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sexta-feira, 14 de fevereiro de 2020

Posted: 05 Feb 2020 12:00 PM PST
Estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro – Foto: Heiko Behn/Pixabay
Estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro – Foto: Heiko Behn/Pixabay
As Nações Unidas lançaram esta semana, em Nova Iorque, um programa global sobre segurança de grandes eventos esportivos e promoção do esporte e seus valores como ferramenta para prevenir o extremismo violento.
O objetivo do novo programa é desenvolver políticas e práticas inovadoras, fortalecer a cooperação internacional, estimular parcerias público-privadas e novas abordagens de segurança. Nos próximos meses, será lançada a campanha “Say NO to Terrorism” (“Diga NÃO ao Terrorismo”), com atletas e organizações da sociedade civil.
Ainda no primeiro semestre, estão previstas duas reuniões internacionais com especialistas dos estados-membros, organizações internacionais e regionais, federações esportivas e representantes do setor privado. Depois disto está prevista a criação de um pacote de diretrizes para ajudar os estados-membros a organizar eventos esportivos, além de uma Rede Digital Global para troca de informação e boas práticas.
Com apoio do Catar, China e da Coreia do Sul, o programa é uma iniciativa conjunta do Escritório de Combate ao Terrorismo das Nações Unidas, do Instituto de Pesquisa Inter-Regional de Crime da ONU, da Aliança de Civilizações da ONU e do Centro Internacional de Segurança do Esporte.
Nas últimas décadas, ocorreram os ataques às Olimpíadas de Munique, na Alemanha, em 1972, nos Jogos Olímpicos de Atlanta, nos Estados Unidos, em 1996 e nas maratonas do Sri Lanka em 2008 e em Boston em 2013.
Para o chefe do Escritório da ONU de Contraterrorismo, Vladimir Voronkov, o esporte promove tolerância e igualdade de gênero e fortalece comunidades, cria resiliência e usa os instintos competitivos naturais de uma forma harmoniosa. No lançamento do programa, Voronkov reformou a necessidade do apoio de todos: “A comunidade internacional tem a obrigação moral de proteger os esportes e promovê-los como uma forma poderosa para combater o terrorismo e prevenir o extremismo violento.”
 
Posted: 05 Feb 2020 11:24 AM PST
Centro Estadual de Informações para Migrantes, Refugiados e Apátridas em Curitiba, no Paraná. Foto: ANPr/Ricardo Almeida
Centro Estadual de Informações para Migrantes, Refugiados e Apátridas em Curitiba, no Paraná. Foto: ANPr/Ricardo Almeida
O projeto de inserção econômica e laboral para a comunidade migrante de Curitiba (PR) e região, realizado pela Organização Internacional para as Migrações (OIM), beneficiou diretamente 109 pessoas de diferentes nacionalidades, incluindo venezuelanos, haitianos e brasileiros, entre setembro e novembro do ano passado.
A iniciativa da OIM é realizada em parceria com a Cáritas Brasileira Regional Paraná, e com apoio da Secretaria de Estado de Justiça, Família e Trabalho do Paraná (SEJUF-PR).
“Ficamos bastante satisfeitos com este piloto, e recebemos um retorno positivo dos migrantes. A partir de agora vamos acompanhar os que passaram pelos cursos para avaliar se conseguiram se inserir no mercado, e pretendemos expandir a iniciativa em 2020”, disse o coordenador de projetos da OIM em São Paulo, Guilherme Otero.
Foram três frentes de ação: capacitação, com o financiamento de cursos profissionalizantes em parceria com diversas instituições de ensino, como o Sistema S; empreendedorismo; e economia solidária.
Entre os cursos ofertados estavam Corte e Costura, Mecânica de Veículos Leves e Preparo de Pães e Bolachas. Oficinas para a abertura de empreendimentos e de Economia Solidária também foram realizadas, e as iniciativas que surgiram foram apoiadas financeiramente pela OIM.
A venezuelana Rockmillys, de 42 anos, foi uma das participantes da oficina de empreendedorismo e atualmente aguarda receber o documento de cadastro da sua ONG Hermandad sin Fronteras.
“Com as oficinas e assessoramentos ofertados pela OIM, consegui realizar um sonho que é ajudar a pessoas. Além da ONG, estou com outro projeto graças à oficina de empreendedorismo, que é trazer um pouco da comida da Venezuela aqui para Brasil”, disse.
De acordo com o coordenador estadual de Políticas Públicas para Migrantes, Refugiados e Apátridas da SEJUF-PR, João Guilherme Simão, o projeto foi importante para capacitar os migrantes e prepará-los para a autonomia financeira. Também apoiou o processo de acolhida e integração, mostrando ser possível impulsionar a inserição econômica de diferentes maneiras.
Entre os objetivos do projeto de integração econômica e laboral está o apoio aos migrantes para terem protagonismo e encontrar independência financeira, ações também sustentadas pela Cáritas Brasileira Regional Paraná.
“É muito bom ver os participantes do projeto ingressarem no mercado de trabalho e terem um salário que garanta dignidade, lazer, acesso à cidade e uma verdadeira integração”, disse a secretária-executiva da Cáritas Brasileira Regional Paraná, Márcia Ponce.
O projeto foi financiado pelo Escritório para População, Refugiados e Migração (PRM, em inglês), do Departamento de Estado norte-americano.
 
