Boletim diário da ONU Brasil: “Sobrevivente do genocídio em Ruanda reconta sua história 25 anos depois” e 13 outros.
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sex, 12 de abr 18:11 (há 4 dias)
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Posted: 12 Apr 2019 01:49 PM PDT
Esther Mujawayo-Keiner, sobrevivente do genocídio de 1994 em Ruanda, conta sua história durante evento em Nova Iorque. Foto: ONU/Eskinder Debebe
“Milagrosamente não tenho marcas de machete”, disse uma sobrevivente do genocídio contra os tutsis em Ruanda, 25 anos depois do sistemático massacre de mais de 1 milhão de pessoas em cerca de três meses. Em evento solene nesta sexta-feira (12) em Nova Iorque, no salão da Assembleia Geral das Nações Unidas, Esther Mujawayo-Keiner disse que “a maior parte dos sobreviventes que temos hoje foi quebrada em seus corpos ou em suas almas”.
O genocídio começou em 7 de abril de 1994 e terminou em julho do mesmo ano. Em média, 8 mil pessoas morreram por dia.
Ela relembrou como o genocídio matou quase toda sua família direta, incluindo seus pais, a maioria de seus irmãos e seu marido. Ela pensou que poderia ser a última mulher viva, “porque era quase impossível sobreviver”.
Mas, aos poucos, descobriu que havia outras viúvas – um novo tipo de família – que a ajudaram e fizeram com que não estivesse mais “morta por dentro”. Juntas, as viúvas e outras sobreviventes mulheres fundaram a associação AVEGA.
Cuidado com “tendências perigosas”
O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, se referiu ao genocídio como “um dos capítulos mais sombrios da história humana recente”, que mirou em grande parte a etnia tutsi, mas também hutus moderados e outros grupos que se opuseram.
“Hoje nos solidarizamos com o povo de Ruanda”, disse Guterres aos presentes no encontro, pedindo para todos reconhecerem as “perigosas tendências de crescente xenofobia, racismo e intolerância”.
Chamando a atual proliferação de discursos de ódio e incitações à violência de “uma afronta aos nossos valores” e de ameaça “aos direitos humanos, à estabilidade social e à paz”, Guterres disse que estas são “as tendências perigosas” que estavam “claramente presentes em Ruanda imediatamente antes do genocídio”.
“O evento de hoje nos dá uma oportunidade de mais uma vez levantarmos nossas vozes contra o racismo, a xenofobia e as intolerâncias relacionadas, incluindo discriminação social e étnica, ódio contra muçulmanos e antissemitismo”, afirmou o chefe da ONU.
“Quando ocorrerem, estes males devem ser identificados, confrontados e cessados para impedir que levem, como fizeram no passado, a crimes de ódio e genocídio”.
Reconstrução
O presidente de Ruanda, Paul Kagame, atestou em discurso o espírito de luta de seu país, de como saiu da escuridão para a esperança, e afirmou que honra e prevenção são atos de memória.
“Nós honramos as vítimas. Nós honramos a coragem dos sobreviventes e nós honramos a maneira como ruandeses se juntaram para reconstruir nossa nação”, disse.
Citando “negação e banalização” como a base do genocídio, Kagame afirmou que “conter a negação é essencial para quebrar o ciclo e prevenir qualquer recorrência”.
Ele destacou que Ruanda está entre os cinco maiores contribuintes às missões de paz da ONU, explicando que sua nação contribui com soldados e policiais por “valores instilados por nossa trágica história”.
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Posted: 12 Apr 2019 01:05 PM PDT
Manifestantes protestam do lado de fora da sede das Forças Armadas na capital do Sudão, Cartum, em 11 de abril de 2019. Foto: ONU Sudão/Ayman Suliman
O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, afirmou na quinta-feira (12) que as “aspirações democráticas do povo sudanês” precisam ser transformadas em realidade através de um processo de transição apropriado, após a queda do presidente Omar al-Bashir, preso por ordens do novo conselho militar que passou a governar o país.
Em anúncio sobre o fim do regime de Bashir via TV estatal, o ministro da Defesa do Sudão afirmou que o presidente estava sendo mantido em “local seguro” e que o Exército irá supervisionar um período de dois anos de transição até o retorno de um governo totalmente civil.
Em comunicado emitido em Nova Iorque por seu porta-voz, Guterres disse que irá continuar monitorando de perto os desdobramentos da situação no país, e reiterou seu pedido de calma.
No entanto, na noite de quinta-feira (11), de acordo com a mídia internacional, milhares de sudaneses desafiaram um toque de recolher imposto pelo Exército e foram às ruas da capital, Cartum.
O toque de recolher exigia que cidadãos ficassem fora das ruas das 22h às 4h, e a quebra da regra levantou temores de novos casos de violência entre manifestantes e forças da segurança, assim como possíveis confrontos entre milícias e unidades militares.
Nesta sexta-feira (12), a alta-comissária das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Michelle Bachelet, relembrou autoridades sudanesas de seus deveres de garantir a proteção de todos.
