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quarta-feira, 1 de abril de 2020

Posted: 31 Mar 2020 01:03 PM PDT
Foto: UNAIDS
Foto: UNAIDS
UNAIDS apoiou a decisão de a Sociedade Internacional de AIDS (conhecida pela sigla em inglês IAS, de International AIDS Society) realizar, de forma virtual, a 23ª Conferência Internacional de AIDS (AIDS 2020) em julho e espera que as principais redes de populações-chave que organizam o evento HIV2020 também possam encontrar uma solução alternativa para a sua realização.
No auge da pandemia da COVID-19, a realização virtual da AIDS 2020 permitirá que os participantes tenham acesso e se envolvam com as mais recentes descobertas científicas, ações de advocacy e conhecimentos sobre o HIV – de uma forma totalmente segura.
Os organizadores da HIV2020, uma conferência que deveria ser realizada no México, a fim de fornecer uma alternativa segura para pessoas que não podem ou não gostariam de viajar para os Estados Unidos, cancelaram a conferência e estão analisando formas alternativas após o Governo do México ter suspendido grandes eventos no país.
A diretora executiva do UNAIDS, Winnie Byanyima, agradece aos organizadores por terem decidido manter a Conferência Internacional de AIDS de 2020 de maneira virtual, que protegerá a vida e o bem-estar de milhares de participantes. “Convido todas as pessoas a se reunirem na ‘AIDS 2020: Virtual’ para termos o maior número de participantes já visto e recomendo que trabalhem juntos para acabar com a epidemia da AIDS. Espero que a HIV2020 ainda possa seguir em frente de alguma forma. O UNAIDS apoia a decisão dos co-organizadores de colocar a saúde e a segurança das comunidades em primeiro lugar”, afirma a diretora executiva do UNAIDS.
Esperava-se que um grande número de pessoas participasse da AIDS 2020 em San Francisco e Oakland, nos Estados Unidos. Agora, a ‘AIDS 2020: Virtual’ permitirá que os participantes interajam através de sessões virtuais, satélites, exposições, arquivos virtuais de áudio e redes interativas da comunidade de qualquer lugar do mundo. Espera-se que a HIV2020 seja realizada de forma semelhante.
Para o diretor executivo da IAS, Kevin Osborne, o tema da ‘AIDS 2020: Virtual’ é resiliência. “Não há palavra melhor para descrever o que é necessário nesse momento. Hoje, essa resiliência está sendo testada por um cenário de saúde global em rápida evolução, ao qual agora devemos adicionar a pandemia da COVID-19. Solidariamente, agora mais do que nunca a comunidade do HIV precisa se unir em nosso compromisso comum para garantir que as evidências e os direitos humanos permaneçam como pilares da nossa resposta”, disse o diretor executivo da IAS.
Já o diretor executivo da Rede Global de Pessoas Vivendo com HIV (GNP +), Rico Gustav, explicou que os co-organizadores da HIV2020 foram unânimes na decisão de cancelar a conferência. “A saúde e a segurança de nossas comunidades vêm em primeiro lugar. Conforme a COVID-19 afeta mais países e comunidades, estamos adaptando e apoiando nossos membros nesses tempos extremamente difíceis. Os co-organizadores da HIV2020 continuarão a defender e a aprimorar a liderança das principais populações e pessoas vivendo com HIV para respostas ao HIV e à saúde local, nacional e globalmente, incluindo a exploração de espaços virtuais para possibilitar isso”, explicou o diretor executivo da Rede Global de Pessoas Vivendo com HIV.
O UNAIDS aproveita a ocasião e pede a todas as pessoas que se lembrem que a COVID-19 é uma doença grave. Todas as pessoas que vivem com HIV devem tomar todas as medidas preventivas recomendadas para minimizar a exposição e prevenir a infecção pelo vírus que causa a COVID-19.
Como na população em geral, pessoas idosas vivendo com HIV ou pessoas com HIV com problemas cardíacos ou pulmonares podem ter maior risco de serem infectadas pelo vírus e de sofrerem sintomas mais graves. Aprenderemos mais sobre como o HIV e a COVID-19 impactam as pessoas que vivem com o HIV à medida que a epidemia chega a países e comunidades que respondem a ambas as epidemias. Lições sobre o lançamento de inovações ou a adaptação da prestação de serviços para minimizar o impacto nas pessoas vivendo com HIV serão compartilhadas e replicadas assim que estiverem disponíveis.
A resposta ao HIV mostrou que uma resposta forte e eficaz à saúde pública que envolve as comunidades afetadas deve se basear nos direitos humanos e abordar os contextos biológico e social das doenças. À medida que a COVID-19 entra em ambientes de alta densidade e ameaça pessoas e comunidades marginalizadas, é fundamental que as necessidades de informações, suprimentos básicos de higiene, como sabão e água, alimentos e apoio social que responda à perda de renda e à pobreza sejam priorizadas e abordadas como parte da preparação e da resposta.
A diretora executiva do UNAIDS afirma que a pandemia da COVID-19 está afetando a vida de bilhões de pessoas em todo o mundo. “Não devemos esquecer, no entanto, que a epidemia de HIV não desapareceu. Mesmo nestes tempos difíceis, nossos parceiros estão garantindo que a resposta à AIDS continue — são heróis desconhecidos assegurando que os serviços de tratamento e prevenção do HIV para pessoas que vivem e são afetadas pelo HIV continuem disponíveis”, conclui.
 
