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quinta-feira, 19 de abril de 2018

Boletim diário da ONU Brasil: “Merendeira de Minas Gerais ajuda escola pública a reduzir desperdício de alimentos” e 6 outros.

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16 de abr (Há 3 dias)
para mim

Boletim diário da ONU Brasil: “Merendeira de Minas Gerais ajuda escola pública a reduzir desperdício de alimentos” e 6 outros.

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Posted: 16 Apr 2018 02:02 PM PDT
Luciana prepara seu arroz com partes de alimentos que são nutritivas, mas que são normalmente descartadas. Foto: PMA/Isadora Ferreira
Luciana prepara seu arroz com partes de alimentos que são nutritivas, mas que são normalmente descartadas. Foto: PMA/Isadora Ferreira
Assim como o resto do mundo, o Brasil desperdiça cerca de 30% dos alimentos que produz. Em países ricos, as perdas costumam acontecer em casa – os consumidores compram mais comida do que podem comer. Em países pobres, o problema está relacionado à produção, colheita, processamento, armazenamento e distribuição. Por aqui, alimentos são desperdiçados em ambos os lados da cadeia produtiva.
Agricultores familiares, grandes indústrias, varejistas e instituições governamentais empreendem esforços para diminuir o volume de alimentos subaproveitados ou jogados fora. No entanto, reduzir o desperdício entre quem compra a comida requer uma mudança de mentalidade. Por isso as escolas têm um papel fundamental na formação de gerações mais conscientes de consumidores.
Todos os dias, aproximadamente 42 milhões de estudantes são alimentados nos 160 mil colégios públicos do Brasil. Mas eles não recebem apenas uma refeição. O Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) inclui atividades de educação alimentar e nutricional. O modo como as escolas compram, preparam e servem o alimento é um exemplo para as crianças, e as merendeiras são agentes cruciais na construção de hábitos alimentares saudáveis e sustentáveis.
Luciana Aparecida Pinheiro é merendeira de uma escola primária em São Sebastião do Paraíso, em Minas Gerais. Ela foi uma das cinco ganhadoras da segunda edição do Concurso Melhores Receitas da Alimentação Escolar. A competição escolheu os pratos mais saborosos, criativos e nutritivos da merenda escolar de cada região brasileira.
A receita vencedora de Luciana era um arroz com frango e partes de vegetais que normalmente são jogadas no lixo, como as folhas da beterraba e a casca da abóbora. O prato mudou o funcionamento da cozinha da escola. Para cada preparação, as cozinheiras selecionam as partes dos alimentos que seriam descartadas e as utilizam para adicionar mais nutrientes e sabor a outras comidas. A pele das cenouras e das cebolas, por exemplo, incrementam os caldos que são a base para vários pratos.
Luciana trabalha de perto com a nutricionista local. Sua ideia já está se espalhando para outras escolas da região.
Luciana mostra orgulhosa seu prato. Foto: PMA/Isadora Ferreira
Luciana mostra orgulhosa seu prato. Foto: PMA/Isadora Ferreira
O arroz da merendeira foi apresentado aos estudantes e imediatamente incluído no cardápio regular da escola. “Eu queria criar um prato colorido e nutritivo que chamasse a atenção das crianças e mostrasse que utilizar todas as partes dos alimentos que temos não é bom apenas para sua saúde e para o meio ambiente, é também delicioso”, conta a cozinheira.
Como parte das atividades de educação alimentar e nutricional, alguns alunos participaram da elaboração da receita. Quando provaram o prato pela primeira vez, um grupo realizou uma pesquisa de aceitação que mostrou que 91% das crianças haviam gostado do prato e 70% disseram gostar de comer todos os ingredientes usados.
O arroz de Luciana foi utilizado pela escola para mobilizar toda a comunidade acadêmica. A nutricionista do colégio convidou pais e funcionários para discutir formas de aproveitar todas as partes dos alimentos e, assim, reduzir o desperdício e melhorar a nutrição.
De acordo com Luciana, depois dessa experiência, as crianças estão mais dispostas a experimentar novos alimentos, especialmente os vegetais. “Meu desafio diário é preparar refeições boas e saudáveis para as crianças. Quando faço esse prato, vejo as crianças cheias de alegria. É bom para eles, bom para mim e para todo o país”, afirma a merendeira.
Sua ideia transformou sua vida. Ela ganhou um prêmio em dinheiro do concurso de receitas e viajou para Brasília pela primeira vez. “Aprendi novas técnicas, experimentei diferentes pratos regionais, conheci gente nova e saí no jornal. Nunca vou esquecer esses momentos mágicos.”
No Brasil, o programa de alimentação escolar deve comprar pelo menos 30% dos alimentos de produtores familiares, conforme estipulado pela Lei 11.947/2009. A comida feita localmente tem prioridade sobre alimentos que precisam viajar longas distâncias para chegar às escolas. As refeições devem seguir cardápios preparados por nutricionistas para fornecer quantidades mínimas de nutrientes e aproveitar os cultivos locais e os hábitos alimentares de cada lugar.
Essas características fizeram com que o modelo brasileiro se tornasse uma inspiração para outros países comprometidos com a busca de soluções sustentáveis para a fome. Com base na experiência brasileira, o Centro de Excelência contra a Fome, do Programa Mundial de Alimentos das Nações Unidas (PMA), está apoiando mais de 30 países na concepção e implementação de programas de alimentação escolar vinculados à agricultura local.
O organismo da ONU é um dos parceiros que organizam o Concurso Melhores Receitas da Alimentação Escolar, realizado pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação. A Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) também apoia a iniciativa.
 
