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quinta-feira, 4 de setembro de 2014

JERUSALEM APROVA PROJETO PARA CONSTRUÇÃO DE BAIRRO ÁARBE

Jerusalém aprova projeto para construção de bairro árabe

A Prefeitura de Jerusalém aprovou um projeto para a construção de um bairro árabe em Jerusalém Oriental, após anos de forte resistência

Ahmad Gharabli/AFP
Construção em Jerusalém Oriental
Jerusalém Oriental: projeto havia sido apresentado à Prefeitura há mais de 5 anos
Jerusalém - A Prefeitura de Jerusalém aprovou um projeto para a construção de um bairro árabe em Jerusalém Oriental, após anos de forte resistência por parte dos setores ultranacionalistas, que pretendem aumentar a presença judaica no mesmo local em que os palestinos reivindicam como capital.
A Comissão de Planejamento e Construção Local do consistório decidiu iniciar o projeto ontem, enquanto o primeiro passo para a construção do bairro Arav al Swahara é a criação de 2.500 casas distribuídas entre 150 hectares de terreno, afirmou nesta quinta-feira à Agência Efe Pepe Alalo, vereador do partido pacifista Meretz em Jerusalém.
O projeto havia sido apresentado à Prefeitura há mais de cinco anos, embora acabasse barrado por membros de direita, que também costumavam impedir a análise inicial da construção.
Já os cidadãos palestinos abriram requerimento à Suprema Corte israelense com o objetivo de que o projeto fosse analisado.
Após o pedido da população, o prefeito se viu obrigado a estudar o projeto e acabou submetendo-o a votação.
Alalo lamentou que, mesmo com esse "sinal verde" para a construção do bairro, "os setores direitistas tentarão se encarregar de diminuir o número de casas e de atrasar o início das obras".
No entanto, segundo a fonte, essa medida supõe um "passo positivo" e explicou que o plano geral é criar o bairro próximo à aldeia palestina de Tzur Baher e ao bairro judaico de Talpiot, ambos em território israelense.
O prefeito de Jerusalém, Nir Barkat, elogiou a decisão e disse que "o planejamento do bairro em Jerusalém Oriental feito pela prefeitura é uma clara representação da soberania de Israel sobre todas as outras cidades e reforça a unidade de Jerusalém".

15 fotos de medo, morte e revolta na Palestina e em Israel

Em mais um conflito entre Israel e Palestina, com ataques na Faixa de Gaza, mulheres, crianças e famílias inteiras precisam lidar novamente com o terror

REUTERS/Mohammed Salem
Uma menina palestina, de apenas quatro anos, se recupera no hospital após ser ferida em um ataque israelense que matou a sua mãe e outras duas pessoas da família.
São Paulo - Em mais um conflito sangrento entre Israel e Palestina, são as famílias inocentes que mais sofrem com as bombas e os ataques indiscriminados.
Por enquanto, foram 145 palestinos mortos em Gaza, 82 deles civis - incluindo 25 crianças.
Histórico
Tudo começou em junho, quando três adolescentes israelenses sumiram perto de Hebron, na Cisjordânia palestina.
O governo de Israel acusou o Hamas de sequestrar os jovens, iniciando buscas violentas na região de Gaza.
A brutalidade resultou em três palestinos mortos, sendo que um tinha apenas 13 anos. Foi a vez dos palestinos se revoltarem com tamanha covardia.
Dias depois, os corpos dos israelenses foram encontrados. O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, presente no funeral, prometeu vingança.
Em julho, mais retaliação: um jovem palestino de 16 anos foi morto. A autópsia revelou que ele tinha sido queimado vivo.
Foi o estopim para que extremistas palestinos incitassem um ataque a Israel.
Já Israel aproveitou a deixa para investir contra o Hamas em Gaza, com bombardeios que atingem casas de famílias.

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