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terça-feira, 3 de abril de 2018

Boletim diário da ONU Brasil: “ONU certifica 600 jovens em programa de prevenção à violência pelo esporte” e 16 outros.

NU certifica 600 jovens em programa de prevenção à violência pelo esporte” e 16 outros.

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29 de mar (Há 5 dias)
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Boletim diário da ONU Brasil: “ONU certifica 600 jovens em programa de prevenção à violência pelo esporte” e 16 outros.

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Posted: 29 Mar 2018 02:15 PM PDT
Projeto do UNODC visa a prevenir a violência por meio das práticas esportivas. Foto: UNODC
Projeto do UNODC visa a prevenir a violência por meio das práticas esportivas. Foto: UNODC
Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC) celebrará na próxima segunda-feira (2) a formação de jovens no Programa “Vamos Nessa”, focado em prevenir a violência e a criminalidade por meio dos esportes. Entre março e dezembro de 2017, a iniciativa capacitou cerca de 600 jovens entre 11 e 17 anos, além de mais de 80 profissionais de Educação Física, no Distrito Federal e no Rio de Janeiro.
O Programa Vamos Nessa é uma iniciativa global do UNODC para a prevenção da violência e da criminalidade entre jovens por meio da prática esportiva. A iniciativa trabalha com adolescentes em situação de risco com o objetivo de reforçar a resiliência por meio do estímulo ao desenvolvimento de habilidades para a vida.
A ação foi implementada, pela primeira vez no mundo, em Centros e Vilas Olímpicas no Distrito Federal e do Rio de Janeiro, em parceria com as respectivas Secretarias de Esportes. Atualmente, a metodologia do programa está sendo introduzida em países como África do Sul, Quirguistão, Uganda, Palestina, Peru e República Dominicana.
Ao longo de dez sessões, os professores capacitados pelo programa aprimoram habilidades interpessoais dos jovens participantes através de atividades esportivas aplicáveis a qualquer modalidade. Desta maneira, temáticas como uso de drogas, fatores de risco, preconceito e bullying são abordadas de maneira interativa e construtiva entre os participantes.
Segundo Laura de Morais, de 11 anos, é perceptível a mudança de comportamento após exposição à metodologia, tanto entre participantes como entre professores. De acordo com a jovem, estereótipos e o machismo em modalidades como futsal têm sido desconstruídos entre as turmas do programa.
A cerimônia de conclusão de curso e entrega de certificados para os e as participantes ocorrerá a partir das 9h, no Auditório Águas Claras do Centro de Convenções Ulysses Guimarães. Além de cerca de 150 jovens, a atividade também contará com a presença de diretores e professores de Centros Olímpicos e de autoridades locais, como a Secretária de Esporte, Turismo e Lazer do Governo de Brasília.
Sobre o UNODC
O Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC) é a agência das Nações Unidas responsável pela prevenção ao crime e justiça criminal e questões relacionadas ao consumo e abuso de drogas. Estabelecido em 1997, o UNODC tem sede na cidade de Viena, na Áustria, e conta com escritórios baseados em 21 países. Sua principal missão é contribuir para o desenvolvimento socioeconômico dos países ao promover justiça, segurança, saúde e direitos humanos.
 
Posted: 29 Mar 2018 01:41 PM PDT
A ONU está recebendo contribuições de acadêmicos, especialistas e organizações da sociedade civil sobre o tema “parlamentos como promotores dos direitos humanos, da democracia e do Estado de Direito”.
As informações serão consideradas em preparação para o Fórum sobre os Direitos Humanos, Democracia e Estado de Direito, que será realizado nos dias 22 e 23 de novembro em Genebra.
O prazo para envio de considerações é 4 de maio de 2018. Para mais informações sobre o Fórum e sobre as contribuições, acesse o link: https://bit.ly/2pzjluC.
Em outra chamada, a ONU está pedindo contribuições dos Estados, organizações da sociedade civil e outras partes interessadas para serem consideradas no planejamento da quarta fase do Programa Mundial de Educação em Direitos Humanos, lançado em 2005.
As considerações devem abordar, principalmente: setores-alvo – grupos profissionais, grupos detentores de direitos, público geral, etc; e áreas de foco ou questões temáticas de direitos humanos – direitos específicos, grupo de direitos ou um problema global importante para a promoção e proteção dos direitos humanos.
As contribuições devem ser enviadas também até 4 de maio de 2018. Saiba mais em: https://bit.ly/2py5ipf.
 
