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quinta-feira, 19 de dezembro de 2019




Dentre as 26 empresas brasileiras que receberam o Prêmio Empresa Pró-Ética, 18 são signatárias da Rede Brasil do Pacto Global da ONU. Foto: Adalberto Carvalho/AscomCGU.
A Controladoria-Geral da União entregou, na última quinta-feira (11), prêmio que visa reconhecer companhias de diversos setores comprometidas em implementar medidas voltadas para a prevenção, detecção e remediação de atos de corrupção e fraude.
Entre as 26 organizações legitimadas com o prêmio Empresa Pró-Ética, 18 são signatárias da Rede Brasil do Pacto Global das Nações Unidas, sendo que 7 participam do GT Anticorrupção da Rede Brasil.
As 18 reconhecidas pelo Empresa Pró-Ética que assinam o Pacto Global da ONU são:
Alubar; Amil; Banco do Brasil; Sabesp; COPEL; Governo do Estado do Paraná; CPFL Energia; ENEL; Grupo Fleury; Itaú; Natura; Neoenergia; Ernest Young; Radix; Tecnew; TIM; Unimed Belo Horizonte; e Vezzi, Lapolla, Mesquita Advogados.
De acordo com a CGU, mais de 370 empresas se inscreveram para esta edição do prêmio, mas apenas 222 preencheram o formulário de avaliação.
Após um processo de análise que contou com a comprovação de documentos e informações, foram definidos os 26 ganhadores anunciados na cerimônia.
Saiba mais sobre o GT Anticorrupção da Rede Brasil do Pacto Global das Nações Unidas.
Para mais informações sobre o Prêmio Empresa Pró-Ética, clique aqui.
 
Posted: 17 Dec 2019 11:21 AM PST
Lixão na região da Estrutural, em Brasília, operou por mais de cinco décadas, gerando impactos ambientais que serão analisados pelo Projeto CITInova. Foto: Dênio Simões/Agência Brasília.
Lixão na região da Estrutural, em Brasília, operou por mais de cinco décadas, gerando impactos ambientais que serão analisados pelo Projeto CITInova. Foto: Dênio Simões/Agência Brasília.
A elaboração de diagnóstico de contaminação e de proposta de remediação do que foi o maior lixão a céu aberto da América Latina é uma das ações do Projeto CITinova.
O início desse estudo foi lançado pela Secretaria do Meio Ambiente do Distrito Federal (SEMA-GDF), parceira coexecutora do CITinova, em Brasília, no dia 26 de novembro.
O projeto multilateral é realizado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), com apoio do Fundo Global para o Meio Ambiente (GEF, na sigla em inglês), e o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) como agência implementadora.

Projeto CITinova

O estudo será conduzido pela Fundação de Empreendimentos Científicos e Tecnológicos (Finatec) com especialistas da Universidade de Brasília (UnB) e supervisão da SEMA. O prazo de execução é de 12 meses e orçamento de R$ 1,3 milhão.
O coordenador-geral do Clima do MCTIC, Márcio Rojas, destacou a importância da parceria que possibilitou a contratação dos estudos.
“Temos uma enorme expectativa de, ao final do projeto, obtermos resultados concretos que irão impactar positiva e diretamente o Parque Nacional e os cidadãos de Brasília, como eu, também filho de Brasília”, afirmou Rojas, presente no evento de lançamento, em 26 de novembro, no Salão Nobre do Palácio do Buriti, em Brasília.
O acúmulo de resíduos, durante o período de 50 a 60 anos em que o lixão operou, gerou impactos sobre os corpos hídricos que convergem para o Lago Paranoá. Foram cerca de 40 milhões de toneladas despejadas no local, em processo de deposição irregular de rejeitos em área de 200 hectares localizada na divisa com o Parque Nacional de Brasília.
Para o secretário do Meio Ambiente, Sarney Filho, os estudos representam uma vitória para o governo do Distrito Federal: “Finalmente vamos enfrentar um problema que foi se avolumando pela deposição irregular do lixo produzido pela população, desde a inauguração da capital federal, ganhando contorno mais grave nas últimas décadas”, avaliou.
Esses estudos darão subsídios para a elaboração do termo de referência para o Projeto de Recuperação da Área Degradada (Prad), responsabilidade do Brasília Ambiental.

Remediando danos e recuperando áreas degradadas

Início do estudo possibilitado pela parceria foi apresentado pela Secretaria do Meio Ambiente do Distrito Federal (SEMA-GDF), coexecutora do CITinova, em Brasília, no dia 26 de novembro. Foto: Divulgação/PNUMA.
Início do estudo possibilitado pela parceria foi apresentado pela Secretaria do Meio Ambiente do Distrito Federal (SEMA-GDF), coexecutora do CITinova, em Brasília, no dia 26 de novembro. Foto: Divulgação/PNUMA.
Os estudos terão dois enfoques ao longo do trabalho: o diagnóstico e os testes-pilotos para a apresentação de propostas ao governo do Distrito Federal de tecnologias mais adequadas para o efetivo controle da contaminação e remediação dos danos causados.
Para isso, Eloi Guimarães Campos, coordenador técnico do estudo e professor da UnB, explicou que as ações irão se concentrar no tratamento do chorume; na fitorremediação com plantio de especies nativas e exóticas, que possam reter metais identificados no solo; e no enclausuramenteo do chorume para evitar que continue se espalhando; além do uso dos dados na elaboração do Prad.
“Queremos responder perguntas ainda sem respostas, como a rota do chorume e como tratá-lo de uma forma economicamente viável”, sublinhou o professor.
Para Nazaré Soares, coordenadora do CITinova no âmbito da SEMA-GDF, testar experiências inovadoras em uma área tão grande como o Lixão no DF é um desafio muito importante: “Tudo que será testado aqui poderá servir de referência para vários outros locais”, pontuou.
Participaram também do lançamento dos estudos o subsecretário de Gestão das Águas e Resíduos Sólidos, Jair Vieira Tannus Júnior, e a subsecretária de Assuntos Estratégicos, Alessandra Andreazzi Peresa – ambos da SEMA; a diretora do Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE), Regina Silvério; o subsecretário de Estruturação e Gestão de Projetos da Secretaria de Projetos Especiais do GDF, Eduardo Amaral da Silveira; entre outros pesquisadores, estudiosos e especialistas da área.
 
