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Posted: 14 Feb 2018 12:27 PM PST
Mulheres e crianças caminham em meio a edifício destruído em Mossul, no Iraque. Foto: UNICEF/Romenzi
O secretário-geral da ONU, António Guterres, lançou nesta quarta-feira (14) um programa de reconstrução para o Iraque, pedindo que a comunidade global apoie os iraquianos em sua jornada para recompor o país e garantir compromisso com a unidade e a inclusão.
“Os programas de reconstrução e desenvolvimento precisam ir de mãos dadas com uma estratégia para prevenir a recorrência do extremismo e terrorismo violento no Iraque”, disse Guterres na conferência de doadores internacionais no Kuwait.
“Isso precisa incluir total respeito aos direitos humanos, incluindo direitos políticos, civis, econômicos, sociais e culturais”, acrescentou.
O programa de dois anos, de acordo com a equipe de país da ONU, é desenhado para impulsionar as dimensões sociais da reconstrução e ajudar a garantir que as pessoas vejam melhoras tangíveis em sua vida cotidiana no início do processo de reconstrução, mais do que esperar anos para se beneficiar de projetos grandes de infraestrutura e reformas estruturais.
A ONU busca arrecadar 482 milhões de dólares para o primeiro ano do programa e outros 568 milhões de dólares para ajudar a estabilizar áreas de alto risco.
Em dezembro do ano passado, as forças iraquianas declararam vitória final sobre o Estado Islâmico do Iraque e do Levante (ISIL), três anos depois de o grupo terrorista ter capturado grandes partes do território do país.
Durante esse período, milhares de iraquianos perderam suas vidas, centenas de milhares perderam suas casas e meios de subsistência, e muitas mulheres e crianças foram vítimas de violência sexual.
De acordo com estimativas, aproximadamente 6 milhões de iraquianos foram forçados a deixar suas casas.
Guterres disse que o mundo tem uma dívida com o povo iraquiano por sua luta contra o Estado Islâmico e que é hora de a comunidade internacional demonstrar sua gratidão e solidariedade com a população do país.
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Posted: 14 Feb 2018 10:20 AM PST
Um dos poços manuais de água em Ghouta, uma das poucas fontes de água na região. Foto: UNOCHA
O secretário-geral da ONU, António Guterres, pediu no sábado (10) a imediata e incondicional redução da violência na Síria, enquanto civis no país destruído pelo conflito enfrentam um dos piores períodos de confrontos em quase sete anos.
Em comunicado atribuído a seu porta-voz, Guterres enfatizou que “todas as partes na Síria e na região têm a responsabilidade e precisam seguir a lei internacional e as resoluções relevantes do Conselho de Segurança”.
“Ele pediu que todos trabalhem para uma imediata e incondicional redução da violência e exercício da contenção”, disse o comunicado.
O chefe da ONU também pediu que todas as partes se movam rapidamente para uma solução política, em linha com a resolução 2254 do Conselho de Segurança, lembrando que este é o único caminho para acabar com a violência e o terrível sofrimento da população síria.
No sábado (10), o alto-comissário da ONU para os direitos humanos também enfatizou a necessidade de ação para proteger civis presos em “onda após onda” de ataques aéreos mortíferos.
“A natureza sem limites desses ataques é evidenciada por informações de que ao menos nove centros médicos, seis deles em Idlib e três no leste de Ghouta, foram atingidos por ataques aéreos”, disse o alto-comissário da ONU para os direitos humanos, Zeid Ra’ad Al Hussein, em comunicado.
“Mesmo pelos padrões atrozes da Síria, esses são acontecimentos excepcionalmente deploráveis — e a cruel ironia é que esses locais foram declaradas regiões de redução dos confrontos”, acrescentou.
De acordo com o ACNUDH, entre 4 e 9 de fevereiro, ao menos 277 civis foram mortos, com 230 deles em ataques aéreos pelo governo sírio e seus aliados. Outros 812 civis ficaram feridos.
Em comunicado, o escritório de direitos humanos da ONU também notou que diversos foguetes e morteiros continuam sendo lançados de áreas controladas pela oposição contra regiões populosas da capital controlada pelo governo, Damasco, e subúrbios adjacentes, com ao menos sete civis mortos e 18 feridos em várias localidades entre 6 e 9 de fevereiro.