Posted: 05 Feb 2020 10:31 AM PST
Enfermeiras de pronto-socorro usam máscaras no Hospital Second People de Shenzhen, na China. Foto: Man Yi
Enfermeiras de pronto-socorro usam máscaras no Hospital Second People de Shenzhen, na China. Foto: Man Yi
Organização Mundial da Saúde (OMS) tomou medidas para garantir que a epidemia de coronavírus que custou centenas de vidas na China central não provoque uma epidemia de desinformação, alimentada por informações falsas.
Diante das preocupações de que as pessoas de descendência chinesa estejam sendo discriminadas à medida que crescem os temores sobre a disseminação do vírus, o chefe da ONU, António Guterres, pediu solidariedade internacional e o fim de qualquer discriminação.
A diretora da OMS para a Prevenção Global de Riscos Infecciosos, Sylvie Briand, disse a jornalistas em Genebra na terça-feira (4) que a agência já está trabalhando para dissipar boatos online segundo os quais o vírus seria disseminado por uma “nuvem” infecciosa.
“De repente, as pessoas tiveram a impressão de que o vírus estava no ar e que existiria uma ‘nuvem’ de vírus” que poderia causar infecção, disse ela. “Essa não é a situação. Atualmente, o vírus é transmitido através de gotículas (de saliva), e é necessário um contato próximo para ser infectado. Portanto, tentamos esclarecer o que sabemos a partir da ciência, o que ainda é desconhecido e fornecemos recomendações que podem ajudar as pessoas a proteger a si e às suas famílias.”
Os comentários de Briand ecoam os do diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, que disse na segunda-feira (3) que a agência estava trabalhando com as principais plataformas da Internet para garantir que as informações da agência das Nações Unidas sobre o coronavírus apareçam primeiro nas pesquisas online.
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Tire suas dúvidas sobre o novo coronavírus
Até o momento, a doença respiratória provocada pelo vírus matou 425 pessoas, segundo a OMS; existem mais de 20 mil casos relatados na China e 158 casos fora do país.
Em um apelo à cooperação global para combater o fenômeno, Briand disse que era importante não censurar as informações, mas sim comunicar o que se sabe e o que não se sabe sobre o vírus.
Ela disse que as pessoas sob maior risco são aquelas com imunidade reduzida devido a doenças subjacentes, como câncer e outras doenças crônicas, além de idosos.
Nas duas semanas desde que o vírus foi declarado uma emergência de saúde global pelo Comitê de Emergência da OMS, Briand disse que não há evidências de que o vírus tenha sofrido uma mutação significativa.
Também disse ser muito cedo para avaliar o quão perigoso é o vírus, reiterando os conselhos da OMS de que lavar as mãos e usar máscaras faciais ao entrar em contato com indivíduos infectados continua sendo a prática recomendada.
Destacando a disposição das autoridades chinesas em combater o surto, Briand disse que os cientistas desejam obter mais informações sobre os que morreram.
Isso ajudaria a entender as principais condições de saúde subjacentes que colocam as pessoas em risco, disse ela, acrescentando que os pesquisadores estão atualmente se concentrando em mulheres grávidas e crianças pequenas para ver se os padrões de infecção são semelhantes aos da gripe.

Guterres pede que países deem apoio à China

Em uma entrevista coletiva na sede da ONU em Nova Iorque, na terça-feira (4), o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, disse que a OMS decidiu declarar a emergência global sobre o novo coronavírus “no momento certo” e tem sido muito ativa no apoio à China e a outros países que registraram casos da infecção.
“Estamos tentando mobilizar nossas melhores capacidades e melhores recursos”, disse ele a jornalistas, acrescentando que nenhum funcionário da ONU até agora foi infectado.
Ele pediu “um forte sentimento de solidariedade internacional, um forte sentimento de apoio à China nessas circunstâncias difíceis e em todos os países que podem ser afetados, e uma forte preocupação em evitar a estigmatização de pessoas inocentes e vítimas da situação.”

Plano de resposta

A OMS lançou nesta quarta-feira (5) um Plano Estratégico de Preparação e Resposta ao Coronavírus. O anúncio foi feito pelo diretor-geral da agência, Tedros Ghebreyesus.
Para isso, a OMS pediu um total 675 milhões de dólares para responder ao surto de coronavírus, 2019nCoV, pelos próximos três meses.
Tedros explicou que 60 milhões de dólares serão usados para financiar as operações da OMS e “o restante é para os países que estão especialmente em risco”. Tedros enfatizou que a “mensagem para a comunidade internacional é: invista hoje ou pague (caro) mais tarde”.
O objetivo do plano é “apoiar os países a prevenir, detectar e diagnosticar a transmissão subsequente.”
O chefe da OMS afirmou que “675 milhões de dólares é muito dinheiro, mas é muito menos do que a conta” que o mundo terá de arcar se o investimento na preparação contra a doença não for feito agora.
Ele afirmou que, mais uma vez, não será possível “derrotar esse surto sem solidariedade, solidariedade política, solidariedade técnica e solidariedade financeira.”
 
