|
ONU Brasil <noreply+feedproxy@google.com> Cancelar inscrição
|
|
| |
|
|
| |
Posted: 09 Feb 2018 12:08 PM PST
Bloqueio tem um impacto devastador sobre as crianças de Gaza, afetando sua saúde física e mental, assim como seus ambientes de aprendizagem. Foto: Khalil Adwan/UNRWA
Após cortes de contribuições financeiras pelos Estados Unidos, a Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina ( UNRWA) busca mais de 800 milhões de dólares para manter suas operações na Síria, em Gaza e na Cisjordânia. O chefe do organismo internacional, Pierre Krahenbuhl, explicou que a maioria dos palestinos nos territórios ocupados e na Síria “depende da agência para ter ajuda vital, incluindo comida, água, abrigo e assistência médica”.
No território sírio, a UNRWA apoia 400 mil refugiados palestinos com assistência financeira e leva educação para 47 mil crianças e jovens. A agência da ONU precisa de 400 mil dólares para garantir iniciativas de assistência. A verba também será usada em programas para atender a cerca de 50 mil palestinos que viviam na Síria e fugiram para o Líbano e a Jordânia.
A outra metade do apelo financeiro da instituição vai para estratégias de ajuda humanitária no Território Palestino Ocupado. Em Gaza, onde as taxas de desemprego estão entre as maiores do mundo, quase 1 milhão de palestinos dependem da UNRWA para se alimentar. O número é dez vezes maior que o identificado para o ano 2000.
Três anos e meio após as hostilidades de 2014 entre Gaza e Israel, milhares de famílias palestinas continuam deslocadas dentro do enclave. Cerca de 50 mil casas precisam se reformadas e reparadas.
Na Cisjordânia, a situação continua “frágil, com os refugiados palestinos enfrentando dificuldades socioeconômicas devido às políticas de ocupação de Israel”, descreveu Krahenbuhl. Segundo a UNRWA, além da continuada prática de demolição de residências para a construção de assentamentos e das restrições à liberdade de movimento, palestinos enfrentam níveis altos de insegurança alimentar.
Para doar, clique aqui.
|
Posted: 09 Feb 2018 11:36 AM PST
O superlotado centro de recepção de refugiados de Vathy, na ilha grega de Samos. Foto: ACNUR/Yorgos Kyvernitis
Requerentes de refúgio relataram a ocorrência de assédio sexual e violência em alguns centros de recepção de refugiados nas ilhas gregas, onde tomar banho, mesmo durante o dia, pode ser perigoso, disse a Agência da ONU para Refugiados (ACNUR) nesta sexta-feira (9).
“Em 2017, o ACNUR recebeu informações de 622 sobreviventes de violência sexual e violência baseada em gênero nas ilhas gregas de Aegean, das quais ao menos 28% passaram por tais violências depois de chegar à Grécia”, disse a porta-voz do ACNUR, Cécile Pouilly, em coletiva de imprensa em Genebra, na Suíça.
Mulheres citaram comportamento inapropriado, assédio sexual e tentativas de ataques sexuais como as formais mais comuns de violência.
“A situação é particularmente preocupante nos centros de recepção e identificação de Moria (Lesbos) e Vathy (Samos), onde milhares de refugiados permanecem em abrigos precários com segurança inadequada”, acrescentou.
Cerca de 5,5 mil pessoas estão nesses centros, número que corresponde ao dobro de sua capacidade. Relatos de assédio sexual em Moria são particularmente frequentes.
“Nesses dois centros, os banheiros e as latrinas são áreas proibidas depois do anoitecer para mulheres e crianças, a menos que estejam acompanhadas. Mesmo tomar banho durante o dia pode ser perigoso. Em Moria, uma mulher disse às nossas equipes que não tomava banho havia dois meses por conta do medo.”
As tentativas de identificar e ajudar os sobreviventes são dificultadas pela relutância em reportar os ataques devido a discriminação, estigma e retaliações, desespero e falta de confiança em denunciar — incluindo ao serviço de saúde mental do ACNUR. Portanto, o número real de incidentes deve ser ainda maior.
Nas últimas semanas, as autoridades aceleraram as transferências, reduzindo levemente a superlotação, mas esta continua prejudicando as atividades de prevenção.
“A insegurança é outro problema”, disse a porta-voz. “Apesar de haver patrulhas policiais, estas permanecem insuficientes, particularmente à noite, e não cobrem todas as áreas adjacentes aos centros de refugiados, onde as pessoas ficam em tendas sem a presença da polícia”.
Tais condições também estão gerando frustração entre os refugiados, levando a um ambiente de tensão, o que eleva o risco de violência sexual e baseada em gênero.
Enquanto o ACNUR elogiou as medidas do governo de reduzir o risco de violência sexual e baseada em gênero, mais passos precisam ser tomados para proteger os refugiados, incluindo crianças, mulheres e homens.
Pouilly listou esses passos, que envolvem a separação por gênero — incluindo abrigos separados e áreas de banho seguras e bem iluminadas; melhores condições e serviços; maior presença policial, com mais oficiais; mais iluminação em áreas públicas; mais transferências para reduzir a superlotação; mais funcionários dedicados a lidar com o tema; e mais atividades de alerta.
