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quinta-feira, 8 de fevereiro de 2018

Boletim diário da ONU Brasil: “Pesquisa associa atividades da ONU a redução da pobreza em zonas rurais do Peru” e 8 outros.

Boletim diário da ONU Brasil: “Pesquisa associa atividades da ONU a redução da pobreza em zonas rurais do Peru” e 8 outros.

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Posted: 07 Feb 2018 12:01 PM PST
Projetos do FIDA ajudam a reduzir a pobreza em comunidades rurais do Peru. Foto: FIDA/Pablo Corral Vega
Projetos do FIDA ajudam a reduzir a pobreza em comunidades rurais do Peru. Foto: FIDA/Pablo Corral Vega
Seis projetos do Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (FIDA) no Peru estão por trás da redução da miséria em zonas rurais do país. É o que comprova uma avaliação independente sobre a atuação da agência das Nações Unidas. Nas regiões de Sierra Norte e Sierra Sur, onde o organismo da ONU mantém operações, a pobreza caiu 22% e 12% respectivamente de 2002 a 2016. Análise, porém, alerta para a necessidade de chegar a quem permanece excluído economicamente.
As quedas nas taxas de pobreza foram atribuídas a aumentos na renda e nos recursos a que têm acesso os agricultores das regiões beneficiadas por programas do FIDA. Segundo o relatório, uma das conquistas do Fundo foi a realização de treinamentos, que permitiram às famílias participantes adotar novas técnicas produtivas e praticar outras atividades geradoras de lucro.
Entre as inovações identificadas, estão a criação de porquinhos-da-índia, a produção de vegetais orgânicos e a criação de trutas. O FIDA tem iniciativas em Sierra Sur, Sierra Norte, Selva Alta e nas áreas dos rios Apurímac e Mantaro.
Uma das estratégias capitaneadas pelo Fundo foi o estabelecimento de mais de 60 “rotas de aprendizado”, mobilizando cerca de 3 mil agricultores. O programa organizava visitas de campo para trocas de conhecimento entre os próprios agricultores, que compartilhavam suas experiências com cultivos, diferentes tipos de clima e solo.
Apesar do sucesso dos projetos, a avaliação — elaborada pelo Escritório de Avaliação Independente do Fundo — alerta que o espírito de criatividade se enfraqueceu nos últimos tempos e precisa ser fortalecido para o futuro.
“O relatório mostra que a pobreza foi reduzida, mas mostra também que os mais pobres não foram alcançados”, ressalta o diretor do Escritório, Oscar Garcia. “Em um país onde 83% da população pobre trabalha no setor agrícola, é crucial entender o que temos de fazer para alcançá-los.”
Segundo os especialistas do organismo de pesquisa, as capacidades do FIDA foram sub-aproveitadas, em vez de serem utilizadas para chegar às populações rurais isoladas e alcançar os mais pobres no próprio campo. Uma das recomendações feitas pela análise é a adoção de enfoques segmentados, que abordem os desafios particulares vividos por mulheres e jovens.
Num país com a agricultura distribuída por uma geografia complexa, também é importante investir na criação de corredores urbano-rurais para conectar comunidades. Outra indicação é a inclusão minuciosa da pauta das mudanças climáticas na concepção e execução dos projetos, uma vez que o Peru e sua agricultura familiar são altamente vulneráveis às consequências das alterações dos padrões climáticos.
A investigação aponta ainda que a parceria entre o FIDA e o governo peruano não deu a devida atenção a cooperações estratégicas com outras instituições, nem às atividades que não envolviam a liberação de crédito para os beneficiários.
 