Posted: 31 Mar 2020 12:47 PM PDT
Posted: 31 Mar 2020 12:18 PM PDT
O secretário-geral da ONU, António Guterres, informa a mídia sobre os impactos socioeconômicos da pandemia de COVID-19. Foto: ONU/Mark Garten
O chefe da ONU lançou nesta terça-feira (31) um novo plano para combater os impactos socioeconômicos potencialmente devastadores da pandemia de COVID-19, exortando todos a “agirem em conjunto para diminuir os efeitos sobre as pessoas”.
“A nova doença do coronavírus está atacando as sociedades em sua essência, reivindicando vidas e meios de subsistência das pessoas”, disse o secretário-geral da ONU, António Guterres, destacando que os potenciais efeitos de longo prazo na economia global e nos países serão “terríveis”.
O novo relatório, denominado “Responsabilidade compartilhada, solidariedade global: respondendo aos impactos socioeconômicos da COVID-19“, descreve a velocidade e a escala da pandemia, a gravidade dos casos e as perturbações sociais e econômicas provocadas por ela.
“A COVID-19 é o maior teste que enfrentamos juntos desde a formação das Nações Unidas”, destacou o chefe da ONU. “Esta crise humana exige ação política coordenada, decisiva, inclusiva e inovadora das principais economias do mundo – e apoio financeiro e técnico máximo para as pessoas e países mais pobres e vulneráveis.”
Guterres pediu “uma resposta de saúde imediata e coordenada para suprimir a transmissão e acabar com a pandemia” que “aumente a capacidade para testes, rastreamento, quarentena e tratamento, mantendo os socorristas em segurança, combinada com medidas para restringir o movimento e o contato”.
Ele ressaltou que os países desenvolvidos devem ajudar os menos desenvolvidos, ou potencialmente “enfrentar o pesadelo de a doença se espalhar como fogo no Hemisfério Sul, provocando milhões de mortes e a perspectiva de ressurgir onde foi suprimida anteriormente”.
“Lembremos que somos tão fortes quanto o sistema de saúde mais fraco em um mundo interconectado”, enfatizou.

Foco nos mais vulneráveis

Para combater as devastadoras dimensões socioeconômicas da crise, o chefe da ONU se concentrou nos mais vulneráveis, elaborando políticas que, entre outras coisas, apoiam o fornecimento de seguro de saúde e desemprego e proteções sociais, além de fortalecer as empresas para evitar falências e perdas de empregos.
O alívio de dívidas soberanas também deve ser uma prioridade, disse ele, observando que a ONU está “totalmente mobilizada” e está estabelecendo um novo Fundo Fiduciário para a Resposta e Recuperação frente à COVID-19, formado por múltiplos parceiros, para responder à emergência e promover a recuperação após o choque socioeconômico.
Watch live as @antonioguterres launches report on the socio-economic impacts of #COVID19https://t.co/XgNp16PjlK
— United Nations (@UN) March 31, 2020

“Quando superarmos esta crise, o que acontecerá, teremos uma escolha”, disse o chefe da ONU. “Podemos voltar ao mundo como era antes ou lidar de maneira decisiva com os problemas que nos tornam desnecessariamente vulneráveis ​​a crises.”
Citando a Agenda 2030 e os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), ele sustentou que a recuperação deve levar à construção de economias mais inclusivas e sustentáveis, mais resistentes ao enfrentar pandemias, mudanças climáticas e os demais desafios globais.
“O que o mundo precisa agora é de solidariedade”, enfatizou o secretário-geral da ONU. “Com solidariedade, podemos derrotar o vírus e construir um mundo melhor.”

Estimativas socioeconômicas sombrias para 2020

O relatório inclui estimativas de várias agências da ONU. Segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT), de 5 milhões a 25 milhões de empregos serão perdidos no mundo este ano, e os Estados Unidos perderão de 860 bilhões a 3,4 trilhões de dólares em renda do trabalho.
A Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD) projetou uma queda de 30% a 40% nos fluxos globais de investimento estrangeiro direto, enquanto a Organização Mundial de Turismo (OMT) registrou um declínio de 20% a 30% nas chegadas internacionais.
Enquanto isso, a União Internacional de Telecomunicações (UIT) antecipou que 3,6 bilhões de pessoas não terão acesso à Internet, e a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) previu que 1,5 bilhão de estudantes ficarão fora da escola.
O relatório pede uma resposta multilateral abrangente, coordenada e em larga escala que represente pelo menos 10% do Produto Interno Bruto (PIB) global, e alerta que não há tempo a perder na montagem da resposta de saúde mais robusta e cooperativa que o mundo já viu.
Para encerrar, Guterres chamou a pandemia de “um momento decisivo para a sociedade moderna”, dizendo que a “história julgará a eficácia da resposta não pelas ações de um único conjunto de atores governamentais tomadas isoladamente, mas pelo grau em que a resposta é coordenada globalmente em todos os setores para o benefício de nossa família humana”.
“Com as ações corretas, a pandemia de COVID-19 pode marcar o início de um novo tipo de cooperação global e social”, concluiu o secretário-geral da ONU.
Clique aqui para acessar o relatório completo (em inglês).
 
Posted: 31 Mar 2020 11:56 AM PDT

Até o dia 31 de março, a OMS contabilizou mais de 754 mil casos da COVID-19, com 36.571 mortes em 202 países e territórios. (confira dados atualizados aqui)
Informe-se: paho.org/bra/covid19 e onu.org.br/tema/coronavirus.
 
