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Posted: 15 Feb 2018 11:45 AM PST
Mãe segura recém-nascido em maternidade de Dhaka, em Bangladesh. Foto: ONU/Kibae Park
A Organização Mundial da Saúde (OMS) publicou nesta sexta-feira (15) novas diretrizes sobre padrões globais de atendimento às mulheres grávidas, com o objetivo de reduzir o uso desnecessário de algumas intervenções médicas como, por exemplo, a cesárea.
“Queremos que as mulheres deem à luz em um ambiente seguro, com profissionais qualificados e em unidades bem equipadas. No entanto, a crescente ‘medicalização’ de processos normais de parto estão minando a capacidade das mulheres de dar à luz, e afetando negativamente sua experiência de parto”, disse Nothemba Simelela, diretora-geral assistente para família, mulheres, crianças e adolescentes da OMS.
Globalmente, estimados 140 milhões de partos acontecem a cada ano, e a maior parte deles ocorre sem complicações para mulheres e bebês.
No entanto, de acordo com a OMS, nos últimos 20 anos, os profissionais de saúde ampliaram o uso de intervenções que eram anteriormente usadas apenas para evitar riscos ou tratar complicações, tais como a aplicação de oxitosina para acelerar o trabalho de parto e as cesarianas. Estudos mostram que uma proporção substantiva de grávidas saudáveis passa por ao menos uma intervenção clínica durante o trabalho de parto.
“Se o parto está ocorrendo normalmente, e as mulheres e seus bebês estão em boas condições, não precisam receber intervenções adicionais para acelerar o processo”, disse Simelela.
Com base em 56 recomendações baseadas em evidências, as novas diretrizes incluem ter uma companhia à sua escolha durante o trabalho de parto e o nascimento da criança; receber atendimento respeitoso e acesso a boa comunicação com os profissionais de saúde; manter privacidade e confidencialidade; e ter autonomia decisória sobre a gestão da dor, posições, entre outras.
Reconhecendo que cada parto e nascimento é único e que sua duração varia entre as mulheres, as diretrizes afirmam que o padrão anterior para dilatação cervical de 1 cm/hora durante o primeiro estágio ativo do parto pode ser “irrealista” para algumas mulheres, sendo impreciso em identificar mulheres em risco de resultados adversos nocivos.
As diretrizes enfatizam que uma dilatação cervical mais lenta sozinha não pode ser uma indicação para a intervenção no sentido de acelerar o parto.
Além disso, enquanto a maior parte das mulheres quer parto natural, elas também reconhecem que o parto pode ser imprevisível e arriscado e que o monitoramento constante e, às vezes, intervenções médicas, podem ser necessários.
Quando uma intervenção médica é demandada ou necessária, “a inclusão das mulheres na tomada de decisões sobre o atendimento que recebem é importante para garantir que atinjam o objetivo de uma boa experiência de parto”, disse Ian Askew, chefe do departamento de saúde reprodutiva e pesquisa da OMS.
A agência da ONU também afirmou que uma vez que mais mulheres dão à luz em centros de saúde com profissionais qualificados, elas merecem um atendimento de qualidade.
Estimativas mostram que cerca de 830 mulheres morrem na gravidez ou em complicações no parto no mundo todos os dias, sendo que a maioria dessas mortes poderia ser evitada com atendimento de saúde qualificado.
Além disso, atendimento desrespeitoso e não digno é frequente em muitas unidades de saúde, violando os direitos humanos e impedindo que as mulheres acessem serviços de saúde durante o parto. Em muitas partes do mundo, os planos de saúde controlam o processo de parto, além de expôr a saúde da mulher a intervenções médicas que interferem no processo natural.
“Para atingir o melhor resultado físico, emocional e psicológico para as mulheres e seus bebês, é necessário um modelo de cuidado no qual os sistemas de saúde empoderem todas as mulheres para acessar cuidados que foquem na criança e na mãe”, disse a OMS.
Clique aqui para acessar o documento (em inglês).
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Posted: 15 Feb 2018 11:23 AM PST
Ronaldinho Gaúcho e Luís Figo vão liderar equipes em Jogo da Solidariedade. Foto: ONU
Ronaldinho Gaúcho e o português Luís Figo serão os capitães dos dois times que competirão no Jogo da Solidariedade, partida organizada pela União das Federações Europeias de Futebol (UEFA) em parceria com a ONU. A disputa ocorre em 21 de abril, no Estádio de Genebra, na Suíça. O brasileiro Cafu também participará do amistoso, uma iniciativa inédita das Nações Unidas para divulgar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).