Posted: 17 Dec 2019 11:13 AM PST
A brucelose bovina é uma doença transmissível que ataca bovinos, outras espécies animais e o homem. Foto: EBC
A brucelose bovina é uma doença transmissível que ataca bovinos, outras espécies animais e o homem. Foto: EBC
A ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) do Brasil, Tereza Cristina, recebeu o diretor do Centro Pan-Americano de Febre Aftosa e Saúde Pública Veterinária (PANAFTOSA), Ottorino Cosivi, para uma audiência em Brasília (DF) no fim de novembro na qual foram discutidas possibilidades de projetos de cooperação.
Também estiveram presentes na reunião o secretário de Defesa Agropecuária do MAPA, José Guilherme Leal, e Guilherme Marques, especialista em saúde pública veterinária do PANAFTOSA.
Os temas da agenda incluíram a atualização das obras para o Laboratório de Referência FAO/OIE para febre aftosa da PANAFTOSA nas dependências do Laboratório Nacional Agropecuário de Pedro Leopoldo (MG) e o desenvolvimento do Manuel de Inspeção Baseado em Risco para Brasil e região.
Tais iniciativas ajudarão a melhorar a eficiência do sistema de inspeção e segurança dos alimentos, e contribuirão para o avanço do Programa Hemisférico para a Erradicação da Febre Aftosa (PHEFA) nas Américas.
Sobre este último tema, destacou-se que a participação do Brasil, por sua importância para a região, é essencial para o sucesso da implementação do Banco Regional de Antígenos e Vacinas de Febre Aftosa (Banvaco) e a articulação para prestar apoio a outros países.
Além disso, foram discutidas potenciais ações de cooperação técnica com a PANAFTOSA para abordar o controle e a erradicação de diversas zoonoses, particularmente a brucelose, a tuberculose e a raiva dos herbívoros, como também outros temas de interesse estratégico.
Para 2020, a previsão é de que representantes do MAPA realizem visitas à sede da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) em Washington e às dependências da PANAFTOSA no município de Duque de Caxias (RJ).
O PANAFTOSA é um centro especializado da OPAS responsável pela coordenação do Programa de Saúde Pública Veterinária que atua na prevenção, vigilância e na luta contra zoonoses, na promoção de iniciativas para melhorar os sistemas de segurança dos alimentos e na erradicação da febre aftosa, com o objetivo de promover a saúde pública e o desenvolvimento socioeconômico regional.
Da esquerda para a direita, Ottorino Cosivi, ministra Tereza Cristina e Guilherme Marques. Foto: PANAFTOSA
Da esquerda para a direita, Ottorino Cosivi, ministra Tereza Cristina e Guilherme Marques. Foto: PANAFTOSA
 
Posted: 17 Dec 2019 10:37 AM PST
Teste rápido de HIV. Foto: UNICEF/Sewunet
Teste rápido de HIV. Foto: UNICEF/Sewunet
A partir da estimativa de que 135 mil pessoas vivam com HIV no Brasil sem sabê-lo, o Ministério da Saúde lançou nova campanha publicitária para incentivar a testagem e, consequentemente, o diagnóstico precoce.
Com o tratamento adequado, o vírus fica indetectável, e a pessoa não desenvolverá a Aids. O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, apresentou a campanha em Brasília em 1º de dezembro, ocasião na qual divulgou dados atualizados sobre a infeção no país.
“A prevenção é feita com informação. É necessário que as organizações façam esse trabalho em conjunto”, afirmou a representante-residente do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) no Brasil, Katyna Argueta, que participou do evento de lançamento da campanha, em Brasília (DF).
O PNUD mantém, em parceria com o Departamento de Vigilância, Prevenção e Controle das Infecções Sexualmente Transmissíveis, do HIV/AIDS e das Hepatites Virais (DIAHV) do Ministério da Saúde, o projeto de promoção do acesso aos serviços de prevenção, diagnóstico e tratamento às IST, HIV/AIDS e hepatites virais para populações-chave e demais populações prioritárias.
Essa cooperação tem como resultado esperado aprimorar as capacidades de instituições governamentais, nacionais e subnacionais e da sociedade civil para formular, implementar, monitorar e avaliar políticas públicas setoriais e intersetoriais universais e políticas focadas nas populações mais vulneráveis.

Infecção maior entre os jovens

Assim como registrado nos últimos anos, a infecção por HIV cresce mais entre os jovens no Brasil. A maioria dos casos no país é registrada na faixa etária de 20 a 34 anos, com 18,2 mil notificações (57,5%).
Em 2018, 43,9 mil casos novos de HIV foram registrados no país. A notificação para infecção pelo HIV passou a ser obrigatória em 2014, assim como o tratamento para todas as pessoas vivendo com HIV, independentemente do comprometimento imunológico.
A medida trouxe mais acesso ao tratamento e aumento de diagnósticos.
Em toda a série histórica, a maior concentração de casos de Aids também está entre os jovens, em pessoas de 25 a 39 anos, de ambos os sexos, com 492,8 mil registros.

