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terça-feira, 9 de abril de 2019

Boletim diário da ONU Brasil: “Especialistas reúnem-se em Genebra para consulta sobre política de avaliação do UNAIDS” e 7 outros.

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seg, 8 de abr 17:57 (há 17 horas)
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Boletim diário da ONU Brasil: “Especialistas reúnem-se em Genebra para consulta sobre política de avaliação do UNAIDS” e 7 outros.

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Posted: 08 Apr 2019 01:21 PM PDT
Michel Sidibé, diretor-executivo do UNAIDS, destacou a importância da função de verificação. Foto: UNAIDS
Michel Sidibé, diretor-executivo do UNAIDS, destacou a importância da função de verificação. Foto: UNAIDS
Especialistas reuniram-se no fim de março (29) na sede do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS (UNAIDS) em Genebra, na Suíça, para uma primeira consulta sobre a nova política de avaliação do programa da ONU, que será apresentada na reunião da Junta de Coordenação do Programa do UNAIDS (PCB) em junho.
“Não é porque algo é difícil de avaliar que isso se torna impossível”, disse uma das especialistas presentes, Anna Downie, que lidera a área de informações estratégicas da organização global Frontline AIDS.
Refletindo sobre o desafio de avaliar o advocacy, criar coalizões, gerar novas parcerias e aprimorar a capacidade das comunidades, ela acrescentou: “para ter sucesso, é essencial dar espaço para inovação, ouvir as comunidades sobre o que é importante e envolvê-las desde o início para que todos estejam procurando os mesmos resultados e a avaliação seja verdadeiramente útil”.
“Gerar avaliações independentes, confiáveis e úteis é a base do nosso trabalho”, disse Susanne Frueh, presidente do Grupo de Avaliação das Nações Unidas e presidente da consulta.
O papel central dos países no apoio à verificação forte e independente do UNAIDS foi destacado. Foram mencionadas também a necessidade de financiamento para avaliação, a independência da verificação e a transparência na nomeação do chefe de função.
A credibilidade e perícia dos funcionários do escritório de avaliação, o estabelecimento de um comitê consultivo independente e a necessidade de proteger o cargo de políticas também foram pontuados.
Michel Sidibé, diretor-executivo do UNAIDS, destacou a importância da função de verificação. “Não poderemos transformar ou sustentar nossos ganhos na resposta à AIDS se não tivermos o aprendizado claro do que estamos fazendo. Não seremos capazes de acelerar o ritmo de ação e ajudar os países a aumentar a escala se não formos capazes de compartilhar nosso trabalho e as lições aprendidas”, disse.
Os participantes concordaram que é essencial, além de assegurar um forte elemento de gênero e equidade nas avaliações, também medir o que funciona e identificar resultados nas áreas de gênero e direitos humanos, que são essenciais para a resposta à AIDS.
A triangulação de dados sobre direitos humanos com a sociedade civil é uma boa maneira de garantir que a avaliação forneça um quadro completo. A importância de avaliar o apoio fornecido pelo UNAIDS quando os principais doadores saem dos países também foi destacada.
No médio a longo prazo, os participantes destacaram a necessidade de capacitar jovens avaliadores e considerar trabalhar com o crescente número de empresas de verificação do Sul global.
A política de avaliação do UNAIDS receberá uma rodada final de comentários das partes interessadas em breve. Em seguida, passará por uma revisão por pares do Grupo de Avaliação das Nações Unidas antes de ser apresentado ao PCB do UNAIDS para aprovação.
 
