Powered By Blogger

quinta-feira, 1 de fevereiro de 2018

Boletim diário da ONU Brasil: “Paz na Síria precisa ser construída com direitos humanos para todos, diz Angelina Jolie” e 3 outros.

Boletim diário da ONU Brasil: “Paz na Síria precisa ser construída com direitos humanos para todos, diz Angelina Jolie” e 3 outros.

Link to ONU Brasil

Posted: 29 Jan 2018 01:29 PM PST
Enviada do ACNUR, a atriz norte-americana Angelina Jolie, conversa com crianças sírias no campo de Zaatari, na Jordânia. Foto: ACNUR/Ivor Prickett
Enviada do ACNUR, a atriz norte-americana Angelina Jolie, conversa com crianças sírias no campo de Zaatari, na Jordânia. Foto: ACNUR/Ivor Prickett
A enviada da agência das Nações Unidas para refugiados, a atriz norte-americana Angelina Jolie, visitou no domingo (28) o campo de Zaatari, na Jordânia, afirmando que a paz na Síria precisa ser construída com dignidade e direitos humanos. Atualmente, cerca de 5,5 milhões de refugiados sírios estão abrigados em Jordânia, Líbano, Turquia e Iraque.
“É triste voltar à Jordânia e testemunhar os níveis de sofrimento e trauma entre os refugiados sírios enquanto a guerra entra em seu oitavo ano”, disse Jolia, enviada especial para a Agência da ONU para Refugiados (ACNUR).
Em nome do ACNUR, ela elogiou a Jordânia por sua generosidade e humanidade, disse que a população do país é “um exemplo para o mundo, em um momento em que a solidariedade com os refugiados está em falta”.
Ela lembrou que a agência da ONU não tem os recursos necessários para atender nem ao mesmo as necessidades básicas para a sobrevivência de muitas famílias.
“No ano passado, a resposta do ACNUR para a Síria foi financiada em apenas 50%. E até agora em 2018, está sendo financiada em apenas 7%”, disse ela, acrescentando que não há nada mais devastador para os funcionários das Nações Unidas do que ser incapaz de ajudar as pessoas.
Após sete anos de guerra, a maior parte dos sírios estão sem dinheiro e a maioria vive abaixo da linha da pobreza, com menos de 3 dólares por dia.
“Isso significa que as famílias estão sem comida suficiente; as crianças não estão recebendo tratamento médico; meninas estão vulneráveis ao casamento precoce; e muitos sírios enfrentam seu sétimo inverno sem abrigo adequado”, declarou.
“Um acordo político viável é a única maneira de criar as condições para os sírios retornarem a suas casas e para acabar com o sofrimento humano e a tensão nos países anfitriões”, afirmou.
 
