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sexta-feira, 24 de abril de 2020

Posted: 24 Apr 2020 01:59 PM PDT
Foto: UNESCO
Os microbiologistas do Instituto Oceanográfico Woods Hole descobriram as bactérias que destacam um papel fundamental para combater à COVID-19. Estas bactérias foram identificadas anos atrás e também são úteis para diagnosticar a AIDS e a Sars. A pesquisa, publicada no “Journal of Applied & Environmental Microbiology”, continua sendo de interesse na atualidade, pois o oceano é um aliado real contra o vírus.
A oceanógrafa e pesquisadora da Comissão Oceanográfica Intergovernamental da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), Francesca Santoro, explicou que o ambiente marinho é muito rico do ponto de vista da biodiversidade. “Ainda estão para ser descobertos recursos úteis para a vida cotidiana dos seres humanos. O oceano profundo já nos deu compostos para tratar câncer, inflamação e danos nos nervos. Os avanços também vieram das profundezas do oceano na forma de elementos de diagnóstico. O oceano é um aliado no combate ao vírus. Ele ajuda não apenas na detecção, mas também no combate à COVID-19”.
Muitas pessoas pensam que o fundo do mar é um deserto. A olho nu, parece que não existe nada lá, mas as fontes hidrotermais têm uma notável diversidade de micróbios, incluindo diversidade genética, e é lá que reside esse enorme potencial.
O meio ambiente protege e ajuda a humanidade
As soluções para os problemas que ameaçam a humanidade podem vir do meio ambiente. Portanto, a humanidade deve se esforçar, agora mais do que nunca, para proteger o oceano, em vez de sufocá-lo com resíduos e plástico. A “saúde” do oceano é afetada pelas atividades humanas, mas é também uma ameaça para a humanidade.
“Ano após ano, a relação entre saúde humana e saúde oceânica é cada vez mais evidente. Cada vez mais são realizadas pesquisas que usam substâncias produzidas por organismos marinhos como tratamentos para doenças como câncer e Alzheimer. Por esse motivo, todos devem estar na vanguarda da batalha pela conservação do oceano”, explicou a oceanógrafa.
Robôs buscam recursos “milagrosos”
A maneira como essas descobertas têm sido feitas também é fascinante. Robôs do tipo ROV, controlados por um navio oceanográfico, são usados para ajudar a realizar pesquisas e coletar amostras para estudar e entender as espécies que existem no oceano. “No entanto, as descobertas são mínimas, e ainda há muito a ser explorado. Até agora, apenas três pessoas desceram à Fossa das Marianas; uma delas é James Cameron, diretor do filme ‘Titanic’, que desceu com um torpedo vertical especial. Para um oceanógrafo, a lua é mais conhecida do que as profundezas do oceano”, esclareceu a oceanógrafa.
Para aprimorar e estimular a pesquisa nessa área, as Nações Unidas lançaram a Década Internacional da Oceanografia para o Desenvolvimento Sustentável (2021-2030), que fornecerá um marco de ação comum para garantir que a ciência oceânica apoie totalmente as atividades dos países para administrar o oceano de forma sustentável e, para assim, alcançar a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável.
Este ano, as articulações sobre mudança climática, biodiversidade e oceano global deveriam abordar o destino de um mundo vivo em uma condição crítica. Contudo, a pandemia da COVID-19 está forçando mudanças drásticas no cronograma. A saúde é confirmada como uma prioridade para todos, sem exceção.
A promoção da cultura oceânica (o conhecimento popular sobre a ciência oceânica) está entre os objetivos da UNESCO para a Década Internacional da Oceanografia para o Desenvolvimento Sustentável. Este é outro meio de aumentar a conscientização de todos – adultos e crianças – sobre as questões relativas à proteção do oceano, que atualmente é um aliado contra o vírus e, de forma mais geral, uma riqueza a ser aprimorada também pelo ponto de vista de sua biodiversidade.
Mais informações, acesse (em inglês): Finding answers in the ocean

 
Posted: 24 Apr 2020 01:08 PM PDT
Marta Vieira da Silva, embaixadora da Boa Vontade da ONU Mulheres. Foto: ONU Mulheres/Ryan Brown
Marta Vieira da Silva, embaixadora da Boa Vontade da ONU Mulheres. Foto: ONU Mulheres/Ryan Brown
Em alusão ao Dia Internacional do Esporte para o Desenvolvimento e a Paz, lembrado em 6 de abril de 2020, a jogadora Marta Vieira da Silva, embaixadora Global da ONU Mulheres, relata a importância da participação das meninas e das mulheres no esporte.
Leia a íntegra a seguir:
“Nunca esquecerei a noite de 2006, quando voltei à minha cidade natal, Dois Riachos (população 11.000), no Nordeste do Brasil, depois da primeira vez que ganhei o prêmio de melhor jogadora de futebol do mundo. Quando cheguei lá, era quase meia-noite e a cidade inteira estava na rua. Entrei em um caminhão de bombeiros e as pessoas estavam aplaudindo e acenando. Eu não podia acreditar que eram as mesmas pessoas que, apenas alguns anos antes, me xingaram, me excluíram de campeonatos de meninos e disseram à minha mãe que ela deveria me proibir de praticar um esporte feito para homens. Naquela noite, percebi o poder de mulheres e meninas no esporte para mudar o mundo.
Até aquele momento, o meu único objetivo era jogar futebol. Eu não estava pensando em me tornar uma ativista ou um exemplo, como sou hoje. Eu não sabia que minha própria experiência na luta e na superação de inúmeras barreiras de gênero no meu caminho estava sacudindo e reformulando as normas de gênero para aquelas pessoas que estavam ao meu redor. Quando criança, eu era uma guerreira solitária que acabou demonstrando que as meninas podiam brincar tão bem quanto, ou até melhor, que os meninos. Mostrei à minha comunidade que as meninas também podiam desafiar o “bom senso” sobre a feminilidade e serem fortes, rápidas e teimosas. Quando deixei a minha cidade, aos 14 anos, para jogar futebol profissionalmente no Rio de Janeiro, estava enviando a mensagem de que mulheres e meninas são corajosas, independentes e podem se sustentar.
Embora o ritmo das mudanças às vezes pareça frustrantemente lento, as sociedades evoluíram da maneira como percebem mulheres e meninas. Hoje em dia, quando volto ao Brasil para visitar a minha família, é incrível ver quantas garotas estão jogando nas ruas, participando de clubes de futebol e sonhando em se tornar jogadoras profissionais. Mulheres e meninas no esporte fizeram contribuições importantes para as mudanças que vemos dentro e fora do campo. Quando brincamos, desafiamos os estereótipos de gênero e fazemos com que as pessoas questionem a falsa ideia de que algumas atividades são apenas para homens. Exercemos nosso direito de ocupar o espaço público, que, infelizmente, ainda é visto com muita frequência como domínio masculino. E, como construímos confiança e resiliência por meio do esporte, temos maiores oportunidades de interromper o ciclo de violência de gênero e ajudar outras mulheres e meninas a fazer o mesmo.
Quando as atletas do sexo feminino têm a chance de se destacar, os resultados são enormes. E para isso, a Copa do Mundo Feminina de 2019 foi realmente uma virada no jogo. A audiência global do torneio ultrapassou 1 bilhão de pessoas. Tenho orgulho de dizer que o jogo que o Brasil competiu contra a França foi assistido por 35 milhões de pessoas, o maior público de uma partida de futebol feminino da história. Foi lindo ver tantas mulheres e meninas na plateia, além de homens e meninos curtindo o jogo. Jogadoras de futebol, treinadoras, árbitras e jornalistas desafiaram os estereótipos de gênero na cobertura da mídia, demonstraram respeito pela diversidade sexual e, é claro, lutaram por salários iguais. Essas questões foram levantadas diante de um grande público e, como resultado, ganharam força na agenda global. Não apenas elas foram transformadas em ação no mundo do esporte, mas também entre uma nova geração que está exigindo seus direitos.
Fiquei profundamente comovida quando soube que as meninas do programa “Uma Vitória Leva à Outra” (UVLO), um programa esportivo para meninas da ONU Mulheres e do Comitê Olímpico Internacional (COI), estavam encontrando grande aceitação e apoio entre suas famílias e comunidades para continuar praticando esportes após a Copa do Mundo Feminina. Recentemente, conheci algumas meninas no Rio de Janeiro e humildemente as ouvi dizendo que as minhas colegas de futebol e eu servimos de inspiração para elas. Kathely Rosa, uma goleira de 19 anos, me disse que vê muitas semelhanças entre a minha história e a dela. Quando ela olha para as batalhas que eu fui capaz de vencer, isso a faz acreditar que pode vencer as dela também. Como eu, muitas outras atletas inspiraram mulheres e meninas a acreditarem em si mesmas e ampliaram a percepção coletiva sobre o que meninas e mulheres são capazes.
O que eu acho fascinante é que essa cadeia de inspiração continua crescendo. Veja Kathely, que quer ser treinadora profissional e treinar um time de futebol feminino em sua comunidade. Atualmente, ela estuda Educação Física e está tão determinada a atingir o seu objetivo que não tenho dúvidas de que ela terá sucesso. Quando isso acontecer, será a sua vez de inspirar outras meninas, transmitindo os valores essenciais do esporte, como disciplina, respeito, trabalho em equipe, diversidade e autoconfiança, que são transferíveis para muitas outras áreas da vida.
Outro exemplo é a Hingride, uma jogadora de rugby que se formou no programa UVLO no ano passado. Ela agora é facilitadora de um novo grupo de meninas jogando rugby em sua comunidade, ensinando muito mais do que apenas como marcar gols. Ela também ensina as meninas sobre questões de gênero, auto-estima e liderança, saúde e direitos sexuais e reprodutivos, violência baseada em gênero e empoderamento econômico. Essas jovens jogadoras de rugby compartilharão seus conhecimentos com suas famílias, amigas e amigos, criando um ciclo virtuoso de transformação positiva. Como a pesquisa demonstra, quando a prática esportiva é combinada com espaços seguros físicos e emocionais, ela cria um efeito multiplicador em várias áreas de desenvolvimento, incluindo saúde, educação e redução de desigualdades. Hingride é a prova viva.
Precisamos de mais investimento no acesso ao esporte para meninas e um campo de jogo uniforme para mulheres profissionais no esporte. Os dividendos são tão claros. Se queremos acelerar o ritmo da mudança para alcançar a igualdade de geração, vamos atrair mais garotas para o campo e iluminar as grandes conquistas das mulheres atletas. Porque uma vitória realmente leva à outra! É claro que mulheres e meninas no esporte têm um grande papel a desempenhar na mudança do jogo global. É hora da igualdade de gênero.”
 
