às 13h
Local: Praça de Esportes Oswaldo Cruz
Atividades: futebol de rua e FreeStyle (Instituto Futebol de Rua), vôlei e mini vôlei (Instituto Compartilhar), tênis (Instituto Guga Kuerten) e Treino Social e futsal (Instituto Atleta Bom de Nota), além de diversas atividades culturais que também estão sendo programadas para entreter os participantes, como Brinquedos infláveis, jogos educativos, atividades culturais promovidas por instituições não membros da REMS, como SESI e Instituto Ícaro.
Rio de Janeiro (RJ)
Data: 7 de abril, das 8h às 12h
Local: Vila Olímpia de Isabel, no Morro dos Macacos
Atividades: futebol de 5 (URECE Esporte e Cultura), judô (Instituto Reação), simulador de barco a vela (Instituto Rumo Náutico – Projeto Grael), atividades lúdicas e recreativas com debate educativo (Instituto Promundo), Metodologia Vencer – Futebol & Empregabilidade (Instituto Companheiros da América) e tênis (Fundação Gol de Letra).

Sobre a REMS

A Rede Esporte pela Mudança Social (REMS) reúne hoje 104 instituições que utilizam o esporte como fator de desenvolvimento humano e, juntas, realizam mais de 200 mil atendimentos por ano no Brasil.
Foi fundada simultaneamente no Brasil e na África do Sul em 2007, por um grupo de organizações da sociedade civil com apoio da Nike e do PNUD. Esta iniciativa inspirou a criação de redes semelhantes no Reino Unido e na Argentina.
A REMS traz visibilidade ao trabalho das organizações, demonstrando o impacto social e o poder transformador do esporte, que inspira pessoas, instituições e governos para a promoção da saúde, do desenvolvimento humano, da ética e da cidadania. Mais informações: http://rems.org.br/br/.
 
Posted: 27 Mar 2018 03:12 PM PDT
Clique para exibir o slide.Quando os voluntários de uma operação de limpeza costeira nas Ilhas Galápagos encontraram uma lata de refrigerante de uma marca proveniente da Indonésia, não se surpreenderam. Há meses estavam recolhendo toneladas de plásticos vindas de outras regiões do planeta e que chegavam a essas praias remotas, localizadas a 1 mil quilômetros do Equador.
O emblemático arquipélago equatoriano, que inspirou Charles Darwin para sua teoria da evolução das espécies, não está alheio à maré de plástico que inunda o globo. O lixo que acaba nas ilhas ameaça as espécies vulneráveis da região, assim como seus habitantes, que dependem dos recursos marinhos de Galápagos para sua alimentação e sustento.
Com uma extensão de 138 mil quilômetros quadrados de reserva marinha — uma das maiores do mundo — e 8 mil quilômetros quadrados de reserva terrestre, Galápagos abriga 2.017 espécies que só vivem nesse local: 86% dos répteis das ilhas são endêmicos, assim como 27% dos mamíferos e 25% das aves. Corvos e iguanas marinhas, pinguins, lobos marinhos, os fringilídeos de Darwin e as tartarugas gigantes estão entre as espécies icônicas do arquipélago.
Devido à sua enorme riqueza ecológica, cultural e econômica, estas áreas protegidas se tornaram Patrimônio Natural da Humanidade em 1978.
Mas a atividade humana está alterando este ecossistema antigo: restos de plástico foram recentemente encontrados em ninhos de fringilídeos de Darwin e nos estômagos de tartarugas marinhas e albatrozes, durante uma investigação em curso conduzida em conjunto pela Direção do Parque Nacional de Galápagos e pela Universidade San Francisco de Quito.
O plástico se desintegra em micropartículas que são impossíveis de coletar, de modo que é inevitável sua entrada na cadeia alimentar. “Muitos animais as confundem com ovos de espécies marinhas das quais normalmente se alimentam”, explica Jorge Carrión, diretor encarregado do Parque Nacional Galápagos.
Calcula-se que anualmente sejam jogadas nos mares do mundo até 13 milhões de toneladas de plástico. Ao menos 50% desse lixo é composto por plástico descartável, que pode permanecer no meio ambiente por até 500 anos.
As autoridades de Galápagos tomaram medidas significativas para controlar a contaminação por plásticos nas ilhas. Inclusive declararam 2018 o ano da guerra contra a poluição por plásticos, unindo os esforços de governos, cientistas e cidadãos.
Um programa de gestão de resíduos em Santa Cruz, a ilha mais povoada, conseguiu uma recuperação de 45% dos resíduos sólidos recicláveis, porcentagem mais alta no Equador. Produtos como garrafas plásticas e latas foram enviadas à parte continental equatoriana para reciclagem, enquanto outros, como as garrafas de vidros, são reutilizadas localmente. Em uma resolução de 2014, o Conselho de Governo do Regime Especial de Galápagos proibiu que sacolas plásticas entrassem nas ilhas, e as autoridades esperam introduzir restrições para outros produtos plásticos descartáveis.
Os residentes se uniram a esses esforços e frequentemente participam de limpezas costeiras. Em fevereiro passado, em uma iniciativa de limpeza de praias remotas, os voluntários retiraram 2,5 toneladas de rejeitos durante uma travessia de oito dias.
“No Equador, promovemos um novo paradigma de desenvolvimento, baseado em um equilíbrio entre o ser humano e a natureza. Os moradores de Galápagos são um exemplo de como uma cidadania informada entende que a biodiversidade é um recurso estratégico e, portanto, tem o impulso de lutar ativamente contra a poluição marinha”, disse Tarsicio Granizo, ministro do Meio Ambiente do Equador.
Os pescadores, que dependem do mar para sobreviver, não ficaram de braços cruzados. Por exemplo, participam de limpezas submarinas e geram incentivos para que seus companheiros não abandonem no mar os sacos plásticos nos quais compram gelo.
Alberto Andrade, membro de um grupo de pescadores artesanais, participou das limpezas e encontrou garrafas plásticas da China, mas também lixo marinho proveniente da América Central, do México ou do Peru. Ele é testemunha dos efeitos malignos do plástico: viu centenas de animais presos em redes fantasmas de pesca, e acredita que a situação é alarmante. Mas tem esperança, porque “a conservação está no DNA de quem vive em Galápagos”.
As redes sociais ajudaram Andrade a mobilizar seus colegas e vizinhos a favor do meio ambiente. Seu grupo, a Frente Insular Reserva Marinha de Galápagos, defende a proibição de todos os plásticos descartáveis no arquipélago e está pressionando para que os restaurantes deixem de oferecer canudos. “Agora estão começando a usar alternativas, como os canudos de metal”, disse.
“Ainda estamos em tempo de liberar o arquipélago do lixo marinho, manter uma biodiversidade saudável e preservar Galápagos como um laboratório de evolução”, disse Jorge Carrión. “Mas ainda temos um longo caminho a percorrer”.
O Equador é parte da campanha global Mares Limpos da ONU Meio Ambiente, o movimento mais ambicioso das Nações Unidas contra o lixo marinho. A campanha promove a aliança entre os governos, o setor privado e os cidadãos para deter a poluição por plástico.
Um planeta sem poluição por plásticos é o tema do Dia Mundial do Meio Ambiente 2018.
Clique aqui para saber mais sobre o trabalho da ONU Meio Ambiente nos oceanos e nos mares.
 
