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quinta-feira, 19 de abril de 2018

oletim diário da ONU Brasil: “ONU pede apoio à convenção sobre segurança de seus funcionários” e 8 outros

Boletim diário da ONU Brasil: “ONU pede apoio à convenção sobre segurança de seus funcionários” e 8 outros.

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Posted: 13 Apr 2018 02:15 PM PDT
Sede da ONU em Nova York, nos Estados Unidos. Foto: ONU / Yubi Hoffmann
Sede da ONU em Nova York, nos Estados Unidos. Foto: ONU / Yubi Hoffmann
Sede das Nações Unidas em Nova Iorque. Foto: ONU/Manuel Elias
Sede das Nações Unidas em Nova Iorque. Foto: ONU/Manuel Elias
As Nações Unidas informaram no final de março que tinham até aquele momento 29 funcionários civis detidos. Oito deles encontram-se presos sem que a causa seja conhecida ou qualquer acusação formalizada.
A informação foi divulgada na mensagem do chefe da organização, António Guterres, no último 25 de março, quando é lembrado o Dia Internacional de Solidariedade aos Funcionários da ONU Presos e Desaparecidos.
Para Guterres, a data lembra os perigos corridos por aqueles que atuam na ONU para servir aos povos do mundo.
Ele informou que as Nações Unidas continuam monitorando a situação das 29 pessoas e buscando a liberação de todas.
Ainda na mensagem, Guterres apelou aos países que apoiem a Convenção sobre Segurança da ONU e seus Funcionários, assim como o Protocolo para a Convenção que estende a proteção ao pessoal de ajuda humanitária, política e assistência ao desenvolvimento.
Até o momento, apenas 92 países aderiram à Convenção, que é de 1994, e somente 32 associaram-se ao Protocolo.
Guterres lembrou que o pessoal da ONU trabalha de forma incansável para ajudar os mais vulneráveis, seja em seus países de origem ou muito longe de suas famílias.
Para ele, a segurança desses funcionários para fazer seu trabalho deve ser uma prioridade de todos, e pediu que a resolução para proteger esses trabalhadores seja reforçada.
 
Posted: 13 Apr 2018 01:50 PM PDT
Arte criada por Gregory R Todd sobre o satélite Sputnik 1. Imagem: Gregory R Todd/Wikimedia/CC
Arte criada por Gregory R Todd sobre o satélite Sputnik 1. Imagem: Gregory R Todd/Wikimedia/CC
Na última quinta-feira, 12 de abril, a ONU marcou o Dia Internacional do Voo Espacial Humano. A data foi criada pela Assembleia Geral da organização para “celebrar o início da era espacial para a humanidade”.
Em 12 de abril de 1961, o soviético Yuri Gagarin tornou-se o primeiro homem a ir para o espaço e sua nave orbitou a Terra. Segundo a ONU, “este evento histórico trilhou o caminho para a exploração espacial, beneficiando toda a humanidade”.
O dia internacional é uma oportunidade para destacar a contribuição da ciência e da tecnologia para a conquista dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável e garantir que o espaço seja utilizado apenas para fins pacíficos.
As Nações Unidas mantêm o Escritório para Assuntos do Espaço, UNOOSA, que promove a cooperação internacional para o uso pacífico e exploratório do espaço, garantindo que as tecnologias espaciais continuem beneficiando diversos setores.
O setor agrícola, por exemplo, depende das informações de satélites para monitorar solos e eventos climáticos como secas e chuvas, informações essenciais para o sucesso das plantações e colheitas.
Já os satélites de comunicação enviam sinais de voz, vídeo e imagens, tornando possível, por exemplo, a transmissão de canais de televisão e a troca de informações pelos celulares.
O site do escritório traz uma galeria de fotos com mensagens de exploradores de vários países, incluindo o brasileiro Marcos Pontes, que diz o seguinte: “O futuro da humanidade é apoiado pela educação, ciência e tecnologia. É nosso dever preparar as gerações futuras para um planeta Terra sustentável”.
Marcos Pontes é também embaixador da Boa Vontade do Escritório da ONU para o Desenvolvimento Industrial, UNIDO.

