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terça-feira, 19 de maio de 2020

Boletim diário da ONU Brasil: “ONU: Não deixar ninguém para trás significa não deixar ninguém offline” e 12 outros.

ONU: Não deixar ninguém para trás significa não deixar ninguém offline

Posted: 15 May 2020 12:47 PM PDT

O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, gravou uma mensagem em vídeo para marcar no domingo (17) o Dia Mundial das Telecomunicações e da Sociedade da Informação. Segundo Guterres, a tecnologia da informação pode ser um “farol de esperança”, permitindo que bilhões de pessoas em todo o mundo se conectem.

“Durante a pandemia de COVID-19, essas conexões – com entes queridos, com escolas e faculdades, com locais de trabalho, com profissionais da saúde e fornecedores essenciais – são mais importantes do que nunca”, lembrou.

União Internacional de Telecomunicações continua trabalhando com a comunidade de tecnologia da informação e comunicação e as agências da ONU para ajudar a gerenciar e acabar com esta crise, saindo dela melhor do que entramos.

“Novas tecnologias, de 5G e ‘big data’ à computação em nuvem e inteligência artificial, são ferramentas poderosas para enfrentar os principais desafios mais do mundo, incluindo a pandemia. Não deixar ninguém para trás significa deixar ninguém offline”, destacou António Guterres.

O Dia Mundial das Telecomunicações e da Sociedade da Informação destaca este ano que a cooperação internacional em tecnologia digital é essencial para ajudar a derrotar a COVID-19 e alcançar a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável.

 

Empresa brasileira vence prêmio da UNESCO por usar inteligência artificial na educação

Posted: 15 May 2020 12:27 PM PDT

Sede da UNESCO em Paris. Foto: UNESCO

Sede da UNESCO em Paris. Foto: UNESCO

software brasileiro para habilidades de escrita Letrus e a ferramenta de detecção de dislexia espanhola Dytective são os dois vencedores do Prêmio Rei Hamad Bin Isa-Al Khalifa da UNESCO de 2019 pelo Uso das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) na educação.

Cada um dos vencedores receberá 25 mil dólares em uma cerimônia cuja data será marcada nas próximas semanas.

O tema da edição 2019 foi o uso da Inteligência Artificial (IA) para inovar na educação, ensino e aprendizagem. Por meio desse tema, a UNESCO visa promover aplicações efetivas e éticas da IA ​​na educação que estejam universalmente disponíveis.

O Letrus Writing Skills Program, desenvolvido pela empresa brasileira Letrus, é um programa de IA com retorno automatizado sobre a escrita dos alunos. O objetivo é reduzir o analfabetismo funcional na língua portuguesa, apoiando alunos e professores do Ensino Médio.

O programa suporta as habilidades de escrita dos alunos por meio de feedback híbrido da IA ​​e das pessoas. Os alunos recebem retorno imediato do software, que pode identificar padrões de escrita, bem como retorno mais detalhado proveniente de correções humanas. Desde 2017, mais de 65 mil estudantes utilizam o programa em todos os estados brasileiros.

O Dytective (detetive), desenvolvido pela empresa espanhola Change Dyslexia, é uma ferramenta projetada para detectar dislexia em aproximadamente 15 minutos. Ele também fornece exercícios baseados em jogos para ajudar os alunos disléxicos a superar as dificuldades de leitura e escrita em espanhol.

O aplicativo apresenta uma combinação de testes online e aplicativos preditivos de aprendizado de máquina associados. Até o momento, mais de 270 mil crianças de 43 países se beneficiaram de um pré-diagnóstico gratuito de dislexia. A empresa também fornece subsídios para famílias mais pobres com crianças que necessitam de educação corretiva para dislexia.

Os dois vencedores foram escolhidos entre 113 indicações apresentadas pelos Estados-membros da UNESCO e suas organizações associadas, sob recomendação de um júri internacional de especialistas em educação.

Criado em 2005 e apoiado pelo Bahrein, o prêmio homenageia anualmente indivíduos e organizações que fazem uso inovador de novas tecnologias para melhorar o ensino, o aprendizado e o desempenho educacional geral.

O prêmio concede a cada destinatário reconhecimento internacional, um diploma e um prêmio em dinheiro.

Na ocasião da cerimônia de premiação, será realizado um seminário com as apresentações dos projetos vencedores.

 

VÍDEO: Coronavírus chega ao maior campo de refugiados do mundo, em Bangladesh

Posted: 15 May 2020 12:11 PM PDT

Saiba mais clicando aqui.

 

COVID-19: Líderes mundiais pedem que medicamentos e futuras vacinas sejam livres de patentes

Posted: 15 May 2020 11:55 AM PDT

Um bebê de 6 meses recebe uma injeção de vacina atrasada em um centro de saúde comunitário em Pequim, China. Foto: UNICEF/Zhang Yuwei

Um bebê de 6 meses recebe uma injeção de vacina atrasada em um centro de saúde comunitário em Pequim, China. Foto: UNICEF/Zhang Yuwei

O Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS (UNAIDS) iniciou uma petição de líderes globais solicitando que, quando uma vacina para a COVID-19 for desenvolvida, ela seja disponibilizada gratuitamente para todos.

Na quinta-feira (14), mais de 140 líderes mundiais assinaram uma carta aberta solicitando que os governos se unam para buscar uma vacina contra a COVID-19, marcando a posição mais ambiciosa já estabelecida pelos líderes mundiais sobre o que se tornou a busca mais urgente da ciência moderna.

Eles estão exigindo que todas as vacinas, tratamentos e testes sejam livres de patentes, produzidos em massa e distribuídos de maneira justa.

O presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa, está pressionando para que a pesquisa científica seja compartilhada entre os países e que a vacina seja livre de patentes. “Ninguém deve ser empurrado para o final da fila de vacinas por conta de onde vive ou do quanto ganha”, disse ele, na carta conjunta de UNAIDS/Oxfam.

O primeiro-ministro do Paquistão, Imran Khan, destacou a necessidade de trabalhar em conjunto para combater o vírus. “Devemos reunir todo o conhecimento, experiência e recursos à nossa disposição para o bem de toda a humanidade”, afirmou.