Duas equipes se enfrentarão na terceira semana de abril para mobilizar torcedores de futebol de todo o mundo em prol dos direitos humanos. Todos os lucros obtidos com a realização da partida serão revertidos em verba para a Fundação da UEFA para as Crianças, que utilizará o dinheiro em projetos para meninos e meninas com deficiência.
Serão beneficiados programas desenvolvidos a nível local e global. Os projetos serão selecionados por um comitê de representantes da UEFA, da Fundação do Estádio de Genebra e do Escritório das Nações Unidas em Genebra.
O Jogo da Solidariedade está sendo organizado para promover a Agenda 2030 da ONU para o Desenvolvimento Sustentável, com foco específico no ODS de nº 10, sobre redução das desigualdades.
“Espero que esse primeiro Jogo da Solidariedade se tornará um acontecimento anual, como um lembrete do trabalho que temos de continuar fazendo, todos juntos, de modo que nenhuma criança, e nenhuma pessoa, seja deixada para trás”, afirmou o diretor-geral do Escritório da ONU na cidade suíça, Michael Møller, durante coletiva de imprensa na terça-feira (13).
Além de Figo, Ronaldinho e Cafu, também já anunciaram sua participação na partida os jogadores Éric Abidal, Youri Djorkaeff, Alex Frei, Luis García, Nuno Gomes, Christian Karembeu, Fernando Hierro, Jari Litmanen, Gaizka Mendieta, Robert Pirès, Célia Šašić e David Trezeguet. Mais atletas são aguardados pela UEFA e pela ONU, que divulgarão informações sobre
Também presente na coletiva, o presidente da UEFA, Aleksander Čeferin, disse que é incrível “ver tantas estrelas do futebol se unirem por uma grande causa”. “Eu acredito com firmeza que nosso esporte pode desempenhar um papel fundamental pelas mudanças sociais e essa partida beneficente é um ótimo exemplo do futebol como uma força para o bem”, acrescentou.
Luís Figo declarou que o amistoso será uma ótima oportunidade para aumentar a conscientização do público e angariar fundos para projetos humanitários e de desenvolvimento. O português celebrou o fato de que, com o jogo, ele e outros atletas poderão contribuir para a sociedade e ajudar a construir um mundo melhor.
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Posted: 15 Feb 2018 10:42 AM PST
Reunião comunitária em Aurangabad, na Índia. Foto: Banco Mundial/Simone D. McCourtie
Sem o rápido progresso para a igualdade de gênero e ações reais para acabar com a discriminação contra mulheres e meninas, a comunidade global não será capaz de manter a promessa de “não deixar ninguém para trás” no caminho para pôr fim à pobreza, proteger o planeta e avançar na prosperidade até 2030, de acordo com novo relatório das Nações Unidas lançado na quarta-feira (14).
“Este é um sinal urgente para a ação, e o relatório recomenda os caminhos a seguir”, disse a diretora-executiva da ONU Mulheres, Phumzile Mlambo-Ngcuka, no lançamento do documento “ Transformando promessas em ação: Igualdade de Gênero na Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável“.
Falando a jornalistas na sede da ONU em Nova Iorque, Phumzile disse ainda que “estamos comprometidos com os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável para não deixar ninguém para trás”. No entanto, afirmou ela, o relatório mostra muitas áreas onde o progresso permanece devagar para atingir os objetivos globais até 2030.
Até mesmo onde houve progresso, este pode não ter atingido as mulheres e meninas que precisam mais dele, assim como aqueles que estão sendo deixados para trás, completou a diretora-executiva da ONU Mulheres.
O relatório analisa com profundidade casos em Colômbia, Nigéria, Paquistão, África do Sul, Estados Unidos e Uruguai, olhando para o que é necessário fazer para cumprir a Agenda 2030.
Focando no trabalho de cuidado não pago e no fim da violência contra as mulheres, o abrangente relatório examina todos os 17 ODS e quão profundamente entrelaçadas estão as diferentes dimensões de bem-estar e privação, afetando a vida de mulheres e meninas.