Posted: 07 Feb 2018 10:59 AM PST
Investimentos chineses na América Latina e no Caribe estão concentrados nos setores de mineração e hidrocarbonetos. Foto: Flickr/Cassandra Sarmanho (CC)
Investimentos chineses na América Latina e no Caribe estão concentrados nos setores de mineração e hidrocarbonetos. Foto: Flickr/Cassandra Sarmanho (CC)
Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL) reafirmou em meados de janeiro (22) seu compromisso permanente com o fortalecimento dos vínculos entre a região e a China, durante a Segunda Reunião de Ministros de Relações Exteriores da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (CELAC) e a China, realizada em Santiago, no Chile.
Durante a reunião, da qual participaram representantes de 31 países da região mais a China, Alicia Bárcena, secretária-executiva da CEPAL, destacou o firme compromisso do país asiático com a busca de um crescimento econômico centrado na prosperidade compartilhada, no combate à pobreza e à desigualdade, na proteção do meio ambiente e nos princípios da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável.
Diante das autoridades, a alta funcionária das Nações Unidas apresentou o documento “Explorando novos espaços de cooperação entre América Latina, Caribe e China“, no qual a CEPAL analisa a trajetória conjunta desde a primeira reunião do Fórum CELAC-China, celebrada em 2015 em Pequim, e a evolução das relações comerciais, financeiras e de investimento. O relatório também aborda de maneira comparativa as políticas macroeconômicas, ambientais, de infraestrutura, de ciência e tecnologia e de desenvolvimento social.
A máxima representante da CEPAL lembrou que durante a primeira reunião do Fórum CELAC-China foi adotado o Plano de Cooperação 2015-2019, no qual se fixou a meta de alcançar uma troca comercial de 500 bilhões de dólares até 2025.
“Segundo nossas estimativas, o comércio entre a região e a China se multiplicou 22 vezes entre 2000 e 2013 e, em 2017, alcançou 266 bilhões de dólares. Isso significa um avanço de 53% em relação à meta”, disse Bárcena.
Ela lembrou que a segunda meta para 2025 é atingir um estoque de investimento estrangeiro direto entre as duas partes de 250 bilhões de dólares, e afirmou que, em 2017, o estoque de investimentos diretos chineses na região alcançou cerca de 115 bilhões de dólares, o que representa um avanço de 46%.
A secretária-executiva da CEPAL declarou que, no âmbito financeiro, a China forneceu crédito de 141 bilhões de dólares na última década para os países da região, superando o fornecido por instituições como Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e Banco Mundial.
No entanto, no âmbito do comércio, a diversificação da cesta exportadora para a China continua sendo uma matéria pendente para a região, advertiu Bárcena. “Exportamos apenas cinco produtos básicos em 2017 — grãos de soja, minério de ferro, cobre, cobre refinado e petróleo —, representando 70% do valor total dos envios”, disse.
Ela lembrou que o investimento estrangeiro direto proveniente da China também mostra um forte grau de concentração, tanto em termos de setores (com mineração e hidrocarbonetos representando cerca de 80%), como de países de destino (Brasil, Peru e Argentina receberam 81% do total entre 2005 e 2017). Isso reforça o padrão de trocas de matérias-primas por produtos industrializados que caracterizou o comércio entre a região e a China.
“A boa notícia é que o investimento estrangeiro direto chinês para a região aumentou em 2017, superando os 25 bilhões de dólares, e começou a se diversificar para novos setores como alimentos, telecomunicações e energias renováveis”, declarou.
A representante da CEPAL destacou a relevância da iniciativa chinesa de investimentos “One Belt, One Road” para a América Latina e o Caribe, porque ao dinamizar economias asiáticas e europeias, aumenta a demanda agregada e, por consequência, as exportações da região.
Ela lembrou que a iniciativa chinesa “oferece a oportunidade única de reduzir a grande distância territorial que nos separa, mediante uma melhor conectividade aérea, marítima e, especialmente, digital, para estreitar nossos vínculos comerciais, de investimento, turismo e cultura”.
Pediu que a região diversifique os fluxos de comércio e investimento estrangeiro com a China; aproveite as capacidades técnicas e financeiras do país asiático para reduzir seu sério déficit de infraestrutura; e coopere em temas sociais para eliminar a pobreza em todas as suas formas até 2030.
 