Posted: 29 Mar 2018 01:31 PM PDT
Clique para exibir o slide.Agência da ONU para Refugiados (ACNUR) tem quase 11 mil funcionários no mundo, a maioria trabalhando em campo. Conheça a história do jordaniano Ayman Gharaibeh, de 53 anos, que lidera a agência das Nações Unidas no Iêmen. Com 25 anos de experiência, ele já atuou em Iraque, Síria, Iêmen, Afeganistão, Sri Lanka, Bósnia e na sede das Nações Unidas, em Genebra.
O ACNUR atua em 130 países, ajudando homens, mulheres e crianças forçados a deixar suas casas devido a guerras e perseguições. Sua sede está localizada em Genebra, mas a maioria dos funcionários está em campo, ajudando refugiados.
A reportagem sobre Gharaibeh faz parte de uma série que destaca a equipe do ACNUR e seu trabalho.
Leia abaixo a entrevista.
Por que você se tornou um trabalhador humanitário?
Em 1990, eu estava trabalhando em um banco em Amã, na Jordânia, quando um dia recebi uma ligação de um amigo me oferecendo um emprego. Ele trabalhava para o Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV). Saddam Hussein, então presidente do Iraque, tinha invadido o Kuwait e o CICV foi encarregado de tirar do país cidadãos de outras nações, principalmente indianos e bengaleses.
Eu tinha 25 anos e estava em um trabalho que não achava gratificante. Um contrato de um mês no meio do deserto soava mais interessante do que trabalhar em um banco. Eu realmente não sabia no que estava me metendo, mas sempre tive esse interesse de entender o mundo em um contexto completamente diferente do que você aprenderia nos livros de História. Acabou sendo uma experiência fantástica.
Este trabalho me colocou em momentos cruciais da história mundial e me levou para diferentes lugares do mundo. Então, em última análise, meu trabalho permitiu combinar meu interesse de entender o mundo com o serviço à humanidade.
Qual é a parte mais gratificante ou desafiadora do seu trabalho?
A crise do Iêmen vem se desdobrando nos últimos três anos e continua a se desenrolar. O papel do ACNUR deixou de ser o de uma pequena operação que trabalha com refugiados da Somália para uma resposta a uma grande crise de deslocamento interno que afeta 2 milhões de pessoas.
Em apenas um dia, Sanaa pode ser atacada 62 vezes via aérea. Podemos diagnosticar 5 mil casos de cólera por dia. Você enfrenta esse desafio e começa a se questionar – o que estamos fazendo aqui? Mas isso muda completamente quando você está mais perto das pessoas e vê que está realmente fazendo a diferença em suas vidas.
Costumamos dizer que o que o humanitarismo e os humanitários estão fazendo é salvar vidas. Mas eu não acho que isso dê crédito às pessoas que estamos servindo. Os refugiados sobreviveram porque sabem como sobreviver – as pessoas são salvas por sua própria resiliência, é assim que o Iêmen sobrevive hoje.
Qual foi o seu melhor dia de trabalho?
É muito difícil escolher um dia específico em 25 anos, mas os melhores dias são quando fico cara a cara com as pessoas que essa organização atende. Isso é o que realmente me dá motivação – você está lidando com pessoas fortes e resilientes que não estão desistindo, então por que você deveria desistir?
A resiliência não tem um lar. Ela existe em todos os países. A resiliência dos bósnios durante a guerra não é menor que a resiliência dos tâmeis no norte do Sri Lanka.
Os pais querem olhar nos olhos de seus filhos e ver alguma esperança no futuro. Esta é a parte complexa do meu trabalho e essa é a singularidade do mandato do ACNUR, porque você está lidando com pessoas.
Qual foi o seu pior dia?
O que eu menos gosto no meu trabalho são os momentos em que é preciso partir, seja porque sua tarefa foi concluída e é hora de seguir em frente, seja por condições extremamente hostis. Alguns dos momentos mais difíceis ocorreram quando tive que deixar Aden, no Iêmen, em 1994; Herat, no Afeganistão, em 1996; e a Síria em 2012.
Deixar a Síria foi especialmente difícil. Eu estava lá havia cinco anos montando nossa operação para lidar com a crise dos refugiados iraquianos, mas depois o país começou a se atolar em uma crise que todos nós sabíamos que estava chegando e eu tive que partir. Como eu vinha da região e falava árabe, estava muito alinhado com a nossa equipe nacional e minha saída pesou muito na minha consciência e no psicológico de nossa equipe.
Eles me perguntaram: “Você precisa nos deixar agora quando estamos em um momento de necessidade? O que vai acontecer conosco quando você partir?”
Uma das coisas mais difíceis é deixar para trás as mesmas pessoas cuja segurança lhe preocupa. É uma parte inevitável do nosso trabalho, pois temos que seguir em frente, mas você parte quase com um sentimento de culpa, medo e traição.
Aqueles que ficam para trás querem apenas saber se existe alguma esperança, e quando muitas das causas para as questões às quais estamos respondendo estão além de nós, a esperança nem sempre é algo que você pode dar às pessoas.

 
Posted: 29 Mar 2018 01:20 PM PDT

Acesse a ferramenta em www.wipo.int/patentscope.
 
Posted: 29 Mar 2018 01:01 PM PDT

Mais no vídeo e clicando aqui.
 