Posted: 29 Jan 2018 01:15 PM PST

Em São Paulo, um centro de acolhimento oferece assistência e moradia para 30 mulheres trans e travestis. Mais do que um residência passageira, a Casa Florescer, mantida pela Prefeitura no Bom Retiro, oferece um local seguro para que as participantes do programa de atendimento redescubram seus sonhos e reconstruam suas vidas.
“A única porta que se abre, muitas das vezes, para as transexuais é a prostituição. Foi um caminho muito árduo para mim, bem doloroso”, lembra Tatiane de Campobello, que morou na Florescer de maio de 2016 até o final de 2017. Aos 16 anos, ela abandonou os estudos e a casa dos pais por não ser aceita pela família.
Com 22, voltou para a mãe, que a encaminhou para uma clínica para tratar a adicção em drogas e para aplicar a “cura gay”. Ela ficou lá por seis meses.
Hoje, aos 28, após cerca de dez anos trabalhando como profissional do sexo, Tatiane busca novos caminhos. “Ela (a mulher trans) pode mais. Ela não precisa ir para uma esquina. Ela pode ser uma secretária, uma professora, uma médica, uma empresária”, defende a jovem, que chegou a morar na rua e ficou uma semana na Cracolândia.
“Atualmente, eu trabalho como agente de saúde de uma Cracolândia. Um ano atrás, eu estava numa Cracolândia como usuária. Eu vejo isso como uma vitória”, conta. Para ela, ocupar novos espaços na sociedade é uma forma de empoderamento.
Mas no Brasil, infelizmente, ser transexual ainda significa ser oprimida pela violência e pela discriminação. Um levantamento publicado em março de 2017 pela organização não governamental Transgender Europe, com dados da Rede Trans Brasil, revelou que 938 indivíduos trans foram assassinados no Brasil de 2008 a 2016 – é o maior número registrado pela instituição para um único país.
O Brasil responde por mais de um terço do total de homicídios contra a população transexual (2343) em todo o mundo e por mais da metade desses crimes na América Latina e Caribe, a região mais perigosa para pessoas trans, com uma marca de 1834 assassinatos.
A nível global, das vítimas contabilizadas pelo relatório da Transgender Europe, 551 eram profissionais do sexo e 46% tinham de 20 a 29 anos. Segundo a Associação Nacional de Travestis e Transexuais (ANTRA), 90% das pessoas trans no Brasil estão na prostituição.
“São pessoas que precisam ser olhadas sem rótulos e sem julgamentos”, defende Alberto Silva, gerente de serviços da Casa Florescer, também chamada oficialmente de Centro de Acolhida Especial para Mulheres Transexuais. O gestor lembra que, para muitas mulheres trans, o afeto dos parentes e o acesso a educação foram “negados”, o que agrava sua marginalização.
“Se dentro do meu espaço social, seja no meu convívio familiar, seja na sociedade, eu sou uma cidadã que não existe perante os modelos heteronormativos, eu começo a me excluir desse universo e não me reconheço (mais) enquanto cidadã de direitos”, acrescenta Silva.
Inaugurada em março de 2016, a Casa Florescer oferece acompanhamento de saúde – física e mental – para suas moradoras, que também recebem assistência para pôr a documentação em dia e se preparar para o mercado de trabalho. A instituição divulga, entre as habitantes do local, oportunidades de capacitação na Rede Socioassistencial de São Paulo, no setor privado e em outras instituições públicas.
Segundo Silva, a proposta de criar um centro exclusivo para mulheres trans e travestis surgiu da necessidade de garantir um local livre de riscos de abuso. Em outros abrigos da Prefeitura, não eram raros os episódios de preconceito e de violência contra pessoas trans, seja da parte de outros indivíduos acolhidos no abrigo, seja pela própria instituição.
“Esse espaço é importante porque você consegue garantir os mínimos essenciais: ser quem você é. Eu posso ser quem eu sou. Eu não preciso negar a minha identidade para ter uma sobrevivência”, completa Alberto Silva.
O secretário de Assistência e Desenvolvimento Social da Prefeitura de São Paulo, Filipe Sabará, defende o tipo de serviço segmentado oferecido pela Florescer.
“Isso faz parte de um programa que a gente está criando de atender a sociedade como ela é hoje, e não como ela foi ontem”, afirma o chefe da pasta à qual o Centro de Acolhida está vinculado.

Reinserção na sociedade

Na avaliação de Tamires Motta, orientadora socioeducativa da Casa, “o que falta é oportunidade”. Ela conta que mesmo instituições que se colocam como aliadas da diversidade LGBT ainda têm uma resistência em contratar pessoas trans, preferindo ter em seu quadro profissional gays, lésbicas e bissexuais.
Quando são contratadas, mulheres transexuais continuam enfrentando dificuldades para se manter no mercado. A equipe da Florescer resolveu criar um grupo para as moradoras já empregadas, com o intuito de dar orientações sobre como lidar com episódios de transfobia em empresas e com o público.
“Não é suficiente acompanhar essas meninas para elas ingressarem no mercado de trabalho, mas é necessária uma preparação enquanto elas estavam lá dentro das empresas”, completa Tamires.
Oportunidades de trabalho são uns dos caminhos para a reinserção social do público atendido pela Casa Florescer. O objetivo final, segundo Alberto Silva, é fazer as mulheres participantes do projeto “desabrocharem”.
“Acreditando (nelas), você faz as meninas florescerem e ressurgirem para um novo universo, cheio de possibilidades”, defende o gestor.
Para Tatiane, a Casa Florescer permitiu imaginar outros rumos para sua vida. “Aqui, eu pude retomar o meu sonho”, conta a paulista, que pensa em voltar a estudar e deseja se formar em Pedagogia.
“E dignidade para todos, é o que eu mais quero. Igualdade.”