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Posted: 14 Feb 2018 09:02 AM PST
Refugiados congoleses recém-chegados a centro de emergência do ACNUR em Sebagoro, Uganda. Foto: ACNUR/Michele Sibiloni
Mais de 22 mil refugiados congoleses atravessaram o Lago Alberto para Uganda na semana passada, sendo que quatro deles se afogaram na travessia, informou a ONU na terça-feira (13), alertando que mais vidas podem ser perdidas enquanto continuam os deslocamentos provocados pelo conflito na República Democrática do Congo (RDC).
“Os refugiados utilizam pequenas canoas ou barcos de pesca lotados e frágeis, frequentemente carregando mais de 250 pessoas e levando até dez horas para atravessar”, disse Babar Baloch, porta-voz da Agência da ONU para Refugiados (ACNUR), a jornalistas em Genebra.
Desde o começo do ano, cerca de 34 mil congoleses chegaram a Uganda.
Os funcionários do ACNUR reportaram diversos outros incidentes com barcos que naufragaram devido a falhas no motor ou falta de combustível, levando a operações de resgate das autoridades de Uganda.
Em 7 de fevereiro, parceiros do ACNUR registraram mais duas mortes no Lago Alberto, que faz fronteira com Uganda, onde milhares de pessoas estão aguardando para atravessar.
Com a continuidade dos ataques contra vilarejos na província de Ituri, da RDC, o ACNUR pede mais acesso humanitário à região, para cobrir as enormes necessidades de proteção e assistência da população.
Os refugiados que atravessam a fronteira mencionam crescentes ataques contra populações civis na RDC, assim como assassinatos e destruição de propriedade privada. Os funcionários do ACNUR também receberam muitas informações de civis sendo mortos a flechadas.
O ACNUR trabalha com as autoridades de Uganda no registro e realocação dos recém-chegados para acampamentos no interior no país. No entanto, mais apoio é necessário para enfrentar a situação.
Entre as prioridades está a preparação de novas áreas de assentamento, junto com intervenções psicossociais para ajudar os refugiados a superar o trauma.
Paralelamente, as travessias por meio do Lago Tanganyka rumo a Burundi e Tanzânia caíram significativamente na semana passada, para cerca de 8 mil e 1,2 mil, respectivamente. Os avanços do exército contra grupos armados dentro da RDC, assim como uma queda na disponibilidade de barcos e canoas, podem ter contribuído para a baixa do número de recém-chegados.
No entanto, o ACNUR teme que os fluxos tenham novas altas, dada a natureza imprevisível e volátil do conflito.
No último ano, cerca de 120 mil congoleses fugiram para países vizinhos, se unindo aos 510 mil refugiados que já estavam no exílio.
Tendo em vista a expectativa de aumento desse fluxo em 2018, o ACNUR pede que os doadores ampliem seu apoio. Dos 368,7 milhões de dólares requeridos pela agência da ONU para enfrentar a situação no país, apenas 1% foi financiado até o momento.
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Posted: 14 Feb 2018 08:02 AM PST
Refugiados rohingya, incluindo mulheres e crianças, atravessam fronteira de Mianmar para Bangladesh pelo distrito de Cox’s Bazar. Foto: UNICEF/LeMoyne
Quase seis meses depois de uma onda de violência fazer com que 700 mil rohingya deixassem Mianmar em busca de segurança em Bangladesh, oficial das Nações Unidas disse na terça-feira (13) que é hora de enfrentar as causas do problema, incluindo décadas de repressão contra essa minoria dentro do país.
“Estamos agora em uma corrida contra o tempo como uma nova emergência surgindo”, disse o alto-comissário da ONU para os refugiados, Filippo Grandi, ao Conselho de Segurança, via videoconferência em Genebra.
Ele disse que a área de Kutupalong, no distrito de Cox’s Bazar, em Bangladesh, é agora o maior campo de refugiados do mundo, e com a temporada de fortes ventos se aproximando, a estimativa é de que 107 mil refugiados estejam vivendo em áreas de risco de enchentes e deslizamentos.