Prevenção

A campanha publicitária lançada pelo Ministério da Saúde neste ano celebra as conquistas nos 31 anos do Dia Mundial contra a AIDS.
Com o conceito “HIV/AIDS. Se a dúvida acaba, a vida continua”, a ação tem objetivo de ampliar a percepção sobre a importância de prevenção, teste e tratamento do HIV.
A comunicação ressalta que, caso o teste de HIV der positivo, com o tratamento adequado, o HIV pode ficar indetectável e a pessoa não desenvolve a Aids. Todo o tratamento é oferecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS), de forma gratuita, segura e eficaz.
 
Posted: 17 Dec 2019 10:35 AM PST
Venezuelanas abrigadas nos espaços da Operação Acolhida participaram de uma oficina de fotografia promovida pela agência. Foto: UNFPA/Yareidy Perdomo.
Venezuelanas abrigadas nos espaços da Operação Acolhida participaram de uma oficina de fotografia promovida pela agência. Foto: UNFPA/Yareidy Perdomo.
No marco da mobilização anual dos 16 dias de ativismo pelo fim da violência contra as mulheres, os escritórios do Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) em Pacaraima e em Boa Vista, no estado de Roraima; e em Manaus, no estado do Amazonas, organizaram e participaram de diversas atividades com a população refugiada e migrante do fluxo migratório proveniente da Venezuela.
Agências do sistema das Nações Unidas e parceiros na assistência humanitária fizeram parte das atividades da campanha, aproximando a comunidade abrigada nos espaços da Operação Acolhida ao debate e à luta pelo fim da violência contra as mulheres.

Roraima

  • Oficina de retrato e imagem da mulher
Oficina foi realizada pelo Fundo de População das Nações Unidas, em parceria com a ONU Mulheres, o ACNUR, AVSI Brasil e o Conselho Norueguês para os Refugiados (NRC). Foto: UNFPA.
Oficina foi realizada pelo Fundo de População das Nações Unidas, em parceria com a ONU Mulheres, o ACNUR, AVSI Brasil e o Conselho Norueguês para os Refugiados (NRC). Foto: UNFPA.
Em encontro, mães e filhas venezuelanas, abrigadas nos espaços da Operação Acolhida, tiveram a oportunidade de debater sobre os estereótipos da imagem da mulher, e também mergulhar na própria imagem por meio da realização de ensaios fotográficos.
Os retratos resultados da oficina foram apresentados numa exposição fotográfica, como parte das atividades de encerramento da campanha, no último dia 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos.
A oficina foi realizada pelo Fundo de População das Nações Unidas, em parceria com a ONU Mulheres, a Agência das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR), AVSI Brasil e o Conselho Norueguês para os Refugiados (NRC).
Os retratos resultados da oficina fizeram parte de uma exposição fotográfica. Foto: UNFPA.
Os retratos resultados da oficina fizeram parte de uma exposição fotográfica. Foto: UNFPA.
“Foram um pouco mais de 16 dias de ativismo, durante os quais organizamos e participamos de diversas atividades”, comentou Igo Martini, chefe de escritório do UNFPA em Roraima.
“Todas as ações foram realizadas de forma coordenada e integrada com a sociedade civil local, organizações internacionais e o sistema ONU, presentes em Roraima. Nessas últimas semanas, mulheres e meninas defensoras dos direitos humanos deram visibilidade às suas lutas de todos os dias”, pontuou Martini.
Na fronteira
  • Roda de conversa sobre saúde sexual e reprodutiva e masculinidades
Roda de conversa com homens visou discutir a violência baseada em gênero e disseminar informações sobre saúde sexual e reprodutiva. Foto: UNFPA.
Roda de conversa com homens visou discutir a violência baseada em gênero e disseminar informações sobre saúde sexual e reprodutiva. Foto: UNFPA.
A atividade na cidade entre fronteiras foi realizada na Comunidade Batista de Pacaraima com dez pessoas do gênero masculino sobre questões de masculinidade, violência baseada em gênero, e saúde sexual e reprodutiva.
A roda de conversa também teve como objetivo motivar os participantes a serem replicadores da mensagem na comunidade local. Durante o encontro, foi trabalhado os mitos e as verdades sobre a questão de gênero, os tipos de violência baseada em gênero, bem como informações sobre infecções sexualmente transmissíveis (IST) e HIV/AIDS.
A Comunidade Batista de Pacaraima acolhe migrantes e refugiados oriundos da Venezuela com alojamento, alimentação, apoio espiritual e lições de empreendedorismo.
A atividade foi realizada pelo Fundo de População da ONU, em parceria com o ACNUR.

Amazonas

  • Rodas de conversa sobre violência baseada em gênero
Em Manaus, mulheres e meninas a partir de 12 anos receberam orientações sobre o acesso à rede pública de atenção e enfrentamento à violência baseada em gênero. Foto: UNFPA.
Em Manaus, mulheres e meninas a partir de 12 anos receberam orientações sobre o acesso à rede pública de atenção e enfrentamento à violência baseada em gênero. Foto: UNFPA.
Na capital do Amazonas, os encontros foram realizados para grupos de mulheres entre 12 e 21 anos em processo de pré-interiorização, nos espaços de Alojamento de Trânsito de Manaus (ATM).
Nas atividades, foram compartilhadas informações básicas sobre o acesso à rede pública de atenção e enfrentamento à violência baseada em gênero, como serviços de saúde, segurança, justiça, apoio psicossocial e denúncia (como o Disque 180), com ênfase nas cidades de destino (nessa oportunidade: São Paulo, Rio de Janeiro, Goiânia, Dourados, João Pessoa, Florianópolis, entre outras).
Foram também abordadas questões referentes à violência sexual.
Saiba mais sobre a campanha dos 16 Dias de Ativismos Pelo Fim da Violência Contra as Mulheres aqui.
 