Posted: 29 Mar 2018 12:46 PM PDT
Migrantes e refugiados cruzam Mediterrâneo para chegar à Europa. Foto: Marinha Italiana/M. Sestini
Migrantes e refugiados cruzam Mediterrâneo para chegar à Europa. Foto: Marinha Italiana/M. Sestini
A Organização Internacional para as Migrações (OIM) e o Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC) lançaram na terça-feira (27), em Viena, uma plataforma conjunta para combater o tráfico de migrantes.
A iniciativa encoraja os principais atores a unir forças para, entre outras medidas, reforçar as capacidades dos Estados-membros de desmantelar redes criminosas de tráfico de migrantes, ampliando a assistência às vítimas e apoiando o desenvolvimento das estratégias de prevenção e planos de ação.
No nível global e por meio de seus escritórios regionais e de país, a OIM tem contribuído há anos para prevenir e combater o tráfico de migrantes. Em 2016, adotou a Abordagem Abrangente para Combater o Tráfico de Migrantes, que define quatro pilares de atuação: proteção e assistência; enfrentamento às causas; ampliação das capacidades dos Estados de combater atividades de tráfico de migrantes; e promoção da pesquisa e da coleta de dados.
Em entrevista ao site internacional da OIM, a diretora regional da agência da ONU para o Sudeste da Europa, Europa Oriental e Ásia Central, Argentina Szabados, disse que o tráfico de migrantes é um crime transnacional, que lucra com a miséria de pessoas desesperadas. Leia abaixo a entrevista:
Quais os benefícios de uma plataforma conjunta de OIM e UNODC para o combate ao tráfico de migrantes?
O tráfico de migrantes transfronteiriço é um crime transnacional, que lucra com a miséria de pessoas desesperadas, e requer cooperação transnacional. Precisamos de ações. Muitas vidas estão sendo perdidas, e muito sofrimento está ocorrendo. Sim, migrantes traficados eventualmente encontrarão trabalho e, como migrantes, podem ser bem sucedidos no progresso de integração no seu local de destino. Mas isso não justifica o crime dos contrabandistas de cruzar fronteiras ilegalmente e seu tratamento inadequado dos migrantes em sua jornada. De fato, os traficantes parecem dar pouco valor aos humanos que transportam, porque uma vez que a taxa é paga, pouco pensam sobre como garantir a chegada segura dos mais vulneráveis. Para acabar com as atividades de tráfico de migrantes e garantir uma gestão apropriada das migrações, precisamos de cooperação transnacional entre os Estados e outras partes relevantes. Essa plataforma é parte integral do caminho rumo a esse objetivo.
Não seria melhor garantir a segurança nas fronteiras e impedir que as pessoas façam jornadas perigosas?
A migração é uma realidade humana, está no nosso DNA. As pessoas serão sempre levadas a se mover para melhorar suas condições de vida, e para se distanciar do perigo. Enquanto os Estados precisam saber quem está entrando e saindo de seus territórios, foi demonstrado que políticas mais abertas de migração para o trabalho reduzem significativamente a necessidade de recorrer a travessias de alto risco oferecidas por contrabandistas. Precisamos oferecer a potenciais migrantes alternativas seguras e legais para o serviço arriscado e insalubre dado pelos traficantes.
Como podemos combater esse crime, que é altamente lucrativo?
O tráfico de migrantes pode ser combatido da mesma forma que o tráfico de pessoas: com prevenção, proteção e responsabilização. Os primeiros passos incluem aumentar a percepção sobre as opções para uma migração regular e segura, e sobre os riscos que os migrantes enfrentam ao se colocar nas mãos de traficantes. Precisamos ser mais conscientes sobre as vulnerabilidades que movem os migrantes e sobre as vulnerabilidades que enfrentam em sua jornada. Migrantes que foram traficados precisam de nossa assistência em muitos níveis, o que inclui a recuperação após viagens brutais, durante qualquer processo legal que possam enfrentar, e no retorno voluntário e reintegração daqueles que não estão em necessidade de proteção internacional. É necessário fortalecer a aplicação das leis para reconhecer o tráfico de migrantes e a proteção dos migrantes, e ter os meios para enfraquecer e responsabilizar aqueles que cometem esse crime.
Quais são os princípios que orientam a plataforma?
A meta 10.7 dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) prevê facilitar a movimentação de pessoas de maneira ordenada, segura, regular e responsável. Aprovada em 2016, a nova declaração de Nova Iorque para refugiados e migrantes está, esperamos, nos movendo nesse sentido, na forma de um pacto global. Unir nossos esforços e fornecer uma plataforma para os Estados-membros enfrentarem o tráfico de migrantes é um passo essencial nesse processo.
A Organização Internacional para as Migrações (OIM) e o Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC) lançaram em Viena uma plataforma conjunta para combater o tráfico de migrantes. Foto: OIM
A Organização Internacional para as Migrações (OIM) e o Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC) lançaram em Viena uma plataforma conjunta para combater o tráfico de migrantes. Foto: OIM

 
Posted: 29 Mar 2018 12:39 PM PDT

O secretário-geral da ONU, António Guterres, disse esta quarta-feira (28) no Conselho de Segurança que chegou a hora de reformar as missões de paz das Nações Unidas.
O Conselho de Segurança debateu o tema, num encontro de alto nível, em Nova Iorque, para avaliar formas de melhorar as operações em todo o mundo.
Guterres afirmou que as operações de paz podem ser “um feito notável de multilateralismo e solidariedade internacional”, mas que, apesar disso, “enfrentam desafios sérios”, em particular nas suas quatro maiores missões: Mali, República Democrática do Congo, República Centro-Africana e Sudão do Sul.
O chefe da ONU lembra que os integrantes das forças de paz “operam em ambientes mais perigosos, complexos e de alto risco”. Estão sob ameaça de grupos armados e terroristas, que têm acesso a armas poderosas, acrescentou.
Os capacetes-azuis “têm frequentemente com falta de equipamento e são pouco preparados para os ambientes perigosos em que operam”. Guterres explicou que estes homens e mulheres “estão vulneráveis e tornaram-se alvos para ataques”.
Em 2016, morreram 34 soldados da paz. No ano passado, esse número subiu para 59. Guterres considerou “estes números inaceitáveis” e prometeu que a organização “nunca irá esquecer o seu sacrifício”. Saiba mais na matéria da ONU News clicando aqui.
 
Posted: 29 Mar 2018 12:32 PM PDT
Soldado sírio veste uma máscara para protegê-lo de ataques com armas químicas e biológicas. Foto: Wikicommons/My76Strat (CC)
Foto: Wikicommons/My76Strat (CC)
Alarmado com relatos persistentes de uso de armas químicas na Síria, o secretário-geral das Nações Unidas pediu ao Conselho de Segurança em março (22) que demonstre unidade para levar à justiça aqueles que fazem uso de tais artifícios.
Em uma declaração de seu porta-voz, o secretário-geral, António Guterres, expressou que o uso de armas químicas, sob quaisquer circunstâncias, é “injustificável” e “abominável”.
“Igualmente injustificável é a falta de resposta a tal uso, se e quando ocorrer. A impunidade não pode prevalecer com respeito a crimes tão graves”, acrescentou.
A declaração foi feita após reunião em 20 de março, entre Guterres e Ahmet Üzümcü, o diretor-geral da Organização para a Proibição de Armas Químicas (OPAQ).
Durante a reunião, o chefe da ONU reiterou seu apoio ao trabalho da OPAQ na investigação de alegações sobre o uso de armas químicas na Síria, sua confiança em sua integridade, bem como na Missão de Investigação e suas conclusões.
A OPAQ é uma organização internacional que trabalha em estreita colaboração com a ONU para implementar a Convenção contra a Convenção sobre Armas Químicas e eliminar o uso de armas químicas, bem como a ameaça de seu uso.
 