Posted: 05 Feb 2020 10:31 AM PST
Presidente da Elektro, Antônio Casanova, e representante do UNICEF no Brasil, Florence Bauer, assinam parceria para doação via conta de luz - Foto: Divulgação
Presidente da Elektro, Antônio Casanova, e representante do UNICEF no Brasil, Florence Bauer, assinam parceria para doação via conta de luz – Foto: Divulgação
A Elektro, distribuidora controlada pela Neoenergia, firmou parceria com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) para viabilizar doações por meio da conta de luz. Com isso, todas as distribuidoras da Neoenergia – que atua em São Paulo e Mato Grosso do Sul – se tornam parceiras do UNICEF, apoiando ações que ajudam a garantir os direitos de meninas e meninos. As contribuições serão destinadas às áreas de educação, saúde e proteção de crianças e adolescentes brasileiros.
A assinatura do acordo ocorreu no dia 3 de fevereiro na sede da Elektro, em Campinas (SP) e contou com a presença do presidente da empresa, Antônio Casanova, e da representante do UNICEF no Brasil, Florence Bauer.
“Sabemos da importância de iniciativas como essa para ajudar crianças e adolescentes de todo o Brasil e ter o UNICEF como parceiro é um grande orgulho. Nosso objetivo é facilitar a união de nossos clientes aos projetos realizados pelo Fundo, além de expandir ainda mais o desenvolvimento e a solidariedade em nosso país”, ressaltou Antônio Casanova.
Os interessados em doar por meio desse formato podem se inscrever pelo telefone 0800 605 2020 e solicitar o valor que desejam incluir todo mês na conta de luz. A quantia poderá ser alterada ou suspensa a qualquer momento pelo titular. Após a adesão, os clientes da Elektro receberão periodicamente informações sobre as iniciativas apoiadas e vidas que foram transformadas.
“Estamos muito felizes com a ampliação dessa parceria e com a possibilidade de apoio da população paulista. Agora, mais pessoas terão a oportunidade de contribuir para a garantia dos direitos de milhares de crianças e adolescentes do Brasil”, afirmou Florence Bauer.
Sobre a Elektro 
Reconhecida por dez vezes como a melhor distribuidora de energia elétrica do Brasil, a Elektro atua em 228 municípios paulistas e cinco no Mato Grosso do Sul. Em uma área de concessão de 121 mil quilômetros quadrados, a concessionária atende 2,6 milhões de clientes (6 milhões de habitantes).
Sobre o UNICEF
O Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) trabalha em alguns dos lugares mais difíceis do planeta, para alcançar as crianças mais desfavorecidas do mundo. Em 190 países e territórios, o UNICEF trabalha para cada criança, em todos os lugares, para construir um mundo melhor para todos.
 
Posted: 05 Feb 2020 09:36 AM PST
Roda de conversa sobre saúde sexual e reprodutiva com pessoas LGBTI no Espaço Amigável em Roraima. Foto: UNFPA Brasil/Fabiane Guimarães
Roda de conversa sobre saúde sexual e reprodutiva com pessoas LGBTI no Espaço Amigável em Roraima. Foto: UNFPA Brasil/Fabiane Guimarães
Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) atende e auxilia a população refugiada e migrante de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h, em salas de escuta e atendimento conhecidas como Espaço Amigável, localizadas nos Postos de Interiorização e Triagem (PITRIG) da Operação Acolhida, em Boa Vista e Pacaraima (RR).
O trabalho é direcionado especialmente para mulheres, gestantes, lactantes, pessoas sobreviventes a violência baseada em gênero e pessoas vivendo com HIV. O espaço oferece atividades e atendimentos para jovens, pessoas LGBTI, pessoas idosas, indígenas e pessoas com deficiência.
O atendimento consiste na aplicação de protocolos capazes de identificar vulnerabilidades e necessidades de proteção social. Em 2019, 29,3 mil pessoas foram atendidas individualmente pela equipe do UNFPA em Roraima.
Quando uma necessidade é identificada, a equipe de profissionais do UNFPA fornece informação e, nos casos mais graves, acompanha a pessoa até o serviço público de referência para que cada uma das situações possam ser tratadas pela rede pública de assistência psicossocial, saúde e justiça.
Entre as necessidades de proteção identificadas desde que o trabalho começou, em junho de 2018, estão casos de violência baseada em gênero, gravidez de risco, pré-natal, parto, diagnóstico e tratamento de infecções sexualmente transmissíveis, inclusive o HIV.
Para além do atendimento realizado nos Espaços Amigáveis, a equipe de profissionais do UNFPA atua de forma preventiva, por meio de sessões informativas sobre planejamento da vida reprodutiva, saúde reprodutiva, saúde sexual, prevenção e resposta à violência baseada em gênero e direitos humanos. Cerca de 36 mil pessoas foram alcançadas nas sessões informativas coletivas.
Espaço Amigável – Boa Vista: Posto de Triagem da Operação Acolhida localizado na Av. Brasil, bairro 13 de setembro s/n, ao lado da Polícia Federal.
Espaço Amigável – Pacaraima: Posto de Triagem da Operação Acolhida, localizado ao lado do 3º Pelotão Especial de Fronteira e da Receita Federal, na linha fronteiriça com a Venezuela.
Horário de funcionamento – das 8h às 17h, de segunda a sexta-feira.