Posted: 17 Dec 2019 10:05 AM PST
O setor dos transportes é o principal consumidor de combustíveis fósseis na região latino-americana e a principal fonte de poluição atmosférica. Foto: PEXELS/Kaique Rocha
O setor dos transportes é o principal consumidor de combustíveis fósseis na região latino-americana e a principal fonte de poluição atmosférica. Foto: PEXELS/Kaique Rocha
O mundo está caminhando para produzir muito mais carvão, petróleo e gás natural do que seria consistente com a limitação do aquecimento a 1,5°C ou 2°C, criando uma “lacuna de produção” que dificulta o alcance das metas climáticas, de acordo com o primeiro relatório que avalia planos e projeções dos países para a produção de combustíveis fósseis.
O Relatório sobre a Lacuna de Produção complementa o Relatório sobre a Lacuna de Emissões do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), que mostra que as promessas dos países ficam aquém das reduções de emissões necessárias para atender aos limites globais de temperatura.
Os países planejam produzir combustíveis fósseis muito além dos níveis necessários para cumprir suas promessas climáticas sob o Acordo de Paris, que estão longe de ser adequadas. Esse superinvestimento no suprimento de carvão, petróleo e gás dificultará a redução de emissões, ao reforçar a infraestrutura de combustíveis fósseis estabelecida.
“Na última década, a conversa sobre o clima mudou. Entendemos, hoje, o quanto a expansão desenfreada da produção de combustíveis fósseis contribui para o enfraquecimento das ações climáticas”, disse Michael Lazarus, principal autor do relatório e Diretor do Centro dos EUA do Stockholm Environment Institute.
“Este relatório mostra, pela primeira vez, quão grande é a desconexão entre as metas de temperatura de Paris e os planos e políticas dos países para produção de carvão, petróleo e gás. Ele também compartilha soluções, apontando políticas domésticas e cooperação internacional como formas de ajudar a preencher essa lacuna.”
O relatório foi produzido por diversas organizações de pesquisa, incluindo Instituto de Meio Ambiente de Estocolmo (SEI, em inglês), Instituto Internacional do Desenvolvimento Sustentável, Instituto de Desenvolvimento Ultramarino, Centro CICERO de Pesquisa Internacional em Clima e Ambiente, Climate Analytics e PNUMA. Mais de 50 pesquisadores contribuíram para a análise e revisão, abrangendo inúmeras universidades e organizações de pesquisa adicionais.
No prefácio do relatório, a diretora-executiva do PNUMA, Inger Andersen, observou que as emissões de carbono permaneceram exatamente nos níveis projetados há uma década.
“Isso exige foco, específico e inadiável, sobre os combustíveis fósseis”, escreveu. “O suprimento de energia do mundo permanece dominado por carvão, petróleo e gás, impulsionando níveis de emissão incompatíveis com as metas climáticas. Para esse fim, este relatório apresenta a lacuna na produção de combustíveis fósseis, uma nova métrica que mostra claramente a diferença entre o aumento da produção de combustíveis fósseis e o declínio necessário para limitar o aquecimento global.”

As principais conclusões do relatório incluem:

O mundo está a caminho de produzir cerca de 50% mais combustíveis fósseis em 2030 do que seria consistente com a limitação do aquecimento a 2°C e 120% a mais do que seria consistente com a limitação do aquecimento a 1,5°C.
Essa diferença de produção é maior para o carvão. Os países planejam produzir 150% a mais de carvão em 2030 do que seria consistente para limitar o aquecimento a 2°C e 280% a mais do que seria consistente para limitar o aquecimento a 1,5°C.
O petróleo e o gás natural também estão a caminho de exceder os orçamentos de carbono, com investimento contínuo e bloqueio da infraestrutura no uso desses combustíveis, até que os países produzam entre 40% e 50% mais petróleo e gás até 2040 do que seria consistente com a limitação do aquecimento para 2°C.
Projeções nacionais sugerem que os países estão planejando produzir 17% a mais de carvão, 10% a mais de petróleo e 5% a mais de gás em 2030 do que os consistente com a implementação das contribuições nacionalmente determinadas (CNDs), que, por si só, não são suficientes para limitar o aquecimento a 1,5°C ou 2°.
Os países têm inúmeras opções para diminuir o déficit de produção, incluindo limitar a exploração e a extração, remover subsídios e alinhar os planos de produção futuros com as metas climáticas. O relatório detalha essas opções, bem como as disponíveis através da cooperação internacional sob o Acordo de Paris.
Os autores também enfatizam a importância de uma transição justa dos combustíveis fósseis.
“Existe uma necessidade premente de garantir que aqueles afetados por mudanças sociais e econômicas não sejam deixados para trás”, disse a autora do relatório e Pesquisadora da SEI, Cleo Verkuijl. “Ao mesmo tempo, o planejamento de transição pode gerar consenso para políticas climáticas mais ambiciosas”.
O Relatório de Lacunas na Produção vem do fato de mais de 60 países já se comprometerem a atualizar suas contribuições nacionalmente determinadas (CNDs), que estabelecem seus novos planos de redução de emissões e compromissos climáticos sob o Acordo de Paris, até 2020.
“Os países podem usar esta oportunidade para integrar estratégias em gerenciar a produção de combustíveis fósseis em suas CNDs – o que, por sua vez, os ajudará a alcançar metas de redução de emissões”, disse Niklas Hagelberg, coordenador de mudanças climáticas do PNUMA.
“Apesar de mais de duas décadas de formulação de políticas climáticas, os níveis de produção de combustíveis fósseis estão mais altos do que nunca”, disse o diretor executivo da SEI, Måns Nilsson. “Este relatório mostra que o apoio contínuo dos governos à extração de carvão, petróleo e gás é uma grande parte do problema. Estamos em um buraco profundo – e precisamos parar de cavar”.
 