Como exemplo, aponta que uma menina nascida na pobreza e forçada ao casamento infantil tem mais chances de deixar a escola, engravidar precocemente, sofrer complicações no parto e enfrentar violência — um cenário que envolve todos os ODS.
Além disso, novos dados de 89 países revelam que existem 4,4 milhões mais mulheres vivendo com menos de 1,90 dólar por dia — o que pode ser explicado pelo desproporcional peso do trabalho de cuidado não pago, mais frequentemente realizado por meninas e mulheres, especialmente durante seus anos reprodutivos.
Ao olhar para além das médias nacionais, há importantes desigualdades entre mulheres e meninas que, mesmo no mesmo país, vivem em mundos diferentes por conta de desigualdades de renda, devido à sua raça, etnicidade ou localização.
Enquanto o relatório aborda formas de combater desigualdades estruturais existentes e o que é necessário fazer para o mundo se mover das promessas para a ação, o progresso permanece lento.
“É um problema em todos os países, desenvolvidos, em desenvolvimento, do norte, sul, leste e oeste”, disse a chefe de pesquisas e dados da ONU Mulheres, Shahrashoub Razavi.
“Temos um longo caminho para atingir a igualdade de gênero universalmente”, acrescentou, classificando a questão como “um problema que bloqueia a conquista dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável”.
Clique aqui para acessar o relatório completo (em inglês).
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Posted: 15 Feb 2018 09:53 AM PST
Mobilização online com vlogueiras negras foi uma das ações digitais inovadoras da ONU Mulheres em 2017 para afirmar o protagonismo das mulheres negras e a priorização delas nas agendas globais das Nações Unidas. Foto: ONU Mulheres/Mara Silva
Representante da ONU Mulheres apresentou práticas da organização para engajar usuários na promoção de uma Internet com mais respeito e diversidade no Brasil, durante o evento Hub Dia Mundial de Internet Segura 2018, promovido pela organização não governamental Safernet em São Paulo no início de fevereiro (6).
A agência da ONU apresentou maneiras de promover mobilizações online e conteúdos colaborativos sobre direitos das mulheres. Com o tema “Crie, conecte e compartilhe respeito”, o encontro reuniu as principais organizações da sociedade civil, empresas de tecnologia e iniciativas para tornar a Internet mais inclusiva.
A ONU Mulheres mostrou as campanhas de sensibilização e prevenção da violência contra as mulheres no Carnaval deste ano, que estão sendo postadas nas redes sociais da entidade.
Entre as campanhas, está a #CarnavalElesPorElas, que mobiliza homens no respeito às mulheres durante a festa; a #RespeitaAsMina, desenvolvida em parceria com a Secretaria de Políticas para as Mulheres da Bahia; e a #CarnavalSemAssédio, em apoio à iniciativa liderada pelo Catraca Livre para conscientização pública e construção de mapa sobre locais inseguros para mulheres nos principais circuitos carnavalescos do país.
No site da ONU Mulheres Brasil, foram publicadas entrevistas com especialistas e pautas sobre educação pela igualdade de gênero; pela ação digital virtual #Planeta5050, ação digital do Dia Internacional das Mulheres de 2017; e a estratégia de comunicação e advocacy Mulheres Negras Rumo a um Planeta 50-50 em 2030.
A entidade reforçou a urgente necessidade de mobilização de empresas de comunicação e de tecnologia em favor da comunicação como direito humano das mulheres, em apoio a causas como o fim da mutilação digital.
“A estratégia global de comunicação da ONU Mulheres para o período 2016-2020 é posicionar o empoderamento das mulheres e a igualdade de gênero na Agenda 2030 de Desenvolvimento Sustentável para fortalecer a mobilização de parcerias, a consciência pública e as respostas políticas que possam mudar o curso da humanidade”, disse Isabel Clavelin, assessora de comunicação da ONU Mulheres Brasil.
“O desafio da ONU Mulheres é amplificar as vozes das mulheres e ampliar a compressão global sobre os direitos humanos das mulheres, com desenvolvimento e justiça social”, completou.