A ONU e as pessoas trans

A campanha das Nações Unidas Livres & Iguais, lançada em 2013 pelo Escritório do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (ACNUDH), defende a igualdade de direitos para as pessoas gays, lésbicas, bissexuai, trans e intersexo.
A iniciativa condena todas as formas de violência enfrentadas pela população LGBTI. Sobre os desafios específicos vividos pelos indivíduos transexuais, a campanha convoca países a adotar legislações abrangentes para combater a discriminação motivada por questões de identidade de gênero. A condição de pessoas trans também deve ser incluída, como característica a ser protegida, em leis já vigentes sobre crimes e discurso de ódio.
Outra medida recomendada aos Estados-membros da ONU é o reconhecimento legal da identidade de gênero das pessoas trans, por meio de processos administrativos simples, baseados no princípio da autoidentificação e sem o uso de procedimentos abusivos.

Entre em contato:

C.A.E. Florescer
Rua Prates, 1101-A
Bom Retiro, São Paulo – SP
(11) 3228-0502
 
Posted: 29 Jan 2018 01:11 PM PST
As economias em desenvolvimento, lideradas pela China e pela Índia, responderam por quase 90% das 750 milhões de pessoas que ficaram online pela primeira vez entre 2012 e 2015, de acordo com dados da União Internacional de Telecomunicações (UIT). Foto: EBC
UNESCO publica estudo sobre acesso à informação, liberdade de expressão, privacidade e ética na Internet. Foto: EBC
Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) lançou no fim de dezembro as versões em português e espanhol de sua publicação “As pedras angulares para a promoção de sociedades do conhecimento inclusivas: acesso à informação e conhecimento, liberdade de expressão, privacidade e ética na Internet”, durante sessão realizada no Fórum de Governança da Internet (IGF) em Genebra, na Suíça.
O lançamento teve a presença do embaixador do Brasil para questões de Internet, Benedicto Fonseca. Celebrando o lançamento das duas novas versões da publicação, Guy Berger, diretor de Liberdade de Expressão e Desenvolvimento de Mídia da UNESCO, disse: “dado o grande interesse dos Estados-membros de língua espanhola e portuguesa na governança da Internet, é muito positivo que a UNESCO possa oferecer esse estudo em idiomas acessíveis à maioria dos cidadãos desses países”.
Debatendo ideias importantes sobre o conceito de universalidade da Internet, o estudo oferece uma compreensão dos elementos-chave da rede, os princípios resumidos na sigla D-A-A-M, que defendem que a Internet deve ser baseada nos Direitos Humanos, aberta, acessível a todos e que tenha participação orientada por múltiplas partes interessadas. Como tal, “inclui conceitos-chave para legisladores, representantes do setor privado e outros envolvidos na governança da Internet”, disse o Alexandre Barbosa, gerente do Centro Regional de Estudos sobre o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic.br).
A pesquisa se baseia em uma série de estudos e relatórios da UNESCO sobre a Internet e Sociedades do Conhecimento. Fundamentada em um processo de consulta intensiva, que incluiu uma série de reuniões da agência da ONU com diversos especialistas da Internet e a análise de 200 respostas de um questionário global sobre os temas centrais (acesso à informação, liberdade de expressão, privacidade e ética na Internet) e transversais do estudo da Internet. A maioria das respostas aos questionários veio de países da América Latina e do Caribe.
Os resultados do estudo reforçam a crescente conscientização de como a revolução digital está influenciando todas as esferas da vida pública e privada. Cada vez mais informações pessoais e públicas são coletadas, armazenadas, processadas e compartilhadas eletronicamente. Tudo isso traz oportunidades para o desenvolvimento socioeconômico e sustentável, especialmente em torno das tecnologias de informação e comunicação para o desenvolvimento, assim como desafios diversos em áreas como acesso, liberdade de expressão, privacidade e ética.
O estudo, que foi publicado pela primeira vez em 2015, está agora na base do novo projeto da UNESCO para definir indicadores de universalidade da Internet (link em inglês). Esta iniciativa visa a desenvolver indicadores para governos e outras partes interessadas para medir o desenvolvimento da Internet em nível nacional e busca também promover padrões e valores baseados nos princípios D-A-A-M.
As traduções foram possíveis graças à contribuição do Cetic.br. Localizado em em São Paulo, Brasil, o Cetic é um centro regional sob os auspícios da UNESCO.
A publicação está agora disponível em espanhol e português. Outras versões estão disponíveis também em árabe, chinês, inglês, francês e russo.
Clique aqui para acessar a publicação em português.
Saiba mais sobre o Fórum de Governança da Internet.
 