Posted: 17 Dec 2019 09:12 AM PST
Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil
Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil
O escritório regional do Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) para América Latina e Caribe realizou em novembro oficina de formação de combate à violência de gênero para gestores que trabalham na assistência humanitária em Manaus (AM), Boa Vista e Pacaraima (RR).
“Temos observado que, com a resposta ao atual fluxo migratório proveniente da Venezuela, o número de pessoas enfrentando incidentes de violência baseada em gênero tem aumentado consideravelmente”, disse Victoria Laroche, especialista em violência baseada em gênero em emergência do escritório regional do UNFPA,
“Por isso a importância de fortalecer as capacidades de resposta em cada país que recebe pessoas deste fluxo migratório, para que a prevenção e a resposta seja a mais adequada possível”, completou.
“Em contexto de emergência, o UNFPA lidera a prevenção e resposta a violência baseada em gênero. Um de seus papéis é fornecer instrumentos para treinar e qualificar, além de fornecer subsídios e informações, fortalecer capacidades institucionais, fazer a gestão de casos, considerando que muitas pessoas trabalham como gestores/as neste contexto”, ressaltou a oficial de programa para assistência humanitária do UNFPA, Irina Bacci.
A formação reuniu representantes de organizações, agências e demais atores envolvidos na resposta humanitária em Roraima e Manaus, entre eles, Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), Organização Internacional para as Migrações (OIM), ONU Mulheres, Agência das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR), Exército de Salvação, AVSI Brasil, Serviço Jesuíta aos Migrantes e Refugiados, Secretarias de Estados de Roraima e do Amazonas e das prefeituras Pacaraima, Boa Vista e Manaus, maternidades, hospitais, entre outros.

Saúde sexual e reprodutiva

Entre os dias 18 a 28 de novembro, Juan Pablo Protto, especialista em saúde sexual e reprodutiva do escritório regional do UNFPA em contexto de emergência, esteve em missão em Roraima, Amazonas e no Distrito Federal.
O objetivo foi produzir um diagnóstico de necessidades de saúde sexual e reprodutiva das pessoas refugiadas e migrantes da Venezuela no marco da resposta humanitária do UNFPA Brasil, com foco na atuação do UNFPA em Roraima e Manaus, e produzir um mapeamento de prioridades na atuação do Programa Humanitário do Fundo de População da ONU para o próximo ano.
A agenda incluiu reuniões com membros das secretarias de saúde de Boa Vista, Pacaraima e Manaus, assim como das secretarias de saúde do estado de Roraima e do Amazonas. Parte do diagnóstico envolveu espaços de conversa com a população refugiada e migrante de diversos perfis, para entender diferentes demandas e realidades.
“A missão do UNFPA está orientada em promover ações que salvam vidas. A ideia para 2020 é mobilizar recursos para entrar com mais força nessas ações diretas, provendo insumos, formando médicos e médicas, profissionais de UBS (unidades básicas de saúde) e gestores em saúde sexual e reprodutiva, inclusive com manejo clínico de violência sexual. Serão adotadas estratégias diferenciadas e segmentadas de sensibilização”, afirmou Protto.
“A missão do nosso especialista em saúde sexual e reprodutiva teve como objetivo realizar o diagnóstico para que o Fundo possa colaborar no fortalecimento das capacidades locais diante dessa emergência humanitária”, afirmou o chefe do escritório do UNFPA em Roraima, Igor Martini.
 
Posted: 17 Dec 2019 09:00 AM PST
Cooperação irá criar um banco de dados dos médicos ativos nas emergências brasileiras, além de capacitá-los no processo de doação de órgãos. Foto: Tânia Rêgo/ABr.
Cooperação irá criar um banco de dados dos médicos ativos nas emergências brasileiras, além de capacitá-los no processo de doação de órgãos. Foto: Tânia Rêgo/ABr.
A Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) e a Associação Brasileira de Medicina de Emergências (ABRAMEDE) firmaram na última quinta-feira (12) um acordo de cooperação para a melhoria do Sistema Nacional de Transplantes (SNT) brasileiro.
O projeto, de iniciativa do Ministério da Saúde, compreende a criação de um cadastro nacional de médicos emergencistas e a qualificação desses profissionais nas redes de urgência e emergência do país.

Dados para melhorias no sistema de transplantes

A colaboração entre as duas instituições, que ocorrerá pelo período de um ano, se dará em dois momentos. No primeiro deles, os esforços se concentrarão em criar uma base de dados atualizada e detalhada dos médicos que compõem a força de trabalho nas emergências brasileiras. A coleta de informação acontecerá nos Serviços de Atendimento Móvel de Urgência (SAMUs), nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e nos serviços hospitalares de emergência.
Com esses dados em mãos, será possível mensurar o capital humano existente no país para, em seguida, qualificá-lo, já que emergencistas são os primeiros profissionais a ter contato com o potencial doador e podem garantir seu manejo adequado.
Por isso, em um segundo momento, será realizada a capacitação dessas médicas e médicos em relação aos principais agravos de emergência e medicina de emergência, bem como o conjunto de competências necessárias ao processo de doação de órgãos – como o diagnóstico de morte encefálica, a manutenção do doador e a notificação ao sistema brasileiro de transplantes, considerado o maior do mundo.