No painel “Engajando usuários na promoção de uma Internet com mais respeito e diversidade no Brasil”, a ONU Mulheres destacou a campanha #VidasNegras, lançada em novembro de 2017 pela ONU Brasil com o objetivo de sensibilizar o país diante do assassinato de 23 mil jovens negros a cada ano.
“Esta é uma campanha que precisa de parcerias (…). Construir um novo pacto civilizatório, como propõem a Agenda 2030 de Desenvolvimento Sustentável e a Década Internacional de Afrodescendentes, implica esforços concentrados e inovadores no Brasil, um país marcado pelo racismo e pelo sexismo”, completou.
Internet segura
O Safer Internet Day (Dia da Internet Segura) é uma iniciativa anual com objetivo de envolver e unir os diferentes atores, públicos e privados, na promoção de atividades de conscientização em torno do uso seguro, ético e responsável das TICs.
Com esta motivação, o Dia da Internet Segura, criado pela Rede Insafe na Europa, reúne atualmente mais de 100 países para mobilizar usuários e instituições em torno da data e estimular um uso livre e seguro.
Saiba mais: http://www.safernet.org.br
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Posted: 15 Feb 2018 09:04 AM PST
Clique para exibir o slide.A ONU Mulheres, a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) e a empresa de análise para decisões de crédito Serasa Experian promoveram no início de fevereiro (5) evento em São Paulo para discutir formas de aumentar a participação das mulheres e meninas na ciência e na tecnologia.
No encontro “Por um Planeta 50-50 em 2030: Mulheres e Meninas na Ciência & Tecnologia”, oficiais da ONU Mulheres frisaram o potencial pouco aproveitado de meninas e mulheres nas exatas e as consequências disso para o futuro do mundo do trabalho, em constante mudança.
“Setenta e quatro por cento das meninas têm interesse em ciência, tecnologia, engenharia e matemática. Mas o fato é que apenas 30% das pesquisadoras do mundo são mulheres”, disse Adriana Carvalho, gerente dos Princípios de Empoderamento Econômico da ONU Mulheres Brasil. “Em termos de crescimento econômico, 144 países em desenvolvimento aumentarão o PIB em 8 trilhões de dólares se 600 milhões de mulheres e meninas tiverem acesso às áreas de ciência, tecnologia e inovação”.
Em 2017, a ONU Mulheres fez o alerta global de que as mulheres estão fora dos principais postos de trabalho gerados pela revolução digital. Elas têm somente 18% dos títulos de graduação em Ciências da Computação e são, atualmente, apenas 25% da força de trabalho da indústria digital.
“O mercado de trabalho está mudando rapidamente e uma nova onda de inovações deve transformar vidas, em especial nas áreas de ciências, tecnologia e exatas. Empregos que não existem hoje serão comuns daqui a 20 anos. Isso significa que a força de trabalho futura terá que desenvolver e alinhar suas habilidades para corresponder a essas necessidades do mercado de trabalho. Isso também significa que temos uma oportunidade concreta para a mudança”, acrescentou Adriana.
Em sua apresentação, Manzar Feres, vice-presidenta de vendas e marketing da Serasa Experian, elencou compromissos da empresa com a diversidade, que incluem dar o exemplo na representação da sociedade e não limitar os talentos com base em identidade racial, gênero ou acessibilidade.
Feres ilustrou alguns avanços percebidos na empresa, incluindo a adesão aos Princípios de Empoderamento das Mulheres, da ONU Mulheres e do Pacto Global. Com 50% de mulheres, no último ano, a Serasa Experian teve aumento de 14% na contratação de mulheres, 12,5% de promoções e 8% de aproveitamento das ofertas de promoções.
Contudo, a empresa lembrou que a presença de mulheres em tecnologia da informação (TI) alcança 23%. “A área de marketing, comunicação e recursos humanos puxam os dados para cima. Mas TI puxa para baixo. Essa é uma realidade da área de tecnologia. Ao olhar número internacionais, percebemos que essa situação vem piorando”, disse Feres.
O evento aconteceu para a ocasião do Dia Internacional de Mulheres e Meninas na Ciência, lembrado em 11 de fevereiro. Neste ano, o tema da data é: “Igualdade e Paridade na Ciência pela Paz e o Desenvolvimento”, em referência à Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável.