Posted: 29 Jan 2018 12:42 PM PST
Clique para exibir o slide.Para lembrar as vítimas do Holocausto, o Centro de Informação da ONU no Brasil (UNIC Rio) inaugurou nesta segunda-feira (29), no Rio de Janeiro, a exposição de pôsteres “Mantenha a Memória Viva — Nossa Responsabilidade Compartilhada”. Mostra reúne 12 obras feitas por designers que se inscreveram num concurso global das Nações Unidas sobre o tema. A vencedora foi a brasileira Julia Cristofi, que participou da abertura.
“O crime de genocídio seria uma palavra insuficiente para expressar o que aconteceu”, afirmou o diretor do UNIC Rio, Maurizio Giuliano, sobre os 6 milhões de judeus que foram mortos pelo regime nazista durante a Segunda Guerra Mundial. Em sua avaliação, esse fato histórico foi “certamente a consequência mais grave de um ódio extremo”, que perdura até os dias de hoje, semeando discriminação contra alguns setores da sociedade, como refugiados, migrantes e minorias étnicas.
Neste ano, a ONU observa o Dia Internacional em Memória às Vítimas do Holocausto, lembrado em 27 de janeiro, com o tema “Memória e educação sobre o Holocausto: nossa responsabilidade compartilhada”. Para Giuliano, a data é uma oportunidade para mobilizar sobretudo os jovens.
“Não se trata apenas (de honrar a memória) do 1,5 milhão de crianças que morreram, mas também de falar das crianças de hoje, que devem aprender sobre o que aconteceu”, acrescentou o diretor do UNIC Rio na cerimônia, que reuniu no Palácio Itamaraty cerca de 50 pessoas, entre sobreviventes do regime nazista vivendo no Rio, representantes das comunidades judaica e cigana, estudantes e autoridades consulares.
Para o vice-presidente da Federação Israelita do estado do Rio de Janeiro (FIERJ), Claudio Rosemberg, “o Holocausto marca o trágico e doloroso ápice das perseguições sofridas ao longo dos séculos (pelos judeus) e até os dias de hoje”.
Rosemberg lembrou ainda que, além dos judeus, ciganos, pessoas com deficiência física e mental, padres, homossexuais e cidadãos do Leste Europeu também foram perseguidos e brutalmente assassinados por não pertencerem à raça ariana. “Para Adolf Hitler e seus companheiros, todos os grupos considerados inferiores deveriam ser exterminados. Esta solução final criada pelos nazistas resultou na aniquilação de um terço da população judia, tratada como sujeira humana.”

Sobreviventes são memória viva

Julia Cristofi, criadora do pôster vencedor do concurso, conta que quis valorizar a memória viva representada pelos sobreviventes do Holocausto. A imagem de sua autoria reúne fotos de sobreviventes que são anualmente selecionados pelo Memorial Yad Vashem, em Israel, para acender seis tochas durante as atividades da instituição em lembrança às mortes dos 6 milhões de judeus.
“Todo artista espera ter uma oportunidade em que ele possa falar de história e questões sociais”, afirma a designer. Para Julia, é necessário ouvir o que os sobreviventes têm a dizer para fortalecer a luta contra o preconceito atualmente. Saiba mais sobre a participação da brasileira no concurso clicando aqui.
Também presente na abertura da mostra, Freddy Glatt conta que fugiu da Alemanha para a Bélgica em 1933, quando Hitler chegou ao poder. A migração, porém, não salvou sua família. Em 1942, dois anos após a invasão da Bélgica pelos alemães, teve início uma perseguição aos judeus vivendo em território belga. Os irmãos e avós de Freddy foram capturados e mortos em Auschwitz.
“Judeus eram assassinados com requintes da maior crueldade e sadismo. Com espancamentos, fome e frio, fuzilamentos, enforcamentos, experiências pseudocientíficas”, lembra Freddy, que chegou ao Brasil em 1947, com sua mãe. “Holocausto, nunca mais”, defende o sobrevivente.
A mostra de pôsteres ficará aberta ao público no Palácio Itamaraty, no Rio de Janeiro, de segunda a sexta-feira, das 9h às 17h, com entrada franca, até o dia 28 de fevereiro.
Freddy foi um dos entrevistados pelo UNIC Rio para uma reportagem especial sobre as vítimas do Holocausto. A matéria foi exibida na inauguração da exposição, mas também foi disponibilizada online. Confira abaixo:

 

Nenhum comentário:

Postar um comentário