“Este é um momento muito crítico e volátil para o Sudão e há uma profunda incerteza e inquietação sobre o futuro”, disse.
“Estamos monitorando de perto os desdobramentos e pedimos para autoridades se absterem de usar força contra manifestantes pacíficos, e garantirem que forças da segurança e autoridades judiciais ajam de acordo com o Estado de Direito e com as obrigações internacionais do Sudão com direitos humanos”.
Em entrevista coletiva a jornalistas em Genebra, a porta-voz do escritório de Bachelet, Ravina Shamdasani, disse que o fato de não ter havido violência à noite na capital é encorajador, “mesmo que o toque de recolher imposto não tenha sido respeitado por manifestantes pacíficos”.
A porta-voz também destacou relatos não confirmados de que alguns presos políticos teriam sido libertados, e instou autoridades a fazê-lo.
Em comunicado publicado na quinta-feira (11), especialistas independentes da ONU condenaram relatos de uso excessivo da força contra manifestantes pacíficos no país.
Mais de 20 pessoas foram assassinadas e mais de 100 ficaram feridas desde 6 de abril, disseram os especialistas, acrescentando terem recebido informações de prisões disseminadas e ataques contra jornalistas cometidos pelas forças de segurança.
Os especialistas disseram que em uma das manifestações pacíficas em frente à sede das Forças Armadas sudanesas em Cartum, os Serviços Nacionais de Inteligência e Segurança usaram munição letal e gás lacrimogêneo para dispersar manifestantes, fazendo com que o Exército interviesse para protegê-los.
O comunicado foi assinado por Aristide Nononsi, especialista independente da ONU para a situação dos direitos humanos no Sudão; Clement Nyaletsossi Voule, relator especial da ONU para o direito à reunião pacífica e associação; Michel Forst, relator especial da ONU para a situação dos defensores de direitos humanos; David Kaye, relator especial da ONU para a promoção e proteção do direito à liberdade de opinião e expressão.
Destacando os relatos recentes da formação de um conselho militar, os especialistas pediram para autoridades responderem às “queixas legítimas do povo”. “Neste momento de crise, o exercício dos direitos à liberdade de expressão e à liberdade de assembleia pacífica precisa ser protegido e garantido”, disseram Voulé e Kaye.
Os protestos começaram há quase quatro meses, quando o governo tentou aumentar o preço do pão e de matérias-primas básicas. “O povo sudanês, incluindo defensores dos direitos humanos, tem direito de expressar suas opiniões e preocupações através de meios pacíficos, em especial sobre questões que envolvem direitos fundamentais”, acrescentou Forst.
Transição de volta a regime civil “pode ser encurtada”
Em discurso ao Conselho de Segurança na manhã desta sexta-feira, o vice-embaixador do Sudão, Yasir Abdullah Abdelsalam, disse que a imposição pelo conselho militar sudanês de um estado de emergência de três meses foi feita em resposta “às exigências das multidões”. Além do estado de emergência e do toque de recolher, a Constituição também foi suspensa.
Ele disse que o conselho militar está comprometido em respeitar todos os acordos internacionais e com uma “transição pacífica”, na qual irá garantir um retorno a um governo civil.
“Nenhum partido será excluído” do futuro processo eleitoral, acrescentou, incluindo grupos armados. Abdelsalam disse a membros do Conselho que a suspensão da Constituição “pode ser desfeita a qualquer momento” e que o período de transição para um governo civil “pode ser encurtado, dependendo dos desdobramentos e dos acordos firmados entre as partes envolvidas”.
“Qualquer processo democrático exige tempo e isto não pode ser ameaçado. Não desejamos ver o nascente processo democrático gradual se desfazer, em nome da democracia”, afirmou.
Respostas rápidas do fundo de emergências da ONU
Também na quinta-feira, o chefe humanitário da ONU, Mark Lowcock, liberou uma verba de 26,5 milhões de dólares do fundo de emergências para fornecer assistência alimentar, nutricional, sanitária e de saúde para mais de 800 mil pessoas afetadas por uma crise econômica e insegurança alimentar nos sete estados no Sudão, nos próximos seis meses.
“A crise econômica teve efeitos duros sobre a situação humanitária mais ampla, que vai bem além da insegurança alimentar. Preços mais altos de alimentos significam que famílias estão comendo menos alimentos nutritivos e mais crianças pequenas e mulheres grávidas estão doentes. Famílias lutam para arcar com tratamentos médicos”, disse Lowcock.
A verba do fundo de emergência tem como alvo pessoas deslocadas internamente, refugiados, comunidades de acolhimento, e residentes vulneráveis em áreas com aumentos acentuados em insegurança alimentar.
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Posted: 12 Apr 2019 12:35 PM PDT
Vista do Saco de São Francisco do Parque da Cidade de Niterói. Foto: Wikipedia (CC)/Claudney Neves
O Programa das Nações Unidas para Assentamentos Humanos (ONU-HABITAT) e a Prefeitura de Niterói (RJ) realizam de 2 a 9 de maio o Laboratório #ODSWeek, cujo objetivo é promover a inovação e construir soluções criativas para desafios da cidade relacionados aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).