Eventos históricos ocorridos no espaço

4 de outubro de 1957 – Sputnik I é o primeiro satélite a ser lançado no espaço;
16 de junho de 1963 – a cosmonauta russa Valentina Tereshkova torna-se a primeira mulher a completar a órbita da Terra;
20 de julho de 1969 – o astronauta americano Neil Armstrong é o primeiro homem a pisar na Lua;
17 de julho de 1975 – a missão Apollo-Soyuz foi a “primeira missão internacional no espaço”, um projeto de parceria entre Estados Unidos e União Soviética.
 
Posted: 13 Apr 2018 01:35 PM PDT
General de divisão Elias Rodrigues Martins Filho, nomeado para chefiar o contingente militar da missão da ONU na República Democrática do Congo, MONUSCO. Foto: Ministério da Defesa/Governo do Brasil
General de divisão Elias Rodrigues Martins Filho, nomeado para chefiar o contingente militar da missão da ONU na República Democrática do Congo, MONUSCO. Foto: Ministério da Defesa/Governo do Brasil
O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, anunciou nesta sexta-feira (13) a nomeação do general de divisão Elias Rodrigues Martins Filho, do Brasil, como comandante militar da Missão de Estabilização das Nações Unidas na República Democrática do Congo, a MONUSCO.
Ele sucede o general Derrick Mbuyiselo Mgwebi, da África do Sul, que encerrou sua missão em 31 de janeiro de 2018. O secretário-geral afirmou estar grato pela sua dedicada liderança como chefe do componente militar da MONUSCO.
O general Martins Filho tem uma distinta carreira militar que abrange mais de 35 anos. Ele está servindo atualmente como o subchefe do Escritório de Organismos Americanos do Ministério da Defesa do Brasil desde 2017.
Anteriormente, atuou como chefe de Inteligência de Defesa do Escritório de Informação do Ministério da Defesa do Brasil; comandante da Escola de Comando e Estado-Maior do Exército (2015-2016); e chefe de Operações do Comando Militar do Oeste (2013-2015). Foi comandante do batalhão da Guarda Presidencial brasileira (2009-2011).
Martins Filho tem uma vasta experiência em manutenção da paz, tendo atuado como oficial de Planejamento na Serviço de Geração de Força do Departamento de Operações de Paz das Nações Unidas de 2005 a 2008.
Ele atuou como vice-conselheiro militar da Missão Permanente do Brasil junto às Nações Unidas (2001-2003) e oficial de Equipe da Missão de Verificação das Nações Unidas em Angola em 1995 e 1996.
O general Martins Filho é pós-graduado em Relações Internacionais pela Universidade de Brasília e graduado pela Faculdade de Defesa da Escola Superior de Guerra. Nascido em Fortaleza em 1960, é casado e tem três filhos.
 