Outros signatários incluem a ex-presidente da Libéria Ellen Johnson Sirleaf, o ex-primeiro-ministro do Reino Unido Gordon Brown, o ex-presidente do México Ernesto Zedillo e a ex-primeira-ministra da Nova Zelândia Helen Clark, que também liderou o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) por muitos anos.

Prioridades da resposta à COVID-19

Líderes governamentais e nacionais também se uniram a agências da ONU e instituições financeiras internacionais na quinta-feira, pedindo que a água, o saneamento e a higiene sejam priorizados na batalha contra o vírus.

Confirmando que essas três áreas – juntamente com o distanciamento físico – são as primeiras linhas de defesa essenciais contra a propagação do vírus, eles lembraram que a lavagem das mãos requer acesso à água corrente em quantidades suficientes.

“Nossos planos de resposta – nos níveis nacional, regional e global – devem, portanto, priorizar os serviços de água, saneamento e higiene”, disseram em comunicado conjunto.

Sob a premissa de que somos tão saudáveis ​​quanto os membros mais vulneráveis ​​da sociedade, não importa o país, os líderes globais solicitaram esses recursos fossem disponibilizados a todos, “eliminando desigualdades e não deixando ninguém para trás”.

Eles também defenderam o trabalho colaborativo com todos os parceiros para melhorar os serviços de água e saneamento, dizendo que “todos têm algo a oferecer para proteger as populações da COVID-19”.

É essencial garantir que os sistemas de água e saneamento sejam resilientes e sustentáveis ​​para proteger a saúde das pessoas e apoiar os sistemas nacionais de saúde, de acordo com os signatários.

Apoio financeiro

Eles também enfatizaram a necessidade de fornecer apoio financeiro aos países para que eles possam responder adequadamente à crise.

“Os financiamentos precisam ser mantidos sem desvio dos compromissos e prioridades estabelecidos para o setor de água, saneamento e higiene”, afirmaram.

Eles também pediram a entrega de informações precisas e transparentes, com base em pareceres científicos que permitam a todos agir em conformidade.

“A resiliência a crises futuras depende das ações adotadas agora, bem como das políticas, instituições e capacidade adotadas em tempos normais”, concluíram. “Como líderes, esta é a nossa chance de salvar vidas.”

 

OIT: pandemia expõe lacunas na cobertura de proteção social dos países em desenvolvimento

Posted: 15 May 2020 11:17 AM PDT

Foto: ONU Mulheres/Ploy Phutpheng

Foto: ONU Mulheres/Ploy Phutpheng

A crise da COVID-19 expôs lacunas devastadoras na cobertura da proteção social nos países em desenvolvimento e a única maneira de sustentar a recuperação e prevenir crises futuras é os países transformarem suas medidas especiais de resposta à pandemia em sistemas abrangentes de proteção social.

Dois estudos divulgados pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) alertam que os atuais déficits de proteção social podem comprometer os planos de recuperação, expor milhões de pessoas à pobreza e afetar a capacidade de reação global para enfrentar crises semelhantes no futuro.

Os documentos analisam detalhadamente o papel das medidas de proteção social no enfrentamento do surto de COVID-19 nos países em desenvolvimento, incluindo a concessão de auxílio-doença durante a crise.

O estudo sobre as respostas da proteção social à pandemia de COVID-19 nos países em desenvolvimento (Social protection responses to the COVID-19 pandemic in developing countries) descreve a proteção social como “um mecanismo indispensável para fornecer apoio às pessoas durante a crise”.

O estudo examina medidas de resposta em vigor em alguns países, incluindo a remoção de barreiras financeiras ao acesso à assistência médica de qualidade, o fortalecimento da segurança de renda, a inclusão de trabalhadores da economia informal, a proteção da renda e do emprego e a melhoria da proteção social, do emprego e de outras intervenções.

“Embora o vírus não discrimine entre ricos e pobres, seus impactos são extremamente desiguais ”, aponta o documento, acrescentando que a capacidade de recorrer a serviços de saúde acessíveis e de qualidade se tornou “uma questão de vida ou morte”.

O documento também exorta os formuladores de políticas públicas a evitar concentrar toda a atenção na COVID-19, pois isso poderia reduzir a disponibilidade dos sistemas de saúde para responder a “outras condições que matam pessoas todos os dias”. Também são citados o caso da pandemia de ebola e a forma como todos os recursos foram centrados no controle desse vírus, enquanto a mortalidade por malária, tuberculose e HIV/AIDS disparou.

Segundo dados apresentados, 55% da população mundial – até 4 bilhões de pessoas – não são cobertos por seguro social ou assistência social. Globalmente, apenas 20% das pessoas desempregadas são cobertas por benefícios de auxílio desemprego e, em algumas regiões, a cobertura é ainda menor.

O outro documento sobre proteção social aborda o tema da concessão do auxílio-doença durante licença médica e a quarentena (Sickness benefits during sick leave and quarantine: Country responses and policy considerations in the context of COVID-19).

O estudo alerta que a crise de saúde da COVID-19 expôs dois principais efeitos adversos de lacunas na cobertura de auxílio-doença. Em primeiro lugar, esses déficits de proteção podem forçar as pessoas a ir trabalhar quando estão doentes ou deveriam ficar em confinamento, aumentando o risco de infectar outras pessoas.

Em segundo lugar, a perda de renda relacionada aumenta o risco de pobreza para trabalhadoras, trabalhadores e suas famílias, o que pode ter repercussões duradouras.

O documento defende a adoção urgente de medidas de curto prazo para preencher as lacunas na cobertura e na adequação de auxílio-doença, enfatizando que isso teria uma vantagem tripla: apoiar a saúde pública, prevenir a pobreza e promover direitos humanos relacionados à saúde e à seguridade social.

As medidas propostas incluem a expansão da cobertura de auxílio-doença para toda a população, garantindo que cheguem a mulheres e homens com emprego atípico ou informal, trabalhadores autônomos, migrantes e grupos vulneráveis.

Várias recomendações são feitas, como aumentar a quantidade de benefícios para fornecer segurança de renda, acelerar a concessão e expandir o escopo de benefícios para incluir ações de prevenção, diagnóstico e tratamento, bem como o tempo gasto em quarentena ou cuidando de dependentes doentes.