Posted: 31 Mar 2020 10:44 AM PDT
Foto: UNAIDS
Foto: UNAIDS
Receber ligações a qualquer hora do dia não é incomum para Liu Jie, oficial de mobilização comunitária no escritório do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS (UNAIDS) na China.
Devido ao surto de COVID-19, todo o escritório tem se dedicado a ajudar as pessoas que vivem com HIV na continuidade do acesso ao tratamento, especialmente na província de Hubei, onde a pandemia foi relatada pela primeira vez. Recentemente, Liu ficou surpresa quando recebeu uma ligação da Polônia.
“Um homem chinês se apresentou dizendo que está isolado e que ficará sem medicamento para o HIV em dois dias”, conta Liu.
Com as restrições de viagem fechando cada vez mais países, o homem não podia voltar para casa nem acessar remédios. Sem saber o que fazer, procurou uma organização comunitária chinesa, a Birch Forest National Alliance, e através dela fez contato com o UNAIDS em Pequim.
Ele, assim como inúmeras outras pessoas no exterior, foi pego de surpresa pelas consequências da COVID-19. Dias antes, o escritório do UNAIDS na China havia ajudado outra pessoa chinesa vivendo com HIV a ter acesso a medicamentos enquanto estava em Angola.
Nos dois casos, colegas em Pequim procuraram os escritórios nacionais do UNAIDS e a equipe global de Mobilização Comunitária em Genebra, Suíça. O diretor nacional do UNAIDS em Angola fez a ponte com a Rede Angolana de Organizações de Serviços de AIDS e a pessoa conseguiu acesso aos medicamentos rapidamente.
No caso da Polônia, Jacek Tyszko, um polonês que faz parte da equipe de mobilização comunitária do UNAIDS, sabia exatamente o que fazer. “Como estivemos em contato com redes regionais de pessoas vivendo com HIV na Europa Central e Oriental, fiz uma ligação”, relembra.
Anna Marzec-Boguslawska, chefe do Centro Nacional de AIDS da Polônia, concordou rapidamente em dar seguimento. Vinte e quatro horas depois, Liu recebeu uma foto de um homem segurando uma caixa de remédio em frente a um prédio cinza. Minutos depois, o telefone tocou.
“Era o mesmo chinês ligando novamente da Polônia. Ele estava chorando de alegria, dizendo que tinha o remédio e que essa era uma foto dele agora, conta. “Ele continuou dizendo que não podia acreditar que tornamos possível o que parecia impossível.”
O diretor da Birch Forest National Alliance, Bai Hua, também agradeceu ao UNAIDS. “Este caso realmente mostra que o UNAIDS está enraizado nas comunidades e próximo das pessoas que vivem com HIV”, disse ele.
 
Posted: 31 Mar 2020 10:41 AM PDT
Senerita Pouvi, 9 anos, é vacinada contra o sarampo na vila de Leauvaa, em Samoa, como parte de uma campanha nacional de vacinação apoiada pelo UNICEF. Foto: Stephen/UNICEF
Senerita Pouvi, 9 anos, é vacinada contra o sarampo na vila de Leauvaa, em Samoa, como parte de uma campanha nacional de vacinação apoiada pelo UNICEF. Foto: Stephen/UNICEF
Por Henrietta Fore*
Em todo o mundo, a pandemia da COVID-19 está sobrecarregando os serviços de saúde, à medida em que os profissionais de saúde são desviados para apoiar a resposta.
O distanciamento físico está levando pais e mães a tomarem a difícil decisão de adiar a imunização de rotina.
Os produtos médicos estão em falta e as cadeias de suprimentos estão sob tensão histórica devido a interrupções no transporte. Cancelamentos de voos e restrições comerciais por países restringiram severamente o acesso a medicamentos essenciais, incluindo vacinas.
À medida que a pandemia avança, serviços vitais críticos, incluindo imunização, provavelmente serão interrompidos, especialmente na África, na Ásia e no Oriente Médio, onde são extremamente necessários.
Em maior risco estão as crianças das famílias mais pobres de países afetados por conflitos e desastres naturais.
Estamos particularmente preocupados com os países que combatem surtos de sarampo, cólera ou poliomielite enquanto respondem a casos da COVID-19, como Afeganistão, República Democrática do Congo, Somália, Filipinas, Síria e Sudão do Sul. Esses surtos não apenas sobrecarregariam os serviços de saúde, mas também poderiam levar a perdas adicionais de vidas e sofrimento. Numa época como esta, esses países não podem se dar ao luxo de enfrentar surtos adicionais de doenças evitáveis por vacina.
A mensagem é clara: não devemos permitir que intervenções de saúde que salvam vidas sejam vítimas de nossos esforços para tratar da COVID-19.
O UNICEF está comprometido a apoiar as necessidades básicas de saúde e imunização nos países mais afetados, e fazê-lo de maneira a limitar o risco de transmissão do coronavírus. Estamos trabalhando duro para garantir que os suprimentos adequados de vacinas estejam disponíveis nos países que precisam deles. Estamos em estreita comunicação com os fornecedores globais de vacinas para garantir que a produção não seja interrompida e o suprimento seja gerenciado da melhor maneira possível nestas circunstâncias difíceis. Também estamos oferecendo maior apoio aos governos para continuar o fornecimento de vacinas durante essa pandemia.
Nos próximos dias, os governos podem ter que adiar temporariamente as campanhas preventivas de vacinação em massa em muitos lugares, para garantir que a prestação de serviços de imunização não contribua para a disseminação da COVID-19 e para seguir recomendações sobre distanciamento físico.
O UNICEF recomenda enfaticamente que todos os governos iniciem um planejamento rigoroso agora para intensificar as atividades de imunização quando a pandemia do coronavírus estiver sob controle. Essas atividades de vacinação devem se concentrar em crianças que perderão as doses da vacina durante este período de interrupção e darão prioridade às crianças mais pobres e vulneráveis. Para implantar com sucesso vacinas contra a COVID-19 quando elas estiverem disponíveis, precisamos garantir que nossos programas de imunização permaneçam robustos e possam alcançar aqueles que mais precisarão dessas vacinas.
A imunização continua sendo uma intervenção de saúde que salva vidas. Como maior comprador e fornecedor de vacinas do mundo, o UNICEF continuará a desempenhar um papel fundamental no apoio aos esforços de imunização atuais e futuros dos governos.
*Diretora executiva do UNICEF
 