“O ACNUR continuará trabalhando e permanece pronto para apoiar o governo a fortalecer sua resposta operacional e construção de capacidade para prevenir violência sexual e violência baseada em gênero e identificar os sobreviventes e enviá-los para serviços e abrigos apropriados”, disse Pouilly.
|
Posted: 09 Feb 2018 11:27 AM PST
Criança em meio a destroços em Alepo, na Síria. Foto: OCHA/Romenzi
Em janeiro, 83 crianças e adolescentes foram mortos em meio aos confrontos armados em curso no Iraque, Líbia, Palestina, Síria e Iêmen. O conflito sírio foi o mais mortal de todos para meninos e meninas, deixando 59 menores mortos apenas no mês passado. Os números são do Fundo das Nações Unidas para a Infância ( UNICEF), que criticou o cenário de insegurança enfrentado por jovens em países do Oriente Médio e Norte da África.
“É simplesmente inaceitável que crianças continuem sendo mortas e feridas a cada dia que passa”, ressaltou o diretor regional do UNICEF, Geert Cappelaere. Lembrando os falecimentos registrados em janeiro, o dirigente afirmou que “essas crianças pagaram o mais alto preço por guerras pelas quais elas não têm absolutamente qualquer responsabilidade”.
No Iêmen, foram verificados 16 óbitos de crianças. O UNICEF continua recebendo relatos diários de novas mortes e agressões. Em Bengazi, na Líbia, um ataque suicida deixou três menores mortos. Outras três crianças morreram enquanto brincavam perto de um explosivo não acionado.
Em Mossul, no Iraque, uma criança morreu ao entrar numa casa que continha uma armadilha. No Território Palestino Ocupado, um garoto foi morto a tiro num vilarejo próximo à cidade de Ramallah. No Líbano, 16 refugiados sírios — entre eles, quatro crianças — morreram congelados enquanto cruzavam a fronteira para fugir da guerra em seu país de origem.
“Nós, coletivamente, continuamos falhando em parar com a guerra às crianças”, criticou Cappelaere. O representante do UNICEF enfatizou que não há justificativa nem motivo para que a comunidade internacional aceite as violações de direitos contra as crianças como um novo normal.
“Nem centenas, nem milhares, mas milhões de crianças no Oriente Médio e no Norte da África tiveram suas infâncias roubadas, foram mutiladas para o resto da vida, traumatizadas, presas e detidas, exploradas, impedidas de ir para a escola e de ter acesso aos serviços mais básicos de saúde, tiveram negado até mesmo o direito de brincar.”
O dirigente enfatizou que a proteção das crianças é “primordial em todas as circunstâncias, conforma o Direito da Guerra”. “Violar esse direito é o crime mais hediondo e coloca em risco o futuro não apenas das crianças”, completou.
|
Posted: 09 Feb 2018 10:54 AM PST
Bandeira do orgulho trans hasteada em São Francisco, nos Estados Unidos. Foto: Flickr (CC)/torbakhopper
As Nações Unidas no Brasil, por meio da Campanha Livres & Iguais, apresentou nesta sexta-feira (9) a chamada pública para a segunda edição da iniciativa Trans Formação, que visa fomentar as redes de pessoas trans no Distrito Federal (DF) e no entorno, promovendo sua articulação com instituições e espaços de poder locais.
Serão selecionadas 20 pessoas trans do DF e do entorno com interesse em ativismo pelos direitos LGBTI e que queiram participar de projeto de fortalecimento de suas capacidades nos âmbitos pessoal e comunitário. As inscrições podem ser feitas pela Internet até 7 de março.
Segundo dados de organizações da sociedade civil, uma pessoa é assassinada no Brasil a cada 27 horas por conta de sua orientação sexual ou identidade de gênero, e o país ocupa o primeiro lugar no ranking mundial de nações que mais matam travestis, transexuais e pessoas trans. Enquanto a expectativa de vida do brasileiro médio é de 75 anos, a de uma pessoa trans não passa de 35.
O primeiro eixo da iniciativa envolve a promoção do empoderamento pessoal das(os) participantes, por meio de uma atividade de reflexão sobre subjetividades e construção de narrativas pessoais.
Já o segundo eixo trabalhará a potencialização do trabalho das(os) participantes enquanto lideranças pelos direitos da população trans no DF e no entorno, por meio de um programa de mentorias.
Clique aqui para acessar o edital da chamada pública.
|
Posted: 09 Feb 2018 10:49 AM PST
Agricultora trabalha com madeira no Sri Lanka. Foto: Banco Mundial/Lakshman Nadaraja
A brasileira e oficial sênior da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), Thaís Linhares-Juvenal, defende a exploração da chamada “madeira sustentável”. Para a especialista, é preciso acabar com mal-entendido sobre o uso produtivo de recursos florestais, associado ao desmatamento.
Em entrevista ao serviço de notícias em português das Nações Unidas em Nova Iorque, a ONU News, a dirigente lembra que as florestas ganharam destaque no cenário político internacional e nacional por uma questão negativa — a devastação do meio ambiente. A importância do tema permitiu reverter a tendência de destruição e voltar a ter um crescimento da cobertura vegetal.
Contudo, “isso (também) marginalizou os produtos florestais, sobretudo a madeira”, avalia Thaís. Uma das consequências foi a busca por novas matérias-primas, que não necessariamente são mais sustentáveis que a fibra das árvores.