Parceria OPAS e ABRAMEDE

OPAS assina parceria com Associação Brasileira de Medicina de Emergências para melhorias no sistema brasileiro de transplantes. Foto: OPAS.
OPAS assina parceria com Associação Brasileira de Medicina de Emergências para melhorias no sistema brasileiro de transplantes. Foto: OPAS.
Segundo Socorro Gross, representante da OPAS no Brasil, o projeto inova ao unir estrategicamente os temas da emergência e do transplante de órgãos. “É exatamente nas emergências que está a maioria dos doadores”, pontuou Gross.
Frederico Arnaud, presidente da ABRAMEDE, celebrou a parceria entre as duas instituições e afirmou que ela será essencial para auxiliar a tomada de decisão na cadeia de transplantes do país.
A cerimônia de assinatura da parceria contou também com a presença do secretário de Atenção à Saúde do Ministério da Saúde, Francisco de Assis Figueiredo.
 
Posted: 17 Dec 2019 08:55 AM PST
Foto: ONU Mulheres/Pornvit Visitoran
Foto: ONU Mulheres/Pornvit Visitoran
Em 2020, o Dia Internacional das Mulheres (8 de março) terá como tema “Eu sou a Geração Igualdade: concretizar os direitos das mulheres”.
O mote está alinhado com a nova campanha multigeracional da ONU Mulheres, Geração Igualdade, que marca o 25º aniversário da Declaração e Plataforma de Ação de Pequim.
Adotada em 1995 na 4ª Conferência Mundial sobre as Mulheres, a Plataforma de Ação de Pequim é reconhecida como o roteiro mais progressista para o empoderamento de mulheres e meninas no mundo.
O ano de 2020 é crucial para o avanço da igualdade de gênero em todo o mundo, pois a comunidade global fará um balanço dos progressos alcançados em relação aos direitos das mulheres desde a adoção da Plataforma de Ação de Pequim.
Também marcará vários outros momentos decisivos no movimento de igualdade de gênero: os cinco anos de adoção dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável; o 20º aniversário da resolução 1325 sobre Mulheres, Paz e Segurança do Conselho de Segurança da ONU; e o 10º aniversário de criação da ONU Mulheres.
O consenso global emergente é de que, apesar de alguns progressos, as mudanças reais têm sido lentas para a maioria das mulheres e meninas em todo o mundo. Hoje, nenhum país pode afirmar ter alcançado a igualdade de gênero. Vários obstáculos permanecem inalterados na lei e na cultura.
Mulheres e meninas continuam subvalorizadas; elas trabalham mais e ganham menos e têm menos opções; e experimentam múltiplas formas de violência em casa e em lugares públicos.
Além disso, há uma ameaça significativa de reversão de ganhos dos direitos das mulheres duramente conquistados.
O ano de 2020 representa uma oportunidade imperdível de mobilizar ações globais para alcançar a igualdade de gênero e os direitos humanos para todas as mulheres e meninas.
O Dia Internacional da Mulher 2020 será celebrado no Secretariado das Nações Unidas, em Nova Iorque, na sexta-feira, 6 de março de 2020, das 10h às 12h30.
O evento terá como objetivo reunir as próximas gerações de mulheres e meninas líderes e ativistas de igualdade de gênero com as pessoas defensoras e visionárias dos direitos das mulheres que foram fundamentais na criação da Plataforma de Ação de Pequim, há mais de duas décadas.
O encontro celebrará as pessoas de todas as idades e sexos que colaboraram para a mudança da realidade das mulheres, e discutirá como elas podem enfrentar coletivamente os assuntos inacabados de empoderar todas as mulheres e meninas nos próximos anos.
 
Posted: 17 Dec 2019 07:24 AM PST
OIM está fornecendo assistência alimentar a refugiados e migrantes venezuelanos da região Sudeste. Foto: OIM
OIM fornece assistência alimentar a refugiados e migrantes venezuelanos. Foto: OIM
A partir desta terça-feira (17), a Organização Internacional para as Migrações (OIM) inicia o processo de interiorização de venezuelanos que vivem atualmente em Manaus (AM). No total, 58 pessoas estão incluídas nos primeiros embarques, que acontecerão entre os dias 17 e 20 de dezembro para várias cidades do Brasil.
A partir deste primeiro grupo, a meta da OIM é apoiar pelo menos 100 refugiados e migrantes por mês a buscar novas oportunidades em todas as regiões do país. São venezuelanos que estão nos abrigos, em situação de rua ou mesmo vivendo em moradias alugadas em bairros da cidade.
Serão interiorizados aqueles que já conseguiram emprego ou possuem família ou amigos em outras municípios brasileiros, mas não têm meios para viajar. A OIM participa do processo desde o primeiro cadastro, confere e ajuda o refugiado e migrante a conseguir todos os documentos, vacinas, transferência escolar para as crianças, avaliação de saúde e, quando tudo está pronto, faz a compra das passagens aéreas para o novo destino. Em alguns casos, o viajante também recebe apoio terrestre.
Jhuberlin Carolina, Deibi Gonzalo e os três filhos fazem parte deste primeiro grupo que deixa Manaus. O casal chegou à capital do Amazonas em 26 de setembro depois de quase 20 dias no Brasil, onde entraram por Pacaraima (RR). O destino da família será Curitiba, onde a mãe e os irmãos de Jhuberlin moram há três anos. A mudança estava nos planos, mas com a renda de 100 reais por semana que Deibi recebe como ajudante de refrigeração, o prazo estimado para a compra das passagens era longo.
“Não pensei que a viagem iria sair tão rápido. Sou muito agradecido à atenção que OIM me deu”, disse Deibi, que junto com a esposa conheceu a possibilidade da interiorização pela Operação Acolhida em um post numa rede social. “Será um momento de muita alegria”, completou Jhuberlin, lembrando que finalmente a avó vai conhecer a neta Dana, de 1 ano.
A estratégia de interiorização é realizada pelo governo federal com apoio de agências da ONU e sociedade civil e segue regras nacionais. No Amazonas, os principais parceiros são o governo do estado e a Prefeitura de Manaus. As duas esferas governamentais atuam para acolher e facilitar o trabalho de todos que fazem parte da Operação Acolhida.
As secretarias estaduais de Justiça e de Direitos Humanos e Cidadania (Sejusc), de Assistência Social (Seas) e a Secretaria Municipal da Mulher, Assistência Social e Cidadania (Semasc) acompanham as atividades realizadas e fortalecem todos os serviços públicos aos migrantes. Governo estadual e prefeitura, por meio das secretarias de Saúde (Semsa e Susam), também realizam a avaliação médica, etapa obrigatória do processo de interiorização.