Posted: 08 Apr 2019 01:06 PM PDT
Crianças são as vítimas mais vulneráveis de conflitos. A ONU e o governo internacionalmente reconhecido da Líbia lançaram um plano de resposta humanitária para o país que pretende arrecadar 202 milhões de dólares. Foto: UNOCHA/Giles Clarke
Crianças são as vítimas mais vulneráveis de conflitos. A ONU e o governo internacionalmente reconhecido da Líbia lançaram um plano de resposta humanitária para o país que pretende arrecadar 202 milhões de dólares. Foto: UNOCHA/Giles Clarke
Mais de 3.400 pessoas fugiram de confrontos perto da capital da Líbia, Trípoli, nos últimos dias, alertaram as Nações Unidas nesta segunda-feira (8), pedindo para partes conflitantes cessarem atividades militares para que serviços de emergência possam resgatar civis.
De acordo com relatos, ao menos 32 pessoas foram mortas e 50 ficaram feridas desde os confrontos na quinta-feira (4) entre forças do governo reconhecido internacionalmente e forças do comandante Khalifa Haftar no leste do país.
O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, em comunicado à imprensa emitido por seu porta-voz, Stéphane Dujarric, afirmou que acompanha de perto a situação na Líbia com “grave preocupação”. Durante visita ao país na semana passada, Guterres pediu o fim de movimentações de tropas.
Guterres disse que a Missão da ONU no país (UNSMIL) irá continuar seus trabalhos em sua sede da capital em respeito a todos os líbios. Dujarric afirmou que Ghassan Salamé, chefe da UNSMIL e representante especial da ONU, havia se encontrado com o líder do governo reconhecido internacionalmente da Líbia, Faiez Serraj, mais cedo nesta segunda-feira. Eles discutiram “maneiras com as quais a ONU pode auxiliar nesta conjuntura crítica e difícil”.
“Como o secretário-geral disse antes de deixar Benghazi na sexta-feira (5), as Nações Unidas permanecem disponíveis para facilitar qualquer solução política capaz de unificar instituições líbias”, afirmou Dujarric.
“Confrontos com armas pesadas estão afetando áreas residenciais e um número desconhecido de civis não foi capaz de fugir destes locais”, disse o porta-voz. “Estamos pedindo uma trégua humanitária temporária para permitir o fornecimento de serviços de emergência e a passagem voluntária de civis, incluindo os feridos nas áreas de conflito”.
Em comunicado divulgado mais cedo nesta segunda-feira, a coordenadora humanitária da ONU para a Líbia, Maria Ribeiro, relembrou as partes conflitantes de suas obrigações de proteger não combatentes, em linha com leis internacionais humanitárias e de direitos humanos.
Os comentários de Ribeiro ecoaram um pedido do Conselho de Segurança por um cessar-fogo, após o embaixador alemão, Christoph Heusgen, presidente do Conselho durante este mês, dizer a repórteres na sexta-feira que o órgão de 15 membros está “profundamente preocupado” com o risco de “instabilidade” na Líbia.
No domingo (7), também foi relatado que as forças do comandante Haftar realizaram um ataque aéreo nos arredores de Trípoli, que foi seguido de ataques retaliatórios contra bases aéreas no leste da Líbia por parte de forças leais ao governo reconhecido internacionalmente.
Destacando o crescente risco para migrantes e refugiados que estão em meio à ofensiva em Trípoli, Ribeiro também alertou que o conflito está intensificando a miséria para todos os que estão “detidos arbitrariamente em centos de detenção”.
O diretor da Organização Internacional pra as Migrações (OIM), António Vitorino, também alertou que a Líbia “não é um lugar seguro para retorno de migrantes que tentaram e não conseguiram chegar à Europa”. Até agora neste ano, 1.073 migrantes, incluindo 77 crianças, voltaram à Líbia após interceptação e resgate no mar, e foram colocados em detenção arbitrária.
Os comentários de Ribeiro sobre a deterioração da situação humanitária também ecoaram as condenações da Organização Mundial da Saúde (OMS) às mortes de dois médicos no fim de semana.
“É inaceitável que agentes da saúde sejam alvo durante conflitos armados”, disse Ahmed Al Mandhari, diretor regional da OMS para o Mediterrâneo Oriental. “Estes médicos arriscaram suas vidas para retirar pacientes feridos de áreas de conflito, e mirá-los e mirar centros de saúde piora a situação para civis presos no conflito”.
 
