O petróleo americano segue em queda livre com as dificuldades de armazenamento, devido à pandemia. Segundo a CNN, o movimento de vendas dos contratos começou após o fundo americano United States Oil (USO), de varejistas, ter anunciado que venderia os contratos para junho e concentraria suas compras em contratos de longo prazo.
O sell-off do ETF USO foi visto como uma estratégia de sobrevivência no mercado, considerando o crash nos preços do WTI na semana passada, mas impede que o preço do barril americano se recupere.
Os futuros internacionais de junho do petróleo Brent (NYMEX:BZ\M20) negociam agora em alta de 2,8% negociado a US$ 20,51 após atingir a mínima de 18,73.
O WTI (NYMEX:CL\M20) mais uma vez opera em forte queda de 9,3% sendo negociado a US$ 11,66 após chegar perto dos US$ 10.
As bolsas de valores da Europa abriram em alta nesta terça-feira, buscando ampliar a sequência de 11 altas nos últimos 14 pregões, com alguns resultados corporativos sólidos e notícias de que os governos auxiliarão empresas em dificuldades por causa da pandemia.
O banco suíço UBS reportou na manhã de hoje um incremento de 40% no lucro líquido no primeiro trimestre deste ano, sobre igual período do ano passado, para 1,6 bilhão de euros, informou a CNBC. Já o banco espanhol Santander, o segundo maior da Zona do Euro em valor de mercado, teve um recuo de 82% no lucro líquido no primeiro trimestre, por causa do aumento de provisões por perdas decorrentes da epidemia do Covid-19.
Em Frankfurt, as ações da empresa aérea Lufthansa dispararam após o governo alemão informar que preparou um pacote de auxílio de 9 bilhões de euros para a companhia. Carrefour e Novartis informarão resultados mais tarde nesta terça-feira.
Na Ásia, a sessão foi mista, com os investidores mais cautelosos em relação à retomada da atividade e às intervenções dos BCs para fornecer estímulos às economias. Hong Kong e Seul fecharam levemente positivo mas Tóquio e Xangai fecharam no terreno negativo.
O HSBC, maior banco de Hong Kong e da Europa em valor de mercado (a sede é em Londres, mas as ações são listadas em Hong Kong) informou lucro antes dos impostos de US$ 3,23 bilhões, abaixo da expectativa dos analistas, que era de US$ 3,67 bilhões e aumentou as provisões em US$ 3 bilhões por causa da epidemia do coronavírus, o que impactou seus resultados.
Os futuros de Nova York estão estáveis, em terreno levemente positivo. Ontem, Wall Street cravou a quarta sessão consecutiva de ganhos, amparada na expectativa de reabertura das economias dos Estados Unidos e da Europa.
Bitcoin é negociado em leve queda de -0,5%, valendo US$ 7.751.
Contratos futuros do minério de ferro negociados na bolsa de Dalian fecharam em queda de -1,74%, cotados a 594.500 iuanes, equivalentes a US$ 84,00 (nas últimas 24 horas).
ETF EWZ sobe 0,65% no pré-market
Rendimento dos Treasuries americanos de dez anos sobe 1 BP para 0,657%
Índice VIX, conhecido como índice do medo, cai 3,51%
Coronavírus
O mundo acumulou 1 milhão de novos casos da Covid-19 em menos de duas semanas, passando hoje da marca de 3 milhões de infectados. O Brasil ocupa agora o décimo primeiro lugar na lista de países com o maior número de casos da doença, com 67.446. O país teve 338 mortes pelo vírus nas últimas 24 horas, totalizando hoje 4.603 óbitos.
Brasil
O mercado financeiro ajustou ontem a percepção de risco político, após a crise deflagrada com a saída de Sergio Moro do governo na última sexta-feira. Dois dos maiores temores foram suavizados, com o presidente Jair Bolsonaro sustentando a permanência de Paulo Guedes no comando da Economia e depois que o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, sinalizou que um processo de impeachment não deve ser iminente.
Ibovespa e dólar ontem
As bolsas tiveram um dia positivo com os investidores otimistas com a reabertura da economia em vários países da Europa e nos Estados Unidos nas próximas semanas e mais incentivos fiscais de governos para ajudar a compensar os impactos do coronavírus, que já contaminou mais de 3 milhões de pessoas no mundo, na atividade global.
O principal índice da B3, que teve apenas cinco papéis dos 73 no vermelho, fechou perto da máxima aos 78.238 pontos, avanço de 3,86%.
O destaque positivo foi a alta de 18,65% da Via Varejo após avaliação positiva pelo BB Investimentos da compra da ASAPLog e recomendação positiva do Bradesco BBI.
A Embraer foi o destaque negativo após o negócio com a Boeing desfeito e fechou o dia em queda de 7,49%.
O dólar bateu novo recorde histórico nesta segunda, mesmo após dois leilões de swap extra do Banco Central, de US$1,5 bilhão no total, um à vista de US$600 milhões, além uma rolagem já prevista de US$500 milhões, bem como várias coletivas e lives de membros do governo para respaldar a agenda liberal de Guedes.
O dólar futuro encerrou em R$5,657, alta de 3,86%.
Agenda Econômica
O destaque dos indicadores nacionais fica com a prévia deste mês da inflação oficial ao consumidor brasileiro (IPCA-15), divulgada 09h, que deve sair perto da estabilidade pelo segundo mês seguido. Com isso, a taxa acumulada em 12 meses deve ficar abaixo de 3%, mas ainda dentro do intervalo de tolerância desejado pelo Banco Central.
Antes, às 8h, saem novas sondagens da FGV, desta vez, sobre a confiança nos setores de serviços e da construção civil em abril, que, tal qual o comércio e o consumidor, deve registrar queda mensal recorde e alcançar mínimas históricas, em meio aos reflexos da pandemia de coronavírus na atividade local.
Ainda na agenda nacional, o Banco Central publica a nota sobre as operações de crédito em março (15h30). Já nos indicadores internacionais, destaque apenas para os EUA, que traz números do setor imobiliário em fevereiro e a leitura final de abril da confiança do consumidor norte-americano. Além disso, o Federal Reserve inicia sua reunião de política monetária de dois dias.
■ Commodities
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