“A crise da COVID-19 é um alerta. Ela mostrou que a falta de proteção social não afeta apenas as pessoas mais pobres, também destaca a vulnerabilidade das pessoas em uma situação relativamente boa, pois o custo de cuidados médicos e a perda de renda podem facilmente destruir o fruto de décadas de trabalho e a economia de uma família”, disse Shahra Razavi, diretora do departamento Proteção Social da OIT.

“Exemplos de diferentes partes do mundo mostram novamente que países com um sistema de proteção social sólido e abrangente estão em uma posição muito mais forte para intervir e se recuperar de uma crise. Os formuladores de políticas públicas precisam aproveitar o momento gerado pela crescente conscientização pública sobre a importância da proteção social e a urgência de investir nela como sociedade, para garantir capacidade de resposta em futuras crises.”

 

ONU quer saber como jovens da América Latina e Caribe sobre estão enfrentando a pandemia

Posted: 15 May 2020 10:44 AM PDT

A crise mundial de saúde sem precedentes que estamos enfrentando está afetando todos os cantos da sociedade e mudando vidas e meios de subsistência.

Em todos os tipos de crises e momentos de necessidade, das mudanças climáticas às situações de conflito armado e à instabilidade política, a população jovem e as organizações lideradas por jovens sempre reagiram imediatamente e responderam às necessidades de outras pessoas. O mesmo está acontecendo agora durante a pandemia de COVID-19.

Embora atualmente a atenção esteja voltada para as pessoas mais diretamente afetadas pelo vírus, há muitas indicações de que a pandemia da COVID-19 terá impactos sociais, culturais, econômicos, políticos e multidimensionais duradouros em sociedades inteiras, incluindo jovens, conforme destacado no relatório do secretário-geral “Responsabilidade compartilhada, solidariedade global” (março de 2020).

Pesquisa de Jovens COVID-19

O Grupo das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável na América Latina e no Caribe e os membros da Força-Tarefa entre Agências para a Juventude para a América Latina e o Caribe estão comprometidos com os objetivos consagrados na Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável e na Estratégia para Nações Unidas para a Juventude.

Portanto, o respeito pelos direitos humanos – incluindo os direitos econômicos, sociais e culturais, bem como os direitos civis e políticos – é fundamental para o sucesso das respostas em saúde pública e a recuperação após a pandemia.

Nesse contexto, as Nações Unidas convidam adolescentes e jovens entre 15 e 29 anos de América Latina e Caribe a participar de uma pesquisa com o objetivo de saber como estão enfrentando a pandemia de COVID-19, bem como suas preocupações atuais e futuras. A pesquisa estará aberta até 26 de maio.

Saiba como participar:

Participação dos jovens é a resposta

Um número crescente de jovens está lutando proativamente contra a disseminação do vírus e trabalhando formal ou voluntariamente para mitigar a pandemia e lidar com suas repercussões.

No entanto, ao desenvolver iniciativas destinadas a apoiar os esforços dos jovens para atuarem como agentes de mudança com segurança e eficácia no contexto da pandemia de COVID-19, é importante considerar vários elementos importantes, incluindo inclusão, participação e o dever de oferecer cuidado, confiança e comprometimento.

Os resultados da pesquisa guiarão a resposta das Nações Unidas na América Latina e no Caribe para interromper a propagação da doença e mitigar as repercussões da pandemia. É essencial que a ONU reconheça os múltiplos e diversos impactos que a pandemia da COVID-19 já tem e terá na população jovem e em seus direitos humanos.

As informações desta pesquisa são completamente confidenciais e os dados coletados serão compartilhados apenas com pesquisadores do Sistema das Nações Unidas para análise regional.

Para mais informações, entre em contato com: lacyouthcovid19@unfpa.org

 

Transmissions of kindness: community radio engages indigenous refugees and migrants in Manaus

Posted: 15 May 2020 10:28 AM PDT

Dance and entertainment are part of the live transmission of the Communit Warao Radio. Photo: Felipe Irnaldo/UNHCR

Clique para exibir o slide.

“Good morning! We are now starting another edition of Yakera Jokonae radio here at the Carlos Gomes shelter”, announces the indigenous Alcioni Torres through a stereo set in the courtyard of this new shelter for Venezuelan indigenous population from the Warao ethnic group in the city of Manaus. Living in the Amazonian capital with his family, Alcione draws the shelter residents’ attention with his powerful voice.

He is one of the mobilizers who have participated since April in the broadcasts of community radio sessions at the Carlos Gomes and Nininberg Guerra shelters, in Manaus, mobilizing adults and young people in the production of participatory content to disseminate information, news and entertainment.

This is one of the strategies of UNHCR (UN Refugee Agency) to strengthen the protection of Venezuelan indigenous populations in the Northern region of the country. In partnership with the Mana Institute and the Municipal Secretariat of Women Social Assistance and Citizenship of Manaus (SEMASC), community radio stations in both shelters share reliable and updated information about COVID-19. The action is also supported by Doctors without Borders.

It is estimated that about four thousand Venezuelan indigenous Warao people live in Brazil, of which 600 are in Manaus. In the last weeks, 534 refugees have recently been relocated to safer areas in the city, with the support of local authorities. The others remain in the shelters where they were already living, where conditions are adequate.
Alcioni, like many of his friends and relatives, speaks the Warao language and communicates in Spanish. Without mastering Portuguese, this group suffers from a language barrier and has difficulty accessing updates about the pandemic, while facing the additional challenge of having to self-isolate in a situation of displacement away from their homes.

By participating in the project, Alcioni and the community found motivation to stay informed, integrate the shelter community and share the common experience of having been forced to leave their homes and communities to escape hunger and violence.

“I like to be on the radio because we do new things. The community participates, and we learn that in isolation we can also laugh and do what we love. This inspires us to make plans for the future,” says the Yakera Jokonoto radio speaker.

The novel coronavirus pandemic is the main topic of the radio programme, which reinforces preventive measures published by the World Health Organization (WHO) and reports the number of people infected and deaths. However, there is also space for music and other topics, including football and current events. “I always use sports to socialize and as an ice breaker to connect with others, and make them feel better. In the end, we are helping each other”, reinforces Alcioni.

The work starts days in advance. About ten people make up the radio team of each shelter, which is divided into groups and discuss topics of interest to the community. At the Nininberg Guerra shelter, the team is led by Eudismari Mariano, a 30 year-old Warao community member.