Posted: 24 Apr 2020 12:52 PM PDT
UNESCO, OMS e Centro Knight promovem curso de jornalismo online gratuito para cobertura da COVID-19 - Foto: Pixabay
UNESCO, OMS e Centro Knight promove curso de jornalismo online gratuito para cobertura da COVID-19 – Foto: Pixabay
A Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) e a Organização Mundial da Saúde (OMS) lançaram um novo Curso Online Aberto e Massivo (MOOC) “Jornalismo em uma pandemia: cobrindo o COVID-19 agora e no futuro”, organizado pelo Centro Knight para Jornalismo nas Américas da Universidade do Texas em Austin.
O curso, que recebeu o apoio da Fundação Knight e do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), é um programa de treinamento on-line de quatro semanas com o objetivo de fornecer aos jornalistas os conhecimentos e ferramentas necessários para cobrir a crise de saúde COVID-19 e suas conseqüências sociais, financeiras e políticas. Ele será oferecido simultaneamente em inglês, espanhol, português e francês.
“Um jornalismo robusto e vibrante é da maior relevância paro equacionamento dessa crise mundial de saúde sem precedentes”, disse Moez Chakchouk, diretor geral adjunto da UNESCO para Comunicação e Informação. “Os jornalistas são vitais para garantir que os cidadãos estejam bem informados com fatos verificados sobre a emergência, no combate à desinformação e em assegurar que as autoridades sejam responsabilizadas pelas políticas desenvolvidas para enfrentar a presente pandemia. A parceria conjunta para desenhar e aplicar este MOOC ocorre em um momento crítico, promovendo um diálogo especial com jornalistas sobre os componentes centrais necessários para reportar, com segurança, a COVID-19 ”, acrescentou o Sr. Chakchouk.
Dividido em quatro módulos semanais, o curso on-line cobrirá a história passada de pandemias e desastres no século XX e como os governos reagiram a esses surtos. Também examinará o desenrolar da pandemia de 2020 e a importância fundamental de promover a liberdade de expressão, além de detectar e combater a desinformação sobre a pandemia.
O módulo final analisará os diferentes ângulos da história para desenvolver a cobertura e discutirá a importância do autocuidado dos jornalistas na cobertura do surto. Cada módulo inclui uma série de vídeos, apresentações em PowerPoint, leituras, questionários e fóruns de discussão sobre aspectos específicos do curso. As versões em espanhol, português e francês do curso serão ministradas por instrutores de alto nível.
“Essa história é tão grande: ela incorpora não apenas epidemiologia, atendimento clínico e pesquisa biomédica, mas política, finanças e comércio e muitos outros tópicos,” disse Maryn McKenna, instrutora do curso. “Sou uma jornalista científica que passou a carreira escrevendo sobre epidemias, mas tenho que aprender coisas novas todos os dias – e acho que muitos outros jornalistas estarão na mesma posição.”
Durante tempos de crise, como o atual surto de Covid-19, é ainda mais importante que o público tenha acesso a informações confiáveis ​​e oportunas, e os jornalistas têm um papel fundamental a desempenhar para fazer com que o direito à liberdade de expressão, que inclui a liberdade de imprensa e acesso à informação pública, seja uma realidade para todos os cidadãos.
O curso on-line “Jornalismo em uma pandemia: cobrindo o COVID-19 agora e no futuro”, oferecerá aos jornalistas de todo o mundo ferramentas, materiais e acesso adicional a especialistas para oferecer informações de qualidade sobre a crise atual e suas conseqüências. O treinamento também terá o potencial de criar uma rede de profissionais de mídia que possam compartilhar ideias e informações sobre a melhor maneira de cobrir os surtos e combater a desinformação.
As inscrições estão abertas e o curso começará em 4 de maio de 2020, durante a semana do Dia Mundial de Liberdade de Imprensa. “Esta é uma das atividades principais que a UNESCO vem desenvolvendo com seus parceiros para celebrar uma imprensa livre, independente e plural, destacando mais uma vez como o jornalismo é central para nossas sociedades, particularmente em tempos como os atuais”, concluiu Chakchouk.
Para saber mais e se inscrever, acesse aqui.
 