Sobre o UNFPA

O UNFPA é a agência de desenvolvimento internacional da ONU que trata de questões populacionais. Desde sua criação, em julho de 1967, tem sido um ator-chave nos programas de desenvolvimento populacional relacionados aos temas de saúde sexual, reprodutiva e igualdade de gênero.
Em contextos de assistência e/ou emergências humanitárias, o UNFPA é a agência da ONU líder na prevenção e resposta à violência baseada em gênero e responsável em desenvolver ações em saúde sexual e reprodutiva, com olhar atencioso para mulheres, mulheres grávidas, lactantes, pessoas LGBTI, indígenas, pessoas com HIV, entre outras com necessidades de proteção.
 
Posted: 05 Feb 2020 08:57 AM PST
Clique para exibir o slide.ONU Mulheres e União Europeia firmaram nesta quarta-feira (5) em Brasília (DF) um acordo de cooperação para a prevenção da violência e a proteção de mulheres defensoras dos direitos humanos, por meio do projeto “Conectando Mulheres, defendendo direitos”.
A iniciativa responde às crescentes ameaças e perseguições e aos diferentes tipos de violência contra mulheres defensoras de direitos humanos no mundo. Foi apresentada a parlamentares brasileiras e brasileiros, membros da sociedade civil, do corpo diplomático e de outras representações da comunidade internacional.
De acordo com o Relatório das Nações Unidas sobre a Situação das Mulheres Defensoras de Direitos Humanos, de 2019, as defensoras de direitos humanos são “mulheres atacadas por promover e proteger os direitos humanos por causa de sua identidade e por causa do que elas fazem”.
A maior parte está “envolvida na defesa dos direitos humanos voluntariamente, fora das funções profissionais ou relacionadas ao emprego”, define o documento das Nações Unidas.
Segundo o relatório, as mulheres defensoras de direitos humanos são, muitas vezes, percebidas como aquelas que desafiam as noções tradicionais de família e os papéis de gênero na sociedade, uma percepção que pode gerar hostilidade por parte dos agentes estatais e do público, da mídia e de outros agentes não estatais.
“Elas podem ser estigmatizadas e colocadas no ostracismo por lideranças comunitárias, grupos religiosos, vizinhança e comunidades que acreditem que elas e suas ações ameaçam a religião, a honra, a cultura ou o modo de vida.”
Para a representante da ONU Mulheres Brasil, Anastasia Divinskaya, as mulheres estão à frente de importantes movimentações no mundo para promover a igualdade. “As mulheres querem fazer parte da política, ser candidatas, eleitas e exercer o poder nos espaços de tomada de decisão. Querem construir e fortalecer as democracias.”
“Querem salário igual, trabalho decente e serem beneficiadas pelas riquezas econômicas que geram. Querem decidir sobre os próprios corpos e serem donas das próprias vidas. Elas defendem territórios e povos tradicionais.”
“Num mundo de desigualdades, as mulheres desafiam poderes, e isso lhes coloca em situação de vulnerabilidade a diversas formas de violência e risco de morte. Elas defendem os direitos de cada uma e cada um de nós. E é nosso dever defendê-las e proteger os direitos das defensoras de direitos humanos”, disse Divinskaya.
O embaixador da União Europeia no Brasil, Ignacio Ybáñez, ressaltou a importância da parceria da União Europeia com ONU Mulheres em defesa da igualdade de gênero e em apoio ao sistema multilateral.
“A nossa presença aqui, a nossa parceria com as Nações Unidas e com a ONU Mulheres na ação conjunta lançada hoje é, mais uma vez, a expressão do firme compromisso da União Europeia na promoção, proteção e defesa dos direitos humanos e do nosso empenho para alcançar a igualdade de gênero na Europa e no mundo.”
Para o coordenador-residente da ONU Brasil, Niky Fabiancic, “é fundamental reconhecer publicamente o trabalho das defensoras de direitos humanos e assegurar o seu direito à participação, o acesso a espaços seguros e que elas estejam livres de ameaças e ataques por sua condição de defensoras de direitos humanos”.

