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sexta-feira, 20 de julho de 2018

Boletim diário da ONU Brasil: “ARTIGO: os rohingya são vítima de limpeza étnica; o mundo os está decepcionando” e 10 outros

Boletim diário da ONU Brasil: “ARTIGO: os rohingya são vítima de limpeza étnica; o mundo os está decepcionando” e 10 outros.


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qui, 12 de jul 18:57 (Há 8 dias)


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Boletim diário da ONU Brasil: “ARTIGO: os rohingya são vítima de limpeza étnica; o mundo os está decepcionando” e 10 outros.

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Posted: 12 Jul 2018 02:43 PM PDT
Crianças rohingya aguardam distribuição de assistência humanitária em Cox's Bazar, em Bangladesh. Foto: UNICEF/Patrick Brown
Crianças rohingya aguardam distribuição de assistência humanitária em Cox’s Bazar, em Bangladesh. Foto: UNICEF/Patrick Brown
Por António Guterres*
Crianças pequenas mortas na frente dos pais. Meninas e mulheres vítimas de estupro coletivo enquanto seus familiares eram torturados e assassinados. Vilarejos queimados.
Nada poderia ter me preparado para os relatos assustadores que ouvi na semana passada em Bangladesh de refugiados rohingya que fugiram de assassinatos e da violência generalizada no estado de Rakhine, em Mianmar.
Um homem, membro desse grupo étnico majoritariamente muçulmano, desmoronou em lágrimas ao descrever como seu filho mais velho foi morto a tiros na frente dele, sua mãe brutalmente assassinada e sua casa incendiada. Disse ter se refugiado em uma mesquita, mas foi descoberto por soldados que abusaram dele e queimaram o Alcorão.
Essas vítimas do que foi corretamente chamado de limpeza étnica estão sofrendo uma angústia que só pode criar mágoa e raiva nos visitantes. Suas experiências horríveis desafiam a compreensão, mas são a realidade de quase 1 milhão de refugiados rohingya.
Os rohingya sofreram um padrão de perseguição — foram privados dos direitos humanos mais básicos, começando pela cidadania — em seu próprio país, Mianmar.
Os abusos sistemáticos dos direitos humanos pelas forças de segurança em Mianmar no ano passado foram projetados para incutir terror na população rohingya, deixando-a com uma escolha terrível — ficar, temendo a morte, ou deixar tudo para sobreviver.
Depois de uma jornada angustiante para ter mais segurança, esses refugiados agora estão tentando lidar com as duras condições do distrito de Cox’s Bazar, em Bangladesh, resultado da crise de refugiados que mais cresce no mundo.
Bangladesh é um país em desenvolvimento com recursos que estão sendo utilizados até o limite. No entanto, enquanto países maiores e mais ricos em todo o mundo estão fechando as portas para os estrangeiros, o governo e o povo de Bangladesh abriram suas fronteiras e corações para os rohingya.
A compaixão e a generosidade do povo de Bangladesh mostram o melhor da humanidade, salvando milhares de vidas. Mas a resposta à crise precisa ser global.
Um Pacto Global para os Refugiados está sendo finalizado pelos Estados-membros das Nações Unidas para que os países da linha de frente, como Bangladesh, não sejam deixados sozinhos na resposta a ondas de fuga por sobrevivência.
Por enquanto, as Nações Unidas e as agências humanitárias estão trabalhando ao lado dos próprios refugiados e das comunidades de acolhida para melhorar suas condições. Mas muitos mais recursos são necessários para evitar o desastre, enquanto uma crise de refugiados exige um compartilhamento global da responsabilidade.
Um apelo humanitário internacional de quase 1 bilhão de dólares só foi financiado em 26%. Esse déficit significa que a desnutrição prevalece no campo. Isso significa que o acesso à água e ao saneamento está longe do ideal. Isso significa que não podemos fornecer educação básica para crianças refugiadas. Não menos importante, significa medidas inadequadas para aliviar o risco imediato representado pelas monções.
Casas improvisadas construídas apressadamente pelos refugiados agora estão ameaçadas por deslizamentos de terra, exigindo ação urgente para encontrar locais alternativos e construir abrigos mais resistentes.
Muito tem sido feito para enfrentar esses desafios, mas ainda há riscos graves por causa das dimensões da crise.