Posted: 24 Apr 2020 12:36 PM PDT
Pessoas vivendo na fronteira do Quênia com a Uganda estão entre as mais pobres da região. Foto: WFP.
Pessoas vivendo na fronteira do Quênia com a Uganda estão entre as mais pobres da região. Foto: WFP.
O secretário-geral da ONU, António Guterres, lançou um “Chamado a Ação” global  para amenizar as consequências colossais da pandemia da COVID-19, pressionando os governos a se unirem num momento decisivo da história. A declaração aconteceu na quinta-feira (23), durante sessão do Fórum da ONU de Financiamento para o Desenvolvimento.
Transmitido pela internet sob o tema “Financiando Desenvolvimento Sustentável no Contexto da COVID-19”, o evento reuniu os presidentes da Assembleia Geral e do Conselho Econômico e Social da ONU (ECOSOC), entre outros funcionários de alto nível.
Apoio massivo e urgente – A natureza épica da ameaça demanda uma resposta de saúde coordenada, liderada pela Organização Mundial de Saúde (OMS). “Países em desenvolvimento precisam de apoio massivo e urgente”, afirmou Guterres. “Agora é a hora de honrar nosso comprometimento de não deixar ninguém para trás”.
Ele pediu união de esforços para apoiar países em risco, fortalecer e expandir seus sistemas de saúde e parar a transmissão através de uma combinação de testagem, rastreamento de contato e quarentena, associada a restrições apropriadas de movimento e contato.
Pacote global–  Em segundo lugar, uma resposta em larga escala é necessária para enfrentar as devastadoras consequências socioeconômicas. “Precisamos usar todas as medidas fiscais e monetárias ao nosso alcance”, afirmou o dirigente, recomendando a criação de um pacote de estímulo global para garantir a subsistência das pessoas.
“Tenho defendido fortemente um pacote de resposta que seja o dobro do percentual do PIB global”, afirmou, com recursos diretos para trabalhadores e famílias, do setor formal e informal. Provisões deveriam incluir um aumento de proteções sociais e ajuda para que negócios não entrem em falência.
Guterres afirmou que a iniciativa do G-20 de suspender o pagamento de serviços de débito para os países mais pobres é um primeiro passo crítico, que deveria ser estendido a todos os países em desenvolvimento que pedirem indulgência – incluindo nações de renda média que percam acesso aos mercados financeiros.
Ajuda de débito dirigida também é necessária, seguida por esforços de reforçar a sustentabilidade de débito e abordar assuntos estruturais na arquitetura de débito internacional.
Ele descreveu um terceiro passo:  “recuperar-se melhor”. A COVID-19 deixou um caminho vazio em que economias são sustentadas pelo invisível e não remunerado trabalho doméstico das mulheres.
De fato, as estruturas multilaterais existentes atendem precisamente as brechas sendo expostas e exploradas pela pandemia: desigualdades absolutas de renda e acesso a financiamento, alto endividamento, sistema financeiro altamente estimulado e um sistema de comércio multilateral disfuncional.
“Retornar ao nosso caminho anterior simplesmente não é uma opção”, afirmou o secretário-geral.
Mulheres mais vulneráveis – A presidente do ECOSOC, Mona Juul, concordou que o financiamento para o desenvolvimento sustentável deve estar no centro da preparação e resiliência. Os pontos críticos são mobilização de recursos, financiamento, débito e empoderamento de mulheres, mais importantes do que nunca em um cenário vastamente diverso, ela afirmou.
Mona Juul chamou atenção em particular para as diferentes maneiras nas quais a COVID-19 está afetando mulheres e homens. Desproporcionalmente, as mulheres carregam o fardo do trabalho não remunerado e são super-representadas na linha de frente dos trabalhadores de saúde, fazendo a integração da perspectiva de gênero nas respostas econômicas e sociais ainda mais essenciais, ela afirmou.
Maior recessão em gerações – O sub-secretário-geral para Assuntos Econômicos e Sociais, Liu Zhenmin, afirmou que o mundo irá enfrentar a mais profunda recessão em gerações, com o crescimento caindo significantemente abaixo da menor baixa da década, de 2,3% de crescimento atingida ao longo de 2019.
“Os choques de demanda e abastecimento – ampliados através das ligações em comércio e finanças – estão atingindo a economia global duramente”, escreveu ele antes do encontro. Em artigo, ele reforçou que 44% dos países menos desenvolvidos e outros de baixa renda já enfrentam – ou estão sob o risco de enfrentar- dificuldades de dívidas; um número que deve crescer em resposta aos efeitos adversos da pandemia.
Lui Zhenmin afirmou que o Relatório 2020 de Financiamento para o Desenvolvimento Sustentável, lançado neste mês, destaca ações imediatas e de longo prazo para responder à crise da COVID-19. O documento pede um pacote de estímulo global coordenado que inclua maior concessão financeira, ações para prevenir crise de débito, ações imediatas para estabilizar mercados financeiros, parcerias com o setor privado, “construção de um dorso forte” e bom uso das tecnologias digitais para o desenvolvimento sustentável.
“Precisamos avançar em medidas financeiras arrojadas em níveis nacionais, regionais e globais”, ele afirmou, pedindo que as ações estejam alinhadas com a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável a Agenda de Ação de Adis Abeba.
Teste para o multilateralismo – A COVID-19 representa o maior teste de comprometimento desta geração com o multilateralismo, cidadania global e solidariedade, afirmou o presidente da Assembleia Geral da ONU, Tijjani Muhammad-Bande.  “Seremos definidos pelas nossas ações”, alertou.
Ao mesmo tempo em que nenhum país será poupado do impacto econômico, os países em desenvolvimento serão os mais afetados, mesmo que não enfrentem o surto de COVID-19 – já que lutam com a queda dos preços de commodities e reversão no fluxo financeiro.
São necessários esforços dirigidos para todas as sete áreas da Agenda de Adis Abeba para alcançar o desenvolvimento sustentável. “Devemos nos mover rapidamente no apoio de concessão financeira e de dívida para apoiar as pessoas mais vulneráveis que atendemos”, enfatizou.
 
Posted: 24 Apr 2020 12:36 PM PDT
Agora, mais do que nunca, a tecnologia deve garantir que todos possam acessar as informações das quais precisam. Foto: MGov
Agora, mais do que nunca, a tecnologia deve garantir que todos possam acessar as informações das quais precisam. Foto: MGov
Com apoio do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), a Organização Mundial da Saúde (OMS) e a União Internacional de Telecomunicações (UIT) trabalharão com empresas de telecomunicações para enviar mensagens de texto com informações de saúde para ajudar as pessoas a se proteger da COVID-19. Essas mensagens de texto chegarão a bilhões de pessoas que não têm acesso à Internet.
Agora, mais do que nunca, a tecnologia deve garantir que todos possam acessar as informações das quais precisam. A colaboração começará na região Ásia-Pacífico e posteriormente será lançada mundialmente.
O objetivo é alcançar todas as pessoas com mensagens vitais de saúde, independentemente de seu nível de conectividade. Estima-se que 3,6 bilhões de pessoas permaneçam offline, com a maioria das pessoas desconectadas vivendo em países de baixa renda, onde cerca de duas em cada dez pessoas têm acesso à Internet.
A UIT e a OMS apelam a todas as empresas de telecomunicações em todo o mundo para que se juntem a esta iniciativa para salvar vidas. A ação baseia-se nos esforços atuais de ambas as organizações para disseminar mensagens de saúde por meio da BeHealthy BeMobile.
A COVID-19, doença causada pelo novo coronavírus, está provocando a primeira pandemia da história onde a tecnologia e as mídias sociais estão sendo usadas em grande escala para manter as pessoas seguras, produtivas e conectadas enquanto estão fisicamente separadas.
Os profissionais de saúde estão utilizando a telemedicina para diagnosticar pacientes e os hospitais estão conectados para coordená-los.
Redes e serviços de telecomunicações resilientes e confiáveis são essenciais, à medida que mais países, empresas e indivíduos recorrem às tecnologias digitais para responder e lidar com os impactos da COVID-19.
Com base em uma colaboração de longa data, a UIT e a OMS estão comprometidas em identificar e dimensionar as melhores soluções de saúde digital baseadas em evidências e em alavancar tecnologias importantes, como inteligência artificial e big data, para diagnosticar, conter e prever melhor e mais rapidamente os surtos.
 