Entenda o processo de interiorização iniciado em Manaus

Refugiados e migrantes que desejam se habilitar à estratégia de interiorização devem procurar o serviço no Posto de Interiorização e Triagem (Pitrig), localizado Avenida Torquato Tapajós, 1047. No local, OIM e Forças Armadas identificam em qual modalidade o migrante pode se cadastrar: reunificação social, se tiver um amigo em outra cidade; reunificação familiar, se tiver parentes em outra cidade; ou vaga de trabalho, se tiver um emprego garantido em outra cidade.
Em seguida, são checados os documentos, as condições do receptor, e o estado de saúde do viajante. Se estiver tudo certo, parte-se para a compra das passagens até o destino acordado. Se houver necessidade, a pessoa refugiada ou migrante pode ainda ficar abrigada por alguns dias no Alojamento de Trânsito de Manaus (ATM) até a data do embarque. Tanto o ATM como o Pitrig funcionam em instalações do governo estadual cedidas para a Operação Acolhida.
As atividades de interiorização da OIM em Manaus são financiadas pelo Escritório de População, Refugiados e Migração (PRM) do Departamento de Estado dos EUA.
 
Posted: 16 Dec 2019 01:03 PM PST
O festival internacional de cinema sobre migração, o Cine Migração, chega à tela do Cine de Brasília no próximo domingo (22). A capital do Brasil é a última etapa do festival que passou também por Roraima, São Paulo, Minas Gerais, Paraná e Amazonas.
Realizado pela Organização Internacional para as Migrações (OIM), o festival, gratuito, ocorre paralelamente em 100 países e ativa as comemorações do dia internacional dos migrantes, festejado em 18 de dezembro.
Além de assistir aos oito curtas e longas apresentados em Brasília, quem passar pelo cinema durante o dia poderá aproveitar a exposição de alimentos e artesanatos produzidos por migrantes e brasileiros.
A feira cultural conta com a participação do coletivo de estilistas africanos do projeto Egalité, apoiado pelo Grupo Mulheres do Brasil, do chef nigeriano Chidera Ifeani, da artista e gastrônoma venezuelana, Damelis Castillo, da editora de livros sobre imigração CSEM, das farofas temperadas e solidárias da Vicky, do Templo Budista, que oferecerá oficinas de pintura Sumi-e, além dos food trucks de sushi do Ricardo e de comida italiana Romanzini e de bike de vinhos.
Outro destaque da programação de Brasília é a compilação de vídeos da oficina de audiovisual e histórias para migrantes, a Feitos de Coragem, realizada em 2019 em Brasília e Curitiba. Os migrantes poderão visualizar, junto com o público da capital, o trabalho que eles mesmos colocaram em prática durante os dois dias da capacitação.

O Festival no Brasil

A edição de 2019 do Cine Migração no Brasil apresenta nove filmes, sendo três longas-metragens e cinco curtas escolhidos entre os 32 da seleção oficial internacional, além de um curta apresentado exclusivamente no país.
Entre os filmes escolhidos, há obras de ficção, documentários e uma animação, todos de origens diversas, incluindo obras realizadas no Brasil.
O intuito da curadoria foi apresentar as diferentes facetas da migração e as situações diversas que os migrantes enfrentam no mundo. Temas como tráfico de pessoas, exploração sexual, inclusão social, fluxo migratório, manejo de fronteira e crianças migrantes são retratados nas telas.
“O Cine Migração apresenta filmes que abordam os desafios da migração e as contribuições únicas que os migrantes trazem para suas novas comunidades. O objetivo é fomentar uma discussão mais ampla sobre um dos maiores fenômenos do nosso tempo”, destaca o chefe de missão da OIM no Brasil, Stéphane Rostiaux.
No Brasil, as mais de 30 projeções do Cine Migração são alternadas entre Belo Horizonte, Boa Vista, Brasília, Curitiba, Manaus, São Paulo e Pacaraima entre os dias 3 e 22 de dezembro.
Rodas de conversa, feira cultural de artesanato e de alimentos e debates também entraram na programação de Belo Horizonte, Boa vista, Brasília e Curitiba. As exibições são gratuitas e ocorrem em locais variados como cinemas, auditórios e até mesmo nos alojamentos que abrigam os venezuelanos em Pacaraima e Manaus.
A OIM lançou o Festival Global de Cinema sobre Migração em 2016 com apenas 30 filmes inscritos. No ano passado, foram 784 submissões de diretores independentes de 98 países, o que tornou a iniciativa um fenômeno global do cinema.
A seleção oficial do festival de 42 filmes em 2018 proporcionou 558 projeções em 104 países, atingindo a audiência de mais de 30 mil pessoas e inspirando diretores e amantes da sétima arte.

