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sexta-feira, 24 de abril de 2020

EM QUARENTENA: Moro deixa governo com acusações a Bolsonaro

24 DE ABRIL DE 2020
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Olá, boa noite.

Confira as principais notícias sobre a pandemia de coronavírus.

Boa leitura!
Em meio à pandemia do coronavírus, que hoje superou 50 mil casos no Brasil, o ex-juiz Sergio Moro pediu hoje demissão do Ministério da Justiça, argumentando que o presidente Jair Bolsonaro tentou interferir pessoalmente na Polícia Federal . A saída de Moro deflagrou a maior crise da atual gestão. Bolsonaro negou interferência e sugeriu que o ministro colocou objetivos pessoais à frente do trabalho.

O que Moro disse: o ex-ministro reagiu à exoneração do diretor-geral da PF, Maurício Valeixo, publicada no Diário Oficial da União desta sexta-feira. Pela manhã, ainda como ministro, ele afirmou, em pronunciamento, não ter assinado o despacho, que levava seu nome, e que o presidente insistiu em trocar a cúpula da polícia por causa de investigações no Supremo Tribunal Federal (STF).

Também disse que Bolsonaro fez pressão para ter contato direto com diretores e superintendentes da PF e acesso a relatórios de inteligência. Veja oito pontos da declaração de Moro.

O que Bolsonaro disse: À tarde, também em pronunciamento, Bolsonaro defendeu sua prerrogativa de nomear o comando da PF, questionou escolhas de Moro à frente da pasta e disse que o ex-ministro teria cobrado uma indicação ao STF — Moro respondeu nas redes sociais, afirmando que se desejasse a vaga na Corte, teria aceitado a troca na PF.

Bolsonaro afirmou ainda que teve acesso a um depoimento sigiloso feito à Polícia Federal e que pediu a troca do superintendente da PF no Rio de Janeiro por causa da investigação do assassinato da vereadora Marielle Franco.

Repercussão: parlamentares manifestaram perplexidade com as acusações de Moro, e a demissão do ministro deixou no Congresso a avaliação de que o desfecho da crise política é imprevisível. O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso pediu a renúncia de Bolsonaro. A força-tarefa da Lava-Jato manifestou “repúdio às tentativas de interferência” na PF. Entidades ligadas à magistratura, a procuradores e à advocacia lamentaram a saída do ministro. Panelaços foram registrados no país durante os dois pronunciamentos.
O procurador-geral Augusto Aras pediu ao Supremo Tribunal Federal a abertura de inquérito para investigar as supostas tentativas de interferência de Bolsonaro na Polícia Federal. Na solicitação, listou seis possíveis crimes do presidente relatados por Sergio Moro. E afirmou que, caso as declarações não sejam comprovadas, pode ficar caracterizado crime de denunciação caluniosa.

Bastidores: as declarações de Moro foram recebidas com preocupação no Supremo. O ministro Marco Aurélio Mello disse que sua admiração por Moro aumentou. Luís Roberto Barroso também elogiou o ex-ministro, sem comentar os desdobramentos das acusações. Um integrante do STF afirmou, em caráter reservado, que as acusações são graves e podem ter repercussões jurídica e política.

Aconteceu hoje: o ministro Alexandre de Moraes determinou que a PF mantenha os delegados em inquéritos que apuram ataques ao STF e a organização de atos antidemocráticos. Ele também determinou diligências para investigar deputados bolsonaristas em inquérito sobre os protestos.
Perto de completar dois meses do primeiro diagnóstico do novo coronavírus no país, o Brasil superou a marca de 50 mil infecções e registra 52.995 pessoas contaminadas. São Paulo lidera a lista de casos e, ao todo, treze estados tem mais de mil notificações da Covid-19. Dados do Ministério da Saúde compilados pelo GLOBO mostram que um em cada cinco municípios brasileiros já confirmaram casos da doença.

Em foco: o país soma 3.670 mortes ligadas à Covid-19, mais da metade em São Paulo e no Rio de Janeiro. O setor funerário reclamou da falta de números reais e projeções realistas do impacto da doença.

Em detalhes: o Estado do Rio tinha, nesta sexta-feira, 356 pessoas na fila de espera por um leito de UTI, e apenas um hospital em Volta Redonda tinha vagas. O governo estadual antecipou para amanhã a inauguração do hospital de campanha no Leblon.
A forma como o médico olha seu paciente, principalmente na fase inicial da doença, talvez tenha que mudar
NO BRASIL
52.995
CONFIRMADOS
3.670
MORTOS
NO MUNDO
2.789.315
CONFIRMADOS
195.775
MORTOS
Especialistas aconselham a interromper intervenções não essenciais e explicam a quem recorrer em caso de problemas
5 notícias importantes do dia
Exportação: lei publicada hoje proíbe venda ao exterior de produtos médicos, hospitalares e de higiene usados no combate ao coronavírus.
Força global: Macron, Merkel e outros líderes mundiais lançaram com a OMS iniciativa para acelerar desenvolvimento de testes, medicamentos e vacinas contra o coronavírus.
Avanço: os EUA passaram a marca de 50 mil mortes ligadas à Covid-19, o dobro do registrado há dez dias. País soma 870 mil casos da doença.
Estratégias: a testagem em massa pode não ser a melhor tática contra o coronavírus, segundo o Imperial College London. Rastreamento de infectados e quarentenas indicam maior eficácia.
Doação secreta: a Amazon doou cerca de R$ 1,76 milhão em vaquinha virtual para livreiros do Reino Unido, prejudicados pela crise sanitária.
Cursos online e conferências virtuais com amigos estão entre as dicas para encarar o distanciamento social
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