Posted: 24 Apr 2020 11:45 AM PDT
Enfermeira mede a temperature de menina num Centro de Atenção à Saúde Primária em Beirute, no Líbano, durante a crise da COVID-19. Foto: Fouad Choufany/UNICEF
Enfermeira mede a temperatura de menina num Centro de Atenção à Saúde Primária em Beirute, no Líbano, durante a crise da COVID-19. Foto: Fouad Choufany/UNICEF
O setor privado tem a responsabilidade de usar seu poder, influência e recursos para proteger os direitos e o bem-estar físico e mental de funcionárias e funcionários, além de garantir que os esforços de recuperação de negócios a longo prazo retomem a estabilidade econômica.
A pandemia da COVID-19 está afetando as mulheres de várias maneiras, desde preocupações com sua saúde, segurança e renda, até responsabilidades adicionais de assistência e maior exposição à violência doméstica.
Como empregador e um motor de crescimento econômico, o setor privado tem um papel especialmente importante a desempenhar, não apenas na mitigação do impacto da COVID-19, mas na redução da propagação do vírus.
A ação precoce e direcionada do setor privado reduzirá os riscos imediatos à saúde de funcionárias e funcionários, além de reduzir o impacto econômico geral.
Os Princípios de Empoderamento das Mulheres (WEPs) são um conjunto de sete princípios que oferecem orientação às empresas sobre como promover a igualdade de gênero e o empoderamento das mulheres no local de trabalho, mercado e comunidade.
Durante esse período de agitação e incerteza, os WEPs são um grande recurso para o setor privado, ajudando-o a proteger os grupos mais vulneráveis.

Princípios de empoderamento das mulheres

COVID-19 e igualdade de gênero: uma apelo à ação para o setor privado
A situação
A pandemia de COVID-19 está colocando uma pressão significativa e sem precedentes na economia global e nos sistemas de saúde pública. Isso está também ampliando as desigualdades e as formas múltiplas e cruzadas de discriminação enfrentadas por mulheres e meninas.
A pandemia está indo além de uma crise global de saúde e se transformando em uma crise do mercado de trabalho, social e econômica, representando uma séria ameaça ao emprego e à sobrevivência das mulheres, especialmente em setores informais precários e não essenciais.
Muitas empresas enfrentaram o desafio e estão usando seus recursos para fornecer informações, suprimentos, equipamentos e pessoas especializadas na luta contra a COVID-19.
Elas também ofereceram acordos de trabalho flexíveis, licença médica, garantia de renda e assistência infantil emergencial às trabalhadoras e aos trabalhadores da linha de frente.
Algumas lideranças têm cortado parte dos seus salários para que funcionárias e funcionários das empresas ainda tenham uma renda durante esse período incerto. Essas políticas não estão apenas servindo a essas pessoas, mas estão ajudando a reduzir a disseminação da COVID-19 e proteger o sistema público de saúde.
Ao mesmo tempo, algumas empresas, principalmente em setores não essenciais, como turismo e hotelaria, estão lutando para permanecer no mercado. Mas muitas pessoas estão sendo demitidas ou recebendo cortes salariais.
Na União Europeia, cerca de 25% das mulheres empregadas estão em empregos precários. Nos Estados Unidos, o desemprego foi estimado em 13% em 3 de abril de 2020, um aumento de 8,5 milhões de pessoas em relação a meados de março. Milhões de famílias estão sem condição de comprar produtos de necessidade básica ou pagar aluguel e serviços públicos.
A pandemia COVID-19 exige uma resposta imediata coordenada, centrada nas pessoas e sensível a gênero. Governos, empresas, representações trabalhistas, trabalhadoras e trabalhadores precisam estar envolvidos para mitigar o impacto na vida das pessoas e abordar os riscos e vulnerabilidades específicos que meninas e mulheres enfrentam devido às desigualdades e estereótipos profundamente enraizados na sociedade.
O setor privado tem a responsabilidade de usar seu poder, influência e recursos para proteger os direitos e o bem-estar físico e mental das funcionárias e funcionários durante esse período, além de garantir que os esforços de recuperação de negócios a longo prazo restaurem a estabilidade econômica.
As empresas também desempenham um papel fundamental no atendimento às necessidades das mulheres em suas cadeias de suprimentos e base de clientes.
“A pandemia de COVID-19 não é apenas um problema de saúde. É um choque profundo para nossas sociedades e economias, e as mulheres estão no centro dos esforços de atendimento e resposta em andamento. Como respondentes da linha de frente, profissionais de saúde, voluntárias da comunidade, gerentes de transporte e logística, cientistas e muito mais, as mulheres estão fazendo contribuições críticas para lidar com o surto todos os dias.”
A Covid-19 terá efeitos a curto e longo prazo na economia global. As demissões que estamos testemunhando hoje serão sentidas nos meses e anos que se seguirão nas cadeias de suprimentos globais, inclusive em países que atualmente não estão no epicentro da pandemia.

Você sabia?

• Impactos econômicos compostos são sentidos especialmente por mulheres e meninas que geralmente estão ganhando menos, economizando menos e mantendo empregos inseguros ou vivendo perto da pobreza.
• As cadeias globais de valor estão sendo interrompidas pela COVID-19. As mulheres desempenham um papel fundamental em todos os setores produtivos, como agricultoras, trabalhadoras, empreendedoras, compradoras, prestadoras de serviços e funcionárias.
• As mulheres estão na linha de frente como profissionais de saúde, trabalhando longas horas e se expondo a riscos enquanto cuidam de pacientes. No entanto, seus empregos geralmente são os mais subvalorizados e mal-pagos.
• Embora os primeiros relatórios revelem que mais homens estão morrendo como resultado da COVID-19, a saúde das mulheres geralmente é afetada negativamente pela realocação de recursos e prioridades, incluindo serviços de saúde sexual e reprodutiva.
• O fechamento de escolas e de creches impuseram encargos adicionais significativos para as mulheres em casa. Ele enfatizou a dependência da sociedade em mulheres e meninas em estruturas de cuidados informais e formais.
• O impacto nas empresas não essenciais, especialmente no setor de serviços, é particularmente preocupante para as mulheres como proprietárias e como funcionárias. Muitas delas estão perdendo seus meios de subsistência porque trabalhar em casa não é uma opção.
Globalmente, as mulheres representam 55,8% das pessoas que trabalham nas indústrias de serviços, enquanto no G7 as mulheres representam cerca de 88% da força de trabalho da indústria de serviços. A maioria não pode trabalhar remotamente e pode exigir apoio adicional para crianças ou pessoas mais velhas da família quando saem de casa para trabalhar.
• À medida que a pandemia COVID-19 aprofunda o estresse econômico e social, juntamente com medidas restritas de movimento e isolamento social, a violência baseada em gênero está aumentando exponencialmente.
• O isolamento e o distanciamento social aumentaram o risco de violência e abuso doméstico. As mulheres em relacionamentos violentos não são apenas expostas ao agressor por longos períodos de tempo, são impossibilitadas de sair de casa ou pedir discretamente por ajuda.
• As mulheres tendem a precisar muito mais de transporte público do que os homens, colocando mulheres em maior risco de pegar o COVID-19 enquanto se deslocam para o trabalho, cuidam de parentes ou fazem compras no mercado.
• O distanciamento social não é possível para todas as pessoas. Milhões de famílias dependem dos cuidados diários e da ajuda das mulheres como cuidadoras primárias.