Viajei a Bangladesh com o presidente do Banco Mundial, Jim Yong Kim, e cumprimento sua liderança na mobilização de 480 milhões de dólares do banco em subsídios aos refugiados rohingya e seus anfitriões. No entanto, é preciso que a comunidade internacional faça muito mais.
Manifestações de solidariedade não são suficientes; o povo rohingya precisa de assistência genuína.
Apesar de tudo o que enfrentaram em Mianmar, os refugiados que encontrei no Cox’s Bazar não perderam a esperança. “Precisamos de segurança e cidadania em Mianmar. E queremos justiça para o que nossas irmãs, nossas filhas, nossas mães sofreram”, disse uma mulher distraída, mas determinada, enquanto gesticulava para uma mãe embalando seu bebê, resultado de estupro.
A crise não será resolvida da noite para o dia. Ao mesmo tempo, a situação não pode continuar indefinidamente.
Mianmar deve criar as condições para o retorno dos refugiados com plenos direitos e a promessa de viver em segurança e dignidade. Isto requer um investimento maciço — não apenas na reconstrução e desenvolvimento de todas as comunidades em uma das regiões mais pobres de Mianmar, mas também na reconciliação e respeito pelos direitos humanos.
A menos que as causas da violência no estado de Rakhine sejam abordadas de forma abrangente, a miséria e o ódio continuarão a alimentar o conflito. O povo rohingya não pode se tornar vítima esquecida. Precisamos responder a seus apelos por ajuda com ação.
*Secretário-geral da ONU
Posted: 12 Jul 2018 02:05 PM PDT
Raio-x do peito mostra alteração no tamanho dos dois pulmões, o que poderia indicar câncer. Foto: Instituto Nacional do Câncer dos Estados Unidos
Raio-x do peito mostra alteração no tamanho dos dois pulmões, o que poderia indicar câncer. Foto: Instituto Nacional do Câncer dos Estados Unidos
A Agência Internacional para Pesquisa sobre Câncer (IARC), vinculada à Organização Mundial da Saúde (OMS), anunciou nesta quinta-feira (12) que um novo exame de sangue pode identificar indivíduos com mais propensão a ter câncer de pulmão. O teste tem potencial para se tornar mais uma ferramenta no mapeamento de fumantes e ex-fumantes que precisam passar por outros exames, como a tomografia computadorizada.
“Usando informação de quatro marcadores proteicos encontrados no sangue, junto com informação sobre tabagismo, conseguimos identificar 63% dos futuros pacientes com câncer de pulmão, entre fumantes e ex-fumantes, em comparação com 42% ao utilizar os atuais critérios de indicação para o exame de tomografia nos Estados Unidos”, explicou o cientista da IARC e um dos principais responsáveis pela pesquisa, Mattias Johansson.
Os tumores que atacam o pulmão são responsáveis por 20% de todas as mortes relacionadas a câncer no mundo. Reduzir o consumo de tabaco é a forma mais eficaz para prevenir esse tipo de câncer. Outros meios incluem o combate à poluição do ar e à exposição ao radônio, uma substância radioativa.
A IARC lembra que a tomografia computadorizada consegue detectar o câncer de pulmão em estágios iniciais, quando a enfermidade ainda é tratável, o que pode reduzir a mortalidade da patologia.
“Esse é o primeiro estudo a demonstrar sistematicamente que um painel de marcadores proteicos pode melhorar a identificação de casos futuros de câncer de pulmão”, celebrou o chefe da Seção de Genética da agência, Paul Brennan.
Segundo o especialista, isso permitirá aprimorar os critérios de indicação de pacientes para o acompanhamento por meio das tomografias. A pesquisa da IARC foi conduzida em colaboração com a Universidade do Texas.
Posted: 12 Jul 2018 01:03 PM PDT
Cantora italiana Laura Pausini é a mais nova embaixadora da Boa Vontade do Programa Mundial de Alimentos (PMA). Foto: Laura Pausini
Cantora italiana Laura Pausini é a mais nova embaixadora da Boa Vontade do Programa Mundial de Alimentos (PMA). Foto: Laura Pausini
A cantora Laura Pausini foi nomeada nesta quinta-feira (12) embaixadora da Boa Vontade do Programa Mundial de Alimentos (PMA), agência da ONU que atua em mais de 80 países, levando comida para populações em emergências humanitárias. Com 25 anos de carreira, a artista italiana acumula um Grammy, seis troféus World Music Awards e três Grammies Latinos.
O organismo das Nações Unidas vê na intérprete um exemplo de cidadã, “dentro e fora dos palcos”. Pausini já apoiou o PMA em diferentes iniciativas de arrecadação de fundos, como a campanha #FomeZero, lançada em 2015. Em 2008, a compositora participou de um show beneficente em Petra, na Jordânia. Os lucros obtidos com a venda de ingressos foram doados para um projeto conjunto da instituição com a Agência da ONU para Refugiados (ACNUR) no Afeganistão.