Posted: 07 Feb 2018 10:38 AM PST
Doses de vacina contra a febre amarela. Foto: OPAS
Doses de vacina contra a febre amarela. Foto: OPAS
Em resposta à atual onda de casos de febre amarela silvestre, o Centro Pan-Americano de Febre Aftosa (PANAFTOSA), vinculado às Nações Unidas, apoiou a capacitação de 290 profissionais da Secretaria Municipal de Saúde de Duque de Caxias. Público da formação são os agentes comunitários e cirurgiões-dentistas das unidades de atendimento do programa “Saúde da Família”. Aperfeiçoamento visa fortalecer a vigilância para evitar a ocorrência de uma epidemia.
Até o momento, já foram realizadas cinco capacitações, promovidas pela pasta municipal para seus próprios funcionários e outros interessados. O PANAFTOSA é um dos parceiros da iniciativa. Aulas são ministradas por especialistas da Secretaria, incluindo veterinários, biólogos e enfermeiros do Departamento de Atenção Primária e da Coordenadoria de Controle Ambiental, que reúne os Núcleos de Controle de Zoonoses e de Educação em Saúde.
A expectativa da Secretaria e do Centro, que faz parte da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), é ter um corpo de servidores públicos capazes de lidar com a doença, incluindo por meio da realização bem-sucedida de campanhas de vacinação.
 
Posted: 07 Feb 2018 09:58 AM PST
O estudante burundiano Mmane Alini, de 17 anos, faz anotações durante aula na escola Hope, no campo de refugiados de Nduta, na Tanzânia. Foto: ACNUR/Georgina Goodwin
O estudante burundiano Mmane Alini, de 17 anos, faz anotações durante aula na escola Hope, no campo de refugiados de Nduta, na Tanzânia. Foto: ACNUR/Georgina Goodwin
A Agência da ONU para Refugiados (ACNUR) divulgou ao final de janeiro o “rascunho zero” do Pacto Global sobre Refugiados. A proposta de texto embasará as negociações formais de um novo marco regulatório sobre deslocamento forçado. Diálogos entre os países das Nações Unidas têm início em 13 de fevereiro.
“O pacto incorpora uma nova abordagem em que os principais países de acolhida — que normalmente estão entre os mais pobres do mundo — obtêm o apoio de que precisam, e os refugiados podem contribuir para o futuro deles e das comunidades onde vivem”, explica o alto-comissário adjunto da ONU para refugiados, Volker Türk.
O ACNUR recebeu da Assembleia Geral da ONU a tarefa de elaborar um novo acordo sobre refúgio. Em 19 de setembro de 2016, o organismo decisório assinou a histórica Declaração de Nova Iorque para Refugiados e Migrantes, que prevê o estabelecimento de uma governança mais justa para quem se desloca no mundo.
Com o pacto, a ONU espera mobilizar uma ampla gama de atores interessados para ajudar os países anfitriões a gerenciar a resposta às crises de refugiados, incluindo o setor privado, agências de desenvolvimento e instituições financeiras, em conjunto com os próprios deslocados forçados.
A proposta do novo marco é superar a contínua lacuna no sistema internacional de proteção, garantindo um apoio mais previsível e igualitário às comunidades de acolhimento. Um dos pressupostos é fortalecer os sistemas nacionais de saúde e educação desses países para dar assistência a quem chega. A ideia substituiria práticas vigentes, que colocam refugiados em campos e criam redes paralelas de serviços. Com isso, os moradores dos locais que recebem refugiados também seriam beneficiados.
O texto também se baseia no reconhecimento de que os refugiados podem continuar a aprender e desenvolver habilidades para sustentar suas famílias enquanto estão em situação de refúgio e para reconstruir suas vidas ao retornarem aos seus países de origem.
O “rascunho zero” inclui o Quadro de Reposta Abrangente aos Refugiados (CRRF, na sigla em inglês), previsto pelo Anexo I da Declaração de Nova Iorque, e um programa de ação para iniciativas nas áreas de educação, meios de subsistência, registro civil, serviços financeiros, conectividade e internet.
O documento foi elaborado na segunda metade de 2017, a partir de debates promovidos pelo ACNUR e de análises das respostas a crises de refugiados de diferentes países.
De fevereiro a julho de 2018, serão realizadas consultas formais junto aos Estados-membros da ONU, em Genebra. Organizações não governamentais e outros atores participarão como observadores. O resultado esperado é um documento de caráter não vinculativo. Ao final de 2018, em seu relatório anual para a Assembleia Geral, o ACNUR deverá apresentar uma nova proposta do pacto.
Acesse o “rascunho zero” clicando aqui.
 