Chamado à ação – Empresas signatárias dos Princípios de Empoderamento das Mulheres (WEPs)

Além de cumprir as políticas e mandatos locais e nacionais relacionados à COVID-19, as empresas devem levar em consideração as três prioridades transversais estabelecidas pelo secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres:
1. Garanta a representação igual das mulheres em todo o planejamento e tomada de decisões da COVID-19;
2. Promova mudanças transformadoras pela igualdade, abordando questões de assistência remunerada e não remunerada;
3. Segmente mulheres e meninas em todos os esforços para lidar com o impacto socioeconômico da COVID-19.
Essas prioridades transversais devem fazer parte de qualquer resposta à COVID-19, inclusive por meio da estrutura WEPs, e devem estar centradas em funcionárias, mulheres empreendedoras nas cadeias de suprimentos globais, consumidoras e mulheres e meninas nas comunidades locais.
Essas prioridades visam garantir que ninguém seja deixada para trás durante ou após a crise da COVID-19.

Liderança

• Garanta que as políticas específicas da COVID-19 e as respostas a crises sejam sensíveis ao gênero e inclusivas, consultando as partes interessadas internas e externas;
• Consulte e colabore com governos, trabalhadores, trabalhadoras, empregadoras e empregadores e representantes, que são essenciais para que as respostas sejam efetivas e sustentáveis. As mulheres devem ter oportunidade de participar;
• Sinalize publicamente o compromisso da liderança e da equipe executiva de abordar as desigualdades de gênero, especialmente durante a pandemia da COVID-19;
• Garanta que haja diversidade e que as vozes das mulheres tenham um papel nas forças-tarefa de crise e nas equipes de resposta, e que mulheres e homens tenham representação e envolvimento equitativo nas decisões;
• Estabeleça canais de comunicação internos claros para as funcionárias e funcionários com atualizações e conselhos regulares e precisos sobre a situação da COVID-19;
• Apoie o trabalho remoto em escala e tenha atenção às tensões eventuais decorrentes da infraestrutura de tecnologia da informação e comunicações existente;
• Divulgue os impactos diferenciados de gênero da pandemia e incentive outras empresas a assinar os WEPs.

Ambiente de trabalho

• Esteja atenta e atento a funcionárias e funcionários com responsabilidades de cuidado, e acomode as necessidades adicionais que elas e eles possam ter durante este período de crise. Isso inclui horários flexíveis de trabalho para as mães e pais, principalmente mães solteiras e pais solteiros e de crianças com deficiência;
• Adote acordos de trabalho flexíveis com remuneração integral durante e além da crise da COVID-19. Pague pelo menos um salário digno a trabalhadoras e trabalhadores de curto prazo e contratados, e ofereça licença médica, familiar e emergencial remunerada;
• Incentive funcionárias e funcionários a compartilhar o ônus do trabalho doméstico e do cuidado não remunerado de crianças, pessoas idosas e familiares com deficiências;
• Considere a saúde física, mental e emocional de todas as funcionárias e todos os funcionários e esteja ciente do aumento da exposição das mulheres à violência doméstica enquanto estiverem confinadas em casa. Considere estabelecer uma pessoa de contato especial dentro do recursos humanos para apoiar a equipe que sofre violência doméstica;
• Compartilhe amplamente, com todos as funcionárias e funcionários, informações sobre serviços públicos, incluindo linhas diretas de violência doméstica e serviços de apoio a sobreviventes de violência, serviços de apoio psicossocial e assistência médica pré e pós-natal.

Mercado

• Aproveite a oportunidade para descobrir novas empresas locais, principalmente empresas pertencentes a mulheres que são afetadas pela crise ou aquelas que estão ajudando na resposta à pandemia. Compre seus produtos e serviços e incentive suas parcerias de negócios a fazer o mesmo;
• Tenha solidariedade com mulheres empresárias que tiveram que fechar seus negócios por causa do COVID-19 e podem estar tendo dificuldades para pagar dívidas. Ofereça produtos e serviços financeiros direcionados para salvá-las da falência;
• Tome medidas proativas por meio de comunicações internas e externas para desafiar os estereótipos e papeis de gênero, discriminação, desigualdade e masculinidades agressivas.

Comunidade

• Promova a conscientização e a visibilidade de pequenas organizações independentes e de mulheres ou homens que estão na linha de frente dos esforços de resposta à pandemia;
• Conceda doações a organizações e instituições, como associações de mulheres e abrigos que apoiam mulheres com necessidades específicas: idosas, sobreviventes de violência, mães solteiras e mulheres com deficiência;
• Doe equipamentos de proteção individual, alimentos e serviços para apoiar a vida cotidiana das pessoas da comunidade e ofereça uma moratória de curto prazo nas despesas domésticas, como aluguel e serviços públicos.

Transparência e relatórios

• Colete e relate dados desagregados por sexo, raça e etnia relacionados à evolução das taxas de infecção, impactos econômicos, carga de assistência e incidência de violência e abuso sexual;
• Compartilhe informações sobre a resposta diferenciada por gênero à COVID-19 como parte de seu compromisso com os WEPs.
 