“Estou profundamente honrada em assumir esse papel junto ao PMA”, afirmou a cantora. Pausini disse ainda que a entidade é um “grande ator no cenário internacional” e que conhece o comprometimento da instituição em acabar com a fome até 2030.
“Tenho certeza de que projetos extraordinários virão dessa colaboração e estou ansiosa para apoiar o PMA de todas as formas que eu puder”, completou a artista.
Atualmente, 815 milhões de pessoas passam fome no mundo. O PMA desenvolve projetos para combater a desnutrição, investindo, por exemplo, em iniciativas de alimentação escolar. Cerca de 76 mil colégios participam desses programas, que garantem o fornecimento de refeições em centros de ensino. Pausini utilizará suas plataformas e redes sociais para divulgar o trabalho da organização.
“A música supreendente da Laura alcança milhões de pessoas em todo o mundo — pessoas de todas as culturas, países, religiões e regiões. Sua voz incrível agora vai falar em defesa das pessoas que passam fome e estão vulneráveis”, afirmou o chefe do PMA, David Beasley.
“Nós estamos animados com a chance de trabalhar com ela em nome das 90 milhões de pessoas a que servimos (e que recebem assistência do PMA)”, ressaltou o dirigente.
Posted: 12 Jul 2018 12:48 PM PDT
Programado para os próximos quatro anos, o plano tem 58 metas destinadas à prevenção e à repressão desse crime no território nacional, assim como responsabilização dos autores e atenção às vítimas. Foto: UNODC
Programado para os próximos quatro anos, o plano tem 58 metas destinadas à prevenção e à repressão desse crime no território nacional, assim como responsabilização dos autores e atenção às vítimas. Foto: UNODC
Com o objetivo de aperfeiçoar e reforçar as ações de combate ao tráfico de pessoas, foi lançado no Ministério da Justiça, em Brasília (DF), na semana passada (5), o 3º Plano Nacional de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas.
Programado para os próximos quatro anos, o plano tem 58 metas destinadas à prevenção e à repressão desse crime no território nacional, assim como responsabilização dos autores e atenção às vítimas.
“Nosso desafio agora é fortalecer a rede nacional de enfrentamento ao tráfico de pessoas e o comitê nacional de enfrentamento ao tráfico de pessoas — organismos governamentais e não governamentais, juntamente com a sociedade civil, que apoia a execução do plano”, explicou o secretário nacional de Justiça, Luiz Pontel.
Segundo, será realizado o monitoramento das metas, que são distribuídas em seis eixos temáticos: gestão da política e da informação, capacitação, responsabilização, assistência à vítima, prevenção e conscientização pública, e a execução conjunta com órgãos municipais, estaduais e federais para implementação do plano.
O evento também contou com a presença do secretário-executivo do Ministério da Justiça, Gilson Libório; do secretário nacional de Cidadania do Ministério dos Direitos Humanos, Herbert Barros; do representante do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime no Brasil (UNODC), Rafael Franzini; e do representante da delegação da União Europeia, João Gomes Cravinho. Instituições da sociedade civil que participam do Comitê Nacional de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas (Conatrap) também foram homenageadas.
Segundo a coordenadora-geral de enfrentamento ao tráfico de pessoas do Ministério da Justiça, Renata Braz, o novo plano é uma oportunidade para conquistas adicionais nos campos da gestão da informação, da gestão da política, na articulação e na integração de programas.
“Esse terceiro ciclo reforça a necessária continuidade na capacitação de atores, na sensibilização das opiniões públicas, na prevenção desse crime, na proteção das vítimas e na responsabilização dos seus agressores”, enfatizou.
O representante do UNODC no Brasil, Rafael Franzini, destacou que o lançamento do plano ocorre em um momento importante para o estabelecimento de uma parceria entre os países da América do Sul. “Argentina e Uruguai são os principais destinos do tráfico de pessoas; já Bolívia e Paraguai são os principais países de origem desse crime”, declarou. “Temos que incentivar a cooperação de todos os países sul-americanos para que as ações de combate tenham efeitos bastante significativos”, afirmou.