Conexões por mulheres e direitos

No lançamento do projeto “Conectando Mulheres, defendendo direitos”, a União Europeia e a ONU Mulheres reforçaram o pedido para que o Brasil e a comunidade internacional se somem à agenda de proteção às defensoras dos direitos humanos no país.
É hora de mobilizar ações para prevenir e proteger efetivamente os direitos das mulheres defensoras de direitos humanos e apoiá-las com financiamento para que elas possam continuar seu trabalho em direitos humanos.
Como ressalta a representante da ONU Mulheres Brasil: “as mulheres estão construindo a igualdade no mundo e não podem ficar vulneráveis nem isoladas por defenderem direitos que beneficiam toda a humanidade”.
Hoje anunciamos mais uma aliança inovadora com @UEnoBrasil pelos direitos das mulheres brasileiras. O projeto “Conectando Mulheres, defendendo direitos” vai apoiar as #MulheresDefensorasDeDireitosHumanos pic.twitter.com/I54mHtPOvk
— ONU Mulheres Brasil (@ONUMulheresBR) February 5, 2020

“É hora de os países, sociedade e comunidade internacional garantirem os recursos para que este trabalho continue a ser feito e àquelas que estiverem sob a ameaça possa fazer parte dos programas de proteção de defensoras e defensores de direitos humanos.”

Ameaça aos direitos humanos

O relatório Front Line Defenders (defensoras e defensores na linha de frente, na tradução livre) apontou que em 2019 o Brasil era o quarto país mais violento para defensoras e defensores de direitos humanos – atrás de Colômbia, Filipinas e Honduras.
Naquele ano, 23 pessoas foram assassinadas – duas mulheres e 21 homens –, por zelarem pelos direitos humanos.
A maior parte dos casos se refere a conflitos agrários e ambientais. Aos poucos, a dimensão de gênero começa a ser citada. Relatório da Comissão Pastoral da Terra, de 2018, revelou que a violência contra as mulheres no campo cresceu 377% em relação ao ano de 2017.
 