Posted: 31 Mar 2020 09:59 AM PDT
A possibilidade de infecção por COVID-19 é um risco para a conservação de primatas. Foto: Pierre Aden/Visual Hunt
A possibilidade de infecção por COVID-19 é um risco para a conservação de primatas. Foto: Pierre Aden/Visual Hunt
Tanto a pesquisa quanto o turismo de observação de primatas permitiram que as pessoas aprendessem mais sobre chimpanzés, bonobos, gorilas e orangotangos, observando-os de perto.
Essa prática turística também é uma importante fonte de renda para os governos e comunidades – e uma proporção significativa do valor arrecadado é utilizado para a proteção de espécies ameaçadas e de seus habitats naturais.
No entanto, patologias infecciosas como a COVID-19 – causada pelo vírus SARS CoV-2 – são uma grande preocupação para a conservação dessas espécies.
Tanto os seres humanos quanto os grandes primatas são suscetíveis a doenças infecciosas, e a introdução de patógenos humanos nessas populações pode resultar em perdas catastróficas.
Johannes Refisch é o diretor e coordenador do Programa “Great Apes Survival Partnership”, da ONU. Nessa entrevista, ele explica por que a prevenção de doenças é fundamental e quais medidas específicas estão sendo tomadas para proteger esses animais.
PNUMA: Em relação aos grandes primatas, por que o vírus SARS CoV-2 é uma preocupação?
A possibilidade de infecção é um risco para a conservação dessas espécies. Ainda não sabemos se os macacos são suscetíveis ao vírus SARS CoV-2, mas sabemos que os chimpanzés selvagens foram infectados com o coronavírus humano OC43 na Costa do Marfim e que os primatas podem ser infectados por muitos outros patógenos respiratórios humanos.
Entre as pessoas, o vírus SARS CoV-2 é altamente infeccioso e pode sobreviver no ambiente por alguns dias. Sendo assim, devemos presumir que os macacos também são suscetíveis e impedir que sejam infectados.
PNUMA: Quais são as possíveis consequências da infecção entre os grandes primatas?
A sobrevivência desses animais já está ameaçada pela perda de habitat, caça ilegal e outras doenças. O ebola – uma febre hemorrágica que afeta humanos e macacos –, por exemplo, tem até 95% de taxa de mortalidade em gorilas. E cálculos indicam que algumas dessas populações precisarão de mais de 130 anos para se recuperarem. A contração do SARS-CoV-2 poderia piorar esse quadro.
Também haveria perdas econômicas e de meios de subsistência. O turismo de observação de primatas é uma fonte importante de empregos, de geração de renda para governos nacionais e comunidades locais e de arrecadação de fundos para sustentar as atividades de conservação.
Além disso, é importante observar o risco de infecção humana por macacos. Devido a nossa proximidade genética, os seres humanos podem tanto transmitir doenças a estes animais como contraí-las deles. Novamente, o ebola exemplifica um caso em que tanto as pessoas quanto os primatas foram afetados. Existem evidências de que caçadores encontraram carcaças de gorilas que morreram de ebola e contraíram a doença quando consumiram a carne infectada.
O que está sendo feito para reduzir esses riscos?
No momento, não há vacina contra o SARS CoV-2 – e pode levar meses, se não anos, para que desenvolvam uma.
Enquanto isso, o Grupo Especialista em Primatas da União Internacional para Conservação da Natureza (IUCN), o grupo Seção sobre Grandes Primatas (Section on Great Apes) e o Grupo Especialista em Saúde de Animais Selvagens (Wildlife Health Specialist Group) publicaram um comunicado conjunto, recomendando que as visitas de seres humanos a antropoides sejam reduzidas ao mínimo necessário para garantir a segurança e saúde desses animais. Enfatizaram também que a adesão estrita às boas práticas para o turismo de observação de macacos e a prevenção de doenças são fundamentais.
Além disso, recomendam que sejam consideradas a suspensão dessa prática turística e a redução de pesquisas de campo sobre primatas e apelaram por mecanismos “que compensem a redução do lucro e dos empregos desse setor” e apoiem a saúde pública nas comunidades locais. Por isso, em 23 de março de 2020, grande parte dos locais de observação de macacos foram fechados.
A longo prazo, será essencial entender a propagação de doenças entre animais e seres humanos, pois há cada vez mais evidências de que a perda de habitat e da biodiversidade tem facilitado a disseminação de zoonoses.
 
Posted: 31 Mar 2020 09:54 AM PDT
Julgamento foi repleto de arbitrariedades, concluiu Grupo de Trabalho - Foto: Pixabay
Julgamento foi repleto de arbitrariedades, concluiu Grupo de Trabalho – Foto: Pixabay
O Grupo de Trabalho das Nações Unidas sobre Detenção Arbitrária celebrou a decisão de um tribunal de Cochabamba em encerrar a detenção do prefeito José María Leyes, que foi privado de sua liberdade após um julgamento repleto de violações ao devido processo legal, incluindo independência judicial e presunção de inocência.
A libertação de Leyes ocorre apenas alguns dias depois que um grupo de especialistas comunicou a Opinião Nº 61/2019 ao Governo da Bolívia, no qual declarou sua detenção arbitrária e a violação aos direitos humanos fundamentais.
Em sua opinião, o Grupo de Trabalho concluiu que a prisão preventiva tinha como objetivo impedir Leyes de exercer suas funções no município de Cochabamba, negando, assim, seu direito de participar em assuntos públicos.
Nesse sentido, os especialistas descobriram que “o processo judicial não foi realizado de maneira imparcial e independente e o poder executivo interferiu indevidamente no judiciário, garantindo que  Leyes fosse mantido em prisão preventiva e, portanto, sem executar suas funções como prefeito”.
Os especialistas do Grupo de Trabalho enfatizaram que a libertação de Leyes não é o fim do assunto, mas marca uma virada no caso.
“As autoridades agora devem conduzir uma investigação independente e imparcial da violação dos direitos de Leyes, bem como adotar reformas para que casos como esse não se repitam”, disseram, observando que “o direito internacional impõe a obrigação de fornecer reparação abrangente por violações dos direitos humanos ”.
Os especialistas enfatizaram que a libertação de Leyes, que é apenas uma implementação parcial de suas recomendações, também deve servir como exemplo de boas práticas a serem seguidas por outros países da região e do mundo.
“A libertação mostra como um único juiz na Bolívia deu efeito prático aos direitos humanos preservados na Declaração Universal e no Pacto Internacional sobre Direitos Civis e Políticos, pondo fim às ações arbitrárias de outras autoridades do Estado e fazendo referências diretas aos pareceres do grupo de trabalho. Aplaudimos isso como um exemplo de boas práticas.”
“O Grupo de Trabalho agora encoraja a todas as outras autoridades públicas, independentemente de sua posição, que sigam este exemplo e que garantam que as ações do Estado estejam em conformidade com os direitos humanos e as obrigações internacionais que eles assumem”, disseram os especialistas.
Integram o Grupo José Antonio Guevara Bermúdez, Leigh Toomey, Elina Steinerte, Seong-Phil Hong e Setondji Roland Adjovi.
Os Especialistas Independentes, Relatores Especiais e Grupos de Trabalho são parte dos chamados Procedimentos Especiais do Conselho de Direitos Humanos.  ‘Procedimentos Especiais’, o maior órgão de experts independentes do Sistema de Direitos Humanos da ONU, é o nome geral dado aos mecanismos de apuração e monitoramento do Conselho, os quais lidam com situações específicas em países ou áreas temáticas em todas as partes do mundo. Os especialistas dos Procedimentos Especiais trabalham de forma voluntária, não integrando o staff da ONU, nem recebendo salário por seu trabalho. Eles são independentes de qualquer governo e organização e prestam serviços na condição de indivíduo.
 