O tema foi desenvolvido por Fábio Eon Soares, coordenador dos setores de Ciências Naturais e Ciências Humanas e Sociais da UNESCO. Em sua palestra, ele deu exemplos de mulheres que contribuíram e contribuem para a área de ciências, matemática, tecnologia, muitas das quais foram invisibilizadas na história.
Soares abordou ainda a necessidade de promover o tema para aproveitar todo o potencial das mulheres. “O mundo precisa de engenheiras, o mundo precisa de mulheres na ciência, pois não dá pra jogar com o time pela metade”.
Palestras no formato “Talk” foram feitas por profissionais de Ciência, Tecnologia e Exatas das empresas Accenture, CA Tecnologia, Dow Brasil SA, IBM, Itaipu Binacional, Laboratória, Microsoft, SAP, Schneider e White Martins.
Entre as palestrantes, Elaine Matos, gerente de produtos para a América Latina e líder da African American Network (AAN) da Dow Brasil, salientou que ela mesma representa um caso de diversidade na empresa em que trabalha, no mercado e na sociedade em face da baixa presença de mulheres negras em STEM (Ciência, Tecnologia e Exatas). Para Elaine, é preciso criar mais oportunidades para o fortalecimento de mulheres negras nas áreas de Ciência e Tecnologia.
A igualdade racial também foi abordada nas palestras da gerente de projetos do Laboratório de Pesquisas de Inovação da IBM, Flavia Roberta Silva, e da gerente de produto e líder da Rede de Mulheres da SAP, Sueli Nascimento. As duas são mulheres negras e contaram como superaram as barreiras sociais e raciais para consolidar suas carreiras nas áreas de ciência e tecnologia.
Além de compartilhar histórias inspiradoras sobre o caminho que percorreram para se consolidar nessas áreas, as palestrantes apresentaram alguns projetos promovidos por suas empresas com o objetivo de empoderar mulheres e meninas em ciência e tecnologia. Entre esses projetos, estão o Digital NeWomen – um programa para formar Mulheres Líderes em Tecnologias Digitais, da Accenture; e o Women at Microsoft, que estimula a participação de mulheres e meninas em STEM (Ciência, Tecnologia e Exatas).
A Maurício de Sousa Produções, parceira da ONU Mulheres no projeto “Donas da Rua”, fez uma exibição de painéis, na área externa do evento, com personagens que homenageiam mulheres cientistas. A proposta da empresa é usar da representatividade para inspirar meninas a seguirem carreiras nessas áreas.
O evento foi gravado na íntegra e todas as palestras e conversas podem ser conferidas pelo seguinte link: https://viz-wcs.voxeldigital.com.br/?CodTransmissao=652026
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Posted: 15 Feb 2018 08:37 AM PST
A Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou a revisão de sua lista de agentes patogênicos prioritários. Foto: EBC
A Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou na quarta-feira (14) a revisão de sua lista de agentes patogênicos prioritários, que podem causar uma emergência de saúde pública e para as quais não existem medidas suficientes.
O organismo internacional pede que a comunidade médica una esforços de pesquisa e desenvolvimento (P&D) para tratamentos e vacinas com o objetivo de ajudar a controlar possíveis surtos de oito doenças.
Análise anual de 2018 da lista Blueprint de doenças prioritárias
A OMS desenvolveu uma ferramenta especial para determinar quais doenças e patógenos priorizar para a pesquisa e desenvolvimento em contextos de emergência de saúde pública.
Essa ferramenta busca identificar as enfermidades que representam um risco para a saúde pública devido ao seu potencial epidêmico e para as quais não existem contramedidas ou medidas suficientes.
As doenças identificadas por meio desse processo são o foco do trabalho de R&D Blueprint (planos de P&D). Esta não é uma lista exaustiva, nem indica as causas mais prováveis de uma próxima epidemia.
A primeira lista com doenças prioritárias para P&D foi lançada em dezembro de 2015. Utilizando uma metodologia de priorização já publicada, a lista foi revisada pela primeira vez em janeiro de 2017. A segunda revisão anual ocorreu entre 6 e 7 de fevereiro de 2018.