“A madeira é um produto renovável, com baixa taxa de emissões (de gases do efeito estufa). Uma tora de madeira estoca carbono, não emite carbono. Mas o setor de construção civil passou fundamentalmente ao alumínio, ao PVC, que é atualmente baseado em combustíveis fósseis, ao aço”, explica a brasileira.
Para a especialista da FAO, é possível extrair das florestas uma “madeira sustentável”. “Madeira sustentável é uma madeira que é produzida respeitando o ciclo da floresta e questões sociais do entorno. As comunidades locais trabalham para a floresta. Quem sabe o valor que um produto florestal pode dar não devasta. Quem tira a floresta é aquele que não vive da floresta.”
A dirigente acrescenta que o uso de recursos naturais pode ser ecologicamente responsável, quando adotados preceitos que respeitem a rotação natural do meio ambiente e preservem os serviços ecossistêmicos e a biodiversidade.
“A gente precisa acabar com esse antagonismo entre produção, floresta e conservação ambiental. Não há antagonismo. O que há é uma necessidade de diálogo e conciliação com base em evidências”, ressalta Thaís. “O caminho para a sustentabilidade é um caminho que passa pelo diálogo, por políticas formuladas a partir de um entendimento claro das necessidades, que são as necessidades do ambiente, da economia, de alimentação, de emprego, de preservação.” Ouça a entrevista na íntegra concedida por Thaís à ONU News:
https://news.un.org/pt/sites/news.un.org.pt/files/audio/2018/01/1801266.mp3
This posting includes an audio/video/photo media file: Download Now
|
Posted: 09 Feb 2018 10:23 AM PST
Programa financia startups globais com soluções tecnológicas para serviços de saúde brasileiros. Foto: EBC
A Corporação Financeira Internacional (IFC), uma subsidiária do Grupo do Banco Mundial, lançou o TechEmerge Health Brazil, um programa de apoio a startups globais de tecnologia que desenvolvam inovações de saúde relevantes para o Brasil.
A IFC está buscando empresas de tecnologia interessadas em ampliar seus negócios no mercado brasileiro. As inscrições podem ser feitas pelo site www.techemergebrazil.orgaté 10 de março.
O programa irá identificar inovações de tecnologia em saúde no mundo todo e adaptá-las aos planos de saúde no Brasil. O objetivo é explorar formas de a tecnologia ser usada para beneficiar serviços de saúde. O TechEmerge fornecerá recursos e “mentorias” para ajudar a levar tais tecnologias ao mercado brasileiro.
“Novas tecnologias estão transformando o serviço de saúde e podem melhorar seu acesso, alcance e eficiência operacional”, disse Mary Peschka, diretora da IFC para soluções de inovação.
“O programa reúne inovações para mercados emergentes, onde estas são mais necessárias. No Brasil, mais de 20 grandes planos de saúde aderiram ao programa e estão buscando tecnologias em áreas como engajamento de pacientes, análise de dados clínicos, inteligência artificial, pontos de atendimento, entre outras”.
Os empreendedores selecionados serão convidados a se reunir com planos de saúde brasileiros para discutir formas de comercializar suas tecnologias.
Em comunicado, a IFC afirma que o Brasil enfrenta falta de médicos e enfermeiros, registra uma qualidade variável nos serviços, longas filas de espera, altos custos e crescente presença de doenças não transmissíveis, como doenças cardíacas, diabetes e câncer.
Novas tecnologias e práticas de negócio inovadoras são essenciais para enfrentar tais desafios, disse a IFC. O mercado brasileiro de serviços de saúde é o oitavo maior do mundo e deve crescer para 232 bilhões de dólares em 2021, tendo grande potencial para inovadores tecnológicos.
O programa TechEmerge é parte da estratégia da IFC para apoiar empreendedores em mercados emergentes e impulsionar o setor privado brasileiro a aumentar e melhorar o acesso a serviços de saúde de qualidade. A IFC tem um portfólio global de investimentos de mais de 1,7 bilhão de dólares no setor de saúde.
O programa está sendo implementado em parceria com o Ministério da Economia e do Emprego da Finlândia e com o Ministério da Economia e Indústria de Israel. É apoiado pela Bionexo, uma empresa brasileira que oferece soluções digitais para a indústria de saúde.
|
Posted: 09 Feb 2018 09:56 AM PST
Agricultores em um campo de arroz no distrito de Dhading, na região central do Nepal. Foto: FIDA/Anwar Hossain
Espera-se que milhares de agricultores familiares se beneficiem de uma iniciativa do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) no Nepal que utiliza uma abordagem inovadora para capacitar os agricultores e agregar valor aos seus produtos.
No total, espera-se que cerca de 14 mil agricultores e suas famílias se beneficiem da iniciativa, que também deverá contribuir para a implementação dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável 1 e 2 – que tratam do fim da pobreza em todas as suas formas; e o fim da fome e alcance da segurança alimentar, respectivamente.
O Programa Cooperativo de Desenvolvimento de Mercado está sendo implementado em parceria com o governo do Nepal e visa estabelecer e operacionalizar a cadeia de mercado cooperativa de frutas e vegetais. O objetivo é aumentar a renda dos agricultores e abrir outras oportunidades de subsistência.