“O governo de Bangladesh está preparando um amplo plano de emergência, mas o apoio internacional precisa ser ampliado para evitar uma catástrofe”, disse, enfatizando que “como dissemos repetidamente, resolver esta crise significa encontrar soluções em Mianmar”.
Ele disse que as condições ainda não são propícias para a repatriação voluntária dos refugiados rohingya a Mianmar.
A crise de refugiados começou em meados de agosto do ano passado, quando as forças armadas de Mianmar lançaram uma operação de segurança no norte do estado de Rakhine, o que fez com que milhares de crianças, mulheres e homens fugissem para a fronteira de Bangladesh em busca de segurança.
“As causas de sua fuga não foram enfrentadas, e ainda temos que ver progresso significativo em enfrentar a exclusão e a negação de direitos que se aprofundaram nas últimas décadas, provocadas pela falta de cidadania”, disse Grandi.
“É hora de acabar com esse ciclo repetido e devastador de violência, deslocamento e apatridia para investir em medidas tangíveis, substanciais, que iniciem a superação da profunda exclusão à qual a comunidade rohingya esteve submetida por tanto tempo”, acrescentou.
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Posted: 14 Feb 2018 06:49 AM PST
Secretário-geral da ONU, António Guterres (esquerda), e o presidente do COI, Thomas Bach, durante coletiva de imprensa em Pyeongchang, Coreia do Sul. Foto: ONU
Enquanto o mundo se reúne para as Olimpíadas de Inverno, que começaram na sexta-feira (9) em Pyeongchang, na Coreia do Sul, o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, pediu que todos reconheçam e promovam a mensagem universal dos Jogos de paz e tolerância.
“O espírito olímpico permite que pessoas de todo o mundo se unam para respeitar umas às outras, defender os valores de tolerância, entendimento mútuo, que são elementos básicos para uma paz possível”, disse Guterres a jornalistas em Pyeongchang.
Obviamente, no contexto atual, disse ele, há muita atenção na Península Coreana, mas a mensagem de paz das Olimpíadas não é local.
“É universal. É para o mundo. É válida na Coreia assim como em qualquer lugar onde lutamos para enfrentar muitos conflitos complexos”, disse.
O chefe da ONU também manifestou seu contentamento e orgulho de estar nos Jogos Olímpicos de Inverno, e enfatizou a cooperação entre a ONU e o Comitê Olímpico Internacional (COI), assim como os valores defendidos pelo COI e pelo Comitê Paralímpico Internacional.
Os Jogos Olímpicos de Inverno foram abertos na sexta-feira com performances artísticas e culturais, assim como pelo tradicional desfile de atletas, durante o qual as delegações de Coreia do Norte e Coreia do Sul desfilaram sob uma mesma bandeira.
Também na sexta-feira, a cerimônia de abertura viu a conclusão de uma longa jornada da Tocha Olímpica, iniciada em novembro.
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Posted: 14 Feb 2018 06:26 AM PST
O relatório combina exemplos de empresas de todo o mundo com uma análise aprofundada de 10 corporações em oito países, incluindo o Brasil. Foto: FAO/Ubirajara Machado
Quando um bebê nasce e a mãe precisa voltar à labuta, com quem deixá-lo? Se ela pode contar com a ajuda de parentes, contratar uma babá ou pagar por uma creche, a resposta se torna fácil.
Mas nem sempre essas opções estão disponíveis, cabem no bolso da mulher ou são compatíveis com a jornada laboral. Por isso, muitas mulheres acabam desistindo de trabalhar antes mesmo da licença-maternidade.
Isso afeta especialmente as mulheres mais pobres, que deixam de ter uma fonte de renda e privam seus filhos de acesso a uma educação de qualidade na primeira infância.
“Sem esse benefício, essas crianças podem ficar presas em um ciclo intergeracional de pobreza, do qual é praticamente impossível libertar-se”, diz estudo recente da Corporação Financeira Internacional (IFC, na sigla em inglês), subsidiária do Grupo do Banco Mundial.
A publicação inclui bons exemplos de empresas de vários setores — alguns com mais, outros com menos participação feminina — que oferecem diferentes tipos de apoio às mães e aos pais e conclui que, ao investir em políticas para esses trabalhadores, todos ganham, começando com as mulheres, que podem conquistar mais e melhores oportunidades no mercado global.
Segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT), a participação das mulheres no trabalho ainda é cerca de 30 pontos percentuais menor que a dos homens.
“O acesso ao cuidado infantil subsidiado pode ter um impacto positivo significativo nas taxas de emprego e no número de horas que as mulheres trabalham”, acrescenta o relatório, com base em evidências dos países da América Latina, do Caribe e da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).
Menos erros, mais produtividade
O relatório combina exemplos de empresas de todo o mundo com uma análise aprofundada de dez corporações em oito países, incluindo o Brasil, o único latino-americano na amostra. Alguns dos benefícios oferecidos pelas empresas são:
• Creches no trabalho;
• Parcerias com creches privadas;
• Áreas onde as mães possam amamentar;
• Licença-paternidade e outros incentivos para que os homens desempenhem um papel mais ativo na educação de seus filhos, uma vez que, na comparação com os homens, as mulheres globalmente passam três vezes mais horas prestando cuidados não remunerados;
• Horários flexíveis para mães e pais;
• Colônias de férias.
Depois de adotar uma combinação de benefícios desse tipo (para mulheres e homens), um banco japonês participante da pesquisa comemora o fato de 90% das funcionárias continuarem trabalhando ao voltar da licença-maternidade. Antes disso, eles pediam demissão sem nem sequer ter dado à luz.
No Brasil, onde se analisou uma indústria de alimentos, a pesquisa descobriu que as mulheres cujos filhos estão na creche — uma instituição privada parceira da empresa — cometem menos erros e não faltam frequentemente, o que melhora a produtividade.
“Você pode ver nos relatórios de saúde e segurança: as pessoas ficam mais calmas se sabem que seus filhos estão seguros”, explicou o gerente da fábrica à equipe que fez o relatório. Além de estarem mais concentradas, as mulheres se tornam mais propensas a permanecer nas empresas que oferecem esse tipo de benefício.
Ao manter essas profissionais na equipe, as empresas diminuem a rotatividade, o que afeta a produção e implica custos entre 5,8% e 213% do salário de um trabalhador (segundo dados de 2012).
O aumento da diversidade e a maior ascensão das mulheres a cargos de chefia é uma vantagem óbvia para elas e não tão explícita para os empregadores. Pesquisas em países em desenvolvimento, emergentes e desenvolvidos mostra que as empresas com maior diversidade de gênero na liderança corporativa superam financeiramente os competidores, pois tendem a inovar mais na tomada de decisões, por exemplo.
Muito além do cumprimento da lei
Em alguns países, como a Jordânia, proporcionar cuidados infantis nas áreas rurais foi crucial para convencer as mulheres com pouca experiência de emprego remunerado a buscar trabalho no setor industrial.
Em outras empresas de países como África do Sul, Índia, Estados Unidos e Alemanha, mencionadas no relatório, não bastava oferecer esses serviços — porque, sem eles, as companhias não seriam competitivas em seu setor ou região —, mas fazê-lo de forma que as diferenciassem da concorrência.
As políticas para mães e pais também podem, de acordo com o estudo, ajudar as empresas a acessar novos mercados e compradores — já que alguns começam a preferir empresas favoráveis às mulheres — ou conquistar novas fontes de financiamento e investimento.
Cumprir a legislação nacional sobre o assunto é muitas vezes um requisito básico para manter relações comerciais com os principais compradores internacionais. Mas ir além disso permite às companhias se consolidar como parceiras comerciais confiáveis e de alta qualidade.
Além de discutir as vantagens dos programas de suporte para mães e pais, o relatório apresenta várias recomendações para empresas que desejam implementá-los ou aprimorá-los.
Entre elas, analisar o tamanho da demanda e o momento em que é mais necessário oferecer esses benefícios; verificar as lacunas nos serviços existentes e, por último, como o recrutamento, a produtividade, os erros, os acidentes, o volume de negócios, o desempenho, o atraso e a motivação são afetados.
As respostas ajudarão a enfrentar efetivamente um dos desafios mais importantes para mães, pais e empresas de todo o mundo.
Clique aqui para acessar a publicação (em inglês).
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