Posted: 07 Feb 2018 09:34 AM PST
Clique para exibir o slide.Em uma manhã fria em uma propriedade industrial de Viena, na Áustria, Ali e Rozh checam as caixas de vegetais doados. Os dois solicitantes de refúgio, ambos do Iraque, não procuram comida para si. Eles são voluntários em um banco de alimentos que combate o desperdício e distribui comida excedente a pessoas pobres no país.
“Estamos felizes em usar nosso tempo para o bem”, diz Ali Majid Abdul Razzaq Al Khalid, de 32 anos, veterinário de Diyala, leste do Iraque. “Há refugiados pobres, mas há também austríacos pobres que vivem na rua. Isso foi um choque para nós quando chegamos aqui — ver pessoas pobres na Europa, em uma terra supostamente rica”.
Enquanto Ali e seu amigo, Rozh Ali, de 39, ex-gerente de marketing de Bagdá, esperam que seus pedidos de refúgio sejam processados, eles se voluntariam no Wiener Tafel (Mesa de Viena, tradução livre), o banco alimentar mais antigo da Áustria. Lá, um pequeno grupo de funcionários e cerca de 400 voluntários coletam alimentos que seriam jogados fora e entregam a aproximadamente 20 mil pessoas em abrigos e casas administradas por 120 instituições de caridade.
“É uma situação de ganho triplo”, diz Karl-Anton Goertz, que angaria fundos e recolhe alimentos para o Wiener Tafel. “A natureza ganha, a indústria alimentar economiza o desperdício de resíduos e as pessoas mais pobres são ajudadas”.
Para os refugiados voluntários, Karl-Anton diz que é uma “via de mão dupla”, à medida que melhoram o alemão, ajudam os outros e participam de oficinas de culinária ao lado de austríacos.
Por medidas de higiene, o Wiener Tafel não pega comida já cozida de restaurantes, apenas alimentos embalados ou frescos de mercados e supermercados. No dia em que grandes abóboras chegaram do Großgrünmarkt (mercado atacadista de vegetais), os voluntários estavam cortando-as e envolvendo os pedaços em papel-filme.
“Ninguém está morrendo de fome na Áustria”, diz Karl-Anton. “Mas a pobreza não permite que alguns vivam 100% e escolham o que gostariam de comer. Estamos tentando não só promover uma melhor nutrição, mas também dar aos pobres mais opções”.
As instituições de caridade que cuidam dos sem-teto, das mães solteiras e dos dependentes químicos, bem como de alguns solicitantes de refúgio, sempre precisam de batatas, mas também agradecem pequenos luxos, como chocolates.
À medida que o dia avança no armazém do Wiener Tafel, Ali separa tomates-cereja enquanto Rozh carrega caixotes para um caminhão estacionado no lado de fora. Os amigos chegaram separados à Áustria em 2015 e se encontraram em Viena. Ali tem uma esposa e uma filha de quatro meses, enquanto Rozh é divorciado e está no país sozinho. No Iraque, ambos sofreram violência sectária.
“Eu venho trabalhar aqui todos os dias”, diz Rozh. “Wiener Tafel é como uma família para mim”.
O Wiener Tafel é essencial para organizações como o Ute Bock House, um abrigo privado para solicitantes de refúgio em Viena. “Gostaríamos de receber alguns doces para as crianças, mas aceitamos de bom grado o que chegar”, diz Natia Karkadze, uma das gerentes do abrigo. Ela dirige uma van branca, ajudada por Maximilian Scheiblhofer, de 19, que em vez de fazer serviço militar está fazendo serviço social por um ano.
No Ute Bock House, a maior parte da comida é guardada em uma despensa para ser compartilhada quando todos os moradores estiverem em casa. Para o almoço, pães, rabanetes, pimentões e cogumelos estão dispostos em uma bancada onde os moradores podem se servir.
Alguns dos moradores estão cozinhando na cozinha comum do abrigo. Zura, da Chechênia, está fritando cebolas para fazer um prato com feijão, enquanto Lamin, da Gâmbia, está fazendo sopa. Fátima, uma palestina da Jordânia, pegou um pimentão verde para colocar sob a pizza de sua família.
 