“I like to participate in the whole process, talking about sports, medicine, culture… all of this helps to share things that interest us with many people in the shelter,” says the Venezuelan who has been living in Brazil for 1 year and 7 months.

The programs, which take place weekly, are presented live and have the participation of special guests, including doctors and humanitarian workers. It is not uncommon for listeners to ask questions, comment and even dance and sing their favorite songs. Even news about celebrities, including those with COVID-19, appears in the program’s script.

“Information is our greatest prevention tool, and no one is better than the community themselves to find out the best way to communicate it”, highlights UNHCR’s Protection Assistant in Manaus, Juliana Serra.

“Nothing is better than engaging the community in the prevention efforts. As a result, we have the community involved and informed, developing communication skills and knowledge. This is a space where they also share their concerns and what they are experiencing as refugees in the midst of the pandemic”, she says.

For Adriana Lira, 26, an indigenous leader who passes on information about the routine and duties of those welcomed at Carlos Gomes shelter, the radio has become a very useful tool. “Everyone liked the radio at the shelter, because it is not just an opportunity to listen to music, we can also share information about the routine of the shelter, what to do and what not to do, it ends up being very cool to pass information about the government’s emergency aid benefit, what worked and what didn’t,” she highlights.

This action is supported by donors such as the Bureau of Population, Refugees, and Migration (PRM) within the United States Department of State, which allows UNHCR greater flexibility in the use of its resources through unearmarked contributions, enabling carrying out different projects aimed at protecting the refugee population in a vulnerable situation.

Emergency within the emergency – With the arrival of the pandemic, UNHCR has intensified the emergency response to the displaced Venezuelan population in order to guarantee better hygiene and sanitation conditions, accommodation and access to information. In Manaus, approximately 600 Warao are being supported with various activities to prevent and respond to COVID-19, including relocation to safer spaces supported by city authorities, where they are fed three times a day, in addition to information sessions on coronavirus and prevention measures. UNHCR provided mattresses, beds, hygiene and cleaning kits and technical guidance to improve the infrastructure of the safe shelter spaces.

 

VÍDEO: Livres & Iguais – Seja você!

Posted: 15 May 2020 09:29 AM PDT

Existem lésbicas, gays, bissexuais, pessoas trans ou intersexo em todas as comunidades. Eles são seus colegas, conhecidos, amigos e familiares. Mesmo que você ache que nunca conheceu um único membro da comunidade LGBTI, é mais do que provável que você já tenha conhecido.

Mas alguns – ou talvez todos – foram forçados a permanecer calados porque enfrentariam estigma, discriminação ou até violência se fossem abertos sobre quem são.

Essas injustiças podem ter início na infância. É mais provável que os jovens LGBTI sejam intimidados, forçados a sair da escola ou rejeitados por suas famílias do que seus pares. Se a pessoa que você conhece é intersexo, ela pode ter sido submetida a uma cirurgia que nunca precisou ou desejou quando criança e sofre repercussões físicas e mentais pelo resto de sua vida.

Isso continua na idade adulta, quando as pessoas LGBTI enfrentam discriminação e violência ao procurar uma casa ou trabalho, se desejam iniciar uma família, visitar um consultório médico ou simplesmente caminhar pela rua.

Se elas moram em um dos 70 países que criminalizam as relações entre pessoas do mesmo sexo, podem até precisar se esconder do governo ou enfrentar a prisão ou até mesmo a pena de morte. Não é de admirar que as pessoas LGBTI frequentemente escondem quem são.

Não precisa ser assim. Juntos, podemos criar um mundo onde é seguro ser você mesmo – não importa quem você é ou quem você ama. Compartilhe para ajudar a quebrar o silêncio! Saiba mais: unfe.org/pt-pt/breakthesilence.

 

Rádio comunitária engaja refugiados e migrantes indígenas em Manaus

Posted: 15 May 2020 09:16 AM PDT

“A gente aprende e lembra que no isolamento podemos também rir e fazer o que se gosta”, afirma Alcioni (esquerda), um dos participantes da Rádio Comunitária Warao em Manaus. Foto: Felipe Irnaldo/ACNUR

“Muito bom dia! Estamos começando mais uma edição da rádio Yakera Jokonae aqui no abrigo Carlos Gomes”, anuncia o indígena Alcioni Torres por meio de um aparelho de som montado no pátio deste novo abrigo para indígenas venezuelanos da etnia Warao na cidade de Manaus. Vivendo na capital amazonense com sua família, Alcioni chama a atenção dos moradores do abrigo com sua potente voz e eloquente opinião.

Ele é um dos mobilizadores que participam desde abril das transmissões das rádios comunitárias dos abrigos Carlos Gomes e Nininberg Guerra, em Manaus, mobilizando adultos e jovens na produção de conteúdo participativo para divulgar informações, atualidades e entretenimento.

Esta é uma das estratégias da Agência da ONU para Refugiados (ACNUR) para fortalecer a proteção das populações indígenas venezuelanas no norte do país. Em parceria com o Instituto Mana e Secretaria Municipal da Mulher Assistência Social e Cidadania de Manaus (SEMASC), as rádios comunitárias nos dois abrigos compartilham informações confiáveis e atualizadas sobre a COVID-19. A ação conta com participação da organização Médico Sem Fronteiras (MSF).

Estima-se que cerca de 4 mil indígenas venezuelanos vivam no Brasil, dos quais 600 estejam em Manaus. Deste total, 534 refugiados foram recentemente realocados para espaços mais seguros na cidade, com o apoio das autoridades municipais. Os demais seguem nos abrigos onde já se encontravam, pois não foi necessária sua realocação.

Alcioni, como muitos de seus amigos e parentes, fala o idioma Warao e se comunica em espanhol. Sem dominar o português, este grupo sofre com a barreira do idioma e tem dificuldades para acessar atualizações sobre a pandemia e enfrenta o desafio adicional de passar pelo isolamento social longe de seus lares, em um abrigo temporário.

Com o projeto, Alcioni e a comunidade encontraram motivação para se manterem informados, se integrarem dentro do abrigo e compartilharem a experiência comum de terem sido forçados a abandonar suas casas e comunidades para escaparem da fome e violência.

“Eu gosto de participar da rádio porque fazemos coisas novas. A comunidade participa, e aprendemos que no isolamento podemos também rir e fazer o que se gosta. E isso nos inspira a fazer coisas boas para o futuro”, ressalta o locutor da rádio Yakera Jokonae.