“Esta [parceria] beneficiará diretamente milhares de agricultores nepaleses nos próximos cinco anos, através de um apoio crucial na modernização de sua produção e da cadeia de mercado”, disse Renaud Meyer, diretor nacional do PNUD no Nepal.
De acordo com o PNUD, o programa se concentra em seis distritos próximos da capital do país, Katmandu, que, apesar de ter vários grupos cooperativos de agricultores familiares, são prejudicados pela falta de infraestrutura, falta de instalações de transporte e armazenamento, acesso inadequado a informações sobre o mercado e estrangulamentos regulatórios e institucionais.
Além de melhorar a infraestrutura, a iniciativa também visa melhorar a qualidade, a quantidade e a consistência do fornecimento de frutas e produtos hortícolas, além de capacitar os agricultores no emprego de melhores técnicas agrícolas, comerciais e institucionais.
|
Posted: 09 Feb 2018 09:34 AM PST
Secretário-geral da ONU, António Guterres, se encontra com pessoas internamente deslocados em Bangassou, República Centro-Africana, em outubro de 2017. Foto: ONU/Eskinder Debebe
As Nações Unidas vão atuar com a União Africana para “rever a estratégia de manutenção da paz, reorientá-la, torná-la mais forte e segura” no continente, com um maior apoio da comunidade internacional.
A declaração é do secretário-geral da ONU, António Guterres, na Cúpula da União Africana em Adis Abeba, no final de janeiro. Na capital etíope, o chefe da ONU destacou que devem ser criadas as condições para um apoio adequado às forças africanas na aplicação das operações de paz e de combate ao terrorismo.
Guterres revelou que uma das prioridades do plano é discutir um redesenho das forças de paz nas maiores operações na África junto ao Conselho de Segurança e países que contribuem com tropas ou fundos.
As situações urgentes são Sudão do Sul, República Democrática do Congo, República Centro-Africana e Mali. De acordo com a ONU, os respectivos mandatos devem ser mais específicos, além de apoiar soluções políticas e a proteção dos civis.
A segunda prioridade é garantir que as forças de paz estejam melhor equipadas, preparadas, lideradas e com mais mobilidade, agilidade e capacidade para ações proativas para proteger populações e, ao mesmo tempo, os próprios pacificadores.
Guterres disse que ficam como outros pontos para discutir com a comunidade internacional temas como os mandatos das operações de paz, o apoio político e financeiro e os efetivos para pacificar os países da região.
Para o secretário-geral, é preciso promover a paz e o combate ao terrorismo com forças africanas bem apoiadas, além de ter uma melhor aplicação do capítulo VII da Carta da ONU – que prevê ações para impor a paz.
Ele destacou que o financiamento das operações de paz deve ser mais previsível e incluir regras mais claras.
Parceria com União Africana é essencial para ONU
Guterres afirmou que uma forte cooperação com a União Africana é “essencial para a ONU cumprir seu mandato”.
“Para as Nações Unidas, a parceria mais importante é a parceria com a União Africana”, disse. Ele e o presidente da Comissão da União Africana, Moussa Faki Mahamat, assinaram um novo acordo para ampliar a colaboração entre as duas organizações.
Guterres participa da 30ª Conferência da União Africana, que reúne líderes da região. Este ano, o tema do encontro foi “Ganhando a luta contra a corrupção: um caminho sustentável para a transformação da África”.
O chefe da ONU disse que a organização tem três pilares: desenvolvimento, paz e segurança, e direitos humanos, sendo que o continente africano é chave para resolver problemas globais.
Guterres destacou que a África fez progressos admiráveis no campo de direitos humanos, mencionando que os países do continente “sempre abrem suas portas para refugiados e migrantes”, o que pode servir de lição para outras regiões do mundo.
Mas ele lembrou que a comunidade global não pode garantir a paz duradoura se a África não conseguir resolver seus conflitos e fazer grandes esforços para prevenir conflitos.
António Guterres afirmou que a ONU continuará ao lado da União Africana, respeitando a liderança em resolver os problemas do continente.
Combate à fome
O secretário-geral participou de um evento de alto nível sobre como acabar com a fome na África. Segundo ele, o continente tem os índices mais altos de fome no mundo, sendo que a produção agrícola e a pecuária estão ameaçadas devido aos conflitos e à mudança climática.
Guterres explicou que os governos precisam criar as condições para mais investimentos do setor privado em negócios que podem beneficiar os mais pobres e os que sofrem pela insegurança alimentar.
|
Posted: 09 Feb 2018 09:25 AM PST
Déficit de profissionais de saúde no Caribe preocupa OPAS. Foto: Banco Mundial
A Organização Pan-Americana da Saúde ( OPAS) realizará um estudo sobre as tendências migratórias dos profissionais de saúde no Caribe. Objetivo da pesquisa é compreender fluxos de deslocamento para orientar políticas regionais e identificar faltas de equipes médicas. Dados também ajudarão países a implementar o código de práticas da Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre contratação internacional de trabalhadores.
Ao longo de três meses, uma equipe de pesquisadores visitará 16 países e territórios caribenhos — Belize, Guiana, Jamaica, Suriname, Trinidad e Tobago, Ilhas Turcas e Caicos e as ilhas sob domínio inglês da Organização dos Estados do Caribe Oriental (OECS). Especialistas da OPAS reunirão-se com representantes dos Ministérios da Saúde, de hospitais, governos e organizações, bem como com clínicos gerais e grupos de atenção primária em saúde.