Posted: 07 Feb 2018 08:58 AM PST
Migrantes a bordo de trem que liga o México aos Estados Unidos (arquivo). Foto: OIM/Keith Dannemiller
Migrantes a bordo de trem que liga o México aos Estados Unidos (arquivo). Foto: OIM/Keith Dannemiller
O número de migrantes que morreram ao tentar atravessar a fronteira entre México e Estados Unidos em 2017 permaneceu alto apesar da forte queda do número de prisões, disse a agência de migrações das Nações Unidas na terça-feira (6).
Em comunicado, a Organização Internacional para as Migrações (OIM) afirmou que os números da Patrulha de Fronteiras norte-americana indicam que 341.084 migrantes foram presos na fronteira sul do país em 2017, contra 611.689 em 2016 — uma queda de cerca de 44%. No entanto, o ano de 2017 registrou 412 mortes, comparadas a 398 em 2016.
“O aumento das mortes é especialmente preocupante, já que os dados disponíveis indicam que bem menos migrantes entraram nos EUA via fronteira com o México no ano passado”, disse Frank Laczko, diretor do centro global de análises de dados sobre migração da OIM.
De acordo com a agência da ONU, a exposição prolongada a ambientes extremos na região fronteiriça, onde as temperaturas frequentemente atingem de 40º Celsius, combinada com a dificuldade de levar assistência àqueles em necessidade em áreas remotas, foram repetidamente citadas como as principais causas de mortes.
O estado do Texas, onde 191 mortes de migrantes foram registradas no ano passado, é uma área de particular preocupação, e o total de mortes no ano passado representa um aumento de 26% frente às 151 mortes registradas no estado em 2016, acrescentou o comunicado da OIM.
Ao mesmo tempo, apesar de os dados sobre mortes de migrantes na fronteira com o México estarem mais acessíveis do que em muitas outras regiões do mundo, eles permanecem incompletos, e o número de mortes registradas pela Patrulha de Fronteiras inclui apenas aqueles com os quais os agentes lidam diretamente.
“Isso significa que os dados reportados nacionalmente podem seriamente subestimar o número real de mortes”, disse Julia Black, coordenadora de dados do projeto sobre migrantes desaparecidos da OIM.
A OIM também informou que a maioria das mortes de migrantes registradas pelo projeto ocorreu no lado norte-americano da fronteira — no entanto, uma razão para isso pode ser o fato de que coronéis, médicos e xerifes dos estados norte-americanos são mais propensos a reportar regularmente dados sobre mortes de migrantes ao pessoal da agência da ONU.
Informações sobre mortes do lado sul da fronteira frequentemente são divulgadas localmente por estações de rádio e pequenos jornais, ou nas mídias sociais, disse a agência, afirmando que a informação sobre mortes pode surgir semanas ou até meses depois de ocorrerem.
Desde o início do projeto da OIM sobre migrantes desaparecidos, a agência da ONU registrou 1.468 mortes na fronteira entre EUA e México, incluindo 14 mortes em janeiro de 2018.
 