A pandemia do novo coronavírus é a pauta principal dos programas, que reforçam as medidas de prevenção divulgadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e reportam o número de pessoas infectadas e óbitos. Mas também há espaço e audiência para músicas e assuntos diversos, como futebol e a vida de celebridades.

“Sempre uso o esporte para melhorar o clima e ter assuntos para falar com outras pessoas, para que elas possam se sentir melhores. E, assim, vamos nos ajudando”, reforça Alcioni.

 

Clique para exibir o slide.

O trabalho começa com dias de antecedência. Cerca de 10 pessoas compõem a equipe de rádio de cada abrigo, que se divide em grupos e discutem pautas e temas de interesse da comunidade. No abrigo Nininberg Guerra, a atividade conta com a liderança de Eudismari Mariano, 30, monitora comunitária Warao.

“Gosto de participar de todo o processo, falando de esporte, medicina, cultura… Tudo isso ajuda a compartilhar coisas que nos interessam com muitas pessoas do abrigo”, afirma a venezuelana que vive no Brasil há 1 ano e 7 meses.

Os programas acontecem semanalmente, são apresentados ao vivo e contam com a participação de convidados especiais, como médicos e trabalhadores humanitários. Não é incomum que os ouvintes façam perguntas, comentários e até mesmo dança e canto de suas canções favoritas, que são amplificadas a partir de um celular. Até novidades sobre celebridades, inclusive infectadas pela COVID-19, aparecem no roteiro do programa.

Segundo a assistente de proteção do ACNUR em Manaus, Juliana Serra, a informação é a maior ferramenta de prevenção, e ninguém melhor do que a comunidade para saber a melhor forma de transmiti-las. “Nada melhor do que engajar a comunidade no trabalho prevenção. Como resultado, temos uma comunidade engajada, pessoas informadas e desenvolvendo capacidades e conhecimentos de comunicação. Esse é um espaço em que compartilham também suas preocupações e o que estão vivenciando enquanto refugiados em meio à pandemia”, avaliou.

Para Adriana Lira, 26, liderança indígena que repassa informações sobre a rotina e deveres dos acolhidos no abrigo Carlos Gomes, a rádio se tornou uma ferramenta muito útil.

“Todo mundo gostou da rádio no abrigo, pois não é apenas só uma oportunidade de ouvir música, a gente também pode informar sobre a rotina do abrigo, o que fazer e o que não fazer, acaba sendo muito legal para passar informação sobre auxílio emergencial, dizer o que deu certo e o que não deu”, destacou.

Esta ação recebe o apoio de doadores como o Escritório de População, Refugiados e Migração (PRM) do Departamento de Estado dos Estados Unidos, que permite ao ACNUR uma maior flexibilidade para o uso de seus recursos por meio de contribuições feitas sem destinação específica, possibilitando a realização de diferentes projetos voltados à proteção da população refugiada em situação de vulnerabilidade.

Emergência dentro da emergência

Com a chegada da pandemia, o ACNUR tem intensificado a resposta emergencial à população venezuelana deslocada a fim de garantir melhores condições de saneamento, acomodação e acesso à informação.

Em Manaus, cerca de 600 indígenas Warao estão sendo apoiados com diversas atividades de proteção à COVID-19, incluindo a realocação para espaços mais seguros apoiados pelas autoridades municipais, onde têm alimentação três vezes ao dia, além de sessões informativas sobre o coronavírus e medidas de prevenção. Para os abrigos, o ACNUR forneceu colchões, camas, kits de higiene e limpeza e orientação técnica.

 

OPAS apoia gestores públicos na tomada de decisão sobre distanciamento social

Posted: 15 May 2020 08:22 AM PDT

Foto: Karina Zambrana/OPAS/OMS

Na ausência de vacinas e tratamentos contra a COVID-19 que sejam seguros e eficazes, é fundamental adotar medidas não farmacológicas (como distanciamento social e restrição de viagens), ajustadas à realidade local, para minimizar a exposição das pessoas ao novo coronavírus. A Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) tem elaborado uma série de ferramentas, em apoio ao Ministério da Saúde do Brasil, para auxiliar os governos na tomada de decisão sobre essas ações – incluindo indicadores.

Uma delas é o guia técnico “Considerações sobre ajustes das medidas de distanciamento social e medidas relativas a viagens no contexto da resposta à pandemia de COVID-19”, de 24 de abril. Segundo o documento, a experiência em países europeus indica que o processo de afrouxamento das medidas de distanciamento social é, em muitos aspectos, mais complexo que o endurecimento delas e, por isso, deve ser gradual, priorizado e planejado.

O guia proporciona elementos para tomada de decisão no que diz respeito ao endurecimento ou afrouxamento das medidas. O documento diz que, idealmente, se a decisão de afrouxamento é tomada, cada etapa desse processo deve se estender por pelo menos 14 dias, permitindo a identificação de alterações epidemiológicas em um tempo correspondente a pelo menos um período máximo de incubação (tempo entre a exposição à COVID-19 e o
momento em que os sintomas começam).

A OPAS também recomenda que todo o processo de tomada de decisão seja pautado por uma abordagem que envolva todo o governo e tenha consenso político entre as diferentes partes e em todos os níveis administrativos. Na medida do possível, esse processo também deve envolver representantes de toda a sociedade (ex.: associações profissionais, líderes comunitários locais, entre outros).

Para fins de referência, responsabilização e revisões após a implementação de ações, o processo analítico de qualquer decisão deve ser documentado formalmente pelas autoridades governamentais. As decisões também devem ser devidamente comunicadas ao público.

Outra importante ferramenta é a Calculadora Epidêmica, desenvolvida numa parceria entre OPAS, Ministério da Saúde do Brasil, Universidade de Brasília (UnB), Instituto Butantã, Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS).

Direcionada a especialistas em saúde pública, a calculadora produz cenários (e não previsões sobre o futuro) a partir de valores, dados e parâmetros – como quantidade de leitos disponíveis, velocidade de transmissão e contato social. A efetividade do modelo está diretamente relacionada à qualidade das informações utilizadas no cálculo.