Posted: 05 Feb 2020 07:32 AM PST
Clique para exibir o slide.Em uma noite de sexta-feira, início do Shabat*, ou o dia sagrado semanal da religião judaica, Freddy Siegfried Glatt reúne-se com sua família em seu apartamento no Rio de Janeiro, onde faz suas rezas ao lado de filhos, netos e bisnetos.
Prestes a completar 92 anos, ele se curva diante da mesa de jantar repleta de taças de vinho e pedaços de pão, e realiza o Hadlakat Hanerot — o ritual judaico de acendimento das velas ao anoitecer.
“Eu sou muito grato ao Brasil. Tenho netos e bisnetos brasileiros. (…) No Shabat, essa mesa fica cheia de gente. E as crianças pequenas ficam correndo pela casa fazendo bagunça”, disse.
Filho de poloneses, Glatt nasceu em Berlim em 1928, de onde teve de fugir meses depois da ascensão de Hitler, em 1933, após a loja de aviamentos de seus pais ser atacada a pedradas por membros da juventude hitlerista.
Sua vida foi marcada por repetidos deslocamentos forçados. Aos 5 anos, se tornaria um refugiado ao lado de seus pais e de seus dois irmãos mais velhos, Bubbi e Heinz. A família se estabeleceria inicialmente em Antuérpia, na Bélgica, onde já viviam seus avós maternos.
Com a intensificação da Segunda Guerra Mundial, em 1940, a Antuérpia também passaria a ser alvo de bombardeios por parte das tropas alemãs. A família teria que se mudar novamente, desta vez, com destino à França.
“Da Bélgica, eu fugi para a França. Da França, eu voltei para a Bélgica, só que para outro lugar (Bruxelas). Eu adotei um nome falso: Freddy Van Damme, um nome flamengo. E assim me salvei”, contou Glatt.
Em Bruxelas, uma diretriz obrigava os judeus a costurar na roupa uma Estrela de Davi com a inscrição: “judeu”. Glatt se recusou a usá-la. “Eu a arranquei e joguei fora. Não era um animal para ser marcado. Não queria que todo mundo na rua visse que eu era judeu, eu sentia muito medo”, lembrou.
Em 1942, jovens judeus que viviam na Bélgica ocupada eram convocados a se apresentar para trabalhos de construção. Uma das convocações das autoridades alemãs listava o nome dos dois irmãos mais velhos de Glatt, que àquela altura tinham 19 e 21 anos.
A convocação para o trabalho era apenas uma armadilha. Glatt soube posteriormente que seus irmãos foram levados a Auschwitz-Birkenau, o maior campo de concentração e extermínio da Alemanha nazista, localizado na Polônia ocupada. Pouco tempo depois, os avós de Glatt também seriam deportados para lá.
“Eles mataram meus irmãos, meus avós. Mataram todos os meus colegas de colégio. Eu estou aqui hoje porque tive muita sorte. Eu sou um sortudo”, disse Glatt.
Em questão de semanas, a família havia sido reduzida de seis indivíduos — os pais de Glatt já estavam divorciados — para apenas dois, Glatt e sua mãe. A ocupação alemã se ampliava na Bélgica e logo a família receberia um aviso de um vizinho sobre a visita de membros da Gestapo, que logo voltariam em busca de judeus.
Glatt e sua mãe tiveram que se mudar novamente para outro apartamento em Bruxelas e evitavam sair às ruas. Venderam seus pertences para conseguir algum alimento e viviam em estado de pavor constante. “Fiquei várias vezes sem comida. Oito dias sem comer, só bebendo água gelada da torneira”, contou.
Clique para exibir o slide.Em 1943, a mãe de Glatt entra em contato com o rabino-chefe da Bélgica, que resgatava jovens e crianças judias para abrigá-las em orfanatos e seminários católicos. Glatt ficou no Chateau de Schaltin, mantido pela Jeunesse Ouvrière Chrètiene  (Juventude Operária Cristã) até o fim da ocupação, em 1944. Sua mãe continuou vivendo escondida no antigo apartamento da família.
O reencontro de Glatt com sua mãe ocorreu após a chegada dos Aliados, sinalizando o fim da guerra. Mesmo com a sobrevivência, a família continuou enfrentando dificuldades, uma vez que a Bélgica, assim como toda a Europa Ocidental, passava por uma crise econômica sem precedentes. Era a hora de fazer novamente as malas, desta vez, com destino ao Brasil, onde o pai de Glatt já vivia.
“Para mim, o Rio de Janeiro era uma aventura nova. Imagina, ter uma praia! Eu fui logo no primeiro fim de semana”, contou Glatt, que tinha 19 anos quando chegou ao país. Após 12 anos separados, seus pais se casaram novamente. Glatt logo conseguiu um emprego em uma fábrica e, em 1951, conheceu sua esposa, Betty Glatt, com quem vive até hoje.
Em 2013, aos 85 anos, Glatt pôde finalmente fazer seu Bar-Mitzvá**. “Eu fiz com um rabino muito meu amigo que já saiu do Brasil, foi para Israel. Foi muito emocionante”, declarou.
Atual presidente da Associação dos Sobreviventes do Holocausto do Rio de Janeiro, Glatt já relatou em centenas de palestras como superou as barbáries do nazismo e sua tentativa de destruir a vida, a cultura e as tradições judaicas. Em 2018, lançou o livro “Roubaram minha infância”, organizado por Sofia Débora Levy, professora e pesquisadora do Holocausto.
“Eu acho muito importante as pessoas saberem o que aconteceu. As injustiças que foram feitas”, disse, lembrando que com as palestras também pretende alertar os mais jovens sobre os perigos do antissemitismo.
Ele tem três filhos, duas meninas e um menino, seis netos e dois bisnetos. “O Brasil me recebeu bem”, contou. “Eu tive oportunidades, logo me naturalizei (brasileiro). Sou brasileiro há muitos anos. Me sinto bem como brasileiro, tenho orgulho”, concluiu.
Glatt é um dos muitos sobreviventes do Holocausto que conseguiram abrigo no Brasil. Eles foram homenageados em 28 de janeiro, na ocasião do Dia Internacional em Memória às Vítimas do Holocausto, em cerimônia organizada pelo Centro de Informação das Nações Unidas para o Brasil (UNIC Rio), na capital fluminense.
O evento também foi a ocasião do lançamento da exposição “Alguns eram vizinhos: escolha, comportamento humano e o Holocausto”, que fica em cartaz até 20 de fevereiro no Centro Cultural da Justiça Federal. A mostra traz reflexões sobre o que as pessoas fizeram — ou deixaram de fazer — durante a Segunda Guerra Mundial, em atitudes que ajudaram — ou não — vítimas do antissemitismo e do nazismo.
“Quando pensamos no Holocausto, a primeira pessoa em quem pensamos é Hitler e a responsabilidade do governo nazista. Mas esta exposição nos inspira a pensar como os nazistas conseguiram ter tanto apoio de pessoas comuns. Levanta a questão sobre as razões que levaram algumas pessoas a ajudar os nazistas durante o Holocausto, enquanto outras decidiram ajudar os judeus”, explicou a diretora do UNIC Rio, Kimberly Mann.
A mostra é produzida em parceria com o Museu Memorial do Holocausto dos Estados Unidos e o Programa Educacional da ONU sobre o Holocausto.
*O Shabat começa no anoitecer das sextas-feiras e termina ao pôr do sol do sábado. Pela tradição judaica, o Shabat deve ser dedicado exclusivamente às orações, estudos e ao descanso.
**Cerimônia que insere o jovem judeu, em seu aniversário de 13 anos, como um membro maduro da comunidade judaica.
 