Posted: 31 Mar 2020 08:51 AM PDT

Equipe do Departamento de Cuidado Crítico da Universidade Médica de Guangdong – Foto: Departamento de Cuidado Crítico, Universidade Médica de Guagdong
Equipe do Departamento de Cuidado Crítico da Universidade Médica de Guangdong – Foto: Departamento de Cuidado Crítico, Universidade Médica de Guagdong
O chefe da Organização Mundial de Saúde (OMS) está pedindo aumento de produção de equipamentos médicos e suprimentos, na medida em que centros médicos e trabalhadores em saúde de muitos países lutam com crescentes e urgentes demandas trazidas pela pandemia da COVID-19.
Tedros Adhanom Ghebreyesus informou a jornalistas em Genebra na segunda-feira (30) que conversou com ministros de comércio do fórum de economias líderes mundiais, o G-20, sobre maneiras de enfrentar a crônica falta de Equipamento de Proteção Individual (EPI) e outros suprimentos médicos essenciais.
“Pedimos que os países trabalhem com empresas para aumentar a produção, garantir a livre circulação de produtos essenciais para a saúde e a distribuição igualitária destes produtos, baseado nas necessidades”, afirmou Tedros, colocando ênfase especial em países de baixa e média renda na África, Ásia e América Latina.
Ele informou ainda que a agência de saúde da ONU também está “trabalhando intensivamente” com diversos parceiros para aumentar massivamente o acesso a diagnósticos, EPI, oxigênio médico, ventiladores e outros produtos.
Aumento de casos – Casos do novo coronavirus continuam a aumentar globalmente, chegando a quase 700 mil e mais de 33 mil mortes. Segundo Tedros, o rápido aumento nas demandas da pandemia estão ameaçando os sistemas de saúde porque “embora estejamos no meio da crise, os serviços de saúde essenciais precisam continuar”.
A OMS publicou orientações para ajudar países a equilibrar as demandas da resposta à pandemia enquanto mantêm serviços de essenciais de saúde que incluem vacinação de rotina, atendimento pré-natal e tratamento de doenças infecciosas e doenças não transmissíveis.
Tedros também saudou os 20 mil trabalhadores em saúde do Reino Unido que se ofereceram a retornar ao trabalho, enquanto estudantes de medicina e estagiários da Rússia estão participando da resposta de emergência.
Países lidando com o surto da COVID-19 também podem consultar um novo manual da OMS em como montar e administrar centros de tratamento, incluindo prédios adaptados e tendas.
“É um manual de instrução vital para lidar com o surto de casos que alguns países estão enfrentando agora”, disse o chefe da OMS. “Estas instalações também terão benefícios no longo prazo para os sistemas de saúde assim que esta crise acabar”, concluiu Tedros.
Pandemia expõe desigualdades – A pandemia da COVID-19 está destacando as desigualdades do mundo e ameaçando aprofundá-las, alertou a Organização Internacional do Trabalho (OIT).
A agência da ONU acredita que trabalhadores migrantes e pessoas que trabalham na economia informal são particularmente afetadas pelas consequências econômicas da doença e as mulheres são particularmente expostas.
Dois bilhões de pessoas em todo o mundo trabalham em empregos informais, enquanto a OIT também reforça que respostas políticas de governos deveriam garantir apoio que beneficie trabalhadores de baixa renda, autônomos e outras pessoas vulneráveis.
Apelo para crianças em conflito – A representante especial da ONU para Crianças e Conflitos Armados, Virginia Gamba, reiterou o chamado do secretário-geral da ONU, António Guterres, para um cessar fogo global durante a pandemia. Ela disse que a COVID-19 está agravando o sofrimento das pessoas mais vulnetáveis do mundo, especialmente aquelas vivendo em zonas de conflito.
“Enquanto as fronteiras estão fechando e as hostilidades continuam incansavelmente, é importante apoiar aqueles que contam conosco e ampliar nosso chamado para proteção de crianças afetadas pelo conflito; somente juntos podemos derrotar esta ameaça invisível”, afirmou.
Na semana passada, Guterres pediu o fim dos combates em todos os lugares para “acabar com a doença da guerra e lutar contra a doença que está devastando nosso mundo”.
 
Posted: 31 Mar 2020 08:05 AM PDT
Acabar com as mortes maternas evitáveis é uma das ações do UNFPA em resposta ao coronavírus. Foto: UNFPA
Acabar com as mortes maternas evitáveis é uma das ações do UNFPA em resposta ao coronavírus. Foto: UNFPA
Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) está trabalhando com governos e parceiros para priorizar as necessidades particulares de mulheres e meninas, alinhado com os objetivos de acabar com a necessidade não satisfeita de planejamento reprodutivo e contracepção,  acabar com as mortes maternas evitáveis e acabar com a violência de gênero e práticas nocivas contra mulheres e meninas até 2030.
Segundo a diretora executiva do UNFPA, Dra. Natalia Kanem, o medo e a incerteza são respostas naturais ao coronavírus. “Mas nós precisamos ser guiados por fatos e informações sólidas”, afirmou a diretora.
A pandemia da COVID-19 está exigindo esforços dos sistemas públicos de saúde, desencadeando medidas sem precendentes por governos ao redor do mundo, incluindo restrições de movimento. Evidências mostram que surtos de doenças causam enormes impactos em mulheres e meninas. Mulheres são desproporcionalmente representadas nos serviços sociais e de saúde, aumentando o risco de exposição à doença. Estresse, mobilidade limitada e perturbações no ambiente doméstico também aumentam a vulnerabilidade de mulheres e meninas à violência baseada em gênero – além da exploração sexual. Se sistemas de saúde redirecionarem recursos de serviços em saúde sexual e reprodutiva, o acesso das mulheres ao planejamento reprodutivo, pré-natal e outros serviços críticos poderão ser afetados.
“Precisamos nos unir em solidariedade, lutando contra estigma e discriminação, e garantir que as pessoas tenham acesso a informações e serviços de que precisam”, concluiu a diretora executiva do UNFPA.
 