O enfrentamento ao tráfico de pessoas no Brasil

Com a adesão do Brasil, em 2004, ao Protocolo Adicional à Convenção das Nações Unidas contra o Crime Organizado Transnacional Relativo à Prevenção, Repressão e Punição do Tráfico de Pessoas, em especial Mulheres e Crianças, conhecido como Protocolo de Palermo, o governo brasileiro iniciou em sua agenda política a articulação para a aprovação da Política Nacional de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas (PNETP).
Desde então, o país teve dois planos: o 1º Plano Nacional de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas – 2008/2010; e o 2º Plano Nacional, de 2013 a 2016. Durante a execução do segundo, foi alcançada a sanção da Lei nº 13.344/2016, que tipificou o crime, que atenta contra as liberdades individuais com a finalidade de exploração sexual, trabalho escravo e outras formas de servidão, adoção ilegal e remoção de órgãos.
O 3º Plano Nacional de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas corresponde ao Decreto 9.440, publicado no Diário Oficial da União em 3 de julho de 2018.
Posted: 12 Jul 2018 12:25 PM PDT
Foco de queimada no Brasil. Foto: Agência Brasil/Renato Araújo
Foco de queimada no Brasil. Foto: Agência Brasil/Renato Araújo
Na sede da ONU, em Nova Iorque, a chefe da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL), Alicia Bárcena, convocou os países da região a ratificar o novo acordo ambiental sobre informação, participação e justiça. Firmado em 4 de março, em Escazú, na Costa Rica, o documento vinculante foi elogiado pela dirigente por redefinir as relações entre Estado, mercado e sociedade.
“Nossos países estão refutando a falsa dicotomia entre proteção ambiental e desenvolvimento econômico. Não pode haver crescimento às custas do meio ambiente e esse não pode ser administrado se as economias e as pessoas forem ignoradas”, disse a secretária-executiva do organismo em evento paralelo ao Fórum Político de Alto Nível. Encontro teve a participação de delegações da França, Itália, Chile, Costa Rica e ONU Meio Ambiente.
Bárcena lembrou que o texto é fruto de nove rodadas de negociação, com participação significativa do público. Diálogos foram liderados pelos governos chileno e costa-riquenho, com a CEPAL desempenhando a função de secretariado técnico do processo de discussão.
O mecanismo — que é o primeiro acordo da região sobre temas ambientais — promove os chamados direitos de acesso. O marco normativo assegura que a população latino-americana e caribenha poderá reivindicar o acesso a dados sobre atividades que ameaçam os cidadãos; à participação em processos decisórios e de gestão ambiental; e à reparação, por meio de mecanismos jurídico-legais que garantam o ressarcimento de danos e perdas de recursos naturais.
“Seus principais beneficiários são as pessoas de nossa região, os grupos mais vulneráveis e as comunidades”, ressaltou Bárcena. “Também aborda a proteção dos defensores dos direitos humanos em assuntos ambientais, em uma região onde, lamentavelmente, essas pessoas são atacadas ou intimidadas com demasiada frequência.”
A chefe da CEPAL convocou os 33 países da América Latina e Caribe a ratificar o documento assim que o mecanismo for aberto para assinatura, em 27 de setembro, durante a próxima sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas.
Posted: 12 Jul 2018 11:36 AM PDT
Clique para exibir o slide. A reunião do Comitê do Patrimônio Mundial da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), que aconteceu até o início de julho (4) em Manama, capital do Bahrein, foi concluída com a inscrição de 19 novos sítios na Lista do Patrimônio Mundial (13 sítios culturais, três naturais e três mistos).
O Comitê também aprovou a extensão de um sítio natural. A Lista do Patrimônio Mundial conta agora com 1.092 sítios em 167 países. A próxima sessão do Comitê será realizada em Baku, no Azerbaijão.