Posted: 16 Apr 2018 01:11 PM PDT
Muzoon Almellehan, embaixadora da Boa Vontade do UNICEF. Foto: ACNUR/Susan Hopper
Muzoon Almellehan, embaixadora da Boa Vontade do UNICEF. Foto: ACNUR/Susan Hopper
Quando Muzoon Almellehan foi forçada a sair de sua casa em Daraa, na Síria, há cinco anos, ela não sabia se poderia continuar estudando no campo de refugiados onde buscaria abrigo, na Jordânia. A jovem, então com 14 anos, decidiu colocar seus livros escolares entre os poucos pertences que levaria em segurança para longe da guerra.
“Eu estava muito preocupada com a educação, a melhor arma para nos ajudar a lutar por nossos direitos e alcançar nossos sonhos”, disse Muzoon em um encontro que reuniu autoridades governamentais, sociedade civil e organizações internacionais em Genebra, na semana passada (10).
Realizado no Palácio das Nações, o encontro “Deixe elas aprenderem: acesso à educação para crianças refugiadas” ocorreu em paralelo a discussões formais na ONU sobre o posicionamento da educação no novo Pacto Global sobre Refugiados.
Muzoon se lembra do alívio e da sensação de esperança que sentiu quando descobriu que poderia frequentar o colégio no assentamento de refugiados de Zaatari, onde logo se tornou uma ativista dedicada a incentivar outras crianças a ir para a escola.
“Quando soube que poderia continuar meus estudos no campo, aquele momento mudou minha vida, me deu esperanças e me fortaleceu. Fez eu ser quem eu sou agora”, afirmou Muzoon, hoje com 20 anos. Ela se mudou para o Reino Unido com sua família e se tornou a mais jovem embaixadora do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF).
“Eu tenho muita sorte de agora morar no Reino Unido com minha família. Mas não posso ser completamente feliz sem ver todas as crianças do mundo com acesso à educação de qualidade. Eu estou lutando por todas as crianças, não apenas pelos refugiados, mas por todas as crianças do mundo.”

Não posso ser completamente feliz
sem ver todas as crianças do mundo
com acesso à educação de qualidade.