Posted: 08 Apr 2019 12:36 PM PDT
Contraste entre as desigualdades no município do Rio de Janeiro. Foto: Luiz Gonçalves Martins - ODS 10
Contraste entre as desigualdades no município do Rio de Janeiro. Foto: Luiz Gonçalves Martins – ODS 10
A Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL) das Nações Unidas, por meio de seu escritório no Brasil, convida pesquisadores, profissionais do setor privado, empresários, representantes da sociedade civil, formuladores de políticas públicas e servidores públicos a enviar estudos de casos sobre investimentos de impacto para o desenvolvimento sustentável no Brasil.
O “Big Push para a Sustentabilidade” é uma abordagem para analisar articulação e coordenação de políticas (públicas, corporativas e comunitárias, nacionais, regionais e locais, setoriais, tributárias, regulatórias, fiscais, de financiamento, de planejamento, de inovação, de capacitação, etc.) que alavanquem investimentos (nacionais e estrangeiros). O objetivo é produzir um ciclo virtuoso de crescimento econômico, gerador de emprego e renda, redutor de desigualdades e de brechas estruturais e promotor da sustentabilidade ambiental, social e econômica.
A CEPAL desenvolveu os contornos conceituais e analíticos básicos do “Big Push para Sustentabilidade”. Agora, busca reunir estudos de casos que permitam analisar as oportunidades e desafios para se colocar em marcha um grande impulso (Big Push) para um estilo de desenvolvimento mais sustentável no Brasil.
Serão entendidos como estudos de caso do “Big Push para a Sustentabilidade” experiências e exemplos de ações, medidas, planos, estratégias, programas, políticas etc. que ajudem a impulsionar um conjunto de investimentos destinado a dar maior sustentabilidade socioeconômica e ambiental ao estilo de desenvolvimento predominante local, regional ou nacionalmente. Para serem elegíveis, os estudos de caso devem ser capazes de reportar pelo menos um indicador de cada dimensão do desenvolvimento sustentável (econômico, social e ambiental), detalhados nas regras dessa chamada.
Os estudos de casos que forem considerados elegíveis formarão parte de um repositório de casos de “Big Push para Sustentabilidade no Brasil”. Aqueles considerados mais transformadores serão reconhecidos e comporão uma publicação, que deve ser apresentada em evento paralelo à 25ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP25 da UNFCCC) em Santiago, no Chile, em dezembro deste ano.
Os estudos deverão ser enviados até 11 de agosto para o endereço eletrônico CEPAL.Brasilia@cepal.org com o título “Estudo de caso Big Push para a Sustentabilidade – [título do estudo de caso]”. Solicita-se que os estudos de casos sejam apresentados de forma resumida, entre 4 mil e 6 mil palavras, para fins de consideração para publicação.
Clique aqui para acessar as regras detalhadas da chamada.
 
Posted: 08 Apr 2019 12:04 PM PDT
Clique para exibir o slide.A barragem do município de Ponto Novo (BA) atingiu sua capacidade total com o último período de chuvas na região, e os agricultores familiares do Território Piemonte Norte do Itapicuru celebraram a oferta de água e a garantia de qualidade no plantio.
Isso foi possível por conta do investimento de 14,2 milhões de reais no município, realizado pelo governo do estado, por meio do projeto Pró-Semiárido, executado pela Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR), da Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR), mediante acordo de empréstimo entre o governo da Bahia e o Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (FIDA) das Nações Unidas.
Do total de recursos, 7,5 milhões de reais foram destinados à implantação de um dispositivo de tecnologia francesa, instalado no vertedouro da barragem, elevando-o em 1,20 metro, o que aumentou a capacidade do reservatório em cerca de 24%. A iniciativa, que conta com a parceria da Companhia de Engenharia Hídrica e de Saneamento da Bahia (CERB), tem a finalidade de garantir a segurança hídrica e o desenvolvimento rural da região.
O diretor-presidente da CAR, Wilson Dias, destacou que hoje há maior oferta de abastecimento de água para consumo humano, e que a barragem atende aos municípios de Ponto Novo, Filadélfia, Caldeirão Grande, Itiúba, Senhor do Bonfim, Andorinhas e Jaguarari.
“Com a reserva hídrica ampliada, teremos daqui por diante maior estabilidade e segurança para a oferta de água de consumo humano para os municípios da região e para os pequenos irrigantes, que podem assim planejar melhor sua produção no conjunto, a emancipação econômica do Distrito de Irrigação”.