Posted: 29 Mar 2018 12:13 PM PDT
Os dez anos da Declaração das Nações Unidas sobre os Direitos dos Povos Indígenas são o mote do documentário “Mulheres Indígenas: Vozes por Direitos e Justiça”. Foto: UNIC Rio/Natalia da Luz
Os dez anos da Declaração das Nações Unidas sobre os Direitos dos Povos Indígenas são o mote do documentário “Mulheres Indígenas: Vozes por Direitos e Justiça”. Foto: UNIC Rio/Natalia da Luz
Os dez anos da Declaração das Nações Unidas sobre os Direitos dos Povos Indígenas são o mote do documentário “Mulheres Indígenas: Vozes por Direitos e Justiça”, lançado pela ONU Brasil nesta quinta-feira (29), em Brasília (DF). O vídeo recupera alguns momentos do diálogo entre as mulheres indígenas e as Nações Unidas em torno de sua articulação pelos direitos humanos e em defesa de seus povos e territórios, no Brasil e no exterior.
Nos últimos anos, aumentou a presença de mulheres indígenas em reuniões, conferências e audiências internacionais, regionais e locais. O documentário resgata a trajetória política das mulheres indígenas na Comissão da ONU sobre a Situação das Mulheres (CSW, na sigla em inglês), no Fórum Permanente dos Povos Indígenas e sua articulação no Acampamento Terra Livre e no Kuñague Aty Guasu – ambos espaços políticos dos povos indígenas.
O documentário “Mulheres Indígenas: Vozes por Direitos e Justiça” também estabelece o intercâmbio entre Brasil e Canadá pela aproximação de mulheres indígenas dos dois países. O vídeo foi produzido pelo Grupo Temático de Gênero, Raça e Etnia da ONU Brasil e pelo Centro de Informação das Nações Unidas para o Brasil (UNIC Rio), com apoio da Embaixada do Canadá. Produzido em 2017 e finalizado este ano, faz parte das ações da ONU nos 70 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos.
“As mulheres indígenas brasileiras têm demonstrado crescente liderança e participação política. O documentário registra a movimentação que elas têm feito para garantir as necessidades básicas da própria vida e de seus povos, além da garantia do direito às terras e aos territórios indígenas. O documentário mostra também o diálogo com as Nações Unidas, no esforço que as mulheres indígenas têm feito para garantir seus direitos humanos e de seus povos”, afirma Nadine Gasman, representante da ONU Mulheres Brasil e coordenadora do Grupo Temático de Gênero, Raça e Etnia da ONU Brasil.
Marie-Claude Bibeau, ministra de Desenvolvimento Internacional e da Francofonia do Canadá, também chama atenção para o empoderamento político das mulheres indígenas. “Precisamos intensificar nossos esforços para oferecer oportunidades para todas as mulheres, inclusive as mulheres indígenas, expressarem suas preocupações e advogarem por seus direitos. As mulheres indígenas neste documentário sabem disso. Encorajo todos a ouvir suas histórias. E promover esse documentário para que suas vozes possam ser ouvidas não apenas pelo governo e pela sociedade brasileira, mas além das fronteiras do Brasil”, considera.
Maurizio Giuliano, diretor do UNIC Rio, ressalta a importância de dar voz às mulheres indígenas. “Ouvi-las e empoderá-las é o primeiro passo para que possam conquistar espaços em seus territórios, seja nas aldeias ou nas cidades”.

Acesso ao documentário

“Mulheres Indígenas: Vozes por Direitos e Justiça” está disponível nas plataformas digitais da ONU Brasil, entre elas o Youtube.
 
Posted: 29 Mar 2018 11:49 AM PDT
Jovem usa celular em Washington, nos Estados Unidos. Foto: Banco Mundial/Simone D. McCourtie
Jovem usa celular em Washington, nos Estados Unidos. Foto: Banco Mundial/Simone D. McCourtie
A Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura, UNESCO, promove até sexta-feira (30) a Semana de Aprendizagem Móvel, na sua sede em Paris, França.
Neste ano, o evento tem o tema: “Habilidades para um mundo conectado”, com os participantes trocando conhecimentos sobre como governos e parceiros podem atingir metas ligadas ao Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) 4.
O ODS busca garantir que até 2030 todas as pessoas do planeta tenham acesso à educação de qualidade, promovendo também oportunidades de aprendizagem ao longo da vida para todos.
A UNESCO apresentou na terça-feira (27), durante o evento, um relatório sobre o potencial da tecnologia móvel para garantir que todos os refugiados tenham acesso à educação.
A agência destaca que, dos 22,5 milhões de refugiados, 93% vivem em áreas onde há cobertura de telefone celular e 39% das famílias têm telefones com acesso à internet.
O relatório nota que “entre os refugiados, estar conectado é visto como uma necessidade básica, assim como ter educação, roupas para vestir e cuidados de saúde”.
A UNESCO explica que o uso das tecnologias móveis pode ajudar a ampliar os conhecimentos dos refugiados e, ao mesmo tempo, promover seu bem-estar, especialmente quando o contato face a face fica difícil para quem passou por grandes traumas.
A diretora-geral da UNESCO, Audrey Azoulay, declarou que “as tecnologias móveis já têm papel central na vida dos refugiados, fornecendo acesso à informação vital e às redes sociais”.
Segundo ela, com a internet, é possível garantir soluções de aprendizagem flexíveis, permitindo que refugiados em circunstâncias diversas possam ter acesso à educação, que é um direito humano básico. Com isso, eles “podem caminhar para um futuro de estabilidade e esperança”.
Saiba mais sobre o evento em unesco.org/mlw/2018.
 