Muzoon fez um forte apelo aos governos de todo o mundo, que enviaram delegações para as consultas formais acerca do Pacto Global sobre Refugiados. A educação, segundo a refugiada síria, deve ser colocada no “topo da agenda”.
Em todo o mundo, apenas 61% das crianças refugiadas frequentam o ensino fundamental, em comparação com uma taxa global de 91%. Os dados são de um estudo feito pela Agência da ONU para Refugiados (ACNUR). Menor ainda é a porcentagem de crianças refugiadas que frequentam o ensino médio (23%); quando considerados os adolescentes que não são refugiados ou solicitantes de asilo, o índice chega a 84%. Apenas 1% dos refugiados frequentam a universidade, em comparação com 36% dos jovens no mundo.
“A grande maioria das crianças refugiadas enfrenta uma dupla ameaça: a de perderem suas casas e a chance de estudar”, acrescentou Joseph Nhan-O’Reilly, diretor de políticas de educação da organização Save the Children.
O especialista ressaltou que os refugiados podem enfrentar desafios específicos e pediu que o Pacto Global entre em detalhes sobre as ações práticas que irão “colaborar com a redução da lacuna educacional”, causando um impacto concreto na vida das crianças deslocadas.
Outra conclusão da reunião foi de que é necessário apoio técnico e financeiro adequado para os governos de países que recebem refugiados. Somente com suporte, haverá garantia de que autoridades possam incluir pessoas em situação de refúgio em seus planos nacionais de educação. Participantes do encontro em Genebra também lembraram que refugiados podem precisar de programas intensivos de ensino de idiomas, para se adaptarem às novas escolas.
Volker Türk, alto-comissário assistente para Proteção do ACNUR, observou que “a educação de qualidade é realmente o princípio e o fim de tudo”. O aprendizado, completou o dirigente, “ajuda a proteger crianças refugiadas, dando-lhes esperança no futuro e promovendo a coesão social”.
“Investimentos em educação também podem oferecer oportunidades reais para as comunidades anfitriãs.”
O ACNUR recebeu da Assembleia Geral da ONU a tarefa de elaborar um Pacto Global sobre Refugiados. A formulação do documento está prevista pela histórica Declaração de Nova Iorque para Refugiados e Migrantes, de 19 de setembro de 2016, na qual 193 governos se comprometem a estabelecer um sistema global mais justo para quem se desloca e atravessa fronteiras. Consultas formais estão em andamento e o acordo deverá ser adotado pelos Estados-membros da ONU no final de 2018.
 