Produção com segurança

O investimento também permitiu a ampliação da área irrigada do perímetro e, para gerar trabalho e renda a 145 famílias dos movimentos sociais que ocupam a região, o Pró-Semiárido investiu também em assessoramento técnico, gestão e capacitação para implantação e manejo da cultura da mamona, objetivando a retomada do crescimento econômico e social do município.
Com a otimização do fornecimento de água, agricultores familiares como Nelci da Silva Lima comemoraram. “Antes da implantação desse projeto, aqui só via mato, hoje, já estamos plantando e colhendo quiabo, goiaba, melancia, melão, hortaliças e mamona. Usamos para nosso consumo e também vendemos na feira toda sexta”, disse.
O agricultor Agenor José dos Santos também já está se beneficiando. “A oferta de água para todos os irrigantes do período de Ponto Novo é o que almejamos. A garantia do aumento do volume de água é a garantia de que vamos produzir mais. Os irrigantes dependem de água, quando o volume de água da barragem diminui, a gente fica com medo de investir. Ter essa garantia, de molhar nosso plantio, nos dá mais confiança de investir na nossa produção”.
 
Posted: 08 Apr 2019 11:42 AM PDT
Clique para exibir o slide.Quatro jovens brasileiros participarão esta semana (8 e 9) na sede das Nações Unidas, em Nova Iorque, do Fórum da Juventude do Conselho Econômico e Social da ONU (ECOSOC), no qual discutirão temas como promoção da paz e de espaços urbanos seguros.
Thânisia Cruz, do Distrito Federal, Maria Eduarda Couto, de Pernambuco, Mauricio Peixoto, de Brasília, e Caio Medina, da Bahia, participaram do Programa Embaixadores da Juventude.
A iniciativa do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC) tem o objetivo de fortalecer a representação de jovens em situação de vulnerabilidade socioeconômica em espaços políticos de debate e negociação.
Nascida em Ceilândia e ativista pelos direitos das mulheres negras e feministas, Thânisia destacou a contribuição do programa em sua formação como líder. “Como negra e jovem, reconheço que estar no fórum é uma oportunidade para impactar a região da qual faço parte, representando o trabalho em advocacy feito pelas organizações da sociedade civil e os resultados de políticas públicas de ação afirmativa”.
Mauricio, morador do Sol Nascente, disse que “participar do Fórum da Juventude, para mim — jovem, LGBT e da periferia —, é de uma representatividade muito grande”. “Levo comigo minha cidade, minha comunidade e os jovens que inspiro com meu trabalho como professor. É uma forma de mostrar aos mais novos que a realização dos sonhos é possível”, afirmou.
Os jovens também foram convidados a compor a plenária de dois eventos paralelos ao Fórum, abordando o papel da juventude na promoção da paz e de espaços urbanos seguros.
No evento “Tomando ações: juventude como campeã da paz e da segurança”, Maria Eduarda dividirá o microfone com importantes ativistas e líderes políticos, como o governador da província de Nairóbi, no Quênia.
Já na sessão “Empoderando a juventude para promover o Objetivo do Desenvolvimento Sustentável 16 [Paz, Justiça e Instituições Eficazes]”, Mauricio compartilhará sua experiência em utilizar a educação para promover a paz, junto a outros jovens de Etiópia e Afeganistão.
Sob o tema “Empoderados, Incluídos e Iguais”, o fórum reúne mais de 500 participantes, entre jovens, ativistas e representantes governamentais de todo o mundo para debater o papel da juventude na promoção dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS).
Os resultados e discussões do fórum serão utilizados como subsídio para a tomada de decisão durante o Fórum Político de Alto-Nível do ECOSOC, direcionado a diplomatas, chefes de Estado e de governo.