Posted: 27 Mar 2018 02:51 PM PDT
Tânia Nunes, uma das participantes de projeto beneficiado pelo Empodera. Imagem: ONU Mulheres
Tânia Nunes, uma das participantes de projeto beneficiado pelo Empodera. Imagem: ONU Mulheres
ONU Mulheres e o Instituto Lojas Renner divulgaram neste mês um minidocumentário sobre 15 projetos de empreendedorismo feminino no setor têxtil. Iniciativas foram beneficiadas pelo edital Empodera, um programa da agência das Nações Unidas para apoiar financeiramente negócios liderados por mulheres. Mais de mil trabalhadoras foram beneficiadas com o apoio em recursos.
A produção audiovisual, que pode ser vista gratuitamente em meio online, conta a história de empreendedoras de diferentes regiões do Brasil, e também de mulheres direta e indiretamente afetadas por seus negócios.
Os aportes investidos nas pequenas empresas permitiram a compra de maquinário e matéria-prima, a capacitação das funcionárias, a geração de empregos, o aumento da produção e melhorias nos processos produtivos e nas condições de trabalho. Um dos resultados alcançados foi também a independência financeira de muitas das mulheres participantes.
Além dos recursos financeiros, os projetos receberam acompanhamento na gestão de suas atividades, com aulas sobre relações de trabalho, empoderamento feminino e igualdade de gênero.
“O projeto Empodera é um exemplo prático e concreto de que, quando você investe nas mulheres de baixa renda, quando você investe nas organizações de mulheres que estão querendo produzir, que querem entrar na sua cadeia de valor, o empoderamento acontece”, afirma Nadine Gasman, representante da ONU Mulheres Brasil.
A iniciativa é fruto do trabalho da ONU Mulheres com empresas engajadas com os Princípios de Empoderamento das Mulheres (WEPs), um conjunto de valores e diretrizes defendidos pela agência das Nações Unidas e pelo Pacto Global. O programa Empodera foi desenvolvido em parceria com o Instituto Lojas Renner e disponibilizou 1 milhão de reais para iniciativas voltadas ao empreendedorismo feminino.
“A ONU nos ajuda a refletir sobre o que a gente precisa melhorar no desenvolvimento do nosso negócio, para sermos cada vez mais sustentáveis. Além disso, reforça a importância de as empresas exercerem o seu papel dentro da sociedade”, diz o diretor-executivo do Instituto Lojas Renner, Vinicios Malfatti.
Por meio de depoimentos pessoais, o documentário mostra que o empoderamento econômico das mulheres é fundamental para a sua emancipação e traz impactos positivos para o desenvolvimento da família e da comunidade. A obra foi produzida entre janeiro e março de 2018.
Assista ao documentário abaixo:

 
Posted: 27 Mar 2018 02:29 PM PDT
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