Posted: 16 Apr 2018 12:31 PM PDT
Secretário-geral da ONU, António Guterres, fala durante reunião de emergência do Conselho de Segurança. Foto: ONU/Manuel Elias
Secretário-geral da ONU, António Guterres, fala durante reunião de emergência do Conselho de Segurança. Foto: ONU/Manuel Elias
Em discurso durante uma reunião de emergência do Conselho de Segurança no sábado (14), o secretário-geral da ONU, António Guterres, alertou sobre a possibilidade de a crise na Síria “sair do controle”.
A reunião foi realizada após ataques aéreos na Síria lançados pelos Estados Unidos com apoio da França e do Reino Unido, que tinham como alvo unidades supostamente conectadas a instalações de armas químicas do país.
O encontro foi convocado pela Rússia, que não conseguiu fazer com que os demais 14 membros do Conselho adotassem a resolução condenando os ataques aéreos.
Falando antes da votação da resolução, o secretário-geral da ONU pediu que os países evitassem ações que pudessem agravar a situação na Síria e piorar o sofrimento de seu povo.
“Como secretário-geral das Nações Unidas, é meu dever lembrar os Estados-membros que é uma obrigação, particularmente quando estão lidando com questões de paz e segurança, agir consistentemente com a Carta da ONU e com a lei internacional em geral”, disse aos embaixadores, ecoando o comunicado emitido após os ataques aéreos.
“Como fiz ontem, enfatizo a necessidade de evitar que a situação saia do controle”, declarou, referindo-se à reunião realizada na sexta-feira (13), uma das cinco vezes em que o Conselho se reuniu nas últimas semanas para tratar da questão da Síria.
Os EUA e seus aliados lançaram os ataques aéreos em resposta a um ataque químico da semana passada na cidade síria de Douma.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) disse que seus parceiros informaram que cerca de 500 pessoas exibiram “sinais e sintomas consistentes com exposição a químicos tóxicos”.
“Mais de 70 pessoas que se abrigavam em porões morreram, com 43 dessas mortes relacionadas a sintomas consistentes com a exposição a químicos altamente tóxicos”, de acordo com comunicado da agência emitido na quarta-feira (11).
Parceira da ONU, a Organização para a Proibição das Armas Químicas (OPCW, na sigla em inglês) despachou uma equipe para o local.
Os ataques aéreos foram limitados a três localizações militares, mas o secretário-geral da ONU disse que a Organização não pôde verificar de forma independente esses detalhes e se houve mortes.
O presidente russo, Vladimir Putin, condenou os ataques aéreos como um “ato de agressão”, informou o representante do país ao Conselho.
“Trata-se de violação das relações internacionais, e não é uma pequena violação tendo em vista que estamos falando de importantes potências nucleares”, disse o embaixador Vassily Nebenzia.
“Diversos ataques foram conduzidos contra o centro de pesquisa científica em Barzeh e Jamraya. Recentemente, duas inspeções da OPCW foram conduzidas com acesso desimpedido a todas as unidades. Especialistas não encontraram nenhum rastro de atividade que viole a convenção de armas químicas. As unidades científicas na Síria são usadas apenas para atividade pacífica com vistas a ampliar a efetividade da atividade econômica na Síria.”
A embaixadora norte-americana na ONU, Nikki Haley, defendeu a operação conjunta com a França e o Reino Unido, expressando confiança de que os ataques aéreos teriam paralisado o suposto programa de armas químicas sírio.
“Com a ação militar de ontem, nossa mensagem foi clara. Os Estados Unidos da América não permitirão que o regime de Assad continue a usar armas químicas”, disse.
A crise síria entra agora em seu oitavo ano, e é a principal ameaça à paz internacional e segurança, disse o chefe da ONU em coletiva de imprensa.
“Na Síria, vemos confrontações e guerras por procuração envolvendo diversos exércitos nacionais, uma série de grupos de oposição armados, muitas milícias nacionais e internacionais, combatentes estrangeiros de todos os lugares do mundo e várias organizações terroristas”, declarou.
O secretário-geral da ONU reiterou que não há solução militar para a crise, apenas política.
 