Brasil registrou até o dia 13 de maio o total de 188.974 casos de coronavírus e confirmou a recuperação de 78.424 pacientes (41,5% do total). Até o momento, são 13.149 mortes provocadas pela doença. No mundo, foram confirmados 4.170.424 casos da COVID-19 (81.577 novos em relação ao dia anterior) e 287.399 mortes (4.245 novas em relação ao dia anterior), sendo 1.781.564 casos confirmados nas Américas (37.847 novos em relação ao dia anterior) e 106.504 mortes (1.955 novas em relação ao dia anterior).

Recursos
– Considerações sobre medidas de distanciamento social e medidas relacionadas com viagens no contexto da resposta à pandemia de COVID-19  (3 de abril de 2020)

– Considerações sobre ajustes das medidas de distanciamento social e medidas relativas a viagens no contexto da resposta à pandemia de COVID-19 (24 de abril de 2020)

– Apresentação sobre o documento “Considerações sobre ajustes das medidas de distanciamento social e medidas relativas a viagens no contexto da resposta à pandemia de COVID-19”

– Fortalecimento da Preparação para a COVID-19 em Cidades e Entornos Urbanos. Orientação provisória para autoridades locais

– Preparando o local de trabalho para a COVID-19 (19 de março de 2020)

– Formulário eletrônico com elementos guias para a tomada decisão

 

ONU defende proteção e promoção de empregos para pessoas LGBTI+ em meio à pandemia

Posted: 15 May 2020 07:49 AM PDT

Diversas empresas têm desenvolvido ações específicas para atrair pessoas trans para suas vagas, buscando, ao mesmo tempo,  sensibilizar seus funcionários para a importância desse acolhimento. Foto: Reprodução

Diversas empresas têm desenvolvido ações específicas para atrair pessoas trans para suas vagas, buscando, ao mesmo tempo,  sensibilizar seus funcionários para a importância desse acolhimento. Foto: Reprodução

A marginalização e as vulnerabilidades impostas à comunidade de lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais e intersexo (LGBTI+) colocam estas pessoas entre as mais expostas à pandemia de COVID-19.

Um dos maiores desafios para governos, empresas, organismos internacionais e demais atores envolvidos é garantir que as medidas de apoio para mitigar o impacto socioeconômico desta crise tenham como foco esta parcela da população, comprovadamente mais propensa ao desemprego e à pobreza que a população em geral.

Muitas pessoas LGBTI+ trabalham no setor informal e não têm acesso a licença médica remunerada, indenização por desemprego e nem cobertura de proteção social. A pandemia de COVID-19 torna este quadro ainda mais grave, impondo desafios até então inimagináveis para esta parcela da população.

Como parte das celebrações do Dia Internacional contra a LGBTIfobia (17), conhecido pela sigla em inglês IDAHOBIT (International Day Against Homophobia, Biphobia, Interphobia & Transphobia), a ONU Brasil reforça seu compromisso com a proteção dos direitos humanos das pessoas LGBTI+ e com a promoção do acesso dessas populações ao mercado de trabalho, através de empregos dignos e do respeito à diversidade.

A web-série Capital Trans, criada no Brasil pela campanha da ONU Livres & Iguais, em parceria com a iniciativa #ZeroDiscriminação, do Programa Conjunto das Nações Unidas para HIV/AIDS (UNAIDS), busca inspirar as pessoas para estas ações por meio do compartilhamento de exemplos de empresas empenhadas no enfrentamento à discriminação contra pessoas trans no ambiente de trabalho, no mercado e na comunidade.

Para este 17 de maio, a iniciativa destaca o vídeo Qual o impacto da diversidade no ambiente de trabalho? , que traz algumas dessas experiências. Diversas empresas têm desenvolvido ações específicas para atrair pessoas trans para suas vagas, buscando, ao mesmo tempo,  sensibilizar seus funcionários para a importância desse acolhimento.

“Esquece a régua que você tem, busca uma outra régua. São outras vivências que são tão ou mais ricas do que muitas das vivências que a gente considera as oficiais”, conta Rodrigo Santini, líder de marca para sua empresa no Brasil.

“Quando você tem pessoas que podem ser quem elas são, elas produzem mais, elas produzem melhor”, comenta Flavia Bianco, mulher trans que trabalha como analista administrativa plena.

Neste contexto de inúmeros obstáculos globais para a saúde e a economia, a web-série Capital Trans busca trazer uma luz sobre a importância do respeito aos Padrões de Conduta da ONU para empresas no enfrentamento da discriminação contra pessoas LGBTI+.

Criado há três anos pelo Escritório do Alto Comissariado das Nações Unidas para Direitos Humanos (ACNUDH), em colaboração com o Institute for Human Rights and Business, estes padrões oferecem cinco passos essenciais para que empresas consigam alinhar suas políticas e práticas aos padrões internacionais de direitos humanos das pessoas LGBTI+. Atualmente, mais de 300 empresas já declararam apoio a estes princípios.

“Se não agirmos agora, neste momento de crise, fatores como a discriminação, o acesso desigual a oportunidades e a negação dos direitos humanos só contribuirão para um aumento da pobreza e do desemprego de pessoas LGBTI+”, afirma Ariadne Ribeiro, mulher trans, vivendo com HIV, que trabalha como assessora de mobilização social para o UNAIDS no Brasil.

Pesquisas recentes conduzidas pelo UNAIDS Brasil, incluindo neste contexto de COVID-19, demonstram que o impacto da pandemia sobre as já precárias condições de emprego informal e subemprego destas populações têm colocado grande parcela desta população em condições de extrema vulnerabilidade.”

Outra iniciativa das Nações Unidas para a promoção da empregabilidade de pessoas trans é o Projeto Cozinha & Voz, desenvolvido pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) desde 2018.

O Cozinha&Voz faz parte de uma ampla iniciativa de promoção do trabalho decente para pessoas em situação de vulnerabilidade, desenvolvida em parceria com o Ministério Público do Trabalho (MPT), com apoio da cozinheira Paola Carosella e da Casa Poema.

Para garantir a capacitação contínua e treinamentos essenciais em tempos de COVID-19, o projeto adotou um plano de contingência para assegurar a profissionalização das pessoas já capacitadas, com um método inédito de aulas online ministradas por meio de ferramentas de videoconferência, conversas virtuais e outras alternativas de conexão. Nas primeiras semanas do curso, iniciado em abril, já participaram cerca de 50 pessoas de Rondônia, São Paulo, Rio de Janeiro e Goiás.