Os especialistas consideram que, dado o potencial dessas doenças e patógenos de causar uma emergência de saúde pública, além da ausência de drogas e/ou vacinas eficazes, existe uma necessidade urgente de acelerar a pesquisa e desenvolvimento para: febre hemorrágica da Crimeia-Congo; doença do vírus ebola e febre hemorrágica de Marburgo; febre de Lassa; síndrome respiratória coronavírus do Oriente Médio (MERS) e síndrome respiratória aguda severa (SARS); infecção pelo vírus Nipah e doenças relacionadas aos henipavírus; febre de Vale do Rift; vírus zika; doença X.
A “doença X” representa o conhecimento de que uma grave epidemia internacional poderia ser causada por um patógeno atualmente desconhecido, que levaria a doenças humanas. Por isso, os planos de pesquisa e desenvolvimento buscam explicitamente habilitar a preparação de P&D transversal, que também é relevante para uma “doença X” desconhecida na medida do possível.
Uma série de doenças adicionais foram discutidas e consideradas para inclusão na lista de prioridades, entre elas: febres hemorrágicas virais, além da febre de Lassa; chikungunya; doenças causadas pelo coronavírus altamente patogênicas, além de MERS e SARS; enterovírus não polio (incluindo EV71, D68) emergentes; e febre grave com síndrome de trombocitopenia (SFTS).
Essas doenças representam grandes riscos para a saúde pública e pesquisas e desenvolvimento adicionais são necessários, incluindo vigilância e diagnóstico. Devem ser vistas com cuidado e reconsideradas na próxima revisão anual. São encorajados esforços no ínterim para compreendê-las e mitigá-las.
Apesar de não estarem incluídas na lista de doenças a serem consideradas na reunião de revisão, foram discutidos os tipos de varíola dos macacos e leptospirose e especialistas ressaltaram os riscos que eles representam à saúde pública.
Houve concordância sobre a necessidade de avaliação rápida das contramedidas possíveis; estabelecimento de vigilância e diagnóstico mais abrangentes; e aceleração de pesquisas e desenvolvimento, além de ações de saúde pública.
Várias doenças estão fora do escopo atual do plano: dengue, febre amarela, HIV/aids, tuberculose, malária, gripe causadora de doenças humanas graves, varíola, cólera, leishmaniose, vírus do Nilo Ocidental e peste.
Essas doenças continuam representando grandes problemas de saúde pública e pesquisas e desenvolvimento adicionais são necessários por meio das principais iniciativas de controle de doenças existentes, extensas etapas de pesquisa e desenvolvimento, fluxos de financiamento existentes ou caminhos regulatórios estabelecidos para intervenções melhoradas.
Os especialistas reconheceram, em particular, a necessidade de melhores diagnósticos e vacinas para a peste pneumônica e suporte adicional para terapias mais eficazes contra a leishmaniose.
Os especialistas também notaram que, para muitas das doenças discutidas, bem como para muitas outras com potencial de causar uma emergência de saúde pública, é necessário um melhor diagnóstico. Os medicamentos e vacinas existentes precisam de melhorias adicionais para várias das doenças consideradas, mas não incluídas na lista de prioridades.
Qualquer tipo de patógeno pode ser priorizado sob o R&D Blueprint, não apenas vírus. A pesquisa necessária inclui pesquisa básica/fundamental e de caracterização, bem como estudos epidemiológicos, entomológicos ou multidisciplinares ou ainda esclarecimento adicional das rotas de transmissão, bem como pesquisa em ciências sociais.
É necessário avaliar o valor, sempre que possível, do desenvolvimento de contramedidas para múltiplas doenças ou para famílias de agentes patogênicos.
O impacto das questões ambientais sobre doenças com potencial de causar emergências de saúde pública foi discutido e pode ser considerado como parte de futuras revisões. A importância das doenças discutidas foi considerada para populações especiais, como refugiados, populações internamente deslocadas e vítimas de catástrofes.
O valor de uma abordagem One Health foi enfatizado, incluindo processos paralelos de priorização para a saúde animal. Tal esforço apoiaria pesquisa e desenvolvimento para prevenir e controlar doenças animais, minimizando o alastramento e aumentando a segurança alimentar. Também foi observada a utilidade possível de vacinas animais para prevenir emergências de saúde pública.
Além disso, há esforços concertados para enfrentar a resistência antimicrobiana por meio de iniciativas internacionais específicas. A possibilidade de que, no futuro, um patógeno resistente possa emergir e ser priorizado adequadamente não foi excluída. A ordem de doenças desta lista não indica qualquer classificação de prioridade.