Posted: 16 Apr 2018 12:20 PM PDT
Setor têxtil é um dos que registra casos de trabalho análogo à escravidão no Brasil. Foto: EBC
Setor têxtil é um dos que registra casos de trabalho análogo à escravidão no Brasil. Foto: EBC
Cerca de 40 representantes do setor privado reuniram-se em São Paulo, no Consulado Britânico, com o objetivo de debater o que empresas podem fazer para combater o trabalho forçado e infantil. Realizado pela Rede Brasil do Pacto Global das Nações Unidas, a missão diplomática do Reino Unido e a Organização Internacional do Trabalho (OIT), evento discutiu políticas de prevenção e estratégias de reparação para as vítimas de abusos.
Gestores dos setores de varejo, fumo, café, carne, têxtil e carvão vegetal se organizaram em uma dinâmica para identificar os principais atores de suas cadeias produtivas que podem gerar mudanças quando sensibilizados sobre o tema. Para os profissionais, as medidas devem ir além das punições e focar também em orientação e conscientização.
Ainda segundo os participantes, as políticas de reparação das empresas devem impedir que as vítimas de trabalho infantil e forçado retornem à situação de vulnerabilidade, fechando assim um ciclo vicioso que se mantém em muitas famílias brasileiras.
Também na pauta das discussões, estavam os aspectos estruturais associados a essas violações de direitos. Para os gestores e profissionais, problemas incluem o desconhecimento do contexto socioeconômico das comunidades afetadas pelas cadeias produtivas, a falta de informações sobre os marcos regulatórios, o modelo tributário do país que incentiva a informalidade e um controle insuficiente da atuação dos agentes econômicos.
Na avaliação de Maria Claudia Falcão, responsável pela Cooperação Técnica no Contexto Nacional da OIT, entidades como o Pacto Global têm um papel importante em conectar os setores de produção, a fim de contribuir para a divulgação de boas práticas. “O grande diferencial no avanço do tema é o envolvimento do setor privado”, ressaltou.
Responsável pela área de sustentabilidade das Lojas Renner, Vinícius Malfatti afirmou que o evento foi uma oportunidade de unir as diversas frentes do setor privado. “Assim, podemos ter mais qualidade nas relações e possibilidades de grandes programas com bons resultados”, disse Malfatti.
As empresas signatárias do Pacto Global da ONU se comprometem a respeitar os 10 princípios da iniciativa, que incluem obrigações sobre direitos humanos, combate à corrupção e proteção do meio ambiente. O princípio número 4 está relacionado à eliminação de todas as formas de trabalho forçado e compulsório.
 
Posted: 16 Apr 2018 11:28 AM PDT
Aroeiras do Itaim, Piauí. Foto: dgarkauskas/Flickr/CC
Aroeiras do Itaim, Piauí. Foto: dgarkauskas/Flickr/CC
O Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e o governo do Piauí lançam amanhã (17), em Teresina, o “Projeto ODS Piauí”, iniciativa para avançar o cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU. Metas incluem erradicação da pobreza, crescimento econômico com redução das desigualdades e produção e consumo responsáveis, com uso sustentável do meio ambiente.
A Serra da Capivara, Cocais e Vale do Itaim serão os primeiros territórios piauienses beneficiados pela cooperação entre o Executivo estadual e a agência da ONU. Com as experiências nessas regiões, serão identificadas — e replicadas — as boas práticas para a implementação dos ODS.
O “Projeto ODS Piauí” mobilizará os setores público e privado, bem como a sociedade civil para fortalecer políticas alinhadas com a agenda das Nações Unidas. A estratégia tem o apoio da ContourGlobal, da Chesf e do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
O lançamento da iniciativa acontece às 10h no Palácio Karnak, sede do governo estadual, em Teresina. A cerimônia terá a presença de autoridades do governo do Piauí, da prefeitura da capital, da Assembleia Legislativa do estado e do Tribunal de Justiça.
Antes do evento, será inaugurado às 8h o Escritório de Projetos do PNUD no Piauí, na Secretaria estadual de Planejamento (SEPLAN). O organismo dará apoio aos representantes locais de governos, empresas e sociedade civil para a realização de ações e parcerias voltadas ao cumprimento dos Objetivos Globais.
Os 17 ODS fazem parte da Agenda 2030 da ONU, aprovada em 2015 por seus países-membros. Saiba mais sobre as metas clicando aqui.
Serviço
Evento: Lançamento do “Projeto ODS Piauí”
Local: Palácio Karnak, sede do Governo do Estado do Piauí, Av. Antonio Freire, 1450 – Centro, Teresina (PI)
Horário: 10h00 às 12h00
Contato: Guilherme Larsen/PNUD – 61 99660-9309 / 61 3038-9125
 