Posted: 13 Apr 2018 01:02 PM PDT
Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS (UNAIDS), em parceria com a Embaixada dos Países Baixos, divulgou na terça-feira (10) chamada para a segunda fase do concurso #DesafioUNAIDS, que será realizada em Salvador (BA).
A disputa convoca jovens residentes na região metropolitana da cidade a propor um projeto que tire o #DesafioUNAIDS do mundo virtual e o traga para o mundo real, a partir da apresentação de proposta que visem levar o diálogo sobre prevenção do HIV, zero discriminação e as metas 90-90-90 para comunidades, bairros, escolas, universidades e outros espaços da região metropolitana de Salvador.
As metas 90-90-90 propostas pelo UNAIDS preveem ter, até 2020, 90% das pessoas estimadas com HIV diagnosticadas; ter 90% destas em tratamento antirretroviral; e ter 90% deste grupo com carga viral indetectável — quando a quantidade de vírus circulando no organismo é tão baixa que a chance de transmissão do HIV para outra pessoa é praticamente zero.
O(a) autor(a) do projeto vencedor terá a oportunidade de participar da 22ª Conferência Internacional de AIDS que será realizada de 23 a 27 de julho em Amsterdã, na Holanda, com todas despesas pagas pela Embaixada dos Países Baixos.
Para se inscrever no concurso, a pessoa interessada deve enviar um e-mail com o assunto “Concurso – Segunda Fase do #DesafioUNAIDS” para brazil@unaids.org até 23 de abril, contendo os seguintes documentos: formulário de inscrição preenchido integralmente; cópia do passaporte (página da foto e dados pessoais); comprovante de endereço de Salvador (BA); comprovante de conhecimento da língua inglesa de nível no mínimo intermediário (certificado de proficiência internacional, certificado de escolas de idiomas, etc).
Para que a inscrição seja confirmada, os(as) candidatos(as) também devem participar do pré-evento sobre a Conferência Internacional de AIDS, que vai acontecer em 23 de abril no auditório Zelia Gattai na UNIJORGE (Av. Luís Viana, 6775 – Paralela, Salvador - BA) das 14h30 às 17h30.
Os(as) candidatos(as) que tiverem sua inscrição validada, ou seja, que tiverem preenchido todos os requisitos apresentados acima, serão convocados a enviar seus projetos pelo Formulário de Submissão do Projeto, que precisa ser enviado para o e-mail brazil@unaids.org a partir do dia 24 de abril com o assunto “Concurso -Segunda Fase do #DesafioUNAIDS”.
Não serão considerados no processo de seleção Formulários de Submissão do Projeto que forem enviados antes de 24 de abril.
Clique aqui para acessar a chamada pública completa.
Clique aqui para acessar a ficha de inscrição.
Clique aqui para acessar o formulário de submissão do projeto.

Sobre o #DesafioUNAIDS

Lançado em 2017, o #DesafioUNAIDS convocou os criadores de conteúdo online (Youtubers) para participar de uma mobilização para um grande debate virtual sobre HIV, sexualidade, estigma e discriminação. Ao engajar influenciadores do Youtube, seus seguidores e fãs, o UNAIDS teve o objetivo de mostrar que nenhuma pergunta sobre HIV e sexualidade merece ficar sem resposta. E mais: provocar uma reflexão sobre como estamos debatendo questões tão importantes como essas na Internet.
No formato de um jogo, cada youtuber recebia uma caixa com as instruções do #DesafioUNAIDS e um kit com 15 das 50 perguntas mais frequentes da Internet, selecionadas pelo UNAIDS, sobre dúvidas relacionadas a transmissão do HIV, tratamento, prevenção e discriminação. Os participantes podiam pular três destas perguntas, dar um “Google” em uma delas e tirar dúvida sobre a última com um especialista.
Reunindo participação de mais de 30 criadores de conteúdo e influenciadores digitais, o #DesafioUNAIDS teve cerca de 1,1 milhão de visualizações orgânicas nos vídeos produzidos para Youtube em dezembro de 2017.
 
Posted: 13 Apr 2018 11:26 AM PDT
Aumentar o valor da cadeia de produção ajudaria os países em desenvolvimento dependentes de commodities a atingir os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), segundo a UNCTAD. Foto: EBC
Aumentar o valor da cadeia de produção ajudaria os países em desenvolvimento dependentes de commodities a atingir os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), segundo a UNCTAD. Foto: EBC
Com mais de 90 economias em desenvolvimento dependentes das exportações de matérias-primas, de acordo com dados mais recentes da Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD), construir as capacidades humanas necessárias para adicionar valor aos produtos básicos e oferecer trabalho decente são objetivos-chave a serem discutidos no oitavo Fórum Global de Commodities, que ocorre em Genebra no fim de abril (23 e 24).
Aumentar o valor da cadeia de produção ajudaria os países em desenvolvimento dependentes de commodities a atingir os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), particularmente o ODS 4, que prevê educação profissional, o ODS 8, que aborda o trabalho decente para todos, e o ODS 9, que trata do desenvolvimento industrial.
“A falta de trabalhadores qualificados dissuade o investimento em atividades de valor agregado, o que, por sua vez, limita os incentivos para jovens adultos adquirirem mais habilidades”, disse o chefe de commodities e de divulgação da UNCTAD, Yanchun Zhang.
“Os trabalhadores que buscam carreiras em campos qualificados frequentemente optam por buscar educação e empregos no exterior, alimentando a fuga de cérebros nos países em desenvolvimento e dissuadindo ainda mais os investimentos em desenvolvimento industrial. É um ciclo vicioso.”
Calibrar programas de capacitação para as necessidades dos empregadores pode ser complicado. Por exemplo, o governo da República do Congo estabeleceu parceria com a petroleira Total para estabelecer programas de mestrado em engenharia e geologia.
Embora tenham produzido um fluxo estável de graduados, o emprego congolês no setor petrolífero tem desempenho inferior às expectativas, e os empregadores continuam reclamando da escassez de trabalhadores qualificados, bem como de uma incompatibilidade entre suas necessidades e a formação que os graduados recebem.
Os temas a serem considerados nos painéis de discussão e debates abertos durante os dois dias de evento são: competências para a diversificação comercial e econômica; criação sustentável de empregos nas indústrias extrativas e além; treinamento multi-habilidade para adicionar valor à agricultura; transição de energia e gás natural e a desigualdade de habilidades; alterando as exigências de habilidades no setor de mineração.
Muitos países em desenvolvimento agregam pouco valor às commodities ou as transformam em produtos acabados ou semiacabados, e lutam para diversificar em outros setores manufatureiros, o que limita a industrialização de suas economias.
Esses países dependem de exportações de produtos não processados, como produtos agrícolas, minérios ou petróleo bruto, que representam 60% ou mais do valor total de suas exportações de mercadorias.
Os números da UNCTAD mostram que, em 61 desses países, mais de 80% da atividade econômica depende das exportações de commodities, com severas conseqüências econômicas, ambientais e sociais, não apenas devido aos preços voláteis que atrapalham a gestão macroeconômica.
Na maioria dos países em desenvolvimento, a agricultura é predominantemente empreendida em pequenas fazendas intensivas em trabalho que empregam técnicas manuais e oferecem poucas perspectivas industriais.
Os setores mineral e de óleo e gás geralmente fornecem aos países em desenvolvimento alguma transferência de tecnologia e de empregos qualificados, por exemplo, relacionados à infraestrutura usada para extrair petróleo bruto ou transportar gás natural. No entanto, nas cadeias de valor agrícolas e de minerais, as atividades de valor agregado geralmente oferecem o maior potencial para o desenvolvimento tecnológico e de capital humano.
Aumentar a cadeia de valor requer intervenção, como visto na Etiópia, que oferece incentivos para investir em seu setor de processamento agrícola, ou na Indonésia, que impôs uma proibição de exportação de níquel e bauxita para forçar a construção de fundições no país.
Estratégias horizontais de diversificação envolvem a alavancagem de habilidades e de recursos no setor de commodities para desenvolver indústrias de não commodities como, por exemplo, o Irã, que está usando receitas e engenheiros de seu setor petrolífero para desenvolver a fabricação de máquinas agrícolas para exportação, equipamentos médicos e sistemas de irrigação de estufa.
Primeiramente realizado em 2010, o Fórum Global de Commodities fornece uma plataforma de alto nível, neutra e livre para discutir questões relacionadas à produção e comércio de commodities, com foco nos países em desenvolvimento. Pretende gerar parcerias e políticas inovadoras para líderes de governo, setor privado e sociedade civil.
 
Posted: 13 Apr 2018 10:11 AM PDT
A brucelose bovina é uma doença transmissível que ataca bovinos, outras espécies animais e o homem. Foto: EBC
A brucelose bovina é uma doença transmissível que ataca bovinos, outras espécies animais e o homem. Foto: EBC
A Coordenação de Saúde Animal de Agroqualidade do Equador recebeu a visita no início de abril (de 2 a 6) de Paulo Duarte e Baldomero Molina, técnicos do Centro Pan-Americano de Febre Aftosa (PANAFTOSA), com quem realizou uma agenda de trabalho com o objetivo de reestruturar o Plano Nacional de Controle de Brucelose Bovina (PNCBB).
A brucelose bovina é uma doença transmissível que ataca bovinos, outras espécies animais e o homem. A bactéria do gênero Brucella localiza-se no útero, na placenta e/ou no úbere das fêmeas doentes, e nos testículos de bovinos infectados.
Durante toa a semana, realizou-se uma jornada intensa que incluiu desde a caracterização da produção bovina e outros ruminantes domésticos do Equador, até uma análise detalhada dos componentes do PNCBB, incluindo visitas técnicas aos laboratórios de agroqualidade para comprovar a execução do programa.
Na quarta-feira (4), foram instaladas mesas temáticas de trabalho com os setores que participam do programa, tais como as indústrias lácteas, o setor pecuário e as universidades, durante as quais se estabeleceu um canal de comunicação, gerando debates entre os participantes dos quais, segundo Duarte, foram obtidos insumos para a reestruturação do programa.
Durante os dois últimos dias, uniu-se ao grupo de trabalho Julio Pompei, também da PANAFTOSA. Ao finalizar a semana, foi divulgado que o plano reestruturado terá por objetivo “controlar a eliminação da brucelose no Equador, com base na informação epidemiológica real”.
Para o coordenador de saúde animal de agroqualidade, Patricio García, as jornadas de trabalho foram produtivas. “Foi feita uma revisão do programa ponto por ponto e se estabeleceram encontros com os atores envolvidos; de modo que a execução seja feita da melhor maneira”, disse.
 
Posted: 13 Apr 2018 09:25 AM PDT
Clique para exibir o slide.Em 1997, morriam 16,8 de cada 1 mil menores de 1 ano que nasciam vivos no Uruguai. Em 2017, esse número caiu mais de 60%, para 6,6. Um melhor atendimento e coordenação entre os níveis de saúde foram chave para obter esses resultados e salvar vidas.
A mãe olha para sua filha na incubadora, fala com ela e acaricia suas mãos. Conta que a menina fica feliz quando chega a hora de ir para seus braços. A bebê é prematura. Chegou antes das 39 semanas de gestação, mas está recebendo os cuidados dos quais necessita no Serviço de Recém-Nascidos do Centro Hospitalar Pereira Rossell do Uruguai.
Nesse hospital da Administração dos Serviços de Saúde do Estado, nascem em média 7 mil crianças por ano, e 12% delas requerem cuidados intensivos, intermediários ou mínimos. Os nascimentos nesse centro de saúde representam 16% dos partos do país (em 2017, houve 43 mil). A prematuridade é a primeira causa de mortalidade de crianças menores de 5 anos no mundo, mas o acesso ao atendimento de saúde e a cuidados médicos aumentam em grande medida suas chances de sobrevivência.
Em 2017, a taxa de mortalidade infantil de menores de 1 ano no Uruguai alcançou o mínimo histórico: 6,6 para cada 1 mil nascidos vivos. O número confirma a tendência descendente iniciada há 20 anos, quando esse índice alcançava os 16,8 para cada 1 mil nascidos vivos. “Estar entre o grupo de países com taxas de entre 5 e 7 para cada 1 mil é uma conquista enorme”, afirmou Daniel Borbonet, responsável pelo serviço do recém-nascido nesse centro de saúde.
Na América Latina, a taxa média de mortalidade infantil é de 16 para cada 1 mil, e o Uruguai fica entre os cinco países com os índices mais baixos junto com Canadá, Chile, Cuba e Estados Unidos. Entre 1990 e 2010, os países da região, com o apoio da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) e parceiros, reduziram a mortalidade infantil para mais da metade.
O Brasil é uma das nações que têm se destacado por reduzir a mortalidade infantil. A taxa de mortalidade de crianças com menos de um ano foi reduzida em mais de 25% de 2005 a 2015. No entanto, em 2015, mais de 37,5 mil crianças morreram antes de completar seu primeiro aniversário — na maioria das vezes, por causas que poderiam ter sido evitadas e que estão relacionadas sobretudo ao acesso e à baixa qualidade do pré-natal, à assistência ao parto e ao cuidado neonatal.

Uma equipe de saúde comprometida

O trabalho em equipe é essencial, assim como o papel da enfermaria. “Passam tantas vidas por aqui, que é um trabalho muito gratificante”, contou a enfermeira Adriana García, demonstrando sua emoção e paixão por seu emprego. Também é fundamental o acompanhamento e o protagonismo das mães e pais, com quem a equipe de saúde mantém um diálogo fluido e direto.
Para Soledad Núñez, chefe de enfermaria do serviço do recém-nascido, “é gerada uma sinergia entre bebê, pais e cuidadores; quando esta sinergia se torna efetiva, de qualidade, é quando vemos bons resultados”.
“Os pais não têm que ser visitas, mas integrantes da equipe de atenção dessa criança. Não têm que pedir permissão para entrar e sair do CTI (centro de tratamento intensivo). A equipe de saúde que deveria pedir permissão para algum tipo de atenção”, disse Borbonet.
A frase tira um sorriso de Santiago, trabalhador rural de uma região afastada da capital uruguaia e pai de Ámbar, bebê internada no hospital. Ele estava no local acariciando sua pequena e cantando canções de ninar.
 
Posted: 13 Apr 2018 08:41 AM PDT
Contraste entre as desigualdades no município do Rio de Janeiro. Foto: Luiz Gonçalves Martins - ODS 10
Contraste entre as desigualdades na cidade do Rio de Janeiro. Foto: Luiz Gonçalves Martins – ODS 10
Entre 2002 e 2014, a desigualdade caiu na maior parte dos países da América Latina, apesar de as últimas medições indicarem um estancamento desse processo de queda. A afirmação é de uma pesquisa publicada na edição mais recente da Revista CEPAL, cuja versão online foi publicada na quinta-feira (12).
Em sua edição 124 (abril de 2018), a principal publicação acadêmica da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL) inclui o artigo “Mais ou menos desiguais? Uma revisão sobre a desigualdade de renda no nível global, regional e nacional“, no qual Verónica Amarante, diretora do escritório de Montevidéu da CEPAL, e Maira Colacce, consultora do mesmo escritório, realizam uma análise da evolução da desigualdade de renda não apenas na região, mas também nos países desenvolvidos e no restante do mundo.
As pesquisadoras concluem que a desigualdade no nível global não aumentou nas últimas décadas, pelo contrário, existem evidências indicando que as condições de vida dos cidadãos do mundo se tornaram mais igualitárias, devido sobretudo ao importante crescimento da renda da população da China e, em menor medida, da Índia. No entanto, ao mesmo tempo, no interior da maioria dos países, o nível de desigualdade de renda aumentou, especialmente nos países em desenvolvimento.
Amarante e Colacce indicam que uma das exceções a esse aumento generalizado da desigualdade foi a América Latina na última década, já que, tanto no nível da região considerada em seu conjunto como no plano das experiências nacionais, foi detectada uma importante queda dos indicadores de desigualdade de renda graças a uma combinação de fatores favoráveis do contexto macroeconômico regional, em especial o aumento dos preços das matérias-primas, e fatores institucionais, entre eles, um maior impulso às políticas redistributivas, como as transferências de renda ou o fortalecimento das instituições trabalhistas, como o salário mínimo e negociação coletiva.
Apesar disso, as últimas cifras indicam sinais de uma desaceleração do crescimento econômico e do dinamismo dos mercados de trabalho, assim como de um estancamento no processo de queda da desigualdade, advertem.
A Revista CEPAL número 124 inclui também outros nove artigos de destacados especialistas e professores internacionais, que analisam diversas áreas da situação econômica e social de vários países da América Latina.
Clique aqui para acessar a publicação completa (em espanhol).
 
Posted: 12 Apr 2018 02:58 PM PDT
Clique para exibir o slide.O Projeto Caleidoscópio promoveu na quinta-feira (6), na sede da consultoria EMDOC, em São Paulo (SP), evento de formatura do curso de gestão de negócios da primeira turma de profissionais em situação de refúgio. A iniciativa é resultado das articulações promovidas pelo Instituto Yiesia e com o apoio da Agência da ONU para Refugiados (ACNUR) e do Programa de Apoio para a Recolocação dos Refugiados (PARR).
A colombiana Mirta, de 48 anos, foi forçada a deixar seu país devido à perseguição política, em decorrência de sua atuação como advogada de direitos humanos. Formada em Direito e Ciências Políticas pela Universidade de Cartagena, ela chegou ao Brasil há 15 anos e em breve dará continuidade aos estudos, tendo sido aprovada no Doutorado em Relações Internacionais da San Tiago Dantas, na capital paulista.
Na opinião dela, a iniciativa foi importante para sua contínua formação pessoal e profissional. Ela destacou o empenho dos facilitadores do projeto. “A doação de cada um deles e a preocupação em transmitir experiência me comoveu. Foi uma troca, um enriquecimento mútuo”.
Além de Mirta, outros 14 profissionais refugiados de sete nacionalidades diferentes, todos com pós-graduação concluída, participaram do curso que tem como foco a integração social e laboral dessa população.
A idealizadora e coordenadora acadêmica da iniciativa, Ana Paula Candeloro, lembrou a necessidade de incorporar a multiculturalidade e a diversidade no cotidiano empresarial, agregando valores, conhecimentos e inovação.
“Demos um passo para dizer ao mundo que não podemos nos fechar em cada uma de nossas bolhas individuais, e que devemos trabalhar para abrir nossas mentes e braços para novas culturas, ideias e pessoas”, disse.
A entrega dos diplomas representa o reconhecimento dos conhecimentos adquiridos, mas também reflete a capacidade e o interesse das pessoas em situação de refúgio em dar continuidade às suas formações para que possam alcançar oportunidades de se tornarem gestores nas empresas.
“A certificação é o primeiro passo de uma longa caminhada. A interculturalidade e a experiência que o projeto viveu precisa ser ampliada dentro do país. O ganho com a presença de pessoas refugiadas no mercado pode ser enorme”, afirmou o presidente da empresa EMDOC e idealizador do PARR, João Marques.
O refugiado palestino Khaled, de 38 anos, também esteve presente na cerimônia de entrega dos diplomas. Graduado em Engenharia Biomédica com Especialização em Equipamentos Médicos pela Universidade de Damasco, Khaled trabalhou com manutenção de equipamentos médicos na Síria e atualmente é supervisor de assistência técnica de equipamentos médicos em uma empresa brasileira.
Para ele, o curso foi marcante pelos novos conhecimentos adquiridos. “Aprendemos sobre riscos, como fazer consultas para empresas e como resolver problemas. O conteúdo foi muito válido e todo o esforço foi recompensado”, disse.
Em 2018, o projeto será implementado para uma nova turma e seguirá a mesma estrutura, com aulas presenciais ministradas por diferentes gestores, assessoramento de “coaches” de carreira e experiência de imersão para análise de casos reais de empresas.
Entre os mais de 10 mil refugiados de mais de 80 nacionalidades que vivem no Brasil, muitos são profissionais já formados, com ampla experiência profissional nos mais variados setores e ramos no mundo empresarial.
O ACNUR e seus parceiros, como o PARR e o Instituto Yiesia, seguem buscando parcerias para o fortalecimento de ações que visem a integração das pessoas em situação de refúgio de forma digna, plena e responsável.
Ao valorizar as experiências e os conhecimentos das pessoas refugiadas, iniciativas como esta parceria evidenciam a relevante contribuição que os refugiados trazem para a sociedade, agregando inovação e novas oportunidades às empresas, segundo a agência da ONU.
 

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