Posted: 31 Mar 2020 07:48 AM PDT
Julienne Lusenge, diretora-executiva do Fundo para Mulheres Congolesas, uma donatária do Fundo Fiduciário da ONU, lidera workshop antes da pandemia na República Democrática do Congo. Foto: Jonathan Torgovnik
Julienne Lusenge, diretora-executiva do Fundo para Mulheres Congolesas, uma donatária do Fundo Fiduciário da ONU, lidera workshop antes da pandemia na República Democrática do Congo. Foto: Jonathan Torgovnik
Diante da atual pandemia de COVID-19, o Fundo Fiduciário da ONU para Acabar com a Violência contra as Mulheres (UNTF, na sigla em inglês) e as instituições donatárias reconhecem as dimensões de gênero dos impactos do novo coronavírus no mundo.
Isso inclui aumento do risco de violência doméstica e diminuição da capacidade das pessoas prestadoras de serviços de responder a casos de violência.
Neste momento desafiador, a necessidade de responder às consequências imediatas e de longo prazo da atual crise para mulheres e meninas é crítica, segundo a ONU Mulheres.
O Fundo Fiduciário da ONU permanece comprometido com suas parcerias no campo, que são essenciais para servir aquelas que muitas vezes são deixadas para trás, e reconhece o papel crítico das redes e organizações de mulheres, de acordo com a ONU Mulheres.
Por meio do mapeamento dos impactos da COVID-19, as donatárias e os donatários do Fundo Fiduciário da ONU, organizações da sociedade civil da Índia à República Democrática do Congo explicaram como estão se adaptando ativamente às mudanças no contexto e aos desafios apresentados pela pandemia.
“Estamos comprometidos em garantir que nossos serviços de crise continuem ininterruptos. Nossa linha direta de 24 horas e nossos serviços de crise e reabilitação para sobreviventes de queimaduras estão acessíveis para aquelas que precisam de apoio”, disse Rashmi Singh, diretora de programas do Fundo Fiduciário da ONU, PCVC.
“Como organização que trabalha no fornecimento de serviços de crise para as mais vulneráveis, estamos trabalhando dia e noite para garantir que nenhuma mulher seja deixada para trás, ao mesmo tempo em que priorizamos a saúde e a segurança de todas as pessoas”, declarou.
Na Índia, o Fundo Fiduciário da ONU apoia a expansão do apoio holístico da PCVC para mulheres sobreviventes a queimaduras, incluindo serviços físicos e psicossociais para sobreviventes em 10 distritos.
O PCVC reconhece a continuidade necessária de tais serviços essenciais para as sobreviventes, além de priorizar a segurança de sua equipe por meio da introdução de medidas como sessões de acompanhamento por telefone e videochamadas.
“Há uma preocupação de que muitas sobreviventes de queimaduras possam passar despercebidas e não obter os serviços físicos ou psicossociais de que precisam. Dadas as lacunas no ecossistema de serviços, um surto como este apenas reforçou a necessidade de um trabalho e de capacitação mais coordenados de todas as partes interessadas”, disse Singh.
Na República Democrática do Congo, Julienne Lusenge, diretora-executiva do Fundo para Mulheres Congolesas (FFC), uma donatária do Fundo Fiduciário da ONU, explicou que essa pandemia aumentará a precariedade das situações de mulheres e meninas e aumentará sua vulnerabilidade, enfatizando as desigualdades de gênero.
O projeto da FFC visa prevenir e reduzir a violência sexual contra alunas por meio de educação, treinamento e advocacia coletiva. Devido à pandemia, as escolas estão fechadas e, portanto, as atividades são afetadas.
“Isso irá expô-las à violência doméstica, violência sexual e todos os tipos de violência. Continuaremos ampliando as mensagens das especialistas para que cada pessoa possa entender melhor a seriedade da situação em questão”, afirmou Lusenge.
“Estamos tentando nos adaptar a essa situação, mas há incógnitas iminentes. Não sabemos como a situação se desenvolverá na RDC. Vamos continuar insistindo que não cabe à mulher lutar sozinha. É o homem e a mulher juntos, é toda a família que precisa combater essa pandemia.”
 
Posted: 31 Mar 2020 06:40 AM PDT
O objetivo é incentivar e apoiar a sociedade na criação de alternativas para minimizar o impacto do novo coronavírus nas áreas social, de saúde, economia e tecnologia. Foto: Spark
O objetivo é incentivar e apoiar a sociedade na criação de alternativas para minimizar o impacto do novo coronavírus nas áreas social, de saúde, economia e tecnologia. Foto: Spark
Com apoio do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), a Escola Nacional de Administração Pública (ENAP) lançou na segunda-feira (30) um edital para buscar soluções inovadoras para enfrentar a pandemia de COVID-19 no Brasil.
O objetivo é incentivar e apoiar a sociedade na criação de alternativas para minimizar o impacto do novo coronavírus nas áreas social, econômica, de saúde e tecnologia.
A iniciativa, protagonizada pelo Laboratório de Inovação em Governo – GNova, da ENAP, convida organizações do terceiro setor, empresas, startups, instituições de pesquisa, desenvolvedores de aplicativos e pesquisadores, pessoas físicas e jurídicas a participarem da construção de soluções inovadoras para enfrentar as consequências da COVID-19.
Os critérios que devem nortear os projetos são: fácil implementação, alto impacto, eficiência, além de viabilidade jurídica e econômica.
As inscrições podem ser feitas pelo site https://desafios.enap.gov.br/ e estão divididas em quatro categorias: eficiência do sistema de saúde para o enfrentamento da epidemia; diminuição de impactos econômicos no contexto da COVID-19; mitigação das consequências socioeconômicas da COVID-19; e monitoramento e gestão do enfrentamento da pandemia.
O PNUD é parceiro da ENAP no projeto que promove capacidades e políticas públicas para o desenvolvimento sustentável, em vigor desde 2016, e apoia também a Plataforma Desafios.
O objetivo geral da parceria entre ENAP e PNUD é contribuir para o fortalecimento das capacidades estatais para a implementação da Agenda 2030, por meio de atividades de diagnóstico, produção e gestão de dados e capacitação e desenvolvimento de gestores públicos.