“A região logo enfrentará uma das carências mais críticas de sua história no mercado de trabalho dos profissionais de saúde, se não fizer nada para reverter a tendência à baixa imigração e os altos níveis de emigração dentro do Caribe inglês”, explica a coordenadora do Programa Sub-regional da OPAS para o Caribe Oriental, Jessie Schutt-Aine.
“A falta de oferta desses profissionais terá um impacto negativo na qualidade e na sustentabilidade dos sistemas de saúde, especialmente nas ilhas menores da região”, acrescentou a especialista.
A OPAS lembra que o problema também tem dimensões globais. Segundo projeções da Organização Mundial da Saúde (OMS) e do Banco Mundial, cerca de 40 milhões de novos postos de trabalho são necessários para atender às necessidades de saúde da população. Nas Américas, existe um déficit de 800 mil profissionais.
A assessora sub-regional da OPAS para recursos humanos, Erika Wheeler, acrescenta que “muitas pessoas optam por abandonar a região (do Caribe) em busca de melhores condições de trabalho, salários mais altos e mais segurança trabalhista”.
|
Posted: 09 Feb 2018 09:15 AM PST
Dia Mundial do Rádio é celebrado em 13 de fevereiro. Foto: Flickr (CC)
O ano de 2018 será marcado por grandes eventos esportivos que têm a capacidade de unir corações e mentes de pessoas de todo o mundo. Levando isso em consideração, o tema para o Dia Mundial do Rádio 2018, lembrado em 13 de fevereiro, é “Rádio e Esportes”.
No Brasil, rádios, atletas, a representação da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) e o Ministério dos Esportes se uniram na missão de mostrar a beleza dos esportes em toda a sua diversidade por meio da radiodifusão.
Entrevistas para rádios, vídeos para as redes sociais, um site e divulgação intensa da data para a imprensa e nas redes sociais fazem parte das celebrações. O recordista mundial paralímpico de natação, Daniel Dias, juntamente com a jogadora de vôlei e Campeã pelo Esporte da UNESCO, Jackie Silva, foram convidados para participar das celebrações no Brasil. Eles gravaram vídeos que estão sendo compartilhados nas redes sociais.
O rádio é o meio de comunicação social com a maior audiência do mundo. Segundo a representante interina da UNESCO no Brasil, Marlova Jovchelovitch Noleto, o rádio é também uma poderosa ferramenta para transmitir o entusiasmo dos eventos esportivos, e com isso reforçar seus valores.
“O rádio pode ajudar a combater o racismo e a xenofobia que são, infelizmente, expressos dentro e fora do campo. Ele também nos oferece a oportunidade de estimular a diversidade como uma força de diálogo e tolerância”, afirma a representante.
O ministro do Esporte, Leonardo Picciani, defende o “esporte como fator de desenvolvimento humano”, e reforça o trabalho que o Brasil tem feito no esporte paralímpico, que é uma importante vertente de inclusão social.
Daniel Dias, em vídeo gravado para data, também ressalta este ponto dizendo: “as celebrações deste ano buscam falar dos esportes que não são tão populares na mídia, como por exemplo, o esporte paralímpico”. A cobertura de esportes tradicionais e daqueles que recebem menos atenção na mídia é um dos subtemas para a data.
Outro destaque das celebrações deste ano chama atenção para a sub-representação das mulheres na mídia esportiva. Atualmente, as mulheres representam somente 7% dos atletas que são vistos, ouvidos ou lidos na mídia. É para mudar essa realidade que “precisamos celebrar histórias inspiradoras que desafiam estereótipos de gênero”, como defende Jackie Silva.
Todas as estações de rádio e demais interessados no tema deste ano estão convidados a acessar o site oficial do Dia Mundial do Rádio, disponível nas seis línguas oficiais da ONU (espanhol, inglês, francês, árabe, russo e chinês), e registrar seus eventos, sejam entrevistas curtas, celebrações, programas de rádio – qualquer coisa que celebre o dia, formando um calendário internacional que é disponibilizado em um mapa interativo. O site também reúne artigos e entrevistas sobre os subtemas igualdade de gênero, diversidade e paz e desenvolvimento nos esportes, materiais multimídia e tópicos de discussão.
Há muitas maneiras de participar — cobrir uma diversidade de esportes e eventos relacionados aos subtemas do Dia Mundial do Rádio, trabalhar com associações esportivas locais para organizar um evento especial, criar conteúdo específico para a data, com entrevistas, vídeos, imagens, jingles e histórias, participar das conversas nas mídias sociais, seguir a hashtag #DiaMundialdoRádio, divulgar notícias sobre o dia e envolver seus influenciadores.
O Dia Mundial do Rádio é uma oportunidade anual de celebrar o rádio e a maneira como ele contribui com o debate democrático por meio de informação, entretenimento e interação com o público. A data foi proclamada pela Assembleia Geral da ONU em 2011. Desde então, é celebrado o Dia Mundial do Rádio no dia 13 de fevereiro, em homenagem à inauguração da Rádio das Nações Unidas, que aconteceu nesta data do ano de 1946.