Posted: 29 Mar 2018 11:39 AM PDT
Secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres. Foto: ONU / Rick Bajornas
Secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres. Foto: ONU / Rick Bajornas
Um porta-voz das Nações Unidas disse segunda-feira (26) que o secretário-geral, António Guterres, está “chocado” com relatos de declarações atribuídas ao general U Min Aung Hlaing, de Mianmar.
“Ele pede a todos os líderes em Mianmar que tomem uma posição unificada contra o incitamento ao ódio e promovam a harmonia comunitária”, disse o vice-porta-voz Farhan Haq.
Reportagens da mídia sugerem que, em uma reunião militar, Hlaing disse que os rohingya não têm nada em comum com os outros grupos étnicos do país.
Segundo Haq, o chefe da ONU afirmou que tal liderança é fundamentalmente necessária para promover medidas institucionais para combater a discriminação e implementar as recomendações da Comissão Consultiva de Rakhine.
“O secretário-geral reitera a importância de abordar as causas profundas da violência e a responsabilidade do governo de Mianmar de proporcionar segurança e assistência aos necessitados”, continuou o porta-voz adjunto.
Centenas de milhares de muçulmanos rohingya foram forçados a fugir para o vizinho Bangladesh desde agosto do ano passado, após uma ofensiva militar no estado de Rakhine, no norte de Mianmar.
“É fundamental que as condições sejam postas em prática para garantir que os rohingya possam voltar para casa voluntariamente, com segurança e com dignidade”, disse Haq.

 
Posted: 29 Mar 2018 11:32 AM PDT
Fila de pessoas para receber ajuda humanitária em Ghouta Oriental. Foto: UNICEF/Al-Mohibany
Fila de pessoas para receber ajuda humanitária em Ghouta Oriental. Foto: UNICEF/Al-Mohibany
Cerca de 80 mil sírios fugiram da região de Ghouta Oriental desde 9 de março, alertou nessa semana as Nações Unidas.
Desse número, 50,7 mil pessoas deixaram a região para viver em oito abrigos coletivos na zona rural de Damasco, capital do país, onde as condições são “muitas vezes terríveis” devido à superlotação e à falta de saneamento.
O Escritório da ONU de Coordenação Humanitária (OCHA) destaca que uma série de acordos locais permitiu que várias pessoas saíssem de diferentes áreas do interior de Ghouta Oriental – exceto da cidade de Duma, a única parte sitiada.
A continuação de confrontos em Duma piorou a situação humanitária, daí o apelo da ONU e dos seus parceiros para que todas as partes do conflito permitam um acesso urgente de auxílio já disponível para 16,5 mil moradores.
Pelo menos US$ 115 milhões são necessários para responder à situação com ajuda essencial e serviços de proteção de deslocados. A ideia é oferecer abrigos na zona rural de Damasco e em áreas de Ghouta Oriental, onde ocorreu uma mudança no controle.
O OCHA anunciou que existe um déficit de financiamento de US$ 74 milhões e que é preciso mais apoio financeiro para ajudar pessoas retiradas para Idlib.
Na terça-feira (27) o chefe humanitário das Nações Unidas, Mark Lowcock, disse que os ataques a infraestruturas civis críticas, como instalações médicas, continuam a ser relatados, com pelo menos 28 ataques registrados em instalações de saúde desde meados de fevereiro e mais de 70 incidentes verificados desde o início deste ano.
Falando aos integrantes do Conselho de Segurança, ele alertou que mais de 1.700 pessoas foram mortas nas operações militares e ataques aéreos. O representante da ONU descreveu os últimos meses de derramamento de sangue implacável como “alguns dos piores” para civis dentro da guerra.
“Dezenas de milhares de pessoas também foram deslocadas de todo o país devastado pela guerra e muitas estão vivendo em abrigos superlotados e mal equipados. Há também uma grave escassez de água, saneamento e instalações de higiene, bem como crescentes preocupações com a proteção”, disse.
Lowcock disse ao Conselho de 15 membros que as agências da ONU e seus parceiros estão trabalhando tanto quanto as condições permitem para fornecer apoio às pessoas necessitadas. Os desafios vão desde segurança física para trabalhadores humanitários e a luta contínua até a negação de acesso e a falta de recursos.

Conselho de Direitos Humanos renova mandato de comissão de investigação

Em março, o Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas, com sede em Genebra, realizou um debate urgente sobre a deterioração da situação em Ghouta Oriental.
O Conselho adotou, em 5 de março, por 29 votos a favor, 4 contra e 14 abstenções, uma resolução solicitando à Comissão de Inquérito sobre a Síria que conduza “urgentemente” uma investigação abrangente e independente sobre o tema, bem como o fornecimento de uma atualização da situação ao Conselho em sua sessão de junho.
Numa outra resolução sobre a situação dos direitos humanos na Síria, aprovada em 23 de março por 27 votos a favor, 4 contra e 16 abstenções, o Conselho prorrogou por um ano o mandato da Comissão Internacional Independente de Inquérito sobre a República Árabe Síria, e pediu que a Comissão apresentasse uma atualização oral ao Conselho em sua sessão de junho, bem como relatórios escritos.
 