Plataforma Desafios

Além do site, onde estão o edital e outras informações, a ENAP dispõe de uma plataforma específica para tirar dúvidas de quem quer participar do processo. Os interessados podem se cadastrar, acionar parceiros e criar canais para pessoas que queiram trabalhar juntas.
A Desafios é uma plataforma de inovação aberta que convida a sociedade a participar da construção de soluções para problemas públicos por meio de concursos e premiações. Ela também oferece ajuda a gestoras e gestores, utilizando a inteligência coletiva para diminuir inseguranças de processos de inovação.
 
Posted: 31 Mar 2020 06:23 AM PDT
Assistência remota é usada pelo Programa Mundial de Alimentos durante a COVID-19
Remote assistance is used by the World Food Program during COVID-19
In recent weeks, the World Food Programme (WFP) – Centre of Excellence Against Hunger Brazil team – as well as other United Nations teams around the world – has had to adapt to restrictions imposed by the Covid-19 pandemic and all employees are working from home. However, the Centre had already started to adopt remote assistance methodologies to support countries back in 2019. With new travel restrictions, the team has been improving these tools so that what was previously done in person can continue to take place remotely.
One of those face-to-face jobs directly affected by new restrictions is the support provided to the WFP regional office for West and Central Africa (WFP Regional Bureau Dakar) in developing regional plans and strategies for programmes in schools. “Overall, the office is fulfilling quite well its core function of technical support, oversight and strategic/policy guidance to country offices in the region. One example is the engagement with WFP Centre of Excellence in Brazil: two colleagues were supposed to come on a mission to help the regional bureau to provide strategic support, but their mission was cancelled at the last minute due to COVID-19 travel restrictions”, says Abdi Farah, Regional School Feeding Advisor at the Regional Bureau in Dakar.
Sharon Freitas, head of programme at the WFP Centre of Excellence, stresses the importance of rapid adaptation, so that countries’ projects are not affected. “It is important to note that we already have extensive experience in supporting countries remotely and we will continue to provide that support, using new methodologies”, she said.
Sharon Freitas, Chefe de Programas do WFP Centro de Excelência Brasil - Foto: WFP
Sharon Freitas, head of programme at the WFP Centre of Excellence – Photo: WFP
The support provided to the Dakar office is part of the development and implementation of the World Food Programme Global School Feeding Strategy 2020-2030 and it is divided into two phases. The first includes the development of a concept note for planning the regional implementation of the Global School Feeding Strategy. For this first stage, several regional activities were initially planned to be carried out in Senegal, including a workshop for data collection with the presence of partners. As an alternative, the Centre of Excellence team developed a research methodology that can be done remotely, including questionnaires and interviews by audio and video conference.
In addition to that, the team will also use desk research to support a situation analysis, based on a set of documents sent by the regional office. Telephone interviews and video calls will also be conducted with managers of the regional office and Programme’s representatives in the countries. This will serve to collect local experiences that will then be used as a basis for local knowledge exchanges between participant countries. The second stage is to implement the strategy.
Learn more about the Virtual Exchanges project here.
Especialistas do Centro de Excelência reuniram-se em 2019 para uma missão de avaliação a Banjul, no Gâmbia. Da esquerda para a direita: Igor Carneiro (Centro de Excelência Brasil), Abdi Farah (escritório regional em Dacar) e Bruno Magalhães (Centro de Excelência Brasil) em visita a escola-piloto do programa de alimentação escolar na região. - Foto: WFP
Brazilian mission to Banjul, Gambia, in 2019. From left to right: Igor Carneiro (WFP Brazil), Abdi Farah (Regional Bureau in Dakar) and Bruno Magalhães (WFP Brazil) visit school. Photo: WFP
 