 

UNAIDS convida DJs da cena eletrônica LGBTI para campanha #AjudeDeCasa

Posted: 15 May 2020 07:25 AM PDT

Foto: UNAIDS

Foto: UNAIDS

Em um sábado à noite como outro qualquer, jovens lésbicas, gays, bissexuais, travestis, trans e intersexo de todo o mundo estariam certamente se arrumando para ir a uma festa LGBTI+.

Para muitos deles, estes encontros representam verdadeiros espaços de convivência, onde se sentem seguros para viver sua sexualidade e expressar sua identidade de gênero. Mas, com a pandemia da COVID-19, tudo isso mudou.

Neste novo contexto, o Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (UNAIDS) convidou alguns dos maiores empresários e DJs da cena eletrônica LGBTI+ do Brasil para deixar, nas redes sociais, uma mensagem sobre questões como a importância de ficar em casa neste momento de pandemia, de cuidar da saúde mental – de si mesmo e daqueles mais próximos, e de aderir a uma onda de solidariedade para ajudar a comunidade LGBTI+ e de pessoas vivendo com HIV em situação de extrema vulnerabilidade.

Segundo o diretor interino do UNAIDS no Brasil, Cleiton Euzébio de Lima, a pandemia da COVID-19 tem trazido diversos impactos socioeconômicos negativos para a vida das pessoas LGBTI+ e das pessoas vivendo com HIV ou AIDS.

“Em uma pesquisa online que o UNAIDS realizou com quase 2,9 mil pessoas vivendo com HIV, cerca de 60% relataram ter tido mudanças no humor enquanto metade delas disse achar que necessita de apoio psicológico para lidar com a ansiedade gerada pela pandemia de COVID-19”, explicou o diretor interino.

“Além disso, 40% relataram esperar ações de assistência social, incluindo a distribuição de cestas básicas. Com esta primeira ação do #AjudeDeCasaLGBTI+, o UNAIDS buscou promover uma mensagem de cuidado e solidariedade em apoio a pessoas LGBTI+ em situação de vulnerabilidade.”

A cada empresário e empresária que o UNAIDS convidou, foi dado o desafio de mobilizar pelo menos um ou uma DJ para que se unisse ao movimento.

Fernando Scarpi (Festival Hell & Heaven), convidou seu DJ residente Erik Vilar; Zé Augusto (San Sebastian), convidou sua DJ residente Anne Louise; André Almada (The Week), convidou seu DJ residente Allan Natal; e Lili Santana (Festa da Lili) convidou a DJ de Brasília Liza Rodrigues.

Juntos, os participantes do vídeo somam quase 900 mil de seguidores só no Instagram, onde a ação foi inicialmente divulgada no sábado (9). Em apenas quatro dias, as mensagens do vídeo tinham alcançado cerca de 100 mil pessoas segundo as métricas compartilhadas por estas pessoas com o UNAIDS.

O vídeo começa com uma brincadeira – na qual os participantes trocam suas roupas de festa por um pijama, para ficar em casa. Na sequência eles compartilham mensagens importantes para sensibilizar a comunidade LGBTI+ sobre estes temas mais urgentes do momento, relacionados ao cenário da COVID-19.

Através da hashtag #AjudeDeCasaLGBTI+, os participantes da ação buscam mostrar para as pessoas que a comunidade precisa se unir para enfrentar este momento.

O vídeo foi editado voluntariamente pelo videomaker de Brasília (DF) Pedro Lino e teve como trilha sonora a música “Hair & Soul”, cedida pela cantora Wanessa Camargo, embaixadora da Boa Vontade do UNAIDS no Brasil.

“Quando, nos anos 1980, nossa comunidade LGBTI+ foi atingida em cheio por uma outra epidemia, a epidemia de AIDS, a solidariedade foi nossa principal força. Justo em um momento em que não tínhamos qualquer tratamento disponível”, lembra o vídeo.

“Não dá para fazer qualquer comparação entre o que foi vivido naquela época e a situação de hoje, com a COVID-19. Mas uma lição nós temos bem clara: estamos diante de um momento em que nós precisamos resgatar e fazer florescer novamente a união e a solidariedade dentro da nossa comunidade.”

Saúde mental e outras vulnerabilidades

A questão da saúde mental também faz parte destes temas. No vídeo, eles destacam que muitas pessoas LGBTI+ enfrentam sozinhas situações importantes nesta área.

“No contexto dessa nova pandemia, esses problemas podem se agravar por conta do isolamento”, lembram. “Seu melhor amigo ou amiga pode estar precisando de sua ajuda. Podemos e devemos cuidar destas pessoas mais próximas, ao menos para escutá-las, sem discriminação ou julgamentos”.

Outro eixo da iniciativa é a ajuda às pessoas da comunidade LGBTI+ e pessoas vivendo com HIV que, neste momento, têm enfrentado grandes dificuldades de acesso a produtos básicos de alimentação, higiene e limpeza. Juntos, os participantes buscaram também mobilizar as pessoas da própria comunidade para aderirem ao gesto de doação que eles próprios adotaram.

O foco desta ação específica foi direcionar a ajuda ao Projeto Balaio: saúde, inclusão e comunidade – uma iniciativa da ONG Barong, de São Paulo (SP), que conta com apoio UNAIDS e da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), bem como de outras organizações da sociedade civil e organizações parceiras.

Além de contribuírem com a participação nos vídeos, os empresários fizeram doações para o Balaio, o que irá permitir a compra de mais cestas básicas e kits de higiene e limpeza para diversas pessoas LGBTI+ em situação de vulnerabilidade.

“Esta ação demonstra que o setor privado pode ser mobilizado e engajado de modo criativo para contribuir com a promoção da solidariedade em nossa comunidade LGBTI+. Em nome do UNAIDS, agradeço aos empresários André Almada, Fernando Scarpi, Lili Santana e José Augusto por darem esta demonstração de compromisso e solidariedade com a comunidade, em um momento que o próprio setor de entretenimento passa por grandes dificuldades”, disse o diretor interno do UNAIDS.