Posted: 29 Mar 2018 11:07 AM PDT
Mulher e filho em área rural de Darfur, no Sudão. Foto: ONU/Albert Gonzalez Farran
Mulher e filho em área rural de Darfur, no Sudão. Foto: ONU/Albert Gonzalez Farran
A partir desta semana, a ONU está oferecendo um novo curso a distância sobre emprego e trabalho decente.
A iniciativa, que é gratuita, é oferecida por duas agências: Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) e Organização Internacional do Trabalho (OIT).
O curso tem a duração de 10 horas, podendo ser concluído no ritmo que cada aluno julgar apropriado, com o método do autoaprendizado.
Os alunos serão capazes de aprender os conceitos e definições essenciais relacionados ao emprego decente, e a importância deste tipo de emprego para o desenvolvimento agrícola e a redução da fome e da pobreza.
De acordo com a FAO, o emprego rural na América Latina e no Caribe é muitas vezes precário – o que explica por que a pobreza ainda afeta cerca de metade dos habitantes rurais.
O curso também discute maneiras de melhorar o emprego dos jovens, promover o empoderamento das mulheres rurais e erradicar as formas perigosas de trabalho infantil na agricultura.
Além disso, oferece diretrizes para a introdução do problema do emprego e do trabalho decente nas estratégias e programas agrícolas, com ênfase em grupos específicos, como mulheres, jovens e crianças rurais no setor agrícola.

Como participar?

Para participar do curso, é necessário criar uma conta no Núcleo de Treinamento em Políticas Públicas do Escritório Regional da FAO. Se você ainda não tem uma conta, pode seguir este tutorial de registro.
O curso, que fica aberto até 31 de dezembro de 2018, foi desenvolvido pela FAO e pela OIT e é financiado pela Agência Sueca para a Cooperação Internacional para o Desenvolvimento.
Acesse o link do curso clicando aqui.
 
Posted: 29 Mar 2018 11:04 AM PDT
De acordo com a UNCTAD, metade dos países em desenvolvimento não tem leis de proteção à privacidade online. Foto: Flickr/SimonQ (CC)
De acordo com a UNCTAD, metade dos países em desenvolvimento não tem leis de proteção à privacidade online. Foto: Flickr/SimonQ (CC)
A principal agência da ONU para a economia da globalização disse na quarta-feira (28) que as preocupações com a privacidade levantadas após a revelação de que uma empresa de marketing político teve acesso a milhões de dados de usuários do Facebook sem seu consentimento “ilustra que a maior parte dos países não está bem preparada para a economia digital”.
Isso é ainda mais preocupante tendo em vista que cerca de 90% dos novos usuários de Internet nos últimos cinco anos vivem em países em desenvolvimento — metade dos quais não têm legislação para proteger sua privacidade.
Além disso, com a estimativa de que o comércio eletrônico global tenha movimentado 26 trilhões de dólares em 2016, garantir que ninguém seja deixado para trás nesse processo é essencial.
“Sabemos que a economia digital pode trazer grandes benefícios para os países em desenvolvimento, mas precisamos enfrentar algumas questões críticas para garantir que a digitalização leve ao futuro que queremos”, disse Mukhisa Kituyi, secretário-geral da Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD).
As declarações de Kituyi coincidem com o evento Semana do Comércio Eletrônico — principal fórum para governos, setor privado, bancos de desenvolvimento, academia e sociedade civil para discutir oportunidades de desenvolvimento e desafios diante da economia digital em evolução.
Realizado de 16 a 20 de abril em Genebra, na Suíça, sob o tema Dimensões de Desenvolvimento das Plataformas Digitais, a Semana do Comércio Eletrônico olhará o papel das novas tecnologias no fortalecimento do desenvolvimento sustentável.
Alguns dos destaques do evento incluem um diálogo de alto nível sobre essas plataformas, assim como discussões ministeriais.
O fórum também terá eventos sobre identidades digitais e proteção de consumidores online, gestão do comércio na era digital; tecnologias blockchain; e o papel dos bancos regionais.
 