Participação brasileira

Caio Medina, de 21 anos, é graduando em Farmácia pela Universidade Federal da Bahia (UFBA). Fez parte da Escola Olodum, onde participou do curso de formação de lideranças afrodescendentes.
Maria Eduarda é pernambucana e mestre em Sociologia. É também cofundadora do Projeto Compaixão, voltado para um público em vulnerabilidade social. Mauricio, de 26, é produtor cultural, professor e bailarino. É sócio fundador do Instituto do Devir Humano e Ambiental (Instituto DHAM), ONG que almeja construir, em conjunto com a comunidade, relações humanas e ambientais sustentáveis por meio de educação, cultura e espiritualidade.
Thânisia é bacharel em Letras-Francês pela Universidade de Brasília (UnB). Atua como professora na Secretaria de Educação do Distrito Federal e é membro do Coletivo Yaa Asantewaa e da Articulação Nacional de Negras Jovens Feministas.

Programa Embaixadores da Juventude

O Programa Embaixadores da Juventude foi criado em 2016 com o propósito de capacitar jovens em contextos de vulnerabilidade social na temática dos ODS. Entre as 70 pessoas já beneficiadas pelo programa, destacam-se a predominância de mulheres negras (mais de 50% de todo o grupo), participantes transexuais e quilombolas.
Thânisia e Mauricio participaram da segunda edição do curso de capacitação oferecido pelo programa, em Brasília, enquanto Maria Eduarda e Caio participaram da terceira, em Salvador (BA).
“Estar no ECOSOC é a prova de que mesmo com todas as adversidades sociais, a educação pode fazer a diferença. Estarei lá para ter uma presença representativa e forte que me faltou durante toda a minha infância e adolescência”, afirmou Caio, morador da comunidade Pela-Porco, em Salvador (BA).
Este é o quarto ano seguido em que o UNODC promove a participação de jovens brasileiros no fórum. Em 2018, Lorenna Vilas-Boas e Daniel Saraiva, também formados pelo Programa Embaixadores da Juventude, participaram da conferência e coordenaram o primeiro evento paralelo focado na América Latina, no qual se discutiu juventude e mobilidade urbana sustentável.
 
Posted: 08 Apr 2019 11:15 AM PDT
Em Dia Internacional que celebra o esporte como ferramenta para o desenvolvimento e a paz, o chefe da ONU, Ban Ki-moon, foi categórico: “jogando juntos, podemos criar o futuro que queremos”. Foto: UNICEF Brasil / Rocha
Foto: UNICEF Brasil/Rocha
O movimento é um vetor do desenvolvimento humano e deve estar acessível a todos os indivíduos. Com essa premissa, escolas da rede municipal de ensino de Maceió (AL) participam desde agosto do projeto Escolas Ativas, uma continuação da já consolidada parceria entre Secretaria Municipal de Educação (SEMED) e Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).
A iniciativa busca fazer com que as escolas sejam espaços em que as atividades físicas cotidianas e as práticas corporais – no esporte, na dança, na ginástica, na expressão corporal – sejam tratadas como um capital para a vida e, com isso, tornem as crianças e os adolescentes mais ativos no ambiente escolar e fora dele.
A gerente de projetos do PNUD e coordenadora do Escolas Ativas, Vanessa Zanella, explica que o projeto é um desdobramento dos resultados e recomendações da Pesquisa de Escolas Ativas e do Relatório de Desenvolvimento Humano Movimento é Vida. Ela relata que o objetivo é apoiar as escolas de Maceió a se tornarem mais amigas do movimento, do esporte e da atividade física.
“É um trabalho orgânico, com profissionais de dez escolas, ou seja, 10% da rede municipal, que participam do grupo Comunidades de Escolas Ativas. São professores, coordenadores, assistentes sociais etc., que se reúnem uma vez por mês para discutir maneiras de tornar as escolas mais ativas, com orientação de especialistas do PNUD”, explicou.
As escolas estão distribuídas de modo a contemplar a maioria das regiões administrativas da cidade, e o projeto busca apoiar movimentos capazes de acolher as crianças dentro do ambiente escolar, não apenas na educação física e no intervalo das aulas, mas durante todo o período escolar.
Além de apresentar melhores resultados no desempenho dos alunos, essa ação transforma o ambiente escolar, tornando-o mais livre, feliz e receptivo para jovens e crianças, impulsionando o desenvolvimento humano.
Para a secretária de Educação de Maceió, Ana Dayse Dorea, um ponto forte do projeto é o fato de as próprias escolas apontarem as melhores formas de movimentar os estudantes. “É um projeto que se encaixa muito bem com algumas iniciativas da Secretaria que são realizadas nas escolas, e nossas crianças precisam muito de ações como esta”, afirma.
O próximo encontro da Comunidade de Escolas Ativas ocorreu na sexta-feira (5). Até o momento, a iniciativa realizou dois seminários de mobilização e sensibilização da comunidade escolar; três reuniões da Comunidade de Prática; dez visitas a escolas municipais; observação em dez escolas para subsidiar diagnóstico e recomendações para o novo Caderno de Desenvolvimento Humano sobre Escolas Ativas, com apoio de pesquisadores da Universidade Federal de Alagoas (UFAL); criação de metodologia de ativação de escolas, baseada no conceito de Comunidades de Práticas; e a entrega de um aplicativo contendo a Escala de Escola Ativa, que possibilitou o mapeamento do nível escolar ativo em 96 escolas locais.
 
