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DGS atualiza balanço da epidemia: 854 mortos, 22747 contagiados, 1228 recuperados. Proibição de deslocações entre concelhos regressa no fim-de-semana prolongado de 1 a 3 de maio, anuncia o primeiro-ministro. Europa aprova mega-fundo de recuperação económica, mas mantém indefinição sobre modelo de financiamento. Há milhares de processos de lay-off mal instruídos que vão voltar para trás, avisa a ministra do Trabalho. Para pasmo geral, Donald Trump sugere injeções de desinfetante como tratamento da COVID-19.

854 mortos, 22747 infetados, 1228 recuperados

Portugal registou hoje mais 34 mortos, 444 contagiados e 27 recuperados, informa a Direção-geral da Saúde. Proibição de deslocações entre concelhos regressa no fim-de-semana prolongado de 1 a 3 de maio. Siga de perto a mais relevante informação nacional e internacional sobre a pandemia neste artigo em atualização permanente.

Decisão nova, divergências antigas

Empréstimos ou financiamento a fundo perdido? A falta de consenso continua. Ontem, o Conselho Europeu aprovou a criação de um fundo de recuperação económica baseado no orçamento da União, mas ainda falta o mais difícil: definir como o fluxo de “biliões de euros” será dirigido aos Estados-membros mais atingidos pela crise provocada pela pandemia. Essa indefinição espelha as divergências entre os parceiros, que a Comissão Europeia tentará ultrapassar com um plano que vai apresentar “muito em breve”.

Apoio ao lay-off começa a ser pago

Os apoios às empresas que aderiram lay-off até 10 de abril começam a ser pagos esta sexta-feira, mas “há muitos processos mal instruídos” que vão voltar para trás, explicou a ministra do Trabalho. Cerca de 10 mil não tinham indicado o IBAN, exemplificou Ana Mendes Godinho, adiantando que “as empresas vão ser notificadas para corrigirem” os requerimentos.

Lula acusa Bolsonaro

Lula da Silva acusa o atual Presidente brasileiro de irresponsabilidade na gestão da crise pandémica no país sul-americano. Entrevistado na RTP, o ex-Chefe de Estado diz-se convicto de que o fim da emergência sanitária trará uma nova ordem mundial e defende uma reforma da ONU. Lula elogia ainda o modo como Portugal organizou o combate à COVID-19.

“Eu não sou médico, mas tenho um bom instinto”

A frase pertence a Donald Trump e o exemplo mais recente do seu “bom instinto” foi sugerir a ingestão ou a injeção de desinfetante no organismo humano, como forma de tratamento da COVID-19. O pasmo foi geral.

Enquanto que nos EUA, a crise da COVID-19 continua em níveis preocupantemente altos, na Europa vinte países terão já ultrapassado o pico epidémico, estima o Centro Europeu de Prevenção e Controlo de Doenças, que avisa, no entanto, que levantar as restrições implementadas demasiado rapidamente poderá aumentar novamente a transmissão comunitária.

"Haverá nova pandemia, de certeza"

A pandemia veio “expor as falhas das lideranças que rejeitam a Ciência e cultivam a desinformação e a divisão”, reflete a epidemiologista Isabel Ferreira, docente na Faculdade de Medicina da Universidade de Wollongong, na Austrália. Em entrevista à RTP, a cientista assegura que o regresso à rotina anterior à COVID-19 terá de ser gradual, eventualmente até por regiões e por setor de atividade, sob pena de se perderem os resultados já alcançados na luta contra o coronavírus. Sobre o uso de máscaras, considera que “só por si” não são uma medida suficiente para garantir segurança. E acredita que vamos estar mais bem preparados para lidar com a próxima epidemia, “porque ela virá, de certeza”

Onde está Kim?

Circulam há vários dias rumores sobre uma suposta degradação do estado de saúde do líder da Coreia do Norte, com vários jornais internacionais de nomeada a veicularem informações não confirmadas sobre uma suposta operação cardiovascular a que Kim Jong-un terá sido submetido. A especulação está a alastrar também porque o Presidente norte-coreano não tem aparecido em público, embora isso nem seja caso inédito.

Efeitos colaterais

Já sabemos que as restrições à circulação e à atividade industrial e comercial ditadas pela luta global contra a pandemia estão a ter efeitos benéficos ao nível ambiental. Agora surge a notícia de que também os circuitos internacionais do narcotráfico estão a viver dias difíceis pelos mesmos motivos.

A NÃO PERDER

Stones na cidade fantasma

Mick Jagger foi um dos primeiros artistas britânicos com uma canção sobre a consumação do Brexit e agora também não deixou passar a crise pandémica. Mas desta vez, ao contrário do que fez com England Lost, chamou os seus compinchas de sempre. Sábia decisão, permito-me comentar. Os Rolling Stones lançaram há poucas horas Living in a Ghost Town, um blues rock bastante bem apessoado.

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