Posted: 16 Apr 2018 09:19 AM PDT
Marielle Franco, vereadora do Rio de Janeiro e defensora dos direitos humanos. Foto: Mídia Ninja
Marielle Franco, vereadora do Rio de Janeiro e defensora dos direitos humanos. Foto: Mídia Ninja
Por Nadine Gasman, representante da ONU Mulheres Brasil, e Flávia Biroli, professora do Instituto de Ciência Política da Universidade de Brasília (UnB)*
O assassinato da vereadora Marielle Franco nos coloca diante de um limiar. Décadas de construção democrática e de reconhecimento da violência de gênero, em leis e políticas públicas, foram insuficientes para poupar sua vida e a de outras mulheres.
Quando uma mulher negra, que moveu estruturas da periferia para o espaço da política, é morta, estremece o que foi construído para que a democracia seja um regime político e social. Nele, as mulheres devem ter assegurada sua atuação e integridade.
A violência contra as mulheres na política previne a participação e pune as que participam. Distorce representação e restringe o acesso à política de um grupo majoritário – as brasileiras são maioria da população e do eleitorado. Há, assim, impedimentos para que problemas como o da violência de gênero adentrem o debate político.
Na literatura internacional, a violência política contra as mulheres é tipificada como violência física, sexual, psicológica, simbólica e econômica. Corresponde a agressões, ameaças, assédios, estigmatização, exposição da vida sexual e afetiva, restrições à atuação e à voz das mulheres, tratamento desigual pelos partidos e outros agentes, incidindo sobre recursos econômicos e tempo de mídia para campanha política.
Marielle, mulher negra lésbica com origem na favela, era voz de quem não é ouvida nos espaços de poder. Como mulher negra e feminista, era um corpo incômodo, que expunha o caráter sexista, racista e lesbofóbico de práticas e instituições. Denunciando os assassinatos de jovens da periferia, ela reforçava no debate público as vozes de suas mães, de suas irmãs, fundadas na dor da perda, para driblar a desumanização. Denunciava que o Estado de Direito se assenta sobre “vidas matáveis” e práticas de extermínio.
O fato de que as vidas das mulheres continuem a ser ceifadas e que os corpos que caem sejam sobretudo corpos negros revela a insuficiência das garantias existentes e, de modo mais amplo, do Estado Democrático de Direito. O mesmo pode ser pensado sobre a participação política e os limites da democracia. O Brasil é 153º lugar no ranking da Inter-Parliamentary Union sobre mulheres nos parlamentos de 193 países. Na América Latina, o Brasil está à frente apenas de Belize e Haiti.
Sem confrontar a violência contra as mulheres na política, estaremos distantes não apenas da paridade, mas também da democracia. O comitê de monitoramento da Convenção de Belém do Pará no âmbito da Organização dos Estados Americanos (MESECVI) recomenda a adaptação dos instrumentos legais nacionais. Bolívia, México e Peru têm legislação específica, algo que nos parece necessário para o Brasil.
No caso brasileiro, essa violência também se expressa pela ofensiva contra a agenda da igualdade de gênero, com o objetivo de desqualificar a violência sexista e reduzir a participação política das mulheres. Fragiliza, ainda, as já insuficientes garantias para o respeito das pertenças de gênero, raça e identidade sexual.
O assassinato de Marielle Franco é paradigmático porque atinge a democracia como espaço de construção de alternativas. Parece-nos necessário partir do óbvio. A existência da democracia depende de que a participação política das mulheres seja assegurada e que a violência contra as que driblam barreiras e se fazem ouvir seja contida.
*Artigo publicado originalmente no blog #AgoraÉQueSãoElas, da Folha de S. Paulo, em 14 de abril de 2018
 