Posted: 05 Feb 2020 07:19 AM PST
Considerado um dos países mais ambientalmente diverso do mundo, Colômbia sustenta perto de 10% da biodiversidade de todo o planeta. Foto: IPBES.
Considerado um dos países mais ambientalmente diverso do mundo, Colômbia sustenta perto de 10% da biodiversidade de todo o planeta. Foto: IPBES.
Especialistas em biodiversidade estão reunidos até sexta-feira (6) em São Paulo, em encontro preparatório para a COP15 da Convenção de Diversidade Biológica, que acontece na China em outubro.
O evento “BIO2020: Perspectivas Brasileiras para o Marco Pós-2020 de Biodiversidade” é promovido pela Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente do Estado de São Paulo em parceria com as redes ICLEI América do Sul, Regions4 e a Iniciativa “Post 2020 Biodiversity Framework – EU Support” (apoio da União Europeia). O ICLEI é uma rede global de mais de 1.750 governos locais e regionais comprometida com o desenvolvimento urbano sustentável.
Os resultados das discussões serão utilizados para elaborar a Carta de São Paulo. Participam do encontro todas as esferas de governo, com destaque para estados e municípios, representantes do setor público, privado, acadêmico e sociedade civil.
A programação conta com sessões temáticas paralelas com o objetivo de formular contribuições sobre pontos chave para o novo marco global pós 2020 da Convenção de Diversidade Biológica (CDB), que será definido nas próximas reuniões internacionais organizadas pela CDB e aprovado na COP 15.
Para Matheus Couto, do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), todas as esferas de governo têm papel essencial em todos os novos marcos conceituais. Ele lembrou que recentemente foi divulgada a primeira versão do marco conceitual pós-2020 e que na COP serão adotadas decisões sobre financiamento e integração da natureza e dos serviços a pessoas.
O BIO2020 está relacionada a eventos realizados em 2019, como A Natureza das Cidades (Paris, França), O poder das metrópoles e seu papel na conservação da biodiversidade e nos serviços de ecossistemas para a natureza e as pessoas (Medelín, Colômbia) e o 3º Congresso de Áreas Protegidas da América Latina e do Caribe (Lima, Peru ).
Entre os temas abordados estão a restauração de ecossistemas e a recuperação de vegetação nativa; o uso e conectividade do solo; produção e consumo sustentáveis e favoráveis à vida selvagem; economia circular e soluções baseadas na natureza, além de educação e consciência ambiental.
Carta de São Paulo – Diante da importância da participação do Brasil no cenário internacional de biodiversidade, o documento tem como objetivo sugerir contribuições ao Secretariado da CDB na tarefa de alcançar um acordo global voltado à natureza e às pessoas, que possa ser reconhecido pelos 196 países signatários da Convenção.
A “Carta de São Paulo” irá sistematizar sugestões de entidades e personalidades brasileiras e daquelas com atuação em território brasileiro para o planejamento do Pós-2020 da Convenção sobre Diversidade Biológica.
Trata-se de uma “carta aberta” assinada pelos organizadores da BIO2020 que, destacando instrumentos como a criação e a gestão de Áreas Protegidas, e fazendo uso de mecanismos inovadores, como a aplicação imediata de compensação ambiental em ações de restauração ecológica.
O documento pretende reunir componentes relacionados à conservação de biodiversidade, uso sustentável e à repartição de benefícios, divididos em cinco temas: recomposição da vegetação nativa e restauração ecológica; uso do solo e conectividade; produção e consumos sustentáveis; economia circular e soluções baseadas na natureza; e educação ambiental e sensibilização.
Dia Mundial do Meio Ambiente – Para o PNUMA, 2020 é um ano chave para a tomada de decisões ambientais. Como forma de impulsionar os esforços globais, a organização estabeleceu a biodiversidade como tema do Dia Mundial do Meio Ambiente deste ano. A data, celebrada em 5 de junho, promove a conscientização e a ação em nível mundial em prol do meio ambiente.
Informações para imprensa:
Roberta Zandonai, gerente de comunicação, roberta.zandonai@un.org
 
Posted: 05 Feb 2020 06:40 AM PST

 Inteligência Artificial em discussão para uso na área da saúde - Foto: Gerd Altmann/Pixabay CC