Ano após ano, o Dia Mundial do Rádio tem crescido em reconhecimento e sucesso: as transmissões por meio de estações de rádio somam um potencial de audiência de até 800 milhões de pessoas; são mais de 140 mil visitas por ano ao website; a data tem sido assunto mundial do momento no Twitter pelos últimos quatro anos; e em 2017 contabilizou-se um total de 585 eventos em 110 países.
Em comunicado, o secretário-geral da ONU, António Guterres, lembrou que o rádio é o meio de comunicação social com maior audiência no mundo. “Numa era de grandes avanços tecnológicos, o rádio mantém o seu poder de comunicação, de entretenimento, de educação, de informação e de inspiração”, disse.
“O rádio é um fator de união e de reforço de comunidades de distinta natureza; e dá voz aos mais vulneráveis e marginalizados”, declarou. “No corrente ano, e no momento em que decorrem os Jogos Olímpicos de Inverno, há que reconhecer, também, o potencial das emissões desportivas como um vibrante veículo de aproximação”.
Leia também: Dez maneiras de celebrar o Dia Mundial do Rádio.
|
Posted: 09 Feb 2018 09:11 AM PST
Vladimir Voronkov, subsecretário-geral do Escritório das Nações Unidas de Contraterrorismo, durante reunião no Conselho de Segurança. Foto: ONU/Eskinder Debebe
Apesar dos sucessos militares contra o Estado Islâmico do Iraque e do Levante (ISIL/Da’esh), o grupo terrorista e suas afiliadas continuam a representar uma “ameaça significativa” em todo o mundo.
A avaliação é do principal funcionário da ONU na área de contraterrorismo , que participou de uma reunião no Conselho de Segurança na quinta-feira (8). Ele pediu que seja fortalecida a cooperação internacional para enfrentar o extremismo violento e levar aqueles que estão por trás destas ações para a justiça.
“A ameaça transnacional e em rápida evolução do ISIL apresenta um difícil desafio para os Estados-membros e a comunidade internacional”, disse Vladimir Voronkov, chefe do Escritório da ONU de Contraterrorismo em uma reunião do Conselho de Segurança, sobre as ameaças à paz e à segurança internacionais causadas por atos terroristas.
“O ISIL não está mais focado em conquistar e manter o território. Foi forçado a se adaptar e se concentrar principalmente em um grupo menor e mais motivado de indivíduos que continuam empenhados em inspirar, habilitar e realizar ataques”, acrescentou.
Combater a mudança de ameaça implica a “necessidade de ficar um passo à frente do ISIL”, uma vez que o grupo continua a se adaptar e evoluir, enfatizou o funcionário da ONU.
Em particular, Voronkov pediu um forte quadro internacional para combater a ameaça do ISIL po meio da Estratégia Global das Nações Unidas de Contraterrorismo, das resoluções pertinentes da Assembleia Geral e do Conselho de Segurança, bem como a implementação efetiva dos instrumentos jurídicos multilaterais, convenções e protocolos atualmente em voga.
Abordar a ameaça ISIL também exige abordar as condições subjacentes que influenciam homens e mulheres jovens para o extremismo violento, acrescentou.
Ele também exortou a comunidade internacional a enfrentar o “déficit” na cooperação antiterrorista nos níveis global, regional e nacional, pedindo aos países que se envolvam plenamente na primeira Cúpula das Nações Unidas de Chefes de Agências de Contraterrorismo, que será realizada em junho.
O funcionário da ONU informou o Conselho de 15 membros das atividades do ISIL e suas afiliadas em diferentes partes do mundo, incluindo o financiamento de suas atividades ilícitas e a propaganda.
Ele também advertiu que os membros do ISIL e seus simpatizantes continuam a usar amplamente as redes sociais, bem como a tecnologia, como métodos de criptografia e ferramentas de comunicação na chamada ‘deep web’, para comunicar, coordenar e facilitar suas atividades e perpetrar ataques.
|
Posted: 09 Feb 2018 08:52 AM PST
|
Posted: 09 Feb 2018 08:35 AM PST
Índice de desmatamento na América Latina e Caribe é segundo maior do mundo. Foto: Eduardo Santos / Flickr (CC)
Por que em municípios onde o desmatamento cresce a taxa de homicídios também aumenta? Segundo estudo publicado em periódico do Centro Internacional de Políticas para o Crescimento Inclusivo da ONU ( IPC-IG), o motivo é a organização “perversa” dos direitos de propriedade sobre a terra no Brasil.
Divulgado na revista Policy in Focus, o artigo “Direitos de Propriedade, Desmatamento e Violência: Problemas para o Desenvolvimento da Amazônia”, de André Sant’Anna e Carlos Young, combate mitos que associam o desenvolvimento socioeconômico à expansão da agropecuária.
Os autores apontam que, no Brasil, há uma tradição vinculando a reivindicação do direito à posse da terra ao estabelecimento de um uso produtivo para os territórios de interesse. Isso estimula o desmatamento, usado como ferramenta para a expansão da fronteira agrícola.
Na medida em que o valor da terra aumenta, a disputa entre posseiros – trabalhadores rurais que ocupam uma área sem possuir sua propriedade e praticam agricultura familiar e de subsistência – e grileiros gera inúmeros conflitos violentos nas regiões.