Posted: 16 Apr 2018 08:43 AM PDT
Idosos são vacinados em estação de metrô em Brasília, durante o dia D da Campanha Nacional de Vacinação contra Gripe de 2014. Foto: EBC/Marcelo Camargo
Idosos são vacinados em estação de metrô em Brasília, durante o dia D da Campanha Nacional de Vacinação contra Gripe de 2014. Foto: EBC/Marcelo Camargo
A Organização Mundial da Saúde (OMS) e seu escritório regional, a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), esclarecem que o suposto “vírus H2N3” não circula em nenhum lugar do mundo. Agências expressaram preocupação com a série de boatos sobre uma gripe associada ao suposto agente patogênico. No Brasil, informações incorretas estão sendo divulgadas em áudios e textos em redes sociais e aplicativos de mensagem.
Em um desses áudios, por exemplo, uma voz feminina diz que a OMS supostamente “não quer divulgar” casos confirmados de mortes por um “vírus H2N3” no estado de Goiás para “não alarmar” a população. Um texto pede que as pessoas façam gargarejos e limpem as narinas “com água morna contendo sal de cozinha” para “prevenir a proliferação do vírus da gripe”. A primeira informação é falsa e a segunda não tem base em evidências científicas.
A medida mais eficaz para a prevenção da influenza grave e de suas complicações é a vacinação. Entre outras importantes ações preventivas, estão lavar as mãos regularmente (com secagem adequada); evitar tocar nos olhos, nariz ou boca; evitar o contato próximo com pessoas doentes; autoisolamento precoce daqueles que se sentem mal, febris e apresentam outros sintomas da gripe; cobrir a boca e o nariz ao tossir ou espirrar, usando tecidos e descartando-os adequadamente.
Os agentes patogênicos causadores da gripe mudam constantemente. Por isso, a Rede Global de Vigilância de Influenza da OMS (GISN, na sigla em inglês), uma aliança de 144 Centros Nacionais de Influenza de todo o mundo, monitora os vírus que circulam em humanos.
Três desses centros ficam no Brasil. O trabalho das instituições permitiu ao país identificar quais os tipos de vírus de influenza atualmente circulam no território brasileiro. São eles o influenza A (H1N1pdm09), A (H3N2) e influenza B. A vacina contra a gripe que será aplicada em uma campanha do Ministério da Saúde, na segunda quinzena deste mês, protege contra esses três tipos de vírus.
O estado de Goiás iniciou na sexta-feira (13) uma campanha antecipada de vacinação contra a influenza A, devido a um surto de influenza por H1N1 no mês de março, na Vila São Cotollengo, em Trindade, na região metropolitana de Goiânia.

Cepas de vírus no mundo

A influenza sazonal é uma infecção respiratória aguda causada por vírus da influenza que circulam em todas as partes do mundo. Atualmente, há quatro tipos de vírus de gripe sazonal: A, B, C e D. Os vírus influenza tipo A são classificados em subtipos de acordo com as combinações de duas proteínas diferentes, a hemaglutinina (H) e a neuraminidase (N), localizadas na superfície do vírus. Os subtipos de vírus da gripe A que circulam atualmente entre seres humanos são os da influenza A (H1N1) e A (H3N2).
O A (H1N1) também é conhecido como A (H1N1) pdm09, pois causou uma pandemia em 2009 e posteriormente substituiu o vírus da gripe sazonal A (H1N1) que havia circulado antes de 2009. Pelo que se sabe até hoje, apenas os vírus influenza tipo A já causaram pandemias.
Os vírus influenza B não são classificados em subtipos, mas podem ser divididos em duas linhagens, denominadas B/Yamagata ou B/Victoria.
Os vírus da gripe A e B circulam e causam surtos e epidemias. Por isso, as linhagens relevantes dos vírus dessas gripes estão incluídas nas vacinas contra a gripe sazonal. O vírus influenza C é detectado com muito menos frequência e geralmente provoca infecções leves, não apresentando implicações significativas para a saúde pública.
Os vírus da influenza D afetam principalmente o gado e não parecem ser causa de infecção ou doença no ser humano.

Produção de vacina

A produção da vacina contra a influenza no Brasil começa a partir do mês de setembro, quando a OMS dá autorização para que os laboratórios a fabriquem. Essa medida é necessária porque, a cada ano, é preciso avaliar quais as cepas (tipos) do vírus mais circularam no Hemisfério Sul no ano anterior.
Após a determinação da OMS, os laboratórios levam em torno de seis meses para produzir a vacina que será disponibilizada à população.
 
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