Posted: 29 Mar 2018 08:46 AM PDT
História de escrava inspirou centro de acolhimento para vítimas, que recebeu apoio de projeto do Banco Mundial. Foto: Banco Mundial
História de escrava inspirou centro de acolhimento para vítimas, que recebeu apoio de projeto do Banco Mundial. Foto: Banco Mundial
Em 1770, a escrava Esperança Garcia fez história ao redigir uma petição ao presidente da Província de São José do Piauí, Gonçalo Lourenço Botelho de Castro. Em uma carta, denunciou os maus-tratos físicos dos quais ela e seu filho eram vítimas na Fazenda de Algodões.
Em homenagem à sua coragem, a Secretaria da Mulher da Prefeitura de Piauí deu seu nome ao primeiro Centro de Referência da Mulher em Situação de Violência. Com o apoio do projeto “Lagoas do Norte: Melhorando a Governança Municipal e a Qualidade de Vida em Teresina”, realizado em parceria com o Banco Mundial, o centro tornou-se referência ao oferecer em um mesmo local atendimento multidisciplinar para vítimas de violência doméstica.
“Esperança Garcia é considerada a primeira advogada negra no Brasil”, conta a secretária da Mulher, Macilane Gomes. “Sua história de mulher negra, oprimida, que se reconhece vítima de violência e tem a atitude de denunciar é bastante simbólica. Essas são violências que muitas mulheres ainda vivenciam e por isso escolhemos batizar o centro em sua homenagem”.
Localizado em um local discreto da capital, o centro foi criado em 2015 como parte do plano de institucionalização de políticas públicas para as mulheres e faz parte da Rede de Atendimento e Enfrentamento à Violência contra a Mulher de Teresina. “Temos três eixos de atuação: o enfrentamento da violência contra a mulher, a busca pela autonomia econômica e social da mulher e a articulação entre as instituições”, conta a secretária da Mulher. “Para atender ao primeiro objetivo, criamos o centro para acolher essas mulheres e ajudá-las a retomar suas vidas”.
Desde que começou a funcionar, sempre das 7h às 14h, o centro já contabiliza mais de 600 atendimentos. A unidade oferece apoio psicológico, social e de orientação jurídica e conta com uma equipe de 12 profissionais, formada em sua maioria por mulheres. “De homens, temos somente dois seguranças e um motorista”, conta Macilane.
As beneficiárias chegam ao Centro Esperança Garcia por diversos caminhos. “Disponibilizamos o telefone do centro em pontos-chave da cidade e muitas vezes elas são encaminhadas por unidades que fazem parte da Rede de Atendimento e Enfrentamento à Violência contra a Mulher de Teresina”, explica a secretária.
No primeiro atendimento, a prioridade é receber a mulher e ajudá-la a resgatar a autoestima. “O acolhimento é muito importante porque o primeiro momento é de muito desiquilíbrio emocional”, conta Macilane. “Muitas mulheres se sentem culpadas por estarem buscando ajuda ou por estarem denunciando seus maridos. É frequente também que se questionem por terem escolhido se casar com um homem que se tornou agressor ou a preocupação com os filhos”.
Para ajudá-las na retomada de suas vidas, o centro oferece serviços diversificados, que vão desde um grupo de reflexão para as mulheres trocarem experiências até massoterapia. “A ideia é ajudá-las a desconstruir as marcas da violência, resgatar a autoestima e a dignidade”, resume Macilane. O centro oferece também apoio aos filhos das vítimas, por meio do programa Amor de Tia. “Neste espaço, recebemos as crianças de até 3 anos e usamos atividades lúdicas para ajudar a amenizar o trauma da violência. Após completar essa idade, as crianças vão para a creche”.
Além da acolhida, o centro oferece aconselhamento jurídico para as vítimas que desejam criminalizar seus agressores e orientação para que as mulheres voltem ao mercado de trabalho. “Muitas se encontram nessa situação de vulnerabilidade por não terem independência econômica”, diz Macilane. “Então, as incentivamos a fazer cursos técnicos, por exemplo, para que possam se reinserir no mercado de trabalho”.
Foi o que aconteceu com X., de 40 anos, que pediu para ter sua identidade preservada por medo de represálias de seu agressor, que ainda não foi levado a juízo. “Sempre fui muito independente, tinha estudo, trabalhava. Depois que me casei com ele, saí do meu emprego, tive síndrome do pânico”, conta ela, que teve de registrar quatro boletins de ocorrência contra o marido antes de ter seu processo iniciado. “Quando cheguei ao centro, estava com a dignidade destruída, bastante deprimida. Com a ajuda do centro, em dois anos tive alta e voltei a trabalhar. A equipe me ajudou a resgatar minha dignidade. Hoje sou outra pessoa”.
Se depender do Centro de Referência da Mulher em Situação de Violência, muitas outras retomarão as rédeas de suas vidas. Mas, para ajudá-las, a Secretaria da Mulher entendeu ser necessário realizar um programa de autoavaliação da rede para identificar possíveis gargalos e soluções.
“O Balançando a Rede é exatamente isso”, explica Macilane. “Fazemos um balanço do funcionamento das instituições para identificar quais serviços precisam melhorar. Nosso objetivo aqui é não só ajudar as vítimas, mas conscientizar a população de que a violência contra a mulher existe e precisa ser combatida”. Uma atitude que certamente a escrava Esperança Garcia aprovaria.
 
Posted: 28 Mar 2018 03:13 PM PDT
Clique para exibir o slide.O secretário-geral da ONU, António Guterres, manifestou sua profunda gratidão pelos 930 milhões de dólares fornecidos na terça-feira (27) por Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos para o Fundo Humanitário do Iêmen.
“Gostaria de aproveitar esta ocasião para pedir que todos os demais doadores que se reunirão em Genebra na semana que vem tenham a mesma generosidade” demonstrada pelos dois países, disse o chefe da ONU a jornalistas na sede das Nações Unidas em Nova Iorque, após reunião com o príncipe herdeiro Mohamad Bin Salman Al Saud, da Arábia Saudita.
“Esses recursos cobrem quase um terço dos 2,96 bilhões de dólares necessários para implementar o Plano de Resposta Humanitária para o Iêmen em 2018, que permitirá às Nações Unidas e seus parceiros ajudar a aliviar o sofrimento de milhões de pessoas vulneráveis no país”, disse o comunicado emitido pelo gabinete de Guterres, após a assinatura de um memorando de contribuições voluntárias.
Mais de 22 milhões de pessoas no Iêmen precisam de ajuda humanitária ou proteção, incluindo 2 milhões que estão deslocados internamente devido ao conflito entre o governo e forças rebeldes. No início de abril (3), doadores se reunirão em uma conferência humanitária em Genebra, na Suíça.
Em sua reunião com o príncipe, que também é primeiro vice-primeiro e ministro da Defesa, Guterres disse que “dar àqueles em necessidade é o pilar do islamismo”, lembrando que dois terços dos refugiados são muçulmanos e estão sendo recebidos por países muçulmanos.
O secretário-geral da ONU e o príncipe herdeiro discutiram as obrigações de todas as partes no conflito diante da lei humanitária internacional para proteger civis e infraestrutura, e a necessidade latente de acesso humanitário no país. Pediu ainda que todos os portos iemenitas permaneçam abertos tanto para movimento humanitário como comercial.
Eles também discutiram a necessidade de as partes no conflito trabalharem rumo a um acordo político negociado por meio de diálogo inclusivo. Guterres disse que a ONU está pronta para trabalhar junto com a Arábia Saudita rumo a esses objetivos.
A ONU, por meio de seu enviado, tem se engajado em ajudar iemenitas a encontrar uma solução pacífica. As agências da ONU e parceiros também estão em terra para entregar ajuda humanitária essencial.