Os mais novos sítios culturais inscritos são:

Aasivissuit – Nipisat. Territórios de Caça entre o gelo e o Mar dos Inuítes (Dinamarca)
Oasis de Al-Ahsa, uma paisagem cultural em evolução (Arábia Saudita)
Cidade Antiga de Qalhat (Omã)
Complexo Arqueológico da Fronteira de Hedeby e Danevirke (Alemanha)
Cidade do Califado da Medina Azahara (Espanha)
Göbekli Tepe (Turquia)
Sítios dos Cristãos Ocultos na Região de Nagasaki (Japão)
Ivrea, cidade industrial do século 20 (Itália)
Catedral de Naumburg (Alemanha)
Sansa, Monastérios Budistas das Montanhas na Coreia (República da Coreia)
Paisagem Arqueológica Sassânida da Região de Fars (Irã)
Sítio Arqueológico de Thimlich Ohinga (Quênia)
Conjuntos góticos vitorianos e de “arte déco” de Mumbai (Índia)

Sítios Naturais:

Montanhas Barberton Makhonjwa (África do Sul)
Sítio tectônico da cadeia vulcânica dos Puys e da falha de Limagne (França)
Sítio de Fanjingshan (China)

Sítios Mistos:

Parque Nacional Chiribiquete – “A Maloca do Jaguar” (Colômbia)
Pimachiowin Aki (Canadá)
Vale Tehuacán-Cuicatlán: Habitat originário da Mesoamérica (México)

Extensão:

Vale do Rio Bikin (Rússia)
Também durante a sessão, o Comitê decidiu inscrever o Parque Nacional do Lago Turkana (Quênia) na Lista do Patrimônio Mundial em Perigo e remover a Rede de Reserva dos Arrecifes de Barreira de Belize (Belize) da lista de propriedades cujo o valor excepcional universal está sob ameaça.
Um evento paralelo, durante a sessão, apresentou o estudo de caso da iniciativa Reviver o espírito de Mossul, lançada pela UNESCO em fevereiro para reconstruir e dar uma nova vida para a segunda maior cidade do Iraque, que foi destruída pelo conflito entre 2014 e 2017.
Posted: 12 Jul 2018 11:34 AM PDT
Campanha #Mulheres Rurais, Mulheres com Direitos reconhece contribuições das agricultoras para a produção sustentável de alimentos. Foto: FAO
Campanha #Mulheres Rurais, Mulheres com Direitos reconhece contribuições das agricultoras para a produção sustentável de alimentos. Foto: FAO
Estão abertas até 1º de agosto as inscrições para o concurso Saberes e Sabores: as Mulheres Rurais no resgate da alimentação tradicional saudável e na proteção à biodiversidade. É possível concorrer em duas categorias: receitas e saberes gastronômicos ou empreendimentos agrícolas. A iniciativa é da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) e da ONU Mulheres.
A premiação busca valorizar o papel das mulheres rurais na produção sustentável de alimentos saudáveis e nutritivos. Outro objetivo é reconhecer seus conhecimentos ancestrais e atividades de empreendedorismo que protegem a diversidade biológica. O prêmio é parte da campanha #MulheresRurais, Mulheres com Direitos, implementada pelas duas agências da ONU e parceiros do governo brasileiro.
A inscrição na competição deve ser feita pelo blog Saberes e Sabores: http://www.saberesysabores.org/. Não existe limite de materiais enviados por pessoa ou organização.
A convocatória terá dois resultados principais — a documentação multimídia de saberes gastronômicos e um catálogo de produtos e serviços desenvolvidos por mulheres rurais. O portal Saberes e Sabores divulgará as receitas e os negócios concorrentes, a fim de estimular a participação de mais mulheres.