Posted: 31 Mar 2020 06:16 AM PDT
Assistência remota é usada pelo Programa Mundial de Alimentos durante a COVID-19
Assistência remota é usada pelo Programa Mundial de Alimentos durante a COVID-19
Nas últimas semanas, o time brasileiro do Programa Mundial de Alimentos (WFP, em inglês) –Centro de Excelência contra a Fome – assim como outras equipes das Nações Unidas ao redor do mundo – tem se adaptado às restrições impostas pela pandemia da COVID-19 e todos os funcionários estão trabalhando de casa. No entanto, o Centro já tinha começado a adotar metodologias de assistência remota para apoiar países desde 2019. Com as novas restrições de viagem, a equipe está aperfeiçoando estas ferramentas, assim o que antes era feito presencialmente agora possa ser feito remotamente.
Um dos trabalhos diretamente afetados pelas novas restrições é o apoio dado ao escritório regional da África Ocidental e Central (Escritório Regional do WFP Dacar) no desenvolvimento de planos e estratégias regionais para programas de alimentação nas escolas. “No geral, o escritório está atendendo bem a função principal de apoio técnico, supervisão e orientação política para os escritórios nos países da região. Um exemplo é o Centro de Excelência no Brasil: dois colegas que deveriam vir numa missão para ajudar o escritório regional a dar suporte estratégico, mas a missão foi cancelada na última hora por conta das restrições de viagem impostas pela COVID-19”, diz Abdi Farah, Conselheiro Regional para Alimentação Escolar do Escritório Eegional do WFP localizado em Dacar.
Sharon Freitas, Chefe de Programas do WFP Centro de Excelência Brasil - Foto: WFP
Sharon Freitas, Chefe de Programas do WFP Centro de Excelência Brasil – Foto: WFP
A chefe de programas do Centro de Excelência, Sharon Freitas, enfatiza a importância da rápida adaptação para que os projetos nestes países não sejam afetados. “É importante notar que nós já temos vasta experiência em apoiar países remotamente e continuaremos a dar este suporte, usando novas tecnologias”, afirmou.
O apoio dado ao escritório de Dakar é parte do desenvolvimento e implementação da Estratégia Global de Alimentação Escolar WFP 2020-2030 e é dividido em duas fases. A primeira inclui o desenvolvimento de uma nota conceitual para planejamento da implementação regional da Estratégia. Para este estágio, diversas atividades regionais foram inicialmente planejadas para acontecer no Senegal, incluindo oficinas para coleta de dados com a presença de parceiros. Como alternativa, a equipe do Centro de Excelência desenvolveu uma metodologia de pesquisa que pode ser feita remotamente, incluindo questionários e entrevistas em áudio e vídeo conferência.
Além disso, a equipe também usará a serviço de pesquisa para apoiar análise de situação, baseado num conjunto de documentos enviado pelo escritório regional. Entrevistas por telefone e chamadas em vídeo serão conduzidas com gerentes do escritório regional e representantes do WFP nos países. Isto servirá para coletar experiências locais que serão usadas como base para troca de conhecimento local entre os países participantes. A segunda etapa do trabalho é elaborar uma estratégia de implementação.
Conheça mais sobre o projeto de Trocas Virtuais do WFP aqui.
Especialistas do Centro de Excelência reuniram-se em 2019 para uma missão de avaliação a Banjul, no Gâmbia. Da esquerda para a direita: Igor Carneiro (Centro de Excelência Brasil), Abdi Farah (escritório regional em Dacar) e Bruno Magalhães (Centro de Excelência Brasil) em visita a escola-piloto do programa de alimentação escolar na região. - Foto: WFP
Especialistas do Centro de Excelência reuniram-se em 2019 para uma missão de avaliação a Banjul, no Gâmbia. Da esquerda para a direita: Igor Carneiro (Centro de Excelência Brasil), Abdi Farah (escritório regional em Dacar) e Bruno Magalhães (Centro de Excelência Brasil) em visita a escola-piloto do programa de alimentação escolar na região. – Foto: WFP
 
Posted: 31 Mar 2020 06:06 AM PDT
ACNUR realiza ações para mitigar o impacto da COVID-19 no refugiados. Foto: ACNUR
ACNUR realiza ações para mitigar o impacto da COVID-19 no refugiados. Foto: ACNUR
A COVID-19 não faz distinções. Os refugiados correm o mesmo risco de contrair e transmitir o vírus que as populações locais.

O que o ACNUR está fazendo no Brasil?

No Brasil, os efeitos da pandemia impõem desafios adicionais a um contexto já emergencial. As ações de prevenção e enfrentamento à pandemia do novo coronavírus que estão sendo adotadas pelo ACNUR e seus parceiros estão beneficiando pessoas refugiadas e as comunidades que as acolhem, evitando a transmissão da COVID-19 nestas populações:
Acesso à informação: o ACNUR está realizando sessões informativas com a população abrigada em Roraima (Boa Vista e Pacaraima) e Amazonas (Manaus). Conteúdos em espanhol e idiomas de etnias indígenas são distribuídos por meio de grupos de WhatsApp e outras redes de apoio, inclusive no Pará. O mesmo conteúdo, em português, tem sido compartilhando com as comunidades urbanas fora dos abrigos, onde vivem refugiados e migrantes venezuelanos. Estima-se que pelo menos 10 mil refugiados e migrantes venezuelanos já receberam as informações distribuídas pelo ACNUR e seus parceiros. Os materiais de informação têm como base conteúdos produzidos pela Organização Mundial da Saúde e são dispostos nos abrigos em Roraima e Amazonas, assim como em comunidades indígenas brasileiras fronteiriças, assentamentos informais e outros pontos de referência (estações rodoviárias e centros de atendimento) desta população. Por meio da plataforma HELP, o ACNUR compartilha mensagens informativas em cinco idiomas (português, espanhol, inglês, francês, árabe) com diretrizes claras de medidas preventivas que são compartilhadas em tempo real.

Distribuição de itens emergenciais: Cerca de 15 mil refugiados e migrantes venezuelanos em Pacaraima, Boa Vista, Belém e Manaus já foram beneficiados com a distribuição de aproximadamente 8.300 mil itens de assistência humanitária emergencial, como kits de higiene e limpeza, colchões, mosquiteiros, redes, roupas e fraldas para crianças e idosos. Kits adicionais serão distribuídos nas próximas semanas.
Ações coordenadas: Para fortalecer a capacidade de resposta em saúde, o ACNUR está apoiando a construção de uma área de proteção e cuidados para venezuelanos e brasileiros em Boa Vista. A construção está sendo liderada pela Força Tarefa Logística e Humanitária da Operação Acolhida, com capacidade para até 1.200 leitos, com uma área para casos suspeitos. O início de suas atividades está previsto para esta semana. Os serviços também poderão ser utilizados por moradores de outras cidades de Roraima que não tenham onde ficar em Boa Vista.
Em apoio a esta iniciativa da Operação Acolhida, o ACNUR doou 200 unidades habitacionais usadas nos abrigos para serem usadas como locais de atendimento e isolamento, além de colchões e kits de higiene.
Monitoramento: Por meio do monitoramento contínuo das fronteiras e dos aeroportos, as equipes do ACNUR e de seus parceiros trabalham para conter outros potenciais riscos adicionais envolvendo a chegada de pessoas refugiadas e solicitantes de refúgio. Assim, é possível identificar e agir em casos de tráfico humano, violência de gênero e crianças desacompanhadas.

O que o ACNUR está fazendo no mundo?

Com base na experiência adquirida em emergências de saúde anteriores (Ebola, SARS e influenza), o ACNUR está tomando ações imediatas para freiar a disseminação e responder ao surto da COVID-19 globalmente. São elas:
Irã: O ACNUR enviou 4,4 toneladas de ajuda humanitária ao Irã. Os

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