Saiba mais sobre o ‘Projeto Balaio: saúde, inclusão e comunidade

Assista aqui ao vídeo da iniciativa #AjudeDeCasaLGBTI+

Sua doação pode fazer a diferença:
Com R$ 25,00, você ajuda a comprar 1 kit de higiene e limpeza
Com R$ 100,00, você ajuda a comprar 1 cesta básica de alimentos
Doe o valor que for possível para você! As doações podem ser feitas pelo QR Code do PicPay:

Quem preferir, pode fazer a transferência diretamente para a conta do Barong:
BANCO BRADESCO
AG: 3103
CONTA POUPANÇA: 17049–6
INSTITUTO CULTURAL BARONG
CNPJ: 04.125.363/0001-04

Clique para exibir o slide.
 

OMS: ‘O impacto da pandemia na saúde mental das pessoas já é extremamente preocupante’

Posted: 14 May 2020 04:29 PM PDT

“O impacto da pandemia na saúde mental das pessoas já é extremamente preocupante”, afirmou nesta quarta-feira (14) Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS). “O isolamento social, o medo de contágio e a perda de membros da família são agravados pelo sofrimento causado pela perda de renda e, muitas vezes, de emprego.”

De acordo com um documento das Nações Unidas lançado pelo secretário-geral, a pandemia de COVID-19 está destacando a necessidade de aumentar urgentemente o investimento em serviços de saúde mental ou arriscar um aumento maciço de condições de saúde mental nos próximos meses. (acesse aqui o documento)

Os relatórios já indicam um aumento nos sintomas de depressão e ansiedade em vários países. Um estudo realizado na Etiópia em abril de 2020 relatou um aumento de três vezes na prevalência de sintomas de depressão. em comparação com as estimativas antes da epidemia.

Grupos populacionais específicos correm um risco particular de sofrimento psicológico relacionado à COVID-19. Os profissionais de saúde da linha de frente, confrontados com cargas de trabalho pesadas, decisões de vida ou morte e risco de infecção, são particularmente afetados.

Durante a pandemia, na China, os profissionais de saúde relataram altas taxas de depressão (50%), ansiedade (45%) e insônia (34%) e, no Canadá, 47% dos profissionais de saúde relataram a necessidade de suporte psicológico.

Crianças e adolescentes também estão em risco. Pais e mães na Itália e na Espanha relataram que seus filhos tiveram dificuldades em se concentrar, além de irritabilidade, inquietação e nervosismo.

As medidas para ficar em casa têm um risco aumentado de as crianças testemunharem ou sofrerem violência e abuso. Crianças com deficiência, crianças em ambientes lotados e aquelas que vivem e trabalham nas ruas são particularmente vulneráveis.

Outros grupos que correm um risco particular são as mulheres, particularmente aquelas que estão fazendo malabarismos com a educação em casa e trabalhando em tarefas domésticas; pessoas idosas e quem possui condições de saúde mental preexistentes.

Um estudo realizado entre com jovens com histórico de condições de saúde mental residentes no Reino Unido relata que 32% deles concordaram que a pandemia havia piorado sua saúde mental.

Um aumento no consumo de álcool é outra área de preocupação dos especialistas em saúde mental. Estatísticas do Canadá relatam que 20% das pessoas de 15 a 49 anos aumentaram seu consumo de álcool durante a pandemia.

Serviços de saúde mental interrompidos

O aumento no número de pessoas que precisam de serviços de saúde mental ou apoio psicossocial foi agravado pela interrupção dos serviços de saúde física e mental em muitos países.

Além da conversão de instalações de saúde mental em instalações de atendimento a pessoas com COVID-19, os sistemas de assistência foram afetados pela equipe de saúde mental infectada pelo vírus e pelo fechamento dos serviços presenciais.

Serviços comunitários, como grupos de autoajuda para dependência de álcool e drogas, em muitos países não conseguem se reunir há vários meses.

“Agora está claro que as necessidades de saúde mental devem ser tratadas como um elemento central de nossa resposta e recuperação da pandemia de COVID-19”, afirmou Tedros.

“Essa é uma responsabilidade coletiva dos governos e da sociedade civil, com o apoio de todo o Sistema das Nações Unidas. Uma falha em levar o bem-estar emocional das pessoas a sério levará a custos sociais e econômicos a longo prazo para a sociedade”, acrescentou o chefe da OMS.

Encontrando maneiras de fornecer serviços

Em termos concretos, é fundamental que as pessoas que vivem com condições de saúde mental tenham acesso contínuo ao tratamento. Mudanças nas abordagens da prestação de assistência à saúde mental e apoio psicossocial estão mostrando sinais de sucesso em alguns países.

Em Madri, quando mais de 60% dos leitos de saúde mental foram convertidos para cuidar de pessoas com COVID-19, sempre que possível, pessoas com condições severas foram transferidas para clínicas particulares para garantir a continuidade dos cuidados.

Os formuladores de políticas locais identificaram a psiquiatria de emergência como um serviço essencial para permitir que os profissionais de saúde mental continuem os serviços ambulatoriais por telefone.

Foram organizadas visitas domiciliares para os casos mais graves. Equipes do Egito, Quênia, Nepal, Malásia e Nova Zelândia, entre outros, relataram a criação de maior capacidade de linhas telefônicas de emergência para a saúde mental, para alcançar as pessoas necessitadas.

O apoio a ações comunitárias que fortaleçam a coesão social e reduzam a solidão, principalmente para os mais vulneráveis, como os idosos, deve continuar. Esse apoio é necessário por parte do governo, autoridades locais, setor privado e membros do público em geral, com iniciativas como fornecimento de pacotes de alimentos, checagens regulares por telefone com pessoas que moram sozinhas e organização de atividades virtuais para estímulo intelectual e cognitivo.

Uma oportunidade de reconstruir melhor

“A ampliação e reorganização dos serviços de saúde mental que agora são necessários em escala global é uma oportunidade para construir um sistema de saúde mental adequado para o futuro”, disse Dévora Kestel, diretora do Departamento de Saúde Mental e Uso de Substâncias da OMS.

“Isso significa desenvolver e financiar planos nacionais que mudam o atendimento das instituições para os serviços comunitários, garantindo cobertura para condições de saúde mental em pacotes de seguro de saúde e desenvolvendo a capacidade de recursos humanos para oferecer saúde mental e assistência social de qualidade na comunidade”, acrescentou.

Informe-se em paho.org/bra/covid19 e onu.org.br/coronavirus.

 

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