Foto: Gerd Altmann/Pixabay CC
A Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), a Organização Mundial da Saúde (OMS) e a União Internacional de Telecomunicações (UIT) reuniram pesquisadores, engenheiros, profissionais, empresários e formuladores de políticas para discutir oportunidades de padronização e desafios do uso da inteligência artificial para a saúde. O encontro aconteceu no fim de janeiro em Brasília. Ainda neste ano, um guia sobre ética do assunto deve ser publicado pela OMS.
Além de um workshop sobre o tema, os organismos internacionais realizaram a oitava reunião do Grupo Focal da UIT/OMS em Inteligência Artificial para a Saúde. Durante o evento, também foi criado um grupo de trabalho focado em ética no uso de inteligência artificial para a saúde (WG-Ethics).
Andreas Reis, co-líder da Equipe Global de Ética em Saúde da OMS e presidente do grupo de ética, afirmou que será publicado o Boletim da Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre aprendizado automático, big data e inteligência artificial, bem como um guia sobre ética e governança da inteligência artificial para a saúde. Ambos estão previstos para serem divulgados neste ano. “Existem, provavelmente, centenas de princípios para a inteligência artificial, mas nenhum focado para saúde”, disse.
Para Thomas Wiegand, presidente do Grupo Focal, é importante ter saúde digital em escala no mundo todo. “Queremos lidar com dispositivos médicos, epidemiologia e sistemas de saúde, de modo a ter uma inteligência artificial para a saúde que seja inclusiva e funcione bem”.
Leonardo Euler de Morais, presidente da Agência Nacional de Telecomunicações, observou que a inteligência artificial está transformando a maneira como as pessoas reagem, consomem informações e obtêm bens e serviços. “Ela permite o acesso a vastos conjuntos de dados, com informações potencialmente vitais, diagnóstico preciso, procedimentos de terapia intensiva e procedimentos médicos remotos”.
O Brasil está avançando na regulamentação da inteligência artificial, na avaliação de Maria Claudia Ferrari de Castro, diretora de Tecnologias e Programas de Desenvolvimento Sustentável e Sociais do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações. Para Alberto Tomasi Diniz Tiefensee, diretor de Monitoramento e Avaliação do Sistema Único de Saúde (SUS) do Ministério da Saúde, a expectativa é de melhoria na qualidade dos serviços de saúde. “Também é importante investir em capacitação de profissionais de saúde para que eles possam lidar com os avanços da tecnologia”, afirmou.
Segundo Maria Almiron, coordenadora de Doenças Transmissíveis e Análise de Situação de Saúde no escritório da OPAS/OMS no Brasil, quando se fala em inteligência artificial as primeiras coisas que vêm à mente são robôs, veículos guiados automaticamente e assistentes virtuais inteligentes. “Mas a inteligência artificial é muito mais do que isso e tem diversos campos para serem explorados. Um deles é a saúde. As inovações nesse setor certamente vão beneficiar muito a população”, disse. Ela acrescentou que a ideia não é que a inteligência artificial substitua profissionais de saúde, mas que aumente a eficiência do trabalho: “Isso também permite que o cuidado chegue a mais pessoas em áreas vulneráveis, contribuindo, assim, para alcançarmos a saúde universal”.
Juliano Accioly Tesser, especialista do Departamento de Dispositivos Médicos da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), lembrou que é desafiador regulamentar um software como dispositivo médico e explicou que o tema está sendo acompanhado pelo Fórum Internacional de Reguladores de Dispositivos Médicos.
Alejandro Lopez Osornio, diretor de Sistemas de Informação em Saúde do Ministério da Saúde e Desenvolvimento Social da Argentina, explicou que o assunto está sendo acompanhado no país entre desenvolvedores e especialistas do Ministério da Ciência, para criar um novo processo de certificação.
O workshop também contou com apresentações de empresários e universidades sobre o uso da inteligência artificial em saúde. Entre os destaques estavam o uso de inteligência artificial na Nicarágua para predição da qualidade de vida futura de pacientes com quadros graves de câncer, indicando se a pessoa analisada viveria mais ou menos de 30 dias com bem-estar aceitável; e o uso no Chile de um assistente virtual que automatiza a interação entre os profissionais de saúde e pacientes – incluindo agendamento, confirmação de consultas, organização de tratamentos preventivos, manejo de listas de espera e monitoramento de pacientes.
Tecnologias digitais – As tecnologias digitais, o aprendizado automático e a inteligência artificial estão revolucionando os campos da medicina, pesquisa e saúde pública. Embora seja promissora, a temática levanta preocupações éticas, legais e sociais, como acesso equitativo, privacidade, usos e usuários apropriados, responsabilidade e viés inclusivo. Essas questões são de natureza transnacional, pois a captura, o compartilhamento e o uso de dados gerados ou usados por essas tecnologias vão além das fronteiras nacionais.
As ferramentas, métodos e tecnologias usadas no big data e na inteligência artificial estão sendo aplicadas para melhorar os serviços e sistemas de saúde. No entanto, muitas questões permanecem sem resposta sobre o desenvolvimento ético e o uso dessas tecnologias, incluindo como os países de baixa e média renda se beneficiarão dos desenvolvimentos da inteligência artificial.
A OMS e a UIT estabeleceram um Grupo Focal em Inteligência Artificial para a Saúde em julho de 2018. Ele está desenvolvendo um processo de benchmarking (análise estratégica aprofundada sobre melhores práticas) para modelos de inteligência artificial em saúde que podem atuar como uma estrutura internacional, independente, com avaliação padronizada.
Para estabelecer esse processo de avaliação e benchmarking, o Grupo está pedindo a participação de profissionais de saúde, de inteligência artificial, de análise de dados e de especialistas em políticas. Grupos temáticos estão sendo formados por comunidades de partes interessadas, permitindo que o Grupo Focal desenvolva processos para avaliação e benchmarking específicos para cada tópico de saúde.
A Organização Pan-Americana da Saúde acredita que as atividades de saúde pública realizadas no âmbito da sociedade da informação podem contribuir ativamente para o alcance dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). Para que isso aconteça, essas atividades devem ser sustentadas por cinco princípios norteadores: ciência aberta, dados abertos, dados não estruturados, novas habilidades e governo eletrônico.
 

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