Durante uma semana, os interessados irão receber conteúdos diários sobre metodologias participativas, co-criação de ideias inovadoras e a importância das políticas baseadas em evidências. As inscrições vão até 2 de maio.
Os servidores municipais poderão também participar do Prêmio ODS Week, que irá reconhecer e premiar as melhores soluções para desafios prioritários que afetam o desenvolvimento da cidade de Niterói.
No dia 2, haverá um workshop de abertura, no qual convidados de organizações do setor público e da sociedade civil compartilharão experiências e melhores práticas em inovação.
A atividade faz parte do projeto Sistemas de Responsabilidade Pública para medir, monitorar e informar sobre políticas urbanas sustentáveis na América Latina.
Para se inscrever e saber mais sobre os desafios e a programação do evento, acesse www.odsweek.seplag.niteroi.rj.gov.br
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Posted: 12 Apr 2019 11:39 AM PDT
A terceira reunião técnica internacional sobre mobilidade humana de venezuelanos nas Américas (Quito III) foi concluída na quinta-feira (11). Foto: OIM
A terceira reunião técnica internacional sobre mobilidade humana de venezuelanos nas Américas (Quito III) foi concluída na quinta-feira (11) com uma declaração que destaca a importância da cooperação internacional e da coordenação, comunicação e articulação entre os governos dos países receptores de refugiados e migrantes na região.
A reunião reconheceu os avanços na atenção a pessoas em situação de vulnerabilidade. Os países participantes reafirmaram seu compromisso com a continuidade do Processo de Quito, e concordaram que a Argentina assumirá o próximo capítulo do processo em Buenos Aires, em julho.
A terceira reunião do Processo de Quito reuniu 14 países latino-americanos, agências das Nações Unidas, organismos de cooperação internacional e bancos de desenvolvimento.
Durante a reunião, foram apresentados resultados do plano de ação adotado anteriormente e se concordou em estabelecer mecanismos de acompanhamento do processo. Além disso, foram analisadas as necessidades de financiamento aos países da região.
A reunião de Quito III permitiu fazer um balanço positivo dos mecanismos de permanência regular, e os países concordaram em continuar trabalhando na troca de boas práticas com o objetivo de fortalecer a proteção da população venezuelana no nível regional.
“Os esforços de apoio no nível regional devem ser redobrados em vários aspectos, mas especialmente no contexto da assistência humanitária e na cooperação internacional”, disse Eduardo Stein, representante especial conjunto da Agência da ONU para Refugiados (ACNUR) e da Organização Internacional para as Migrações (OIM) para refugiados e migrantes da Venezuela.
“É fundamental proporcionar a inclusão social-laboral dos refugiados e migrantes venezuelanos para que acessem o trabalho formal sem exploração laboral de venezuelanos e sem uma queda de salários para os cidadãos nacionais das comunidades receptoras”, disse Diego Beltrand, diretor regional da OIM para a América do Sul.
Organizações de cooperação internacional e organismos financeiros como o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e o Banco Mundial participam do processo de Quito. Um tema prioritário identificado foi a necessidade de uma maior cooperação internacional e participação de mecanismos de cooperação financeira.
“A cooperação internacional é chave para poder responder ao deslocamento massivo de pessoas venezuelanas”, disse José Samaniego, coordenador regional do ACNUR para a situação da Venezuela. Além disso, completou: “agradecemos todos os doadores e parceiros estratégicos que estão nos acompanhando neste processo”.
Entre os representantes da cooperação internacional, esteve presente Nancy Izzo Jackson, secretária de Estado Adjunta para o Escritório de População, Refugiados e Migração dos Estados Unidos.
A reunião faz parte de um processo iniciado com o primeiro encontro de Quito em setembro de 2018, no qual se analisou a situação humanitária das pessoas venezuelanas em movimento na região. Na segunda reunião de Quito (novembro do ano passado), foi aprovado um plano de ação com o apoio das organizações do Sistema ONU. O passo seguinte do processo ocorrerá em Buenos Aires, em 4 e 5 de julho.
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Posted: 12 Apr 2019 11:19 AM PDT
Na atividade, foram discutidos assuntos relacionados ao sistema internacional de direitos humanos. Foto: ACNUDH
O Escritório Regional para América do Sul do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (ACNUDH) realizou esta semana (9 e 10) uma oficina em Montevidéu, no Uruguai, destinada a representantes de organizações de mulheres afrodescendentes e indígenas dos países do Mercosul.
Dirigida a mais de 40 mulheres integrantes e representantes de organizações da sociedade civil, mulheres indígenas e afrodescendentes de Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai, a oficina teve como objetivo fornecer ferramentas para fortalecer ações de incidência e demandas em direitos humanos.
Na atividade, foram discutidos assuntos relacionados ao sistema internacional de direitos humanos, aos mecanismos universais de direitos humanos e mecanismos que trabalham na luta contra a discriminação racial e por gênero.