Posted: 24 Apr 2020 11:26 AM PDT
Os ministros destacaram a importância da disponibilidade de alimentos a preços convenientes em meio à pandemia de COVID-19. Foto: EBC
Os ministros destacaram a importância da disponibilidade de alimentos a preços convenientes em meio à pandemia de COVID-19. Foto: EBC
Ministros e Secretários de Agricultura de 34 países das Américas se reuniram na última quarta-feira (22) remotamente para compartilhar políticas, ações e planos para enfrentar o impacto da pandemia de COVID-19 na segurança alimentar de suas populações, na agricultura, nos sistemas alimentares e no mundo rural.
Autoridades da América do Norte, América do Sul, América Central e Caribe compartilharam suas experiências e as medidas que estão implementando para garantir sua produção e a oferta de alimentos.
Os ministros destacaram a importância da disponibilidade de alimentos a preços convenientes e que produção, distribuição e venda sejam realizadas com o menor risco para a saúde de todos os que participam da cadeia alimentar. Também enfatizaram a necessidade de impulsionar o comércio de alimentos entre países da própria região.
A inédita Reunião Hemisférica de Ministros e Secretários de Agricultura foi organizada pelo Instituto Interamericano de Cooperação em Agricultura (IICA) e pela Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), em resposta a uma solicitação do Ministério da Agricultura do Chile.
“A FAO e o IICA têm um papel muito relevante e uma grande experiência para conseguir uma melhor coordenação dos esforços que devemos fazer em termos de abastecimento e alimentação para os nossos cidadãos”, disse Antonio Walker, ministro da Agricultura do Chile.
“A cooperação internacional é uma das principais ferramentas que temos para enfrentar os efeitos da pandemia; nenhum país sozinho poderá garantir a alimentação de sua população”, disse Julio Berdegué, representante regional da FAO para a América Latina e o Caribe. “Esta crise nos ensina que devemos acelerar a transformação dos sistemas alimentares para torná-los mais resilientes, inclusivos e sustentáveis ”.
“Esta reunião hemisférica é um sinal dos tempos que estão por vir, de cooperação, complementaridade e trabalho conjunto. Serão necessárias políticas e Estados mais inovadores e instituições mais flexíveis. Os modelos tradicionais foram rompidos. Precisamos mais do que nunca de mais cooperação para termos políticas públicas melhores, sólidas, para um setor como a agricultura que é estratégico para manter o mundo em pé”, disse Manuel Otero, diretor-geral do Instituto Interamericano de Cooperação Agrícola (IICA).

Medidas dos países

O secretário de Agricultura e Desenvolvimento Rural do México, Víctor Villalobos, destacou a importância de evitar ações unilaterais que afetem o fluxo de alimentos, implementar todas as medidas sanitárias necessárias para comercializar alimentos e estabelecer canais de comunicação internacionais e inter-regionais para comercializar alimentos.
Villalobos também propôs que os 34 países criassem uma força-tarefa conjunta para lidar com a pandemia e a pós-pandemia. O representante regional da FAO e o diretor-geral do IICA apoiaram a proposta e indicaram que ambas as instituições poderiam facilitar o trabalho dessa equipe.
Antonio Walker, ministro da Agricultura do Chile, destacou que o Conselho Agrícola do Sul (CAS) está focado em manter o abastecimento de alimentos, mercados internacionais abertos e transparentes, reduzir as lacunas territoriais urbano-rurais e realizar uma análise de como enfrentar a situação pós-pandemia. O ministro destacou a importância da agricultura familiar nesse cenário e a necessidade de compartilhar protocolos sanitários que abranjam toda a cadeia alimentar.
Mauricio Guevara, secretário de Agricultura e Pecuária de Honduras, explicou que o Conselho Agrícola da América Central (CAC) está realizando um cadastro para saber exatamente quanta comida há em cada país do CAC, quais são os excedentes e as necessidades.
Saboto César, ministro da Agricultura, Indústria, Florestas, Pesca e Transformação Rural de São Vicente e Granadinas, falou em nome da Comunidade do Caribe (CARICOM). “Estamos enfrentando uma interrupção no comércio de produtos agrícolas básicos na CARICOM, por rompimentos na cadeia de fornecimento de alimentos e insumos”.
Saboto César destacou o apoio do governo para que os produtores tenham elementos de proteção, assistência técnica para os países, aumento do comércio de alimentos entre os países da CARICOM e cooperação Sul-Sul entre a CARICOM, e da Cooperação Sul-Sul entre CARICOM e América do Sul para o comércio de alimentos.
O ministro da Agricultura e Pecuária do Equador, Xavier Lazo, representando os países andinos, destacou que muitos pequenos agricultores começaram a usar plataformas tecnológicas para alcançar as pessoas de maneira mais direta, até mesmo fornecendo alimentos direto nos domicílios.
“As cadeias agroalimentares serão essenciais para manter o emprego e serão motores para uma rápida recuperação pós-crise”, explicou Tereza Cristina Corrêa, ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Brasil. “O comércio livre e justo é a chave para o fornecimento de alimentos, especialmente para as áreas mais pobres do mundo”. A ministra também destacou a importância da agricultura familiar.
O subsecretário de Agricultura para o Comércio e Assuntos Agrícolas Estrangeiros dos Estados Unidos, Ted McKinney, destacou a importância de promover a inovação para aumentar a produção de alimentos e a relevância da futura I Cúpula Mundial sobre Sistemas Alimentares, promovida pelas Nações Unidas, como instância-chave para fortalecer o sistema alimentar global.
A reunião também contou com a participação de autoridades regionais e especialistas do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), do Banco Centro-Americano de Integração Econômica (CABEI), do Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento do Caribe (CARDI), da Agência de Saúde Agrícola e Segurança Alimentar do Caribe (CAHFSA), Banco de Desenvolvimento para a América Latina (CAF), Comissão Interamericana de Mulheres (CIM), Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL), Comunidade do Caribe (CARICOM), Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (FIDA), Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), Organização Regional Internacional para a Saúde Agrícola (OIRSA) e Programa Mundial de Alimentos (PMA).
 
Posted: 24 Apr 2020 11:24 AM PDT
Foto: UNESCO
Para lidar com o atual surto da COVID-19, a cidade de Curitiba mobilizou sua experiência em design e inovação para começar a produzir protetores faciais impressos em 3D para proteger seus profissionais de saúde.
Por meio de uma colaboração entre diversas agências do município, como a Agência Curitiba de Desenvolvimento e Inovação, a Fundação de Ação Social e a Secretaria de Educação, juntamente com instituições do setor privado, foram captados os recursos necessários, que resultaram em uma linha de produção de protetores faciais impressos em 3D. Atualmente, o Fab Lab, o laboratório de fabricação do município, está produzindo cerca de 220 unidades por dia.
Curitiba, uma das Cidades Criativas de Design da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), é conhecida por seus dinâmicos e modernos cenários de design e é considerada uma referência nacional e internacional em inovação e cultura urbana. A cidade se diversificou e fortaleceu seu desenvolvimento econômico através de investimentos estratégicos nas indústrias criativa e cultural.
A iniciativa é um esforço sincronizado entre órgãos públicos e privados na produção desses protetores. Por exemplo, a Maha 3D, uma startup curitibana especializada em fornecer soluções técnicas em impressão 3D, fez ajustes técnicos no modelo de proteção existente para simplificar e agilizar o processo de produção. O município assumiu a responsabilidade de adquirir a placa frontal transparente do protetor facial, e as impressoras 3D usadas no projeto Faróis do Saber e Inovação, que ensina aos estudantes prototipagem e impressão 3D, foram disponibilizadas para produzir os protetores faciais.
A iniciativa chama ainda todas as empresas, laboratórios e indivíduos que possuem uma impressora 3D para que se unam a esse esforço comum e contribuam para ajudar na segurança dos profissionais de saúde enquanto tratam dos pacientes hospitalizados.
Link: https://www.citiesforglobalhealth.org/initiative/curitiba-uses-3d-printers-produce-face-shields
 