Posted: 07 Feb 2018 07:30 AM PST
Refugiados recém-chegados do Sudão do Sul contam ao chefe do ACNUR, Filippo Grandi, e ao chefe humanitário da ONU, Mark Lowcock, as razões de sua fuga. Foto: ACNUR/Georgina Goodwin
Refugiados recém-chegados do Sudão do Sul contam ao chefe do ACNUR, Filippo Grandi, e ao chefe humanitário da ONU, Mark Lowcock, as razões de sua fuga. Foto: ACNUR/Georgina Goodwin
O alto-comissário da ONU para refugiados, Filippo Grandi, e o coordenador de ajuda de emergência, Mark Lowcock, lançaram na quinta-feira (1) um apelo para arrecadar 1,5 bilhão de dólares para ajudar refugiados forçados a deixar a grave situação humanitária no Sudão do Sul, e 1,7 bilhão de dólares para atender as necessidades da população do país.
Com o conflito chegando a seu quinto ano, aproximadamente 2,5 milhões de sul-sudaneses foram forçados a deixar o país em direção a cinco nações vizinhas — Uganda, Quênia, Sudão, Etiópia, República Democrática do Congo e República Centro-Africana. O conflito e a insegurança já forçaram uma em cada três pessoas a se deslocar — seja dentro do Sudão do Sul ou para além de suas fronteiras. Dentro do país, 7 milhões de pessoas precisam de assistência humanitária.
A previsão é de que o número de deslocados ultrapasse 3 milhões até o final deste ano, tornando a crise de refugiados do Sudão do Sul a maior do mundo desde o genocídio de Ruanda, em 1994.
“O custo humano do conflito do Sudão do Sul atingiu proporções épicas”, disse Grandi. “Se a guerra não terminar, o número de refugiados subirá de 2,5 milhões para 3 milhões em 2018. O conflito está afetando as pessoas do Sudão do Sul que deveriam ser o maior recurso de uma jovem nação. Eles deveriam estar construindo o país, não sendo forçados a deixá-lo. Enquanto o povo do Sudão do Sul espera pela paz, o mundo deve ajudar”.
Uganda, país que mais acolhe refugiados sul-sudaneses, com mais de 1 milhão no país, deverá abrigar outros 250 mil este ano. No Sudão, o número de refugiados deve exceder a marca de 1 milhão.
Aproximadamente 90% dos deslocados internos são mulheres e crianças e cerca de 65% têm menos de 18 anos. As mulheres denunciaram casos de estupro e outras formas de violência, assassinato de seus maridos e desaparecimento de crianças durante suas travessias.
Mesmo diante desse cenário, o financiamento para a crise de refugiados do Sudão do Sul permanece desanimadoramente baixo, com apenas 33% dos fundos solicitados.
As necessidades humanitárias no Sudão do Sul continuam a aumentar em um nível alarmante. Quase 7 milhões de pessoas, incluindo 2 milhões de deslocados internos, permanecem com necessidade urgente de assistência e proteção. Muitos estão sob o risco de desnutrição. Crianças estão incapazes de irem à escola ou de receber assistência médica adequada e, geralmente, estão sem abrigos.
O plano de resposta humanitária para 2017 foi 73% financiado, permitindo que as Nações Unidas e seus parceiros ajudassem 5,4 milhões de pessoas.
“O conflito no Sudão do Sul chegou a um nível brutal e mortal. Milhões foram forçados a deixar o país com medo pelas suas vidas. Agora eles precisam de nosso apoio”, disse Mark Lowcock, enquanto visitava o campo de Kakuma, no Quênia.
Citando a abordagem perspicaz adotada pelas autoridades quenianas para apoiar os refugiados, ele acrescentou: “é do interesse de todos continuar a oferecer apoios generosos e contínuos às pessoas afetadas pela crise dentro e fora do país”.
 