Coalizão liderada pela Arábia Saudita interviu no Iêmen há três anos

Três anos depois de uma coalizão liderada pela Arábia Saudita intervir na guerra do Iêmen, e horas depois de rebeldes Houthi lançarem mísseis contra cidades do país, o secretário-geral da ONU disse na segunda-feira (26) que a escalada militar não é uma solução, e pediu contenção para todas as partes.
Um enviado da ONU reuniu-se com as partes em conflito em sua tentativa de facilitar um acordo político negociado para a crise.
“O enviado especial (Martin Griffiths) está em Sanaa esta semana para se reunir com diversos grupos iemenitas”, disse o porta-voz da ONU Farhan Haq a jornalistas em Nova Iorque.
A enviado especial anterior, Ismail Ould Cheikh Ahmed, que estava liderando as negociações desde 2015, deixou o cargo no mês passado.
Em 26 de março de 2015, uma coalizão de países liderados pela Arábia Saudita interveio militarmente a pedido do presidente Abd Rabbuh Mansour Hadi para garantir o retorno do governo a Sanaa, que havia sido controlado por milícias Houthi e unidades das forças armadas quando o conflito começou em 2014.
Três anos depois, os confrontos são crescentes e a crise humanitária se aprofundou em um país que já era um dos mais pobres da região. No domingo (25), mísseis foram lançados contra a Arábia Saudita.

Educação das crianças é vítima do conflito, diz UNICEF

O sistema educacional do Iêmen foi devastado pelo brutal conflito no país, disse o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) na terça-feira (27), informando que ao menos 500 mil crianças abandonaram a escola desde a escalada da guerra, em 2015.
“Uma geração inteira de crianças no Iêmen enfrenta um futuro sombrio devido a acesso limitado ou nenhum acesso à educação”, disse Meritxell Relaño, representante do UNICEF no Iêmen. “Mesmo aqueles que permanecem na escola não estão recebendo a educação de qualidade de que precisam”.
De acordo com a agência da ONU, o número total de crianças fora da escola soma 2 milhões, e quase três quartos de professores de escolas públicas não recebem salários há mais de um ano, o que coloca a educação de outras 4,5 milhões de crianças em risco.
Mais de 2,5 mil escolas estão fora de serviço, com dois terços delas danificadas por ataques, 27% fechadas e 7% usadas para propósitos militares ou como abrigos para pessoas deslocadas.
As crianças arriscam serem mortas no caminho para a escola. Temendo pela segurança delas, muitos pais escolhem mantê-las em casa.
A falta de acesso à educação empurrou crianças e famílias a alternativas perigosas, incluindo casamento e trabalho infantil, e recrutamento para o combate.
O UNICEF pede que as partes em conflito, autoridades governamentais e doadores coloquem um fim à guerra, paguem os professores, protejam a educação das crianças de forma incondicional, e aumentem o financiamento para a educação.
 
Posted: 28 Mar 2018 03:05 PM PDT
Vencedores recebem prêmio em cerimônia promovida pela OIM em Buenos Aires. Foto: OIM
Vencedores recebem prêmio em cerimônia promovida pela OIM em Buenos Aires. Foto: OIM
A Organização Internacional para as Migrações (OIM) reconheceu neste mês (16) o trabalho de duas repórteres brasileiras, que participaram do Prêmio Sul-Americano de Jornalismo sobre Migração. Ângela Bastos, do Diário Catarinense, foi uma dos vencedores da premiação pela reportagem Fronteira Aberta, sobre migrantes e refugiados do Haiti, Senegal e Síria. Carolina Holland, do G1, recebeu menção honrosa por matéria sobre o desemprego entre mulheres haitianas em Cuiabá.
Em Buenos Aires para a cerimônia de entrega da premiação, Ângela disse que busca nos direitos humanos um norte para o seu trabalho. “Eu venho de um país que tradicionalmente sempre recebeu muitos imigrantes. O Brasil é um país com suas fronteiras e portas abertas”, afirmou a repórter.
Lembrando ondas recentes de migração com destino ao Brasil, como os deslocamentos de haitianos e de refugiados sírios, a jornalista acrescentou que “a importância dessa premiação é no sentido de nos fazer pensar como o Brasil está recebendo esse imigrante”.
Ângela foi uma dos oito vencedores escolhidos pela OIM. Acesse a matéria da jornalista clicando aqui.
#PremioPeriodismoOIM: Angela Bastos – Artigo Fronteira Aberta, publicado no Jornal Diário Catarinense do #Brasil @dconline
Angela apresenta diferentes casos de integração bem sucedida de migrantes que chegaram em Santa Catarina, que deixaram seus países por diversas razões. pic.twitter.com/QglpZOevyU
— OIM América del Sur (@OIMSuramerica) 21 de março de 2018

Para Carolina Holland, que também esteve na capital argentina, o jornalismo deve “dar voz a quem não tem voz”. A importância da profissão, segundo ela, é também “poder relatar situações de abuso e de desrespeito aos direitos humanos”.
“O imigrante, como qualquer outra pessoa, também tem seus direitos. Muitas vezes, nós temos, no Brasil e em outros países, esses direitos desrespeitados. Então, nós precisamos ser esse olho que vê (as violações) e ser a voz dessas pessoas também.”
A jornalista foi reconhecida pela matéria Com desemprego que atinge a 90%, haitianas se capacitam em busca de vaga em Cuiabá — leia clicando aqui.
Durante a entrega dos prêmios, o diretor regional da OIM para a América do Sul, Diego Beltrand, lembrou o papel dos meios de comunicação na formação da opinião pública sobre movimentos migratórios. Para o dirigente, veículos precisam não apenas falar sobre os direitos de quem migra, mas também adotar uma linguagem inclusiva, a fim de combater o racismo, a xenofobia e a discriminação.
#PremioPeriodismoOIM Menção Especial #Brasil @CarolinaHolland pelo o artigo ‘Com desemprego que atinge a 90%, haitianas se capacitam em busca de vaga em Cuiabá’, publicado no G1 @g1brasil, do Brasil.@OIMBrasil pic.twitter.com/6yyexdQcBX
— OIM América del Sur (@OIMSuramerica) 22 de março de 2018

 
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