Posted: 24 Apr 2020 10:53 AM PDT
Palestra virtual da assessora de apoio comunitário do UNAIDS sobre "COVID-19 e saúde". Foto: UNAIDS
Palestra virtual da assessora de apoio comunitário do UNAIDS sobre “COVID-19 e saúde”. Foto: UNAIDS
As pessoas mais afetadas pela COVID-19, assim como as pessoas mais afetadas pelo HIV, são exatamente aquelas que estão em situação de vulnerabilidade social.
O alerta foi feito por Ariadne Ribeiro, assessora de apoio comunitário do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS (UNAIDS) e uma mulher trans. Ela foi a convidada para uma palestra virtual sobre “COVID-19 e saúde”, para a turma do Cozinha&Voz, na quarta-feira (22).
O projeto Cozinha&Voz faz parte de uma ampla iniciativa de promoção do trabalho decente para pessoas em situação de vulnerabilidade, desenvolvida por Organização Internacional do Trabalho (OIT) e Ministério Público do Trabalho (MPT), com apoio da cozinheira Paola Carosella e da Casa Poema.
O projeto capacita profissionais como assistente de cozinha e promove a empregabilidade de pessoas em situação de exclusão socioeconômica.
“A aula com Ariadne significa a expansão que nós sempre quisemos para o projeto Cozinha&Voz, para que possa incluir temas relacionados à saúde e ao bem-estar do ser humano como um todo, compreendendo que é impossível ter trabalho decente, em condições de liberdade, igualdade, equidade e segurança, sem ter a saúde preservada e o conhecimento para isso”, disse Thaís Faria, oficial técnica de Princípios e Direitos Fundamentais no Trabalho da OIT.
“Uma parceria com o UNAIDS, que é do sistema da ONU, para nós é extremante importante fazer essa ampliação e levar conhecimento para as alunas e os alunos”, disse ela.
O UNAIDS é uma parceria inovadora que encoraja, mobiliza e apoia países para alcançar o acesso universal a prevenção, tratamento e cuidados no que concerne ao HIV. Estabelecido em 1994, por meio de uma resolução do Conselho Econômico e Social das Nações Unidas (ECOSOC), iniciou suas atividades em janeiro de 1996.
A aula virtual reuniu alunos e alunas de São Paulo, Rio de Janeiro, Goiás e Rondônia. O Cozinha&Voz a distância começou esta semana e terá duração de quatro meses beneficiando 50 homens e mulheres trans. O projeto, no formato online, visa garantir a capacitação contínua e treinamentos essenciais, mesmo durante a pandemia.
A COVID-19 é uma doença grave e todas as pessoas que vivem com HIV devem tomar significativas medidas de prevenção para diminuir o risco de exposição e infecção pelo coronavírus. Pessoas idosas com HIV e pessoas com HIV com problemas cardíacos ou pulmonares podem estar sob maior risco de serem infectadas pelo vírus e de apresentarem sintomas mais graves.
De acordo com dados do Ministério da Saúde, no fim de 2019, havia cerca de 900 mil brasileiras(os) com o vírus HIV, de acordo com números apresentados por Ariadne. Dados recentes da pandemia e COVID-19 no Brasil mostram que mais 46 mil pessoas estão infectadas pelo vírus e as mortes ultrapassam 3,3 mil.
“Nesse momento da COVID-19, é importante falar que as pessoas com uma doença pré-existente, que não estão tomando a medicação retroviral, e que podem estar com uma imunidade mais baixa precisam evitar, ao máximo, sair de casa”, disse Ariadne.
Durante a aula virtual, os alunos e alunas esclareceram dúvidas sobre AIDS, sífilis, HPV, herpes genital e outras infecções sexualmente transmissíveis, desde sintomas até vacinas e tratamentos para cada uma das doenças.
“Dentre a população trans pairam sempre muitas dúvidas sobre saúde e, principalmente, sobre doenças infectocontagiosas. Além de Ariadne tirar muitas dessas dúvidas, a sua própria presença fez com os alunos e as alunas trans se sentissem pertencentes em seus lugares de fala. Foram ouvidas e abraçadas por uma mulher trans”, disse a coordenadora-geral do Cozinha&Voz, a atriz e diretora Geovana Pires.
“A presença de Ariadne também as encoraja, elas se veem ali e sabem que podem ter também a oportunidade de ocupar um lugar de destaque na sociedade que sempre fecha as portas para eles e elas”, acrescentou.
 
Posted: 24 Apr 2020 10:30 AM PDT
O webinário será transmitido no canal do UNFPA Brasil no Youtube. Arte: UNFPA
O webinário será transmitido no canal do UNFPA Brasil no Youtube. Arte: UNFPA
A pandemia do novo coronavírus vem trazendo alterações no cotidiano social e na vida da população, desafiando a produção de dados populacionais e informações. No Brasil, e em diferentes países, ocorreu o adiamento da realização dos censos demográficos e as metodologias para a realização de pesquisas vêm sendo atualizadas para a nova realidade.
Diante deste cenário, na próxima quarta-feira (29), às 15h, a Associação Brasileira de Estudos Populacionais e o Fundo de População da ONU (UNFPA) realizam a primeira edição da série de webinários População e Desenvolvimento em Debate, com o tema “O desafio dos dados populacionais no contexto da COVID-19”.
A série de webinários “População e Desenvolvimento em debate” busca promover a discussão entre academia, governo e sociedade civil sobre temas emergentes na agenda de população e desenvolvimento no contexto atual.
Assista a transmissão do webinário no canal do UNFPA Brasil no Youtube: https://youtu.be/1yvH0OaR_Bg

Palestrantes

Eduardo Rios-Neto – Diretor de Pesquisas (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, IBGE)
Jacson Barros – Diretor do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS/Ministério da Saúde)
Márcia Cavallari Nunes – CEO do IBOPE Inteligência

Facilitação

Astrid Bant – Representante do Fundo de População das Nações Unidas no Brasil

Serviço

Tema: webinário “O desafio dos dados populacionais no contexto da COVID-19”
Dia: 29/04/2020
Horário: 15h às 16h30
Local: Youtube UNFPA Brasil
 