Posted: 08 Apr 2019 11:05 AM PDT
As inscrições poderão ser feitas de forma gratuita, entre os dias 15 de abril e 15 de junho, por Equipes de Saúde da Família, Coordenações de Atenção Básica regionais ou municipais, Secretarias Municipais de Saúde e Secretarias Estaduais de Saúde. Foto: OMS
As inscrições poderão ser feitas de forma gratuita, entre os dias 15 de abril e 15 de junho, por Equipes de Saúde da Família, Coordenações de Atenção Básica regionais ou municipais, Secretarias Municipais de Saúde e Secretarias Estaduais de Saúde. Foto: OMS
O Ministério da Saúde e a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) lançaram na sexta-feira (5) o edital do “Prêmio APS Forte para o SUS: Acesso Universal”. O objetivo é identificar, dar visibilidade, reconhecer e promover iniciativas municipais, estaduais ou regionais que tenham como foco a melhoria da atenção primária à saúde (APS), principalmente o acesso.
As inscrições podem ser feitas de forma gratuita, entre os dias 15 de abril e 15 de junho, por Equipes de Saúde da Família, Coordenações de Atenção Básica regionais ou municipais, Secretarias Municipais de Saúde e Secretarias Estaduais de Saúde.
Nesta edição do prêmio serão reconhecidas experiências organizadas a partir das seguintes linhas temáticas:
1. Adequação das estruturas e processos dos serviços de saúde para ampliar o acesso, como ampliação e flexibilização de horários de atendimento, flexibilização de agendas, acesso avançado;
2. Uso das Tecnologias da Informação e Comunicação, para ampliar o acesso, a exemplo de: formas inovadoras de comunicação entre a equipe e a comunidade, marcação não presencial de consultas, estratégias de telessaúde/telemedicina;
3. Estratégias inovadoras para ampliação da cobertura da Estratégia de Saúde da Família;
4. Estratégias inovadoras de acesso que culminaram em aumento da cobertura vacinal;
5. Novas formas de contratualização público-público ou público-privada da Estratégia de Saúde da Família que aumentaram o acesso da população;
6. Estratégias de provisão e fixação de profissionais e estruturas em áreas remotas e/ou de vulnerabilidade, com ampliação do acesso;
7. Iniciativas de ampliação do acesso da população às ações e/ou às atividades de promoção da saúde.
Os melhores trabalhos serão selecionados para compor uma publicação da OPAS sobre o tema, de forma a servirem de exemplo tanto para outras localidades brasileiras quanto para outros países. Os vencedores também serão premiados com uma viagem de estudo para conhecer uma experiência internacional, a ser indicada pela OPAS, de organização de rede de atenção à saúde centrada na atenção primária.
Acesse neste link o edital: https://www.paho.org/bra/index.php?option=com_docman&view=download&slug=premioapsforte-2019&Itemid=965.