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Posted: 15 Feb 2018 07:48 AM PST
Vítimas de tráfico de pessoas estão frequentemente em situação de dificuldade econômica. Foto: EBC
A Organização Internacional para as Migrações (OIM), uma agência das Nações Unidas, mantém uma plataforma colaborativa e gratuita com informações sobre tráfico humano. A página já recebeu mais de 80 mil contribuições. A instituição convida instituições não governamentais e governos a colaborar com o portal, disponibilizando informações úteis para profissionais, pesquisadores e gestores políticos.
Por mais de uma década, a OIM desenvolveu e manteve uma ferramenta central sobre tráfico de pessoas para registrar vítimas identificadas. Este é o maior banco de dados global desse tipo, pois possui dados detalhados sobre as vítimas assistidas ou identificadas em diferentes partes do mundo. Com a nova plataforma, a OIM está disponibilizando, pela primeira vez, esse material.
Além do próprio organismo global, as ONGs Polaris e Liberty também já divulgaram estatísticas coletadas sobre tráfico de pessoas. A plataforma permite tornar anônimas as identidades das vítimas de registros de crimes que eventualmente sejam incluídos por colaboradores.
Segundo a OIM, as tendências sobre o perfil das vítimas de tráfico em diferentes partes do mundo não devem ser interpretadas como um reflexo definitivo do tráfico de pessoas em cada país. A agência da ONU explica que, na verdade, os dados nacionais devem ser vistos como amostragens que não representam a totalidade dos casos.
A Base Colaborativa de Dados sobre Tráfico de Pessoas (CTDC, na sigla em inglês) pode ser acessada em https://ctdatacollaborative.org/.
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Posted: 15 Feb 2018 06:46 AM PST
Yiech Pur Biel em cerimônia da trégua olímpica em PyeongChang. Atleta carrega mensagem com dizeres “Eu amo a paz”. Foto: ACNUR/H. Shin
O atleta refugiado Yiech Pur Biel foi às Olimpíadas de Inverno em PyeongChang não para competir, mas para levar uma mensagem de paz à dividida península coreana. O esportista, que se dedica ao atletismo, modalidade não contemplada pelos Jogos de 2018, também participou de palestra da ONU em Seul sobre os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável e os valores olímpicos.
“A paz é fundamental para tudo o que um Estado pode fazer”, disse Pur ao público do encontro na capital da Coreia do Sul. “Uma pessoa precisa de muitas coisas – abrigo, comida, água, educação e serviços médicos – para sobreviver, mas o que todos eles significam sem paz? Como um refugiado que teve que fugir de um país em conflito, eu sei o quão importante é a paz.”
O atleta foi forçado a fugir da guerra no Sudão do Sul em 2005, quando tinha apenas dez anos de idade, deixando seus pais e chegando sozinho ao campo de refugiados de Kakuma, no norte do Quênia. Atualmente, mais de 2,5 milhões de refugiados sul-sudaneses vivem em países como Quênia, Uganda e Etiópia.
Em seu discurso, Pur lembrou o momento emocionante em que conseguiu falar com sua mãe por telefone depois de ter sido selecionado para fazer parte da primeira Equipe Olímpica de Atletas Refugiados, que competiu nas Olimpíadas de 2016 no Rio de Janeiro. O atleta participou da prova dos 800 metros rasos.
“Minha vida mudou desde então”, contou. “Depois que eu me tornei membro da primeira Equipe Olímpica de Atletas Refugiados, eu pude continuar com minha educação na faculdade e tive a chance de mostrar ao mundo que, como refugiado, você ainda pode fazer algo bom.”
Para os refugiados que desejam se tornar atletas como ele, Pur disse que o caminho não é fácil e “leva tempo e treino”. “Seja dedicado e tenha fé e você poderá conseguir algo na vida, mesmo sendo um refugiado e não tendo temporariamente um país”, completou.
O atleta acrescentou que estava emocionado com o fato de que as Coreias do Sul e do Norte haviam decidido marchar sob uma única bandeira durante a abertura dos Jogos de Inverno. “É realmente ótimo que os dois lados concordaram nisso”, disse. Pur também participou da cerimônia do Mural da Trégua do Comitê Olímpico Internacional.
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