Sobre a iniciativa #MulheresRurais, Mulheres com Direitos

#MulheresRurais, Mulheres com Direitos é uma campanha regional que a Secretaria Especial de Agricultura Familiar e do Desenvolvimento Agrário do Brasil (SEAD) organiza junto com a Reunião Especializada da Agricultura Familiar do Mercosul (REAF), a FAO, a ONU Mulheres, o Conselho Agropecuário Centro-Americano do Sistema de Integração Centro-Americano (CAC-SICA), bem como com a Diretoria Geral de Desenvolvimento Rural do Ministério de Pecuária, Agricultura e Pesca do Uruguai (DGDR/MGAP).
Posted: 12 Jul 2018 09:23 AM PDT
Cultivo de cacau na Colômbia. Diretrizes da FAO visam equilibrar exploração agrícola e manejo sustentável da terra e recursos naturais. Foto: Banco Mundial/Scott Wallace
Cultivo de cacau na Colômbia. Diretrizes da FAO visam equilibrar exploração agrícola e manejo sustentável da terra e recursos naturais. Foto: Banco Mundial/Scott Wallace
Até amanhã (13), delegações de oito países da América Latina e Caribe estarão em Assunção, no Paraguai, para definir estatísticas comuns no monitoramento de políticas agroambientais. Cúpula é promovida pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) e pelo Ministério do Meio Ambiente do Brasil. Com indicadores padronizados, será possível acompanhar a implementação das recomendações da agência da ONU sobre o tema.
Nos territórios latino-americanos e caribenhos, 37% das zonas cultiváveis já são utilizadas pela agricultura e 47% são ocupadas por florestas. Para garantir que a produção de alimentos na região esteja alinhada a modelos sustentáveis, a FAO estabeleceu as Diretrizes Voluntárias sobre Políticas Agroambientais, um conjunto de medidas sobre manejo de recursos naturais e impacto na natureza.
O encontro na capital paraguaia marca a etapa final de discussões sobre como avaliar a adoção dessas orientações. Evento começou nesta quinta-feira (12) e conta com a participação de representantes do Brasil, Colômbia, Costa Rica, Cuba, El Salvador, México, Panamá e Paraguai.
Desde 2012, o Ministério brasileiro do Meio Ambiente mantém um projeto com a FAO para difundir estratégias agroambientais na região, a fim de reduzir a miséria e a fome no meio rural. Publicadas em 2017, as diretrizes voluntárias da agência da ONU foram elaboradas a partir de consultas e debates não apenas com governos, mas também com organizações de agricultores, ambientalistas e sociedade civil.
Segundo a coordenadora regional de projetos da FAO, Jessica Casaza, as políticas indicadas pelo organismo internacional são baseadas num enfoque que vincula sociedade, território, meio ambiente e economia “de maneira mais harmônica”.
Para ampliar as políticas agroambientais, o Paraguai criou um painel interinstitucional, que definiu um plano com o intuito de adaptar e concretizar as estratégias da FAO. A inciativa paraguaia também foi concebida em acordo com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas (ODS).
Posted: 12 Jul 2018 09:08 AM PDT
Marta, jogadora de futebol. Foto: PNUD
Marta, jogadora de futebol. Foto: PNUD
A ONU Mulheres anunciou nesta quinta-feira (12) a nomeação da renomada jogadora de futebol brasileira Marta Vieira da Silva como Embaixadora da Boa Vontade para mulheres e meninas no esporte.
Marta dedicará seus esforços a apoiar o trabalho pela igualdade de gênero e empoderamento em todo o mundo, inspirando mulheres e meninas a desafiar estereótipos, superar barreiras e seguir seus sonhos e ambições, inclusive no esporte.
Considerada a melhor jogadora de futebol feminino de todos os tempos, Marta está no time Orlando Pride, na Liga Nacional Feminina de Futebol dos Estados Unidos, e atua como atacante da seleção brasileira.
Ela é a maior pontuadora da Copa do Mundo Feminina da FIFA e foi nomeada Jogadora do Ano cinco vezes consecutivas. Também foi membro das seleções brasileiras que conquistaram a medalha de prata nas Olimpíadas de 2004 e 2008 e foi nomeada uma das seis embaixadoras da Copa do Mundo de 2014 no Brasil.
“Marta é um modelo excepcional para mulheres e meninas em todo o mundo. Sua experiência de vida conta uma história poderosa do que pode ser alcançado com determinação, talento e coragem”, disse a diretora-executiva da ONU Mulheres, Phumzile Mlambo-Ngcuka.
“O esporte é uma linguagem universal — nos inspira e nos une, pois amplia nossos limites. Estamos ansiosas para trabalhar de perto com Marta para trazer o poder transformador do esporte para mais mulheres e meninas, e para construir rapidamente a igualdade. Tenho o prazer de recebê-la na família da ONU Mulheres”, completou.
Marta disse ser um honra se tornar embaixadora da Boa Vontade da ONU Mulheres para mulheres e meninas no esporte. “Estou totalmente comprometida em trabalhar com a ONU Mulheres para garantir que mulheres e meninas em todo o mundo tenham as mesmas oportunidades que homens e meninos têm para realizar seu potencial. Eu sei, a partir da minha experiência de vida, que o esporte é uma ferramenta fantástica para o empoderamento”, disse Marta.
“Em todo o mundo, hoje, as mulheres estão demonstrando que podem ter sucesso em papéis e posições anteriormente mantidas para os homens. A participação das mulheres no esporte e na atividade física não é exceção”, declarou.
Segundo a atleta, por meio do esporte, mulheres e meninas podem desafiar normas socioculturais e estereótipos de gênero e aumentar sua autoestima, desenvolver habilidades de vida e liderança. Também podem melhorar sua saúde e posse e compreensão de seus corpos; tomar consciência do que é violência e como evitá-la, procurar serviços disponíveis e desenvolver habilidades econômicas, salientou.