Dia Mundial da Saúde

O lançamento do edital ocorre no marco do Dia Mundial da Saúde, 7 de abril, que tem como tema neste ano o acesso e a cobertura universal de saúde. O slogan da campanha é “Saúde universal: para todos e todas, em todos os lugares” e em 2019 se concentra na atenção primária à saúde, equidade e solidariedade.
Os países das Américas têm feito significativos progressos, que refletem no aumento de 16 anos na expectativa de vida nos últimos 45 anos e redução da mortalidade infantil. No entanto, ainda há desafios, porque esses ganhos não foram equitativos.
Por isso, a OPAS apresentará em 9 e 10 de abril, no México, o relatório da Comissão de Alto Nível “Saúde Universal no século XXI: 40 anos de Alma-Ata”. O documento fará recomendações para expandir o acesso e a cobertura de saúde na região até 2030, sem deixar ninguém para trás.
 
Posted: 08 Apr 2019 10:48 AM PDT
O relatório irá além do discurso dominante focado apenas nas disparidades de renda, considerando, também, as desigualdades em outras dimensões, como saúde, educação, acesso a tecnologias e até exposição a abalos econômicos e climáticos. Foto: Mariana Costa
O relatório irá além do discurso dominante focado apenas nas disparidades de renda, considerando, também, as desigualdades em outras dimensões, como saúde, educação, acesso a tecnologias e até exposição a abalos econômicos e climáticos. Foto: Mariana Costa
O mundo atual continua profundamente injusto — a vida e as perspectivas de um recém-nascido em um país ou em um domicílio pobre são radicalmente diferentes daquelas das crianças mais ricas.
Em todas as sociedades, formas duradouras de desigualdade persistem, enquanto lacunas se abrem em novos aspectos da vida. O Relatório de Desenvolvimento Humano de 2019, a ser lançado no último trimestre deste ano, abordará as diferentes dimensões da desigualdade no mundo, suas causas e impactos para o bem-estar.
“Embora muitos concordem que a desigualdade seja extremamente importante, o consenso sobre seu motivo e o que fazer a seu respeito é menor. Precisamos aprimorar os cálculos para melhor descrever o que é a desigualdade, e para ter uma compreensão mais profunda de como ela mudará devido às transformações econômicas, sociais e ambientais que estão em desdobramento em todo o mundo”, disse o diretor do Escritório do Relatório de Desenvolvimento Humano do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), Pedro Conceição.
“Só assim, poderemos conceber as opções políticas que possam efetivamente enfrentá-la”, completou.
O relatório irá além do discurso dominante focado apenas nas disparidades de renda, considerando, também, as desigualdades em outras dimensões, como saúde, educação, acesso a tecnologias e até exposição a abalos econômicos e climáticos.
Ele usará novos dados e métodos que irão destacar — de uma forma que as métricas baseadas em médias não conseguem — como a desigualdade afeta a vida das pessoas. Além disso, terá visão de longo prazo, em direção a 2030 e ao cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).
“Estamos testemunhando convergências e divergências no desenvolvimento humano. Por exemplo, em muitos países hoje, quando falamos sobre o acesso ao ensino fundamental, não há mais discrepâncias. Contudo, as diferenças entre crianças de famílias pobres e ricas estão aumentando tanto na primeira infância quanto na qualidade da educação”, disse Conceição.
“Essas desigualdades terão consequências para a vida toda, particularmente devido às rápidas mudanças tecnológicas, que provavelmente impactarão o mercado de trabalho. Esse é apenas um exemplo de por que nossa análise da desigualdade deve ir além da renda, além das médias e além do presente”, completou.
O relatório de 2019 baseia-se na história do desenvolvimento humano e apresenta, de forma inovadora, as novas medidas de desenvolvimento e as novas parcerias com especialistas globais do World Inequality Lab, do LIS Cross-National Data Center em Luxemburgo, entre outros.
Clique aqui para acessar mais informações sobre o relatório (em inglês).
 
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