Sant’Anna e Young criticam a visão de que o avanço da agropecuária é condição fundamental para o crescimento das áreas mais remotas do país. Na avaliação dos pesquisadores, esse ideário, porém, ainda está presente entre os setores mais conservadores, com forte expressão no Congresso Nacional e outras instâncias de poder. A história e a pesquisa científica mostram o contrário.
Muitas das regiões do Brasil em que a maior parte da população não consegue satisfazer suas necessidades básicas de alimentação, moradia, educação e saúde estão localizadas em zonas rurais com altos índices de desmatamento. Os problemas de saúde costumam ser graves nessas localidades, com a transmissão de doenças como malária, dengue e leishmaniose, segundo o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).
Os autores lembram que o desmatamento das áreas de floresta acontece desde o período colonial, em que a ocupação e a exploração territoriais predatórias eram vistas como símbolos de progresso e civilização. Acesse o artigo na íntegra clicando aqui.
|
Posted: 09 Feb 2018 08:28 AM PST
Clique para exibir o slide.Representantes do Centro de Excelência contra a Fome — fruto de uma parceria entre o governo brasileiro e o Programa Mundial de Alimentos (PMA) — realizaram uma missão em Gâmbia no fim de janeiro (22 a 26) com o objetivo de identificar áreas e oportunidades para o PMA ampliar as capacidades dos agricultores familiares do país e intensificar a compra de alimentos produzidos por eles.
A visita foi feita por Vinícius Limongi, especialista do Centro de Excelência contra a Fome, com Ali Aboulsalami, do escritório regional do PMA em Dacar.
Alinhada com as conclusões do processo de Revisão Estratégia Fome Zero de Gâmbia e com consultas locais, a missão avaliou o atual modelo de compras comunitárias, que envolve o repasse de recursos para as escolas comprarem alimentos localmente.
Como parte do processo de planejamento estratégico de país do PMA, a missão aconselhou o escritório sobre possíveis iniciativas que devem ser fortalecidas, além do processo de revisão sistemática da iniciativa.
Também foram avaliados os planos de ampliação de escala, possíveis modalidades de contratos que facilitem a compra de produtos de agricultores familiares e parcerias complementares que podem ser criadas para ampliar o apoio indireto aos agricultores.
A insegurança alimentar e nutricional ainda é um problema sério em Gâmbia, e o PMA está comprometido a combater suas causas, ao mesmo tempo em que apoia o governo a criar uma rede de proteção sistemática para populações vulneráveis a desastres, como secas e inundações.
O escritório de país do PMA está avaliando a interconexão entre produção de alimentos, má-nutrição, vulnerabilidade a desastres, desigualdade de gênero e capacidade governamental como parte de seu processo de planejamento.
Uma potencial contribuição do escritório do país do PMA em Gâmbia é o desenvolvimento de uma estratégia de fortalecimento de capacidades, com metas claras e um plano de ação. Outro aspecto crucial da cooperação do programa da ONU é a vinculação entre agricultores familiares e mercados estáveis, como o programa de alimentação escolar.
|
Posted: 09 Feb 2018 08:03 AM PST
Professora Amivi Kafui Tete-Benissan (esquerda) ensina biologia celular e bioquímica na Universidade de Lomé, na capital do Togo. Foto: Banco Mundial/Stephan Gladieu
A maioria dos países, industrializados ou não, está longe de alcançar a paridade de gênero nas disciplinas de ciência, tecnologia, engenharia e matemática, em todos os âmbitos do sistema educacional. O alerta foi feito pela diretora-geral da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), Audrey Azoulay, e pela diretora-executiva da ONU Mulheres, Phumzile Mlambo-Ngcuka, em mensagem conjunta para a ocasião do Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência, 11 de fevereiro.
“Nosso futuro será marcado pelo progresso científico e tecnológico, assim como nosso passado. Esse progresso futuro será melhor quando se basear no talento integral, na criatividade e nas ideias de mulheres e meninas na ciência”, disseram as oficiais da ONU.
Segundo elas, esse déficit deficit alimenta a lacuna no emprego. De acordo com estimativas do Instituto de Estatísticas da UNESCO (UIS), as mulheres representam atualmente menos de 30% da força de trabalho de pesquisa e desenvolvimento em todo o mundo.
“O rápido crescimento dos setores de ciência e tecnologia são vitais para as economias nacionais. Lidar com alguns dos maiores desafios da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável – da melhoria do sistema de saúde ao combate da mudança climática – dependerá de aproveitar todos os talentos. Isso significa que precisamos alcançar um aumento significativo no número de mulheres que entram e permanecem nas carreiras de ciência, tecnologia, engenharia e matemática”, salientaram.
De acordo com as oficiais da ONU, uma das principais ferramentas para combater a desigualdade de gênero nas ciências é desmantelar as barreiras para meninas e mulheres em casa, na sala de aula e no local de trabalho. Isso requer mudar de atitudes e desafiar os estereótipos. “Precisamos combater percepções preconceituosas entre professores, empregadores, colegas e pais quanto à adequação de meninas e mulheres jovens na educação científica – ou na aprendizagem da ciência de modo geral –, nas carreiras científicas e nas lideranças e coordenações no âmbito acadêmico”.
“É difícil para as meninas acreditarem em si mesmas como cientistas, exploradoras, inovadoras, engenheiras e inventoras quando as imagens que veem nas mídias sociais, nos livros didáticos e na publicidade refletem os papéis estreitos e limitantes de gênero”, disseram.