Mulheres no esporte

As mulheres no esporte são mais visíveis do que nunca. Durante as Olimpíadas do Rio, em 2016, aproximadamente 4.700 mulheres – 45% de todos os atletas – representaram seus países em 306 eventos.
A Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável, adotada por lideranças mundiais em 2015, definiu o roteiro para alcançar a igualdade de gênero até 2030 e reconhece explicitamente o esporte como um importante facilitador para o desenvolvimento e o empoderamento das mulheres.
O esporte pode capacitar, quando combinado com espaços seguros e oportunidades de aprendizagem de habilidades de vida holísticas que aumentam a autonomia de uma menina.
O programa “Uma vitória leva à outra”, desenvolvido pela ONU Mulheres e Women Win, tem trabalhado com mulheres jovens e meninas no Rio de Janeiro para fornecer treinamento esportivo e habilidades para a vida, e provou melhorar a confiança e a compreensão das meninas em saúde sexual e direitos, finanças e habilidades de liderança.
A iniciativa melhora sua capacidade de mulheres jovens e meninas de influenciar decisões que afetam suas vidas em todos os níveis, e deve ser replicado na Argentina e em outros países do mundo.
No entanto, as mulheres e meninas no esporte continuam a enfrentar sérios desafios, e há um longo caminho a percorrer para alcançar a igualdade no mundo do esporte.
Meninas e mulheres em todo o mundo têm menos oportunidades, menos investimento e enfrentam discriminação e até assédio sexual quando praticam esporte. Quando o fazem como atletas profissionais, enfrentam o teto de vidro e uma substancial diferença salarial.
O pagamento total para a última Copa do Mundo Feminina de Futebol, por exemplo, foi de 15 milhões de dólares, comparado a 576 milhões de dólares para a última Copa do Mundo de Futebol Masculino.
De acordo com o relatório de 2017 do Sporting – o Global Sports Salaries Survey (GSSS) – entre os atletas de elite, as mulheres ganham em média apenas 1% do que os homens de elite ganham. No ranking da Forbes, dos 100 atletas mais bem pagos, não havia uma mulher entre as principais ganhadoras do mundo.
Embaixadoras da Boa Vontade da ONU Mulheres são pessoas proeminentes do mundo das artes, ciências, literatura, entretenimento, esporte ou outros campos da vida pública que expressaram seu compromisso pessoal com o mandato da ONU Mulheres e sua determinação de criar impulso e recursos em torno da igualdade de gênero e empoderamento de mulheres e meninas através da mobilização de seus públicos em sua área de atuação e influência.
Recentemente, Marta também atuou como Embaixadora da Boa Vontade do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).

Breve biografia detalhada

Marta Vieira da Silva nasceu no município de Dois Riachos (AL) em 1986, tendo cidadania brasileira e sueca. Cresceu em uma família pobre do cerrado do Nordeste, onde jogava futebol de rua sem sapatos e muitas vezes era evitada pelos garotos.
Artilheira e talentosa, famosa por sua capacidade de drible, Marta terminou a Copa do Mundo Feminina da FIFA 2007 como vencedora da Bola de Ouro e da Bota de Ouro por marcar sete gols.
Marcando 15 gols na Copa do Mundo de 2015, tornou-se a maior pontuadora de todos os tempos do torneio. Foi eleita Jogadora do Ano da FIFA por cinco vezes consecutivas entre 2006 e 2010. Foi nomeada como uma das seis embaixadoras da Copa do Mundo Feminina de 2014, realizada no Brasil.
No trabalho com o PNUD, promoveu os esforços internacionais para alcançar os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM) com foco especial no empoderamento das mulheres.
Posted: 12 Jul 2018 08:22 AM PDT
Porto de Santos, em São Paulo. Foto: EBC
Porto de Santos, em São Paulo. Foto: EBC
Após um 2016 de queda nas exportações (-3,1%) do Brasil, as vendas de produtos do país para fora recuperaram o fôlego em 2017, com uma alