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quinta-feira, 12 de abril de 2018

Boletim diário da ONU Brasil: “Governos de 65 países tomaram medidas para melhorar inclusão econômica das mulheres” e 9 outros.

nômica das mulheres” e 9 outros.

Link to ONU Brasil

Posted: 04 Apr 2018 01:30 PM PDT
Relatório do Banco Mundial avaliou a inclusão das mulheres na economia de 189 países. Foto: PNUD
Relatório do Banco Mundial avaliou a inclusão das mulheres na economia de 189 países. Foto: PNUD
Governos de 65 economias tomaram passos para melhorar a inclusão econômica das mulheres, promovendo 87 reformas legais nos últimos dois anos, de acordo com relatório do Banco Mundial divulgado no fim de março (29).
O documento indicou que o maior avanço ocorreu em países do Sul da Ásia (50% das nações dessa região tiveram melhoras), seguida de África Subsaariana (45%), Europa e Ásia Central (44%), Ásia Oriental e Pacífico (40%), Oriente Médio e Norte da África (30%), América Latina e Caribe (25%) e países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE, 16%).
No entanto, as mulheres continuam enfrentando barreiras disseminadas, entranhadas nas leis, que as afastam de empregos e dificultam que elas tenham seu próprio negócio ao restringir seu acesso a crédito ou ao controle sobre propriedade conjugal, disse o relatório bianual que monitora 189 economias.
Por exemplo, o documento concluiu que em 104 economias as mulheres são impedidas de trabalhar à noite ou em certos empregos em muitas áreas, incluindo indústria, construção, energia, agricultura, água e transportes. Isso afeta negativamente as escolhas de mais de 2,7 bilhões de mulheres.
“Nenhuma economia pode crescer com seu potencial total a menos que as mulheres e os homens participem totalmente”, disse a chefe-executiva do Banco Mundial, Kristalina Georgieva. “Ainda assim, em mais da metade dos países, as mulheres ainda não podem trabalhar em determinados empregos simplesmente por conta de seu gênero. O relatório conclui que onde há igualdade de gênero nas leis trabalhistas, mais mulheres trabalham e ganham mais. As mulheres devem ter a mesma igualdade de oportunidade dos homens para dar a elas e suas crianças a melhor vida possível”.
Em sua quinta edição, o relatório introduz, pela primeira vez, um sistema de pontuação de zero a 100 para avaliar a agenda de reformas. A pontuação é dada para cada país monitorado com base em sete indicadores: acesso a instituições, uso de propriedade, acesso ao emprego, incentivos para o trabalho, acesso à Justiça, ao crédito e proteção da violência.
Enquanto nenhuma economia tem a pontuação de 100 em todos os sete indicadores, países que tiveram bom desempenho incluem Reino Unido, Nova Zelândia e Espanha. As economias da OCDE geralmente têm a média mais alta na maior parte dos indicadores.
Proteger as mulheres da violência, por meio de leis contra a violência doméstica e o assédio sexual no trabalho ou em instituições educacionais, permanece uma área onde muito trabalho é necessário. Do total de 189 economias analisadas, 45 não têm leis sobre violência doméstica e 59 não têm leis contra assédio sexual no trabalho. Do total, 21 economias receberam nota zero na proteção de mulheres. Muitas dessas economias estão localizadas na África Subsaariana, no Oriente Médio e no Norte da África.
Apesar de a maior parte dos países monitorados ter leis estabelecendo a empregabilidade sem discriminação baseada em gênero, apenas 76 têm leis sobre remuneração igualitária para funções semelhantes e 37 economias não têm leis de proteção a trabalhadoras grávidas frente a demissões.
Na área de empréstimos também há muito a ser melhorado. A legislação proibindo discriminação baseada em gênero nos serviços financeiros existe em apenas 72 economias, com 79 países não pontuando nessa medida. Economias de baixa renda tiveram desempenho particularmente ruim, com uma média de 8 pontos.
“Dar oportunidades iguais é um imperativo moral e econômico e pôr fim a leis discriminatórias é um primeiro passo importante. Esperamos que o relatório seja usado para impulsionar necessárias mudanças que permitam às mulheres tomar as melhores decisões para elas, suas famílias e suas comunidades”, disse a diretora sênior para desenvolvimento econômico do Banco Mundial, Shanta Devarajan.
O relatório cita pesquisa segundo a qual as desigualdades de gênero causam, em média, uma perda de 15% da renda nas economias da OCDE, 40% devido a desigualdades no empreendedorismo. A estimativa é de que as perdas sejam significativamente mais altas nos países em desenvolvimento.
A discriminação de gênero pela lei também reduz a participação feminina na força de trabalho e mina o crescimento econômico. Pesquisas estimam que, para algumas economias, uma ampla parte das desigualdades na produção per capita pode ser atribuída à desigualdade de gênero, e muitos países podem reduzi-las ao desencorajar barreiras de gênero no mercado de trabalho.

América Latina e Caribe

As economias da América Latina e do Caribe realizaram oito reformas nos últimos dois anos. O relatório destaca as reformas promovidas na Colômbia, onde a Corte Constitucional derrubou restrições de emprego para mulheres; e no Equador, que equalizou os direitos de propriedade de homens e mulheres ao não permitir que as decisões do marido prevalecessem quando a mulher discordasse da forma de administração dos ativos do casal.
A região da América Latina e do Caribe é mais forte em áreas como uso de propriedade e acesso a instituições, com uma média de 98 e 97 pontos, respectivamente. Os países latino-americanos e caribenhos poderiam melhorar seus indicadores de acesso a emprego, de acordo com o relatório. Das 32 economias cobertas na região, menos da metade respeita os padrões da Organização Internacional do Trabalho (OIT) de licença maternidade de 14 ou mais semanas.

Brasil

O Brasil recebeu pontuação máxima nos quesitos acesso a instituições, uso de propriedade e incentivos para o trabalho. No entanto, teve somente 64 pontos no quesito acesso ao trabalho, uma vez que o país não adota licença parental (licença para pais e mães) e não existem leis prevendo remuneração igual para homens e mulheres com as mesmas funções, entre outros fatores.
O país registrou 75 pontos no quesito acesso igualitário de homens e mulheres à Justiça, uma vez que não há leis prevendo uma comissão anti-discriminação.
Já no indicador de acesso ao crédito, o Brasil teve desempenho pior, com 50 pontos, pois não há lei proibindo discriminação de gênero ou baseada em estado civil para o acesso a empréstimos financeiros. No indicador sobre proteção à violência, o Brasil só não recebeu a nota máxima por não ter uma legislação específica sobre assédio sexual no sistema educacional.
Clique aqui para acessar o relatório completo (em inglês).
 
Posted: 04 Apr 2018 01:07 PM PDT
Jenipher Mutamba, de 32 anos, está determinada a transformar a vida de outras refugiadas. Foto: ACNUR/Michele Sibiloni
Jenipher Mutamba, de 32 anos, está determinada a transformar a vida de outras refugiadas. Foto: ACNUR/Michele Sibiloni
No calor escaldante de uma tenda, no assentamento de refugiados de Oruchinga, em Uganda, Gloria Mutamba, de sete anos de idade, ri enquanto sua mãe segura um par de óculos em seus olhos. Em apenas um segundo, o computador escaneia as duas íris da menina.
A mãe de Gloria, Jenipher, tem 32 anos e está entre os primeiros refugiados a serem examinados por uma inciativa nacional do governo ugandês, que quer coletar impressões digitais e escanear as íris de mais de 1 milhão de estrangeiros vítimas de deslocamento forçado. Para as crianças, o pelotão de verificação biométrica é uma curiosidade. Para Jenipher, é o caminho para um futuro melhor.
“O principal problema que os refugiados enfrentam é que eles não têm um lugar para chamar de casa”, conta a refugiada, sentada em uma das mesas de processamento. “É por isso que apoiamos a verificação. O ACNUR (a Agência da ONU para Refugiados) deveria torná-la um sistema global para que, se um refugiado vier para Uganda, ele saiba que aqui é uma casa e que ele pode se estabelecer.”
O computador registra dados pessoais de Jenipher, mas não é capaz de identificar o sofrimento vivido durante os anos que ela passou na guerra da República Democrática do Congo.
Mantida em cativeiro e violentada várias vezes numa floresta, ao longo de duas semanas antes de conseguir escapar, Jenipher fugiu de seu país de origem em 2011, com destino a Uganda. Na nova nação, como todos os refugiados, ela recebeu um pedaço de terra. Para alimentar a família, Jenipher começou a plantar cebolinha, batata e espinafre.
“Eu pedi a Deus” — lembra — “e disse ‘se você me ajudar, vou fazer da minha missão de vida ajudar os outros’.”
Com o apoio do ACNUR e de uma organização não governamental local, a Hijra, a mãe solteira demorou menos de um ano para criar um grupo de poupança comunitária que está transformando a vida de outras mulheres refugiadas.
“Cada mulher traz tudo o que pode e coloca no fundo comum”, explica Jenipher. “Usamos o dinheiro para ajudar as mulheres em dificuldade ou caso elas precisem de um empréstimo. O que fazemos é financiar seus negócios e elas nos pagam de volta com o lucro que ganham.”
Clique para exibir o slide.Todas as sextas-feiras, ela e um grupo conhecido como “Anjos” se encontram para angariar dinheiro e discutir oportunidades de negócios. A caixa com as economias tem três cadeados. Três mulheres, que vivem distantes umas das outras, guardam uma chave para o cofre.
Quando Jenipher chegou ao assentamento, muitas no grupo haviam sido estupradas enquanto procuravam por lenha na fronteira com a Tanzânia.
“Refugiados não precisam apenas de comida, precisam ser empoderados, como minhas mulheres que agora administram seus próprios negócios”, defende Jenipher, que é dona de um empreendimento de compra e venda de carvão usado como combustível. “Refugiados podem receber treinamento e adquirir novas habilidades, para que possam reconstruir suas vidas.”
O grupo planeja usar parte do dinheiro do fundo para abrir um salão de cabeleireiro e empregar jovens locais.
“Compramos cadeiras de plástico e um painel solar para o salão. Vamos até pagar alguém para treinar as jovens. Muitos delas terminaram a escola, e eu não quero que a mesma coisa que nos aconteceu na Tanzânia aconteça com elas.”
Além do lucro de seu negócio de carvão, Jenipher também ganha 15 mil xelins ugandeses por dia — cerca de quatro dólares — ajudando a controlar o fluxo de pessoas nos centros de verificação biométrica. Esse dinheiro não ajuda somente a ela. Ao poupar uma parcela do montante, ela ajuda outras mulheres e crianças na comunidade de refugiados.
“Agora, as mulheres são empreendedoras. Elas não vendem mais seus corpos. Só estavam fazendo isso porque eram pobres. Ajudamos as mulheres a conseguir empregos para que possam ter uma ocupação – sem trabalho, as pessoas perdem a dignidade.”
O objetivo do projeto de verificação biométrica é garantir que todos os refugiados estejam devidamente registrados e recebam a proteção e a assistência de que precisam. O software de cadastramento do ACNUR já foi usado para identificar cerca de 4,4 milhões de pessoas em 48 países.
Depois que a verificação de Jenipher, sua filha e seus dois sobrinhos, filhos do seu falecido irmão, é concluída, ela volta ao trabalho, vestindo um colete do ACNUR e conduzindo refugiados para dentro da tenda.
Afinal, ela tem uma promessa a cumprir.
“Eu lembro dos meus pais, lembro da minha família. Eu não posso esquecê-los, mas é preciso aceitar, é preciso seguir em frente. Depois de tudo o que aconteceu, olhe para a minha vida agora. Olhe para a minha casa, olhe para o meu negócio, veja o quão longe eu cheguei. Mas há muitas mulheres que estão passando pelas mesmas dificuldades que enfrentei e eu realmente quero ajudá-las.”
 
Posted: 04 Apr 2018 12:57 PM PDT

Um dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas é assegurar padrões de produção e de consumo sustentáveis – o objetivo 12 entre os 17 que precisarão ser cumpridos até o prazo máximo de 2030 por todos os 193 países da ONU.
Para alcançar essa meta, um caminho a ser seguido é a diminuição da geração de resíduos por meio da prevenção, reciclagem e reúso.
Muitas vezes, a reciclagem é associada a materiais como plástico, papel, metal e vidro. No entanto, o que muitas pessoas ainda desconhecem é que o resíduo orgânico – constituído principalmente de restos de alimentos – também pode ser reciclado e transformado em adubo orgânico por meio de um processo chamado compostagem.
Uma iniciativa de compostagem que vem conquistando moradores da cidade do Rio de Janeiro é o ‘Ciclo Orgânico’, idealizado pelo engenheiro ambiental Lucas Chiabi.
Ao perceber que muitas pessoas, assim como ele, se incomodavam com o resíduo orgânico e buscavam uma solução para dar o destino correto na hora do descarte, Lucas começou a oferecer o serviço de coleta e compostagem desse material.
“Muita gente acha que o orgânico não é reciclável porque a compostagem é pouco difundida e não é tão comum quanto a reciclagem dos outros materiais. Quando a pessoa percebe a quantidade de resíduos que ela gerou, começa a se dar conta de que resíduo era esse e de como ela consome”, conta Lucas ao Centro de Informação das Nações Unidas para o Brasil (UNIC Rio).
Ele acrescenta que, na cidade do Rio de Janeiro, o orgânico representa pouco mais da metade dos resíduos produzidos.
O cliente do Ciclo recebe um pequeno balde com capacidade de 10 litros e um saco plástico biodegradável – feito de milho e batata – para depositar o resíduo orgânico, que é recolhido semanalmente e transportado de bicicleta para o ponto onde é feita a compostagem.
Atualmente, o processo acontece no Parque do Martelo, no Humaitá, zona sul do Rio de Janeiro. Lucas utiliza o local e, em contrapartida, metade do adubo fica para a associação de moradores que faz a gestão do espaço.
No final do mês, os usuários do Ciclo Orgânico recebem um e-mail informando a quantidade de resíduo que foi descartada, a quantidade de adubo que foi produzida e a quantidade de emissões de CO2 que foram evitadas. Isso acaba gerando uma reflexão sobre o que é consumido e um entendimento de que o resíduo orgânico tem valor e pode ser aproveitado.
Projeto Ciclo Orgânico já reciclou 260 toneladas de resíduos orgânicos em dois anos no Rio de Janeiro. Foto: UNIC Rio/Brenno Felix Projeto Ciclo Orgânico já reciclou 260 toneladas de resíduos orgânicos em dois anos no Rio de Janeiro. Foto: UNIC Rio/Brenno Felix Projeto Ciclo Orgânico já reciclou 260 toneladas de resíduos orgânicos em dois anos no Rio de Janeiro. Foto: UNIC Rio/Brenno Felix Projeto Ciclo Orgânico já reciclou 260 toneladas de resíduos orgânicos em dois anos no Rio de Janeiro. Foto: UNIC Rio/Brenno Felix Projeto Ciclo Orgânico já reciclou 260 toneladas de resíduos orgânicos em dois anos no Rio de Janeiro. Foto: UNIC Rio/Brenno Felix Projeto Ciclo Orgânico já reciclou 260 toneladas de resíduos orgânicos em dois anos no Rio de Janeiro. Foto: UNIC Rio/Brenno Felix Projeto Ciclo Orgânico já reciclou 260 toneladas de resíduos orgânicos em dois anos no Rio de Janeiro. Foto: UNIC Rio/Brenno Felix Projeto Ciclo Orgânico já reciclou 260 toneladas de resíduos orgânicos em dois anos no Rio de Janeiro. Foto: UNIC Rio/Brenno Felix Projeto Ciclo Orgânico já reciclou 260 toneladas de resíduos orgânicos em dois anos no Rio de Janeiro. Foto: UNIC Rio/Brenno Felix“O consumo também modifica, porque agora sabendo o que é ‘compostável’ ou não, eu escolho a embalagem. Tudo que eu não reciclo vai para o lixão e a gente começa a tomar consciência disso”, diz Elizah Rodrigues, usuária do serviço de compostagem.
Em apenas dois anos e meio, o projeto – que envolve 650 famílias e 26 estabelecimentos comerciais e escolas – já reciclou 260 toneladas de resíduos orgânicos.
O participante tem o direito a escolher entre receber uma mudinha de tempero ou o composto orgânico. Ou, então, doar sua recompensa para hortas comunitárias na localidade como a do Parque do Martelo.
O projeto atende, por enquanto, na zona sul, Barra da Tijuca e Centro do Rio de Janeiro, mas aqueles que não moram nessas áreas podem levar seu balde até um dos postos de coleta.
Acesse o site do Ciclo Orgânico clicando aqui, e o Facebook clicando aqui.
Existem outras iniciativas como a do ‘Ciclo Orgânico’ espalhadas pelo Brasil, como a Re-ciclo, em Porto Alegre (RS); a Brotei, em Florianópolis (SC); e a Ecobalde, em Campo Grande (MS).
Saiba mais sobre o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável número 12.
 
Posted: 04 Apr 2018 11:39 AM PDT
Reverter o processo de desertificação por meio de ações que enfrentem a degradação do solo, da água e a perda de biodiversidade nos ecossistemas da Caatinga é o principal objetivo do Projeto Redeser. Foto: EBC
Reverter o processo de desertificação por meio de ações que enfrentem a degradação do solo, da água e a perda de biodiversidade nos ecossistemas da Caatinga é o principal objetivo do Projeto Redeser. Foto: EBC
Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) e o Ministério do Meio Ambiente lançaram em fevereiro iniciativa que visa a recuperação de terras degradadas, denominada projeto Redeser. As ações começarão no Maranhão, em quatro municípios com alto risco de desertificação — Barreirinhas, Tutoia Matões e Água Doce. Posteriormente, serão estendidas para os estados de Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Bahia e Alagoas.
Segundo o representante da FAO no Brasil, Ala Bojanic, o projeto integra o escopo da Convenção das Nações Unidas para o Combate à Desertificação e Mitigação dos Efeitos das Secas. “É essencial recuperar e manter a terra hoje, para garantir comida para o futuro”, declarou.
No Brasil, 16% do território (1,34 milhão de quilômetros quadrados) estão suscetíveis à desertificação. Essa área atinge 1.490 municípios e quase 35 milhões de pessoas, de acordo com dados do Ministério do Meio Ambiente.
Bojanic explica que a ideia é envolver comunidade, autoridades estaduais e municipais para que seja possível reverter o processo de degradação de terra, a partir de uma visão apenas técnica, mas também social e econômica. “O projeto deverá trabalhar a geração de renda para as famílias, os direitos das mulheres, dos povos indígenas, de grupos vulneráveis para que assim, seja fortalecida a dimensão social nestas regiões”.
A união dos componentes ambiental, social e produtivo é o foco do Ministério do Meio Ambiente para conter a desertificação no Nordeste. Para isso, serão instaladas Unidades de Recuperação de Área Degradada (URAD), que irão desenvolver ações de manejo dos recursos florestais no âmbito de propriedade (pequenos produtores rurais) e de paisagem rural. Além disso, serão desenvolvidas ações de recuperação das florestas degradadas por meio da implantação de viveiros florestais, treinamento de técnicos de viveiros e fortalecimento de bancos de sementes florestais.
O lançamento do projeto ocorreu durante evento em fevereiro na cidade de Barreirinhas com a participação de representantes de FAO, Ministério do Meio Ambiente, Instituto Chico Mendes de Conservação do Bioma, bem como prefeitos da região, parlamentares e comunidades tradicionais, entre outros.
No total, serão investidos 3,9 milhões de dólares de recursos GEF (Global Environmental Facility), além de uma contrapartida de 18 cofinanciadores: AGENDHA (Assessoria e Gestão em Estudos da Natureza); APNE (Associação de Plantas do Nordeste); CEPIS (Fundação Parque Tecnológico de Paraíba); FA (Fundação Araripe); FAO; FUNETEC (Fundação de Educação Tecnológica e Cultural); IABS (Instituto Brasileiro de Desenvolvimento e Sustentabilidade; ICRAF (Centro Mundial Agroflorestal); INSA (Instituto Nacional do Semiárido); MDA (Ministério do Desenvolvimento Agrário); MMA; SEAFDS (Secretaria de Agricultura da Paraíba); SEAPAC (Serviços de Apoio para Projetos Alternativos Comunitários); SEIHRMACT (Secretaria de Meio Ambiente da Paraíba); SEMA (Secretaria de Meio Ambiente de Crato); SEMARH (Secretaria de Meio Ambiente de Alagoas); SEPLAN (Secretaria de Planejamento do Rio Grande do Norte); SFB (Serviço Florestal Brasileiro).
 
Posted: 04 Apr 2018 09:56 AM PDT
Clique para exibir o slide.Como parte das celebrações pelo Dia Internacional da Visibilidade Trans (31 de março), o Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS (UNAIDS) concluiu no fim de março (28), em São Paulo, o curso “Luz, Câmera, #ZeroDiscriminação”, uma formação em audiovisual voltada exclusivamente para pessoas trans.
O projeto é do UNAIDS e contou com financiamento da organização Mac Aids Fund — no âmbito da iniciativa Aceleração da Resposta ao HIV nas Cidades —, em parceria com a Coordenação de Políticas para LGBTI da Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania de São Paulo.
“Mesmo na Internet, constatamos que as pessoas trans ainda encontram obstáculos para ter voz e espaço garantidos e respeitados”, disse a diretora do UNAIDS no Brasil, Georgiana Braga-Orillard. “Essa formação surgiu com o objetivo de ampliar essa voz, para que vocês possam produzir seus próprios conteúdos e também trabalhar em conjunto entre si e no mercado de audiovisual para conquistar esse espaço”, completou.
“Chegamos ao final desta etapa muito satisfeitos de saber que a partir de agora, temos uma rede de pessoas trans engajadas com uma área tão importante, como a do audiovisual, para a consolidação dessa estratégia.”
Das 48 inscrições recebidas pelo UNAIDS para o curso, 20 pessoas foram selecionadas, das quais 16 efetivamente iniciaram o curso e 13 conseguiram concluir todas as etapas para receber o certificado de conclusão.
Os dez encontros aconteceram no Centro de Cidadania LGBT Luiz Carlos Ruas, em São Paulo, entre 27 de fevereiro e 28 de março, e abordaram temas como fotografia, sonorização e produção, além de roteiro, pré-produção, direção, fotografia, filmagem, edição e pós-produção. A produtora Brodagem Filmes foi selecionada para montar e conduzir o treinamento.
“Quando comecei, confesso que tive dificuldade de compreender as diferentes visões e desejos de muitas pessoas no grupo. Eu mesmo ficava muito trancado em casa, e quase não me relacionava com outras pessoas trans. Fomos construindo um ambiente muito bacana e, ao final, formamos um grande time de pessoas engajadas com o audiovisual e parceiras para a vida”, disse Raphael Menezes, um dos participantes do curso. “Agora, eu quero trabalhar nessa área. Podem me contratar”, brincou com a plateia durante a cerimônia de encerramento.
Ao final de cada parte teórica, os participantes tiveram que colocar em prática o conteúdo aprendido. Para a realização dos projetos de conclusão do curso, a turma foi dividida em três grupos, que produziram dois curtas ficcionais — “(R)Existir” e “Somos Todxs Humanxs” — e um documental — “TransMasculinidades”.
“Foi um desafio enorme e, ao mesmo tempo, uma oportunidade maravilhosa, poder oferecer neste mês o melhor da nossa experiência profissional, o que carregamos ao longo dos anos de conhecimento teórico e prático”, disse Lucas Kakuda, um dos sócios da empresa responsável pela elaboração e execução do curso. “Trocar e compartilhar com tantas pessoas distintas e talentosas foi enriquecedor”.
Os participantes do curso também participaram da produção de uma campanha a ser veiculada nas redes sociais, alertando sobre a importância da representatividade trans no audiovisual. Os vídeos serão publicados e divulgados nas redes do UNAIDS durante abril. No fim do mês, um webdocumentário, retratando os bastidores desta formação e depoimentos dos participantes do curso, será lançado como conclusão do projeto.
“Foi uma honra poder receber aqui em São Paulo e poder apoiar esse projeto tão importante para a cidade e para o que temos promovido em nosso trabalho”, disse Ivan Batista, coordenador do Centro para Políticas LGBTI da Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania de São Paulo. “Desejo sucesso a cada participante e já aproveito para convidar todo mundo a se unir a nós nas iniciativas de resposta à epidemia de HIV, como a Caminhada da AIDS, que terá sua segunda edição na cidade no início de dezembro”.
O objetivo do projeto foi contribuir para a redução do estigma e da discriminação em relação às pessoas trans e abrir espaços para que elas possam se apropriar das mídias sociais e de outras plataformas de audiovisual, fomentando o acesso a esse mercado de trabalho, tanto na frente quanto atrás das câmeras.
“Dar voz e apoiar a tomada dos espaços pelas pessoas trans significa, em última instância, construir a agenda para Zero Discriminação no mercado de trabalho, nas escolas, na saúde e nas diversas áreas da vida em sociedade”, explicou a diretora do UNAIDS durante a cerimônia. “Queremos que travestis e pessoas trans, ao lado de outras populações-chave para a resposta à epidemia de HIV, sejam não apenas incluídas na sociedade, mas, acima de tudo, respeitadas”.
Dados mais recentes do Ministério da Saúde estimam que mais de 31% das travestis e pessoas trans vivam com HIV no Brasil, enquanto na população em geral, a prevalência é de algo em torno de 0,4%.
Assim como outras 200 cidades, São Paulo é uma das signatárias da Declaração de Paris, que prevê um compromisso de aceleração da resposta ao HIV para alcançar, entre outras coisas, as metas 90-90-90, propostas pelo UNAIDS: ter, até 2020, 90% das pessoas estimadas com HIV diagnosticadas; ter 90% destas em tratamento antirretroviral; e ter 90% deste grupo com carga viral indetectável—quando a quantidade de vírus circulando no organismo é tão baixa que a chance de transmissão do HIV para outra pessoa é praticamente zero.
O Mac Aids Fund, responsável por parte dos recursos utilizados na realização da formação, é pioneiro no financiamento de campanhas sobre HIV e AIDS, fornecendo apoio financeiro a organizações que trabalham com regiões e populações mais vulneráveis à epidemia.
“Na qualidade de maior doador corporativo não farmacêutico dessa área, o Mac Aids Fund se dedica a enfrentar a ligação que existe entre pobreza e o HIV por meio do apoio a diversas organizações no mundo inteiro que oferecem amplo leque de serviços a pessoas vivendo com HIV ou vulneráveis ao vírus”, explicou a organização em seu site.
A cerimônia de encerramento aconteceu no Centro Brasileiro Britânico (CBB), em São Paulo, com o apoio da Cultura Inglesa. O evento teve um pocket show da cantora Renata Peron, uma das alunas do projeto.
 
Posted: 04 Apr 2018 09:52 AM PDT
Agricultura familiar é tema de fórum regional com representantes dos estados do Nordeste e Minas Gerais. Foto: MDA
Agricultura familiar é tema de fórum regional com representantes dos estados do Nordeste e Minas Gerais. Foto: MDA
O Ceará recebeu em março a 11ª edição do Fórum Regional dos Gestores Responsáveis pelas Políticas de Apoio à Agricultura Familiar do Nordeste e Minas Gerais. O Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (FIDA) levou para o evento debates sobre a igualdade entre homens e mulheres no campo. Projetos de fomento produtivo, implementados pela agência da ONU em cinco estados nordestinos, também entraram na pauta das discussões.
Realizado entre 21 e 23 de março, em Fortaleza, o fórum teve a participação da consultora do FIDA Rodica Weitzman, que apresentou um diagnóstico das políticas de igualdade de gênero nos programas apoiados pelo organismo das Nações Unidas. A palestra reuniu 46 participantes, incluindo representantes de organizações feministas, como as Quebradeiras de Coco Babaçu e o Centro Feminista 8 de Maio (CF8M).
O FIDA mantém programas de estímulo ao crescimento econômico das zonais rurais de cinco estados do Nordeste — Bahia, Ceará, Paraíba, Piauí e Sergipe. O fundo internacional também implementa uma inciativa em nível federal — o Projeto Dom Hélder Câmara —, que abrange 11 estados da região.
Ações têm por objetivo combater a miséria em comunidades agrícolas do semiárido. O FIDA concede empréstimos e fornece assistência técnica para as atividades, realizadas pelas secretarias estaduais. Com seus projetos, o organismo da ONU visa capacitar agricultores familiares, que aprendem novas técnicas produtivas e desenvolvem planos de negócios. O FIDA também busca dar acesso para os beneficiários a insumos e mercados.

Projeto do FIDA firma parceria de R$ 450 mil

Uma das iniciativas do FIDA é o Projeto Paulo Freire, implementado em 31 municípios do Ceará. Durante o 11º Fórum, a Secretaria de Desenvolvimento Agrário do estado assinou um convênio com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA) para a liberação de 449.076 reais para o programa.
A verba será utilizada em ações para a cadeia de caprinos e ovinos. Cerca de 50% dos projetos produtivos do Paulo Freire são voltados para esse setor da pecuária. O financiamento da EMBRAPA contribuirá, por meio da realização de treinamentos, para melhorar o quadro técnico que auxilia os agricultores.
Também no fórum, foi lançado o livro “Legado das Políticas Públicas de Desenvolvimento Rural para a Inclusão Socioprodutiva no Brasil”. O volume foi publicado pelo Instituto Interamericano de Cooperação para Agricultura (IICA) e pelo Fórum Permanente de Desenvolvimento Rural Sustentável. A Secretaria de Desenvolvimento Agrário do Ceará apoiou o lançamento por meio do Projeto Paulo Freire.

Gestores discutem

Antes do fórum, assessores de secretarias estaduais do Nordeste participaram do I Encontro de Gestão de Conhecimento e Gênero, organizado também em Fortaleza por outro projeto do FIDA, o Semear Internacional. Implementada em parceria com o IICA, a iniciativa busca facilitar o acesso a saberes, inovações e boas práticas que podem ser adotados e replicados nas comunidades rurais onde o fundo da ONU atua.
Elizabeth Siqueira, assessora do projeto do FIDA na Bahia, o Pró-Semiárido, defendeu estratégias e orçamentos específicos para ações que levem em conta diferenças de gênero, raça, etnia e faixa etária.
Para Fabiana Viterbo, coordenadora do Semear Internacional, o objetivo do encontro era identificar temas para futuros intercâmbios e oficinas, além de reconhecer boas práticas relevantes, que podem ser sistematizadas e publicadas com o apoio do Semear.
“Esta reunião é o primeiro encontro do GT de Gestão do Conhecimento que vem sendo articulado por meio virtual e que possibilita o alinhamento das atividades que vêm sendo discutidas e trabalhadas desde a sua formação. E também do GT em Gênero, recém-formado, que é uma demanda importante e existente em todos os projetos a fim de garantir maior espaço de diálogo e fortalecimento das ações do FIDA voltadas para as mulheres rurais”, explicou.
 
Posted: 04 Apr 2018 08:53 AM PDT
De acordo com a PNAD de 2016, 14,4% da população brasileira têm 60 anos ou mais de idade, correspondendo a 29,6 milhões de pessoas. Foto: PNUD
De acordo com a PNAD de 2016, 14,4% da população brasileira têm 60 anos ou mais de idade, correspondendo a 29,6 milhões de pessoas. Foto: PNUD
O governo brasileiro lançou na terça-feira (3) a “Estratégia Brasil Amigo da Pessoa Idosa”, que busca alcançar o envelhecimento ativo, saudável, cidadão e sustentável para todos os brasileiros. A iniciativa contou com a colaboração da Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde (OPAS/OMS) e do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).
A ação tem como prioridade a população idosa vulnerável, embora contemple todas as pessoas idosas. A expectativa é atingir inscritos no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal, que ultrapassa 6 milhões de pessoas com 60 anos ou mais.
A ideia da estratégia é reconhecer os municípios que assumem o compromisso de garantir o direito das pessoas idosas e de desenvolver ações voltadas a essa população.
Os estados participarão sensibilizando, mobilizando e capacitando os municípios na estratégia, e também apoiarão no monitoramento e identificação dos municípios habilitados ao reconhecimento, de acordo com sua evolução.
De acordo com o ministro do Desenvolvimento Social, Osmar Terra, a estratégia oferecerá mais qualidade de vida para as pessoas com mais de 60 anos, além de fortalecer a Política Nacional do Idoso.
“O Brasil tem que se tornar gradualmente um país que atenda essa população crescente de idosos, que têm necessidades especiais e problemas que precisam ser resolvidos urgentemente”, afirmou.
A coordenadora nacional de Saúde da Pessoa Idosa do Ministério da Saúde, Maria Cristina Hoffmann, ressaltou que o processo de envelhecimento é uma das principais conquistas da humanidade, mas surge com uma série de desafios.
“A estratégia é uma oportunidade para responder a essas necessidades”, declarou. Maria Cristina ressaltou a validade da inclusão do tema nas agendas políticas e técnicas e, com isso, “reconhecer a contribuição e o valor das pessoas idosas”.
A responsável pelo tema de pessoas idosas na OPAS/OMS, Carla Lisboa, reforçou a importância do reconhecimento do cenário de transição demográfica, e elogiou a iniciativa do governo federal.
O diretor de país do PNUD Brasil, Didier Trebucq, lembrou que “valorizar a pessoa idosa e considerar seriamente o envelhecimento da população são vitais para a realização da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável. De acordo com ele, mais atenção e investimento na população idosa é uma das intervenções indispensáveis para a construção de uma sociedade mais justa.
A estratégia também tem entre suas prioridades o combate à violência e ao abuso financeiro, psicológico ou físico contra o idoso, bem como a adaptação de residências para essa população, atividades formativas, medidas de prevenção de quedas e cuidados em saúde; entre outras.
Na iniciativa, o Brasil atende às recomendações da OMS para avaliação e desenvolvimento dos Planos de Ação voltados à adaptação das cidades às necessidades dos idosos. Ao todo, oito domínios da vida urbana podem influenciar na saúde e na qualidade de vida dessa população: espaços ao ar livre e edifícios; transportes; habitação; participação social; respeito e integração social; participação cívica e emprego; comunicação e informação; apoio da comunidade e serviços de saúde.
O número de pessoas com idade igual ou superior a 60 anos vai mais que dobrar no mundo em 2050, passando de 900 milhões em 2015 para cerca de 2 bilhões. Por isso, a OPAS/OMS acredita ser importante que os idosos de hoje e os do futuro possam envelhecer de maneira saudável e ativa.
De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) de 2016, 14,4% da população brasileira têm 60 anos ou mais de idade, correspondendo a 29,6 milhões de pessoas. Promover o envelhecimento ativo, saudável e sustentável da população é uma estratégia necessária para o enfrentamento dos desafios da transição demográfica, de acordo com as Nações Unidas.
Um estudo apoiado pela OMS e publicado em 2017 na revista especializada Lancet Global Health mostrou que um em cada seis idosos sofre alguma forma de abuso. Esse número é maior do que o estimado anteriormente e a previsão é de que aumente à medida que as populações envelhecerem em todo o mundo.
A pesquisa descobriu que quase 16% das pessoas com 60 anos ou mais foram submetidas a abusos psicológicos (11,6%), abusos financeiros (6,8%), negligência (4,2%), abusos físicos (2,6%) ou abusos sexuais (0,9%). A pesquisa se baseia nas melhores evidências disponíveis de 52 estudos em 28 países de diferentes regiões, incluindo 12 países de baixa e média renda.
 
Posted: 04 Apr 2018 08:08 AM PDT
Combater as mudanças climáticas e seus impactos é um dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável propostos para serem adotados em setembro. Foto: Flickr/Tobias Sieben (CC)
Combater as mudanças climáticas e seus impactos é um dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. Foto: Flickr/Tobias Sieben (CC)
A coalizão global de indivíduos e empresas pelo desenvolvimento sustentável ZCO2, com apoio do Instituto Pro Natura e do Instituto de Desenvolvimento e Gestão, lançou em março curso online sobre mudanças climáticas com certificação de programa financiado pelas Nações Unidas.
O projeto de educação online UN CC:Learn/ZCO2 foi adotado em áreas pobres do Rio de Janeiro e tem como objetivo aumentar a conscientização sobre questões de mudança climática e relacioná-las ao contexto urbano. A primeira etapa forneceu certificação aos participantes.
O programa UN CC:Learn é uma parceria de mais de 30 organizações multilaterais que apoia países na elaboração e implementação de suas estratégias de combate às mudanças climáticas de forma sistêmica, recorrente e medida por resultados.
A iniciativa é financiada pelo governo suíço e parceiros das Nações Unidas. O secretariado do UN CC:Learn é dirigido pelo Instituto das Nações Unidas para Treinamento e Pesquisa (UNITAR).
Ao investir em líderes locais, estamos capacitando-os a ensinar suas próprias comunidades sobre a importância de #mudançasclimáticas. Veja mais aqui >>https://t.co/Dhja7IQ2E9@parnatijuca @BrasilEFE @ONUMeioAmbiente @ZScore_ZCO2 pic.twitter.com/NLSO2TuhMH
— UN CC:Learn (@uncclearn) 12 de março de 2018

Até 30 líderes comunitários do Rio receberam o treinamento pelo curso online. Uma vez certificados, participaram de uma oficina no Museu do Amanhã, no centro da capital fluminense. A certificação e o treinamento foram realizados em português.
O ZCO2 é uma coalizão entre indivíduos e empresas engajados em iniciativas voltadas ao desenvolvimento sustentável e ao combate às mudanças climáticas. Promove o consumo consciente, utilizando soluções tecnológicas.
O Instituto Pro Natura combate problemas sociais, econômicos e ambientais enfrentados pelas comunidades rurais nos trópicos, oferecendo alternativas econômicas viáveis ​​para pessoas que lutam para viver a partir desses ambientes em risco.
Saiba mais: curso introdutório sobre mudanças climáticas.
 
Posted: 04 Apr 2018 08:00 AM PDT
O congolês Alphonse, à extrema esquerda, optou por se formar em outra área de conhecimento no Brasil para conquistar um posto de gestor em uma empresa multinacional. Foto: ACNUR/Miguel Pachioni
O congolês Alphonse, à extrema esquerda, optou por se formar em outra área de conhecimento no Brasil para conquistar um posto de gestor em uma empresa multinacional. Foto: ACNUR/Miguel Pachioni
Empresários e gestores de recursos humanos reuniram-se na semana passada (28), na sede do LinkedIn, em São Paulo, para debater a inclusão de pessoas refugiadas no mercado corporativo do Brasil. Com a participação de ONGs e estrangeiros que vivem no país em situação de refúgio, encontro abordou benefícios da diversidade no setor privado.
“Muitas pessoas refugiadas conseguem trabalho, mas em posições aquém de sua formação e, com isso, tem seu potencial minimizado”, afirmou o refugiado Alphonse Nyembo, de 30 anos. Há cinco anos em território brasileiro, o congolês, que fala seis idiomas, atua no setor de tecnologia em uma multinacional de telecomunicação.
Mas chegar a essa vaga foi um caminho árduo. Graduado em Jornalismo, Alphonse não conseguiu trabalhar em sua área de formação e decidiu buscar novas qualificações. No Brasil, conseguiu se capacitar em mecatrônica e robótica.
“Há um desperdício de talentos no mercado brasileiro por enxergarem os refugiados sob uma ótica assistencialista e não, dentro das potencialidades que podem ser agregadas às empresas”, defende o congolês.
Uma das pautas do evento na capital paulista, promovido pela ONG Migraflix, foi o relatório “Diversidade Importa” (Diversity Matters, em inglês), publicado pela consultoria McKinsey.
“A pesquisa mostra que as empresas mais diversas são capazes de escolher os melhores talentos profissionais, além de melhorar a relação com seus clientes, a satisfação interna dos colaboradores e o processo de tomada de decisão. Mesmo sendo necessário um período de adaptação de uma pessoa refugiada ao novo ambiente corporativo, como não enxergar o potencial no longo prazo?”, questionou o diretor da Migraflix, Jonathan Berezovsky.
Para Maira Habimorad, presidente do Grupo Cia. de Talentos, o sistema de empregabilidade vigente tem como foco o curto prazo e retorno apenas financeiro. Segundo a especialista, cerca de 65% dos contratantes deixaram de priorizar a universidade e o curso de formação dos candidatos, “pois há um interesse maior pela desenvoltura desse profissional em ambientes de frequentes transformações”.
Na avaliação do gerente de Inclusão da Telefônica Brasil, Djalma Scartezini, “todos nós deveríamos conhecer as pessoas não pelas afinidades entre elas, mas pelas diferenças, porque é com esta perspectiva que soluções inovadoras são incorporadas nas empresas”.
“Se todos os profissionais tiverem uma mesma formação educacional, vierem de um mesmo local e pertencerem a mesma classe social, como esta empresa vai se adaptar às constantes mudanças do nosso tempo?”, perguntou.
A Agência da ONU para Refugiados (ACNUR) participa em São Paulo e outras capitais brasileiras de projetos de integração local e acesso ao trabalho para pessoas refugiadas. Atualmente, há uma ampla rede de organizações e empresas parceiras que oferecem serviços de capacitação e aperfeiçoamento profissional, ensino de português, revalidação de diplomas e acompanhamento escolar.
Parceiros do organismo das Nações Unidas também desenvolvem projetos de cadastro e encaminhamento de profissionais em situação de refúgio para postos de trabalho no setor privado. Em São Paulo, além do Migraflix, atuam nesse segmento o Programa de Apoio para a Recolocação dos Refugiados (PARR) e as ONGs Compassiva, Estou Refugiado e Missão Paz.
 
Posted: 03 Apr 2018 02:31 PM PDT
Suad, de 18 anos, implora no meio da estrada entre a capital do Iêmen, Sana'a, e Saada com seu sobrinho de apenas 4 anos, cuja mãe foi morta no conflito. Em todo o país, que está em guerra desde 2015, mais de 22 milhões de pessoas precisam de assistência humanitária. Foto: Giles Clarke/OCHA
Suad, de 18 anos, implora no meio da estrada entre a capital do Iêmen, Sana’a, e Saada com seu sobrinho de apenas 4 anos, cuja mãe foi morta no conflito. Em todo o país, que está em guerra desde 2015, mais de 22 milhões de pessoas precisam de assistência humanitária. Foto: Giles Clarke/OCHA
Um apelo que levantou cerca de 2 bilhões de dólares para ajudar milhões de pessoas no Iêmen foi um “notável sucesso de solidariedade internacional” para uma população “cansada da guerra” no Iêmen. No entanto, a ajuda por si só não fornecerá uma solução para o conflito, disse nesta terça-feira (3) António Guterres, secretário-geral das Nações Unidas.
Falando a repórteres em Genebra depois de abrir uma conferência sobre o Iêmen, Guterres disse que “precisamos de um processo político sério para levar a uma solução política, porque nunca houve uma solução humanitária para qualquer crise humanitária”.
“A solução sempre foi política e, no Iêmen, o que precisamos é de uma solução política para que essas conferências de doações não se repitam no futuro.”
O secretário-geral insistiu que, embora os recursos humanitários sejam muito importantes, eles não são suficientes; o essencial, disse, é que eles alcançassem as pessoas necessitadas. “E, para isso, precisamos de acesso irrestrito ao Iêmen; precisamos de acesso irrestrito em todos os lugares dentro do país.”
Essa chamada também foi feita pelo chefe humanitário da ONU, Mark Lowcock. “Queremos ver o aeroporto de Sana’a reabrir para voos comerciais, principalmente para casos humanitários”, destacou Lowcock.
O evento foi copresidido pelas Nações Unidas e pelos governos da Suécia e da Suíça. As promessas foram feitas por 40 Estados-membros e organizações, incluindo o Fundo Central de Resposta a Emergências (CERF), para a ação humanitária no Iêmen em 2018.
As promessas internacionais de quase 2 bilhões de dólares representam quase o dobro do montante levantado em 2017 para financiar a ajuda humanitária no país da Península Arábica.
O Iêmen está em guerra há mais de três anos.

Há conflitos entre as forças de coalizão internacionais que apoiam o presidente Abdrabbuh Mansur Hadi, de um lado, e as milícias Houthi e unidades aliadas das forças armadas, do outro, que tomaram o controle da capital, Sana’a.
Agências de ajuda humanitária têm repetidamente alertado sobre o preço que isso tem causado aos não combatentes: deslocamento forçado e repetido de famílias, insegurança alimentar em massa e o colapso de serviços essenciais, incluindo saúde e educação.
Em 2017, o pior surto de cólera do mundo até hoje afetou 1 milhão de iemenitas, e a difteria está agora em alta no que já era um dos países mais pobres e vulneráveis da região antes do início dos combates.
Os últimos dados da ONU indicam que um recorde de 22,2 milhões de pessoas – cerca de 75% da população – agora precisam de ajuda humanitária. O chefe da ONU acrescentou que 8,4 milhões de pessoas não sabem como obterão sua próxima refeição.
Em resposta a uma pergunta sobre o progresso dos esforços pela paz liderados pela ONU, Guterres disse a repórteres que seu enviado especial para o Iêmen, Martin Griffiths, estava “muito encorajado” por suas recentes conversas com representantes das partes em conflito em Sana’a e Riade (Arábia Saudita).
O enviado especial também estaria indo para os Emirados Árabes Unidos, Omã e Áden (Iêmen) para rodadas de diálogos, acrescentou Guterres.
Isso trouxe “perspectivas positivas” para um diálogo iemenita inclusivo, disse o secretário-geral da ONU, acrescentando que a oportunidade para a paz deveria ser “aproveitada […] e não perdida”.
 
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