Posted: 07 Feb 2018 06:33 AM PST
Erik Solheim, chefe da ONU Meio Ambiente, e Ellen MacArthur. Foto: Fundação Ellen MacArthur
Erik Solheim, chefe da ONU Meio Ambiente, e Ellen MacArthur. Foto: Fundação Ellen MacArthur
ONU Meio Ambiente firmou em janeiro uma parceria com a Fundação Ellen MacArthur para promover a economia circular e padrões sustentáveis de produção e consumo. Anunciada em Davos, durante o Fórum Econômico Mundial, a cooperação visa mobilizar os setores público e privado, difundindo soluções que possam separar o crescimento econômico da degradação ambiental.
Entre as áreas de atuação conjunta previstas pela parceria, está o fortalecimento da base científica para a tomada de decisões políticas, incluindo no âmbito municipal.
A produção e o consumo de plástico são umas das questões que recebem atenção especial da Fundação. Com a iniciativa New Plastics Economy (Nova Economia do Plástico, em tradução livre para o português), a instituição defende a criação de um protocolo global para o setor, a fim de garantir que produtos sejam reprojetados e re-elaborados para reduzir o uso de plástico ou aumentar seu potencial de reciclagem.
“Uma economia linear ultrapassada, baseada em ‘pegar, fabricar e descartar’, é a raiz de alguns dos problemas mais desafiadores de hoje. A economia circular oferece uma estrutura para criar uma economia que seja restaurativa e regenerativa e que traga benefícios para a sociedade e o meio ambiente”, defende a fundadora do organismo, Ellen MacArthur.
A parceria entre a agência das Nações Unidas e a Fundação foi anunciada junto com o lançamento da Plataforma do Fórum Econômico Mundial para Acelerar a Economia Circular (PACE), que reúne empresas, instituições e governos para incentivar o uso responsável de recursos.
 
Posted: 07 Feb 2018 06:23 AM PST
Desemprego no Brasil chegou a 13% em 2016, maior índice registrado em países da América Latina e Caribe. Foto: Agência Brasil
Desemprego no Brasil chegou a 13% em 2016, maior índice registrado em países da América Latina e Caribe. Foto: Agência Brasil
De 2015 para 2016, o desemprego no Brasil passou de 9,3% para 13%, segundo dados coletados em 20 regiões metropolitanas do país. O índice de desocupação é o maior da América Latina e do Caribe, revela a nova edição do Anuário Estatístico da Comissão Econômica da ONU para a região, a CEPAL.
Em 2016, ano em que foram obtidos dados desagregados por gênero sobre desemprego, as mulheres eram as mais afetadas pela falta de postos de trabalho — a desocupação entre elas chegou a 14,7%, ao passo que, entre os homens, o índice era de 11,6%.
Tanto em 2015 quanto em 2016, o Brasil teve taxas de desemprego acima das médias da América Latina e Caribe, apesar da tendência crescente identificada na região. Em 2015, a desocupação afetava 7,4% da população latino-americana e caribenha. Em 2016, o índice subiu para 8,9%. As desigualdades de gênero também foram observadas a nível regional. Quase 11% das mulheres não tinham trabalho em 2016. Entre os homens, a proporção era de 7,9%.
Em 2015, apesar de o desemprego ultrapassar 9%, o Brasil estava melhor que países como Bahamas, Barbados, Belize, Jamaica e Costa Rica. No ano seguinte, o país chegou à pior posição da lista organizada pela CEPAL, com o mais alto índice de desocupação.

Faixa etária e qualificação

Em 2016, a taxa média de desemprego nas cidades latino-americanas e caribenhas chegou a 6,7%, valor que representa um aumento de 0,3 ponto percentual na comparação com 2014. Mas o índice mascara variações consideráveis quando considerada a faixa etária da mão de obra. Entre os jovens de 15 a 24 anos, o desemprego chegou a 15,9% em 2016. Em 2014, o índice entre esse segmento populacional era de 15,1%.
O levantamento da CEPAL também mostra que 44% dos homens e 51% das mulheres atualmente empregados nas cidades latino-americanas e caribenhas trabalham em setores de baixa produtividade (setor informal). O organismo da ONU avaliou a qualificação dos trabalhadores da região. Segundo a comissão, metade das pessoas em idade produtiva — dos 25 aos 59 anos — estudou menos de dez anos e apenas 22% continuaram seus estudos após terminar o ensino médio.
Clique aqui para acessar o relatório completo (em espanhol).
 
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