Posted: 24 Apr 2020 10:19 AM PDT
O conteúdo disponibilizado inclui vídeos, textos e atividades – que serão traduzidos para 10 idiomas. Foto: PNUMA
O conteúdo disponibilizado inclui vídeos, textos e atividades – que serão traduzidos para 10 idiomas. Foto: PNUMA
Em resposta à crise da COVID-19, foi criada uma coalizão inédita para lançar a Escola pela Terra (Earth School, em inglês), plataforma que fornece conteúdo educacional gratuito e de alta qualidade para ajudar estudantes, pais e professores em isolamento em todo o mundo. Iniciada pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) e pelo TED-Ed, a Escola pela Terra leva os alunos a uma aventura de 30 dias pelo mundo natural.
O conteúdo disponibilizado inclui vídeos, textos e atividades – que serão traduzidos para 10 idiomas – para ajudar jovens e crianças a entenderem o meio ambiente e considerarem seu papel na natureza. Essa é a maior iniciativa de aprendizagem online feita pelo PNUMA e está disponível gratuitamente no site do TED-Ed.
De acordo com a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), mais de 1,5 bilhão de alunos foram afetados pelo fechamento das escolas por conta do COVID-19. A pandemia provocou uma crise de saúde, econômica e educacional; nessa era de restrições físicas e sociais, há uma necessidade global de educação científica.
É por isso que o PNUMA e o TED-Ed – em parceria com outros 30 colaboradores, como a National Geographic, a WWF e a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) – se uniram para lançar a Escola pela Terra em pouco mais de duas semanas. Construída para crianças e jovens de 5 a 18 anos, ela abrange 30 dias letivos que se estendem do Dia da Terra até o Dia Mundial do Meio Ambiente – celebrado em 5 de junho, sob o lema Hora da Natureza.
Com videoaulas gratuitas sobre diversos temas, como animais e mudanças climáticas e fazendas subaquáticas, o TED-Ed é o braço educacional do TED, contando com uma biblioteca com milhares de aulas interativas que abrangem todas as idades e assuntos – construída por uma rede de 500 mil educadores de todo o mundo.
Cada aventura ambiental foi cuidadosamente selecionada por um grupo de especialistas para atender a diferentes faixas etárias, consistindo em um experimento prático e uma descoberta da natureza. Além do conteúdo do próprio TED-Ed, a Escola pela Terra contará com vídeos de organizações midiáticas, como a National Geographic, a PBS LearningMedia e a BBC, com o objetivo de capacitar os alunos participantes a cuidarem de nosso planeta.
“Atualmente, bilhões de crianças estão fora das escolas por conta da COVID-19. Mas a educação não pode parar. A pandemia revelou quão profundamente interconectada está toda a vida no planeta”, disse a diretora-executiva do PNUMA, Inger Andersen. “Estou feliz que o PNUMA, juntamente com o TED-Ed e outros colaboradores, estejam lançando a Escola pela Terra. Aprender sobre o mundo natural será fundamental para construir um futuro melhor e mais sustentável para todos”.
“Essa situação inédita em que nos encontramos destaca a importância dos jovens se conectarem com a natureza e entenderem a ciência”, disse a vice-presidente executiva e diretora de educação da National Geographic Society, Vicki Phillips. “Estamos entusiasmados por unir forças com organizações confiáveis ​​como o PNUMA e o TED-Ed para cultivar o descobrimento e gerar empatia pela Terra, independentemente de onde os estudantes estejam – seja dentro de suas casas, em uma janela ou em uma curta caminhada pela vizinhança”.
“Essa plataforma é uma porta de entrada para algumas das lições mais inspiradoras sobre a natureza e o meio ambiente e cada aula traz atividades práticas e divertidas com as quais os alunos podem se envolver e compartilhar com outras pessoas”, disse o diretor fundador do TED-Ed, a iniciativa de educação e juventude do TED, Logan Smalley.
As lições foram escolhidas por uma equipe de especialistas em educação ambiental, incluindo Kathleen Usher (Ph.D) e Jessie Oliver e Juliane Voss, que trabalharam junto de mais de 100 colaboradores na criação da Escola pela Terra. Apoiando o ODS 4.7 e a Década de Ação, a iniciativa ainda contribui com a Coalizão Global de Educação lançada pela UNESCO no mês passado, reunindo governos, parceiros tecnológicos e líderes educacionais para continuar a aprendizagem dos alunos.
Como parte dessa coalizão, o PNUMA explorará como esse conteúdo pode ser adaptado e compartilhado com crianças que não possuem acesso à Internet.
Entre os colaboradores que apoiaram essa iniciativa estão: BBC Ideas; Convenções de Basileia, Roterdã e Estocolmo; Bill Nye, o cientista; Conservação Internacional; CEE; Earth Day Network; Earth Challenge 2020; Environment Online (ENO); GeSI; Comitê Olímpico Internacional; IUCN; Instituto de Segurança Planetária; Junior Achievement; Learning in Nature; Littlescribe; Minecraft; National Geographic Society; Ocean Wise; Only One; Sociedade Geográfica Real; SciStarter; Sitra; TAT; TED-Ed; The Nature Conservancy; Convenção sobre Diversidade Biológica da ONU; UN SDSN / TRENDS; Laboratórios de Tecnologia e Inovação das Nações Unidas; UNCCD; PNUD; PNUMA; UNESCO; Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima; FAO; Universidade da Pensilvânia; Vult Labs; Associação Mundial de Guias e Escoteiras; Organização Mundial do Movimento Escoteiro; Wild Immersion e WWF.
 
Posted: 24 Apr 2020 09:11 AM PDT
Foto: OIM
Com o intuito de reforçar a rede pública de saúde a enfrentar a pandemia da COVID-19 e responder a demanda dos roraimenses e venezuelanos, a Organização Internacional para as Migrações (OIM) doou dois ultrassons à Secretária de Estado da Saúde de Roraima (SESAU-RR). A ação irá beneficiar mais de 50 mil usuários do Sistema Único de Saúde do estado no período de um ano.
Os equipamentos de alta resolução acompanhados de transdutores reto, curvo e endocavitário ficarão disponíveis no Hospital Materno Infantil Nossa Senhora de Nazareth, em Boa Vista, e no Hospital de Rorainópolis, duas das principais unidades hospitalares do estado. Eles serão úteis para procedimentos variados incluindo exames de pré-natal, diagnósticos cirúrgicos e observação de fraturas, por exemplo.
Segundo a médica da OIM, , Katiza Reis, a doação desses equipamentos garante que médicos e outros profissionais de saúde possam fazer o diagnóstico precoce, atendimento de urgência e emergência para brasileiros e venezuelanos. “Essa doação garante o apoio da OIM à população de todo o estado, fortalecendo a atenção hospitalar’’, informou a médica.
No Hospital Materno de Boa Vista, o ultrassom será instalado na área destinada às gestantes com suspeitas da COVID-19, evitando que circulem por outras alas do hospital. Já em Rorainópolis, o equipamento irá facilitar o atendimento local da região sul do estado, evitando deslocamentos para a capital.
A Secretária Adjunta Estadual de Saúde, Patrícia Renovato, reconhece a iniciativa da OIM. “Nesse momento que vivemos uma emergência em saúde, agradecemos à OIM por reforçar a capacidade de resposta da rede pública de saúde do estado. Somos gratos pela dedicação e companheirismo com a toda a população”, afirmou a Secretária Ajdunta de Saúde.
Ações em saúde em Roraima
Esta foi a terceira doação de equipamentos de saúde realizadas em Roraima este ano. Em março, o município de Pacaraima foi beneficiado com estetoscópios de alta precisão cardiológica e respiratória, monitores digitais para aferição arterial e nebulizadores portáteis de malha fina. No mesmo mês, a Secretaria Estadual também recebeu auto refratores, eletroencefalograma e ultrassons.
O gerente de projeto da OIM, Joaquim Torrinha, explica que estas doações de equipamentos de saúde são um exemplo da preocupação da OIM em promover uma migração segura, ordenada e digna, e de reforçar seu apoio também com às comunidades de acolhida, neste caso os roraimenses. “Elas são a materialização de uma parceria forte com os governos locais e demais autoridades, e é com enorme satisfação que vemos que estes equipamentos irão reforçar os serviços públicos de saúde em Roraima”, complementou gerente de projeto da OIM.
Esta e as demais ações em saúde são realizadas com o apoio financeiro do Governo do Japão. O intuito é garantir assistência humanitária nas áreas de atenção primária à saúde por meio do suporte assistencial em saúde a venezuelanos e a população do estado. As atividades são pensadas e executadas em consonância com o Sistema Único de Saúde e diferentes esferas de governo.
 
Posted: 24 Apr 2020 07:56 AM PDT
Guy Ryder, Diretor-geral da OIT - Foto: OIT
Guy Ryder, Diretor-geral da OIT – Foto: OIT
O diretor-geral da Organização Internacional do Trabalho (OIT), Guy Ryder, saudou o compromisso dos ministros do Trabalho e do Emprego dos países do G20 de manter uma “cooperação global completa” para salvaguardar o emprego e a renda das pessoas, mas alertou que as atuais medidas de apoio não são suficientes.
“À medida que a crise se propaga para países de baixa e média rendas, precisaremos fazer muito mais para pr

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