Serviço

Cine Migração 2019 – Brasília
Data: 22 de dezembro
Local: Cine Brasília, 106/107 Asa Sul (entrada pelo eixo W)
Horário: 10h30 às 20h (início da última sessão)

Filmes

10h30 – Exibição de filmes da oficina de vídeo para migrantes Feitos de Coragem, realizada em Brasília e Curitiba em 2019 e conversa com o cineasta e professor da capacitação Gustavo Castro.
15h – O Ano Novo da Haru, de Alice Shin (19 min)
Três Dias de Agosto, de Madli Lääne (20 min)
A Torre, de Mats Ground (77 min)
17h30 – Nossas Histórias no Muro: Mulheres e Arte na Fronteira Brasil-Venezuela, de Benjamim Mast e Adriana Duarte (6 min) – participação da produtora do filme, Tainá Aragão
Libertai, de Bill Szilagyi (16 min)
As estátuas de Fortaleza, de Fabien Guillermont e Natália Albuquerque (89 min) – participação da co-diretora.
20h – Encerramento;
Presentes da Babilônia, de Bas Ackermann (24 min)
Jovens Polacas, de Alex Levy-Heller (96 min)
Oficinas de arte japonesa Sumi-e com a professora Marissol Hiromi
Inscrições no local
Horários: 15h; 17h; 19h
Feira cultural nas laterais do cinema de 10h30 às 20h
Programação completa e sinopse dos filmes:
brazil.iom.int/cine-migração
 
Posted: 16 Dec 2019 12:52 PM PST
Mulheres venezuelanas escrevem suas histórias de vida durante atividade em Boa Vista (RR). Foto: UNFPA/Yareidy Perdomo
Mulheres venezuelanas escrevem suas histórias de vida durante atividade em Boa Vista (RR). Foto: UNFPA/Yareidy Perdomo
Luxemburgo firmou o seu apoio ao programa conjunto “Liderança, empoderamento, acesso e proteção para mulheres migrantes, solicitantes de refúgio e refugiadas no Brasil”, liderado por ONU Mulheres, em parceria com Agência da ONU para Refugiados (ACNUR) e Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA), em Roraima.
O acordo foi assinado este mês (12) pela secretária-geral assistente das Nações Unidas e diretora-executiva adjunta da ONU Mulheres, Åsa Regnér, e pelo embaixador Christian Braun. A assistência humanitária tem duração estimada de dois anos, com contribuição de 600 mil euros do governo de Luxemburgo ao programa conjunto implementado pelas três agências da ONU no Brasil.
A iniciativa se destina a apoiar o governo brasileiro na resposta adequada às necessidades de mulheres refugiadas e migrantes no Brasil.
Segundo o governo brasileiro, cerca de 5.500 cidadãs e cidadãos venezuelanos vivem em abrigos e mais de 1.000 moram nas ruas em situação de extrema precariedade, sem acesso a água, alimentos e outros serviços básicos, o que limita sua proteção e dignidade. O programa conjunto tem como diferencial a incorporação da dimensão de gênero para atender de forma apropriada as necessidades das mulheres no contexto de crise humanitária.
O programa se articula por meio de três estratégias: criar espaços seguros para mulheres refugiadas e migrantes venezuelanas e brasileiras; criar oportunidades de integração socioeconômica e criar mecanismos para incorporar a igualdade de gênero na resposta humanitária.

Crise humanitária

De acordo com a Polícia Federal brasileira, 96.000 cidadãs e cidadãos venezuelanas solicitaram refúgio ou residência temporária no país. De acordo com as autoridades, em média 500 cidadãos e cidadãs venezuelanas cruzam a fronteira com o Brasil todos os dias.
A ONU Mulheres trabalha em respostas às crises humanitárias complexas em 30 países, para restaurar a dignidade, promover a resiliência de famílias chefiadas por mulheres e oferecer soluções duradouras para refugiados e refugiadas.
Somente em 2016, a ONU Mulheres atendeu 120.000 mulheres e meninas deslocadas e refugiadas no programa global Liderança, Empoderamento, Acesso e Proteção das Mulheres nas Respostas às Crises (LEAP, na sigla em Inglês).
 
Posted: 16 Dec 2019 12:31 PM PST
Em Berlim, na Alemanha, a manifestação de jovens 'Fridays for Future' pede ações urgentes contra as mudanças climáticas. Foto: Fridays For Future/Jörg Farys
Em Berlim, na Alemanha, a manifestação de jovens ‘Fridays for Future’ pede ações urgentes contra as mudanças climáticas. Foto: Fridays For Future/Jörg Farys
Cento e setenta e sete empresas já estão trabalhando para atingir um patamar alto de ambição e reduzir a emissão de Gases de Efeito Estufa (GEE), limitando os piores efeitos da mudança do clima. O movimento Business Ambition for 1,5ºC – Our Only Future, do Pacto Global das Nações Unidas, mais que dobrou de tamanho desde que um primeiro grupo de empresas anunciou o compromisso na Cúpula das Nações Unidas de Ação Climática, em setembro deste ano.
Entre as empresas comprometidas pelo clima, 18 atuam no Brasil. Destas, oito são companhias nacionais que passaram a integrar a lista mundial a partir do engajamento com o movimento #AceitaEstaCaneta (Ambev, Baluarte Cultura, Eco Panplas, Klabin, Malwee, Nelm Advogados, Renner, Uxua Casa Hotel Spa – além de Natura, que assinou o compromisso em setembro).
A iniciativa da Rede Brasil amplifica os objetivos da campanha global e visa limitar o aumento da temperatura global
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