Nesse contexto, a ONU Mulheres está liderando a iniciativa Aliança Sem Estereótipo, que incentiva anunciantes de publicidade, empresas de tecnologia e influenciadores a banir retratos antigos e estereotipados de gênero em publicidade que possam diminuir ou limitar o papel das mulheres na sociedade. Essas representações imprecisas podem dificultar as carreiras das mulheres, inclusive como inovadoras científicas.
O relatório do Painel de Alto Nível sobre Empoderamento Econômico Feminino de 2017 do secretário-geral da ONU (link externo em inglês) explorou o impacto dessas normas sociais adversas e ressaltou a necessidade do diálogo com crianças e adolescentes, de modo que tanto as meninas como os meninos se vejam como igualmente capazes desde a primeira infância. Ele também analisou maneiras de promover modelos positivos como um dos principais impulsionadores da mudança para aumentar a participação econômica das mulheres em todo o mundo.
Mulheres fortes mais experientes podem mostrar às mulheres e às meninas o caminho para a liderança acadêmica, a pesquisa e os negócios ao longo de suas carreiras. A UNESCO, juntamente com a Fundação L’Oréal, por duas décadas, têm incentivado as mulheres cientistas por meio do prêmio Mulheres na Ciência, criado para celebrar as conquistas das mulheres cientistas. O recentemente lançado Manifesto para Mulheres na Ciência é um apelo para incentivar o talento das mulheres, ao apoiar a educação de meninas tais disciplinas e ao garantir a igualdade de oportunidades, de modo que elas participem plenamente e liderem o amplo espectro de órgãos científicos de alto nível.
“A ONU Mulheres e a UNESCO estão engajadas em continuar trabalhando no Sistema das Nações Unidas e com todos os nossos parceiros da sociedade pública, privada e civil para garantir que as meninas e as mulheres sejam representadas de forma mais igualitária, que a elas sejam concedidas todas as oportunidades que precisam para prosperar em disciplinas relacionadas à ciência, e para que façam as descobertas inovadoras do futuro.”
|
Posted: 09 Feb 2018 06:44 AM PST
Secretário-geral da ONU fala durante abertura do Fórum Global sobre Engajamento e Empoderamento para o Desenvolvimento Sustentável, realizado na Universidade de Yonsei, em Seul. Foto: ONU/Mark Garten
O secretário-geral da ONU, António Guterres, enfatizou na quinta-feira (8) a importância do engajamento e do empoderamento para transformar os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) em benefícios para todas as pessoas no mundo, e pediu para todos os setores das sociedades se envolvam ativamente nessa empreitada.
Falando na abertura do Fórum Global sobre Engajamento e Empoderamento para o Desenvolvimento Sustentável, realizado na Universidade de Yonsei, em Seul, capital da Coreia do Sul, o secretário-geral da ONU enfatizou que os esforços para implementar a Agenda 2030 precisam “ir além dos esforços diplomáticos e programas de governo”.
A sociedade civil, a academia e o setor privado — todos devem se mobilizar — para encontrar os recursos necessários para atingir tais objetivos e aplicá-los da melhor maneira possível, declarou.
Guterres também alertou sobre a crescente desigualdade no mundo todo, e disse que esse sentimento de “ser deixado para trás” mina a confiança das pessoas, comunidades e regiões nos governos, assim como em organizações internacionais como a ONU.
Ele disse ao público presente, que incluiu o ex-secretário-geral da ONU Ban Ki-moon e o presidente da Assembleia Geral, Miroslav Lajčák, que essa redução da confiança, em última análise, cria crescente instabilidade.
Ao mesmo tempo, importantes desafios como mudanças climáticas, rápido crescimento populacional, urbanização não planejada, grandes deslocamentos de pessoas, insegurança alimentar e escassez de água também contribuem para multiplicar os impactos negativos das ameaças à segurança global.
“Isso significa que precisamos de enormes esforços, engajamento e empoderamento para transformar os ODS na ferramenta para atingirmos uma globalização justa”, disse o chefe da ONU.
Ele também enfatizou que o financiamento é essencial para garantir que haja recursos suficientes para implementar a agenda de desenvolvimento sustentável e, nesse contexto, pediu que a comunidade internacional fortaleça sua luta contra a evasão fiscal, a lavagem de dinheiro e os fluxos ilícitos de capital.
Por exemplo, na África, essas atividades ilícitas mais do que superam o total de recursos destinados à ajuda para o desenvolvimento que chega ao continente, disse Guterres.
Além disso, na implementação dos ODS, ele pediu que todos não apenas respondam aos problemas do passado, mas também aos problemas do futuro, e que todos os atores criem as condições para que essas transformações sejam absorvidas pela sociedade para permitir que as pessoas se adaptem a novos cenários.
Segundo Guterres, é essencial que todos se unam em torno desse discurso para garantir que possamos transformá-lo em novas ferramentas para a melhora da h
|
... [Mensagem cortada] Exibir toda a mensagem
|
Clique aqui para Responder ou Encaminhar
|
1,61 GB (10%) de 15 GB usados
Última atividade da conta: Há 2 horas
Detalhes
|
|
Nenhum comentário:
Postar um comentário