As sessões de treinamento foram realizadas por Melanie Santizo, oficial de direitos humanos do Escritório Regional do ACNUDH, e Graciela Dede, assessora de direitos humanos do ACNUDH no Uruguai.
A iniciativa foi organizada pela Reunião de Ministras e Altas Autoridades da Mulher de Mercosul (RMAMM) e pela embaixada da Espanha no Uruguai, por meio da Agência Espanhola de Cooperação Internacional para o Desenvolvimento (AECID).
A iniciativa foi apoiada pela Reunião de Autoridades de Povos Indígenas do Mercosul (RAPIM) e pela Reunião de Autoridades sobre os direitos dos Afrodescendentes do Mercosul (RAFRO).
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Posted: 12 Apr 2019 11:11 AM PDT
Em dezembro de 2017, a Assembleia Geral das Nações Unidas aprovou resolução criando a Década da ONU para a Agricultura Familiar (2019-2028). Foto: MDA
A Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) e o Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (FIDA) realizam no fim de maio em Roma, na Itália, o lançamento oficial da Década das Nações Unidas para a Agricultura Familiar.
O lançamento ocorrerá em 29 de maio e será precedido, em 27 e 28 de maio, de sessões de troca de conhecimento entre agricultores e diálogos regionais sobre as prioridades na celebração. Os eventos terão a presença de representantes de governos, organizações da sociedade civil e acadêmicas, produtores e setor privado.
Em dezembro de 2017, a Assembleia Geral das Nações Unidas aprovou resolução criando a Década das Nações Unidas para a Agricultura Familiar (2019-2028). A resolução instou FAO e FIDA a liderar a década, em colaboração com outras organizações relevantes do Sistema ONU.
As partes interessadas, tais como organizações internacionais e regionais, sociedade civil, setor privado e instituições acadêmicas, foram convidadas a apoiar ativamente a celebração.
Segundo a FAO, a família e o campo representam uma unidade que evolui de forma contínua e desempenha funções econômicas, ambientais, sociais e culturais na economia rural mais ampla e nas redes territoriais em que estão integradas.
Os agricultores familiares gerenciam sistemas agrícolas diversificados e preservam os produtos alimentares tradicionais, o que contribui para permitir dietas equilibradas e proteger a agrobiodiversidade global.
Também salvaguardam as culturas locais e gastam seus rendimentos nos mercados locais e regionais, gerando assim numerosos empregos agrícolas e não agrícolas. “Portanto, os agricultores familiares têm um potencial único para aumentar a sustentabilidade da agricultura e dos sistemas alimentares, por isso, um ambiente regulatório favorável é essencial para apoiá-los”, disse a organização.
A agricultura familiar produz mais de 80% dos alimentos consumidos no mundo e, ao mesmo tempo, contribui para ampliar a sustentabilidade ambiental da agricultura, preservando e restaurando a biodiversidade e os ecossistemas. Também fornece alimentos tradicionais e nutritivos e contribui para possibilitar dietas equilibradas e manter o patrimônio cultural nas áreas rurais.
A finalidade da Década é focar os esforços da comunidade internacional com vistas a trabalhar, coletivamente, na formulação e implementação de políticas econômicas, ambientais e sociais voltadas à criação de um ambiente propício e ao fortalecimento da agricultura familiar.
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Posted: 12 Apr 2019 10:50 AM PDT
Clique para exibir o slide.Quando a família e os vizinhos de Salma Karim* descobriram que ela vivia com HIV, eles a expulsaram de casa. Sem ter para onde ir, ela foi forçada a deixar seus dois filhos pequenos para trás. Esta não é uma história incomum no Egito, onde uma em cada cinco pessoas vivendo com o vírus diz ter sido forçada a sair de casa por locatários, familiares ou vizinhos.
Altos níveis de estigma e discriminação impulsionam novas infecções por HIV no país, que duplicaram entre 2010 e 2016. Mulheres e adolescentes geralmente são as mais vulneráveis.
Normas sociais, desigualdade de gênero, dependência econômica, discriminação legal e práticas nocivas afetam as mulheres desproporcionalmente, tornando-as mais vulneráveis ao HIV e enfrentando ainda mais estigma e discriminação no caso de infecção pelo vírus.
Em 2016, o UNAIDS, em parceria com o Ministério da Saúde e População do Egito, uniu esforços para desenvolver uma resposta transformadora de igualdade de gênero à epidemia do HIV.
Com financiamento do governo holandês, foi lançado um projeto-piloto “Aprimorando a Saúde Sexual e Reprodutiva de Mulheres Vivendo com HIV e Afetadas pelo Vírus”. Três anos depois, o projeto já dobrou seu alcance, fornecendo serviços de saúde sexual e reprodutiva de qualidade livre de estigmas para seus beneficiários.
“Perdi meu primeiro filho porque não sabia que vivia com HIV”, explica Nour Tarek. Foi em um dos locais do projeto-piloto, em Giza, que ela recebeu o apoio para acessar seus direitos reprodutivos livre de discriminação. “Eu recebi acompanhamento médico no hospital e engravidei novamente.”
Graças ao medicamento antirretroviral que recebeu durante a gravidez, seu bebê Mona não vive com HIV. “Ainda temos que continuar fazendo o teste até que ela esteja mais velha para ter certeza de que está bem”, explica Tarek.
Tendo provado seu sucesso, o projeto-piloto está sendo ampliado para um terço das províncias do país. O objetivo é oferecer saúde sexual e reprodutiva de alta qualidade e serviços de HIV para 1.300 mulheres vivendo com HIV e para 3.000 mulheres em maior risco de infecção.
Seu foco na capacitação de prestadores de serviços de saúde e organizações da sociedade civil será fundamental para evitar o estigma e a discriminação no futuro, que atualmente leva uma em cada quatro pessoas vivendo com HIV no Egito a não divulgar seu estado sorológico para o HIV ao buscar atendimento.
Durante visita ao Cairo na terça-feira (9), o diretor-executivo do UNAIDS, Michel Sidibé, e o embaixador dos Países Baixos no Egito, Laurens Westhoff, discutiram a ampliação do projeto.
Implementado por meio de uma nova doação holandesa de três anos, os serviços ampliados complementarão os esforços nacionais para alcançar a ambiciosa nova Estratégia Nacional de Combate à AIDS 2018-2020 do Egito e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.
*nomes fictícios
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Posted: 12 Apr 2019 10:30 AM PDT
As cidades desempenham um papel essencial na epidemia e na resposta ao HIV. Foto: UNAIDS
As cidades desempenham um papel essencial na epidemia e na resposta ao HIV. Atualmente, mais da metade da população mundial vive em cidades e, na maioria dos países, elas representam uma proporção alta e crescente das cargas nacionais de HIV.
É o caso de Kigali, em Ruanda, que detém 25% da carga nacional de HIV do país. No caso de Jacarta, o município representa apenas 4% da população total da Indonésia, mas responde por 17% da carga nacional de HIV.
As duas fazem parte do grupo de 10 cidades prioritárias que foram incluídas no primeiro ano do projeto Cidades Fast-Track (Aceleração da Resposta nas Cidades), uma iniciativa conjunta do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS (UNAIDS) com a Associação Internacional de Prestadores de Serviços para a AIDS (IAPAC, na sigla em inglês).
A dinâmica e as redes desenvolvidas nas cidades podem contribuir para um aumento do risco de transmissão do HIV. Por outro lado, as cidades também oferecem vantagens e oportunidades importantes para programas, ações efetivas e inovações para acabar com a epidemia de AIDS.
O Projeto Cidades Fast-Track oferece apoio técnico estratégico essencial para cidades com cargas elevadas de HIV, a fim de ajudá-las a alcançar as metas 90–90–90 e acabar com a epidemia de AIDS nas cidades até 2030.
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Posted: 12 Apr 2019 10:16 AM PDT
O Centro de Excelência contra a Fome – fruto de uma parceria entre o governo brasileiro e o Programa Mundial de Alimentos (PMA) – lançou na semana passada (5) seu relatório anual de 2018, que analisa os impactos de suas atividades em países parceiros.
Ao longo do ano, o Centro de Excelência realizou ações para o fortalecimento dos programas de alimentação escolar em 17 países, o que beneficiou aproximadamente 4 milhões de crianças e milhares de agricultores familiares.
O Centro de Excelência presta apoio contínuo a 30 países no desenvolvimento de capacidades para eliminar a fome. O órgão oferece assistência técnica e apoio remoto de acordo com o contexto e as demandas de cada país.
Em 2018, 17 países (Benim, Burkina Faso, Burundi, Camboja, Costa do Marfim, Gâmbia, Guiné-Bissau, Laos, Libéria, Moçambique, Nepal, Quênia, São Tomé e Príncipe, Senegal, Serra Leoa, Tanzânia e Togo) receberam apoio direto do Centro para fortalecer as capacidades nacionais para promover o desenvolvimento sustentável. O resultado dessas ações foi o aprimoramento das políticas e programas nacionais de alimentação escolar e seus componentes e sistemas.
Alguns países fornecem bons exemplos do tipo de impacto que as atividades de Cooperação Sul-Sul do Centro de Excelência podem gerar. Com o apoio técnico do Centro, o Quênia aprovou uma Estratégia Nacional de Nutrição e Alimentação Escolar que pretende atingir 1,6 milhão de crianças nos próximos cinco anos.
O Benim aperfeiçoou os marcos de seu programa, o que contribuiu para a alocação de 80 milhões de dólares do orçamento do governo para fortalecer o programa de alimentação escolar realizado em parceria com o PMA.
A Costa do Marfim aprovou uma política de alimentação escolar e uma estratégia para realizar a transição do programa operado pelo PMA para um programa nacional. Já o Burundi aprovou sua política nacional e Burkina Faso está trabalhando na elaboração de uma estratégia de alimentação escolar.
Algodão e segurança alimentar
Benim, Moçambique, Quênia e Tanzânia fazem parte do projeto Além do Algodão, que pretende ampliar a segurança alimentar e nutricional de agricultores familiares produtores de algodão.
O projeto é uma iniciativa do Centro de Excelência do PMA e da Agência Brasileira de Cooperação (ABC) em parceria com o Instituto Brasileiro do Algodão. Ele abarca uma visão panorâmica do sistema de produção de algodão ao unir agricultura regenerativa, nutrição, redução da pobreza e desenvolvimento regional.
O projeto oferece apoio a produtores de algodão e a instituições públicas nesses quatro países africanos para viabilizar a comercialização de subprodutos do algodão, como o óleo, e de culturas alimentares associadas ao algodão, como milho, sorgo e feijão.
Atividades de influência da agenda pública
Os eventos de alto nível que o Centro de Excelência apoiou tiveram como objetivo fortalecer a Cooperação Sul-Sul para a eliminação da fome e levaram ao estabelecimento de novas parcerias.
Um exemplo é o Fórum Global de Nutrição Infantil, realizado na Tunísia com 350 participantes de 50 países, que fizeram um ousado chamado à ação: os países devem tomar para si a responsabilidade pela implementação de seus programas de alimentação escolar.
O projeto Além do Algodão foi apresentado na Conferência de Sustentabilidade no Comércio Têxtil em Milão e a participação no evento abriu várias oportunidades para a expansão do alcance e do impacto da iniciativa.
Celebrada no Zimbábue, a terceira edição do Dia Africano de Alimentação Escolar marcou o compromisso do continente em promover a alimentação escolar. O Centro de Excelência, membro do Grupo de Trabalho da União Africana para a Alimentação Escolar, vem colaborando com a União Africana desde 2015 e foi um dos organizadores do Dia Africano de Alimentação Escolar desde a primeira edição, em 2016.
Clique aqui para acessar o relatório.
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Posted: 12 Apr 2019 10:06 AM PDT
Foto: Arquivo/Seed/Sergipe
Foi lançada na quarta-feira (10) a Frente Parlamentar Mista da Educação, no auditório Nereu Ramos, da Câmara dos Deputados, em Brasília (DF). A frente reúne deputados federais e senadores que priorizam as pautas de educação, além de organizações da sociedade civil ligadas ao tema.
O objetivo é que a frente colabore com o desenvolvimento de políticas públicas com vistas a direcionar, estruturar e garantir ao Brasil plenas condições de oferecer uma educação de qualidade.
“A tarefa que a frente se coloca é que possamos, a partir de diferentes representações, construir um movimento que acredite e torne a educação como uma urgência e uma emergência. Acreditamos que o momento é diferente e existe uma sinergia para a construção dessa educação de qualidade”, explicou a presidente da frente, a deputada federal Dorinha Seabra.
Presente no lançamento, a coordenadora de Educação da UNESCO no Brasil, Rebeca Otero, disse que “iniciativas como essa são essenciais para se garantir uma educação inclusiva, equitativa e de qualidade para todos”.
“A UNESCO acredita que o parlamento é o local ideal para se debater os temas educacionais e esse diálogo deve ser ampliado, como propõe a frente, com deputados e senadores debatendo e fazendo com que a melhoria da educação seja realmente uma prioridade de toda a sociedade”.
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Posted: 12 Apr 2019 09:59 AM PDT
Diretora da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS/OMS), Carissa F. Etienne. Foto: UNIC Rio/Brenno Felix
Para ajudar os países das Américas a alcançar a saúde universal, a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) lançou o Pacto Regional pela Atenção Primária à Saúde para a Saúde Universal: APS 30-30-30. O documento estabelece metas para eliminar barreiras ao acesso à saúde e aumentar em 30% o financiamento para o primeiro nível de atenção até 2030.
O pacto foi apresentado na quarta-feira (10) após o lançamento do relatório da Comissão de Alto Nível “Saúde Universal no Século XXI: 40 anos de Alma-Ata”, que destaca que alcançar saúde para todos só é possível se for assegurado o direito à saúde, modelos de atenção baseados na APS, atenção centrada nas necessidades das pessoas, financiamento efetivo, colaboração multissetorial e participação social.
“Sem esses recursos, nunca poderemos responder às diversas necessidades de saúde das pessoas e das comunidades. Sem um primeiro nível de atenção integral e a participação comunitária em sua governança, nunca poderemos realizar a promessa da atenção primária à saúde. E sem um forte primeiro nível de atenção, nunca poderemos alcançar a saúde universal”, afirmou a diretora da OPAS, Carissa F. Etienne.
Entre as metas que a OPAS propõe aos países estão: reduzir em pelo menos 30% as barreiras que impedem o acesso à saúde até 2030 e destinar ao menos 30% de todo o orçamento da saúde pública ao primeiro nível de atendimento até 2030.
Da mesma forma, o pacto faz um chamado para transformação dos sistemas de saúde em modelos de atenção equitativos, integrais e inclusivos, baseados na atenção primária.
“O desenvolvimento de modelos de atenção baseados na APS, com ações intersetoriais e com os recursos humanos, financeiros e tecnológicos necessários, é fundamental para eliminar as desigualdades e alcançar a saúde universal na região”, afirmou James Fitzgerald, diretor de Sistemas e Serviços de Saúde da OPAS.
Atualmente, estima-se que 30% da população das Américas não tenha acesso aos cuidados de saúde de que necessita. Entre as barreiras que impedem esse acesso estão as financeiras, geográficas, institucionais, sociais e culturais, que constituem os principais impedimentos para a equidade, a saúde e o desenvolvimento no século 21.
Em média, os países da região investem 4,2% do seu Produto Interno Bruto (PIB) em saúde, abaixo do mínimo de 6% recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Dessa porcentagem, os países alocam uma média de 26% de seus orçamentos de saúde ao primeiro nível de atenção.
O novo Pacto APS 30-30-30 pela Saúde Universal é a resposta imediata da OPAS às dez recomendações da Comissão Saúde Universal no Século 21 e um chamado aos Estados-membros para que acelerem a resposta regional, a fim de alcançarem a saúde para todos em linha com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).
A aplicação dessas recomendações “catalisará a transformação de que necessitamos para alcançar a Saúde Universal até 2030”, disse Etienne.
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Posted: 12 Apr 2019 08:48 AM PDT
“Uma Vitória Leva à Outra” é um programa conjunto entre a ONU Mulheres e o Comitê Olímpico Internacional, em parceria com as ONGs Women Win e Empodera. Foto: ONU Mulheres
A ONU Mulheres estará presente na primeira edição do Congresso Olímpico Brasileiro, que acontece no no sábado (13), no WTC, em São Paulo, e é organizado pelo Instituto Olímpico Brasileiro, área de Educação do Comitê Olímpico do Brasil (COB).
Em seu estande, além de apresentar os resultados do bem-sucedido programa de esportes voltado para meninas adolescentes, Uma Vitória Leva à Outra, a ONU Mulheres promoverá diálogos e distribuirá materiais informativos para atletas, treinadores, dirigentes, gestores e demais participantes do congresso.
“Como o esporte é um produto da sociedade em que vivemos, é bastante comum que os ambientes esportivos reproduzam valores machistas e perpetuem as desigualdades de gênero. Por outro lado, se bem utilizado, o esporte é uma ferramenta poderosa para o empoderamento de meninas e mulheres e para a desconstrução dos estereótipos nocivos entre os mais diversos públicos”, afirma Carolina Ferracini, gerente do programa Uma Vitória Leva à Outra.
Visitantes do estande também serão convidados e convidadas a aderir ao movimento global ElesPorElas (HeForShe), que pretende mobilizar homens e meninos de todo o mundo a se posicionar e adotar ações rumo ao alcance da igualdade de gênero nas mais diversas áreas da vida.
A ONU Mulheres também firmou parceria com a Rádio Globo/CBN e promoverá uma mesa-redonda durante o programa “Convocadas” para discutir barreiras enfrentadas pelas meninas e mulheres no esporte e refletir sobre o papel dos homens na busca por soluções eficientes.
O debate abordará de que forma eles podem lutar para que elas tenham os mesmos direitos e oportunidades de acessar e permanecer nos esportes, além de condições igualitárias para seu pleno desenvolvimento tanto no esporte educacional quanto no esporte de alto rendimento.
Além de contar com as três jornalistas que apresentam o programa – Vanessa Riche, Camila Carelli e Renata Mendonça –, a ONU Mulheres convidou para debater o tema a blogueira e palestrante sobre empoderamento feminino no esporte Júlia Vergueiro, o integrante da comissão técnica de futebol feminino do Centro Olímpico de São Paulo, Rodrigo Coelho, e a medalhista olímpica e jogadora de futebol Rosana Augusto.
Essa edição do programa “Convocadas” será gravada diretamente do Congresso Olímpico do Brasil e vai ao ar ao vivo no sábado às 14h.
Uma Vitória Leva à Outra
“Uma Vitória Leva à Outra” é um programa conjunto entre ONU Mulheres e Comitê Olímpico Internacional, em parceria com as ONGs Women Win e Empodera. Ele visa garantir que meninas e mulheres possam participar, trabalhar, governar e desfrutar do esporte em igualdade de condições.
O programa foi reconhecido como um legado dos Jogos Olímpicos Rio 2016 e, em sua segunda fase, de 2018 a 2021, treina organizações esportivas a trabalhar com o empoderamento de meninas através do esporte e, assim, garantir resultados de longo prazo na quebra do ciclo da violência.
Tem também como eixos de trabalho a criação de uma coalizão de organizações para o alcance da igualdade de gênero no esporte no Brasil; a promoção do tema por meio da mídia, de eventos esportivos e da parceria com atletas; além da inclusão de uma perspectiva de gênero em programas e políticas do Comitê Olímpico do Brasil e, por consequência, das demais organizações esportivas.
ElesPorElas (HeForShe)
ElesPorElas é um movimento de solidariedade pela igualdade de gênero, desenvolvido pela ONU Mulheres para envolver homens e meninos como defensores e agentes de mudança para o alcance da igualdade de gênero e a garantia dos direitos das mulheres.
Eles são encorajados a usar suas vozes e a agir contra as desigualdades enfrentadas por mulheres e meninas. Trata-se da elaboração de uma visão compartilhada de avanço humano para todos – a criação de um movimento de solidariedade entre mulheres e homens para o alcance da igualdade de gênero.
Congresso Olímpico do Brasil
Com o objetivo de comunicar e compartilhar informações e conhecimentos, o evento visa criar uma comunidade com os principais atores do esporte. Nomes internacionais e nacionais de referência no segmento vão promover um pensamento conjunto sobre como enfrentar os desafios do esporte olímpico no Brasil.
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Posted: 12 Apr 2019 08:37 AM PDT
Em Balsas, no interior do Maranhão, foi inaugurado o primeiro Centro Sentinela de Planejamento Reprodutivo, em parceria com a OPAS/OMS. Foto: OPAS/OMS
A Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) e o governo do Maranhão fortaleceram ações para reduzir a mortalidade materna e infantil. Na quinta-feira (11), foi inaugurada na Maternidade de Alta Complexidade do Maranhão a “Sala Cuidar”, uma rede de atenção às urgências e emergências obstétricas que atenderá todos os municípios do estado.
Desenhada com apoio da OPAS, a “Sala Cuidar” funcionará em tempo integral e contará com profissionais de saúde aptos a oferecer apoio técnico para diagnóstico, manejo e tomada de decisão durante emergências obstétricas. “Temos uma equipe que trabalhará 24 horas por dia, com todos os protocolos assinados e feitos juntamente com a OPAS, baseados nas melhores evidências científicas do mundo”, afirmou Carlos Lula, secretário de Saúde do estado.
A Regional de Saúde de Balsas, área que engloba 14 municípios do sul do Maranhão, conquistou recentemente a marca histórica de zero morte materna por mais de 400 dias. O avanço foi alcançado graças à cooperação técnica entre a Secretaria de Saúde do estado, municípios envolvidos, OPAS e Conselho Nacional de Secretários de Saúde (CONASS). “Em 2015, Balsas tinha os piores índices de mortalidade materna do estado. O que temos hoje é o resultado de um trabalho feito ‘de mãos dadas’”, ressaltou o secretário municipal de saúde de Balsas, Luiz Flavio Coelho.
De acordo com Carlos Lula, após os resultados positivos da cooperação técnica, a redução da mortalidade materna e infantil se tornou uma política de estado. “Precisamos reduzir esses indicadores e ser exemplo para o Brasil, mostrando que é possível reduzir a mortalidade materna e ter zero mortalidade infantil”, complementou.
Suzanne Serruya, diretora do Centro Latino-Americano para Perinatologia – Saúde das Mulheres e Reprodutiva (CLAP/SMR), afirmou que não há uma fórmula mágica para reduzir a mortalidade materna e infantil, mas que hoje a ciência tem as respostas necessárias para que essa meta seja alcançada. “Temos evidências suficientes para ajudar nos momentos críticos da atenção. Sabemos que a morte de mulheres muitas vezes é uma sucessão de pequenos erros em momentos chave”, disse.
Segundo Haydée Padilla, coordenadora da Unidade de Família, Gênero e Curso de Vida da OPAS/OMS no Brasil, os resultados obtidos no Maranhão só foram possíveis pela combinação de três pontos estratégicos: “decisão política, capacidade técnica e disponibilidade de recursos financeiros”. Para ela, essa é a equação necessária para uma tomada de decisão benéfica para toda a população.
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Posted: 12 Apr 2019 08:16 AM PDT
O escritório do Programa das Nações Unidas para Assentamentos Humanos (ONU-HABITAT) no Brasil lançou esta semana a versão em português da Nova Agenda Urbana, documento adotado em outubro de 2016 na Conferência das Nações Unidas sobre Habitação e Desenvolvimento Urbano Sustentável, conhecida como Habitat III.
A Nova Agenda Urbana é um documento orientado para ação que definiu padrões globais para o alcance do desenvolvimento urbano sustentável, “repensando a forma como construímos, gerenciamos e vivemos nas cidades”, segundo o ONU-HABITAT.
O documento prevê urbanização em todos os níveis de assentamentos humanos, além de políticas mais apropriadas que possam aproveitar a urbanização em todo o espaço físico, unindo áreas urbanas, periurbanas e rurais, e ajudar os governos a enfrentar os desafios por meio de estruturas nacionais e locais de políticas de desenvolvimento.
A agenda também prevê integrar a equidade à agenda de desenvolvimento. A equidade torna-se uma questão de justiça social, garante o acesso à esfera pública, amplia as oportunidades e aumenta os bens comuns, segundo o ONU-HABITAT. O documento também pede um impulso ao planejamento urbano nacional e das extensões da cidade, entre outros pontos.
Clique aqui para acessar a Nova Agenda Urbana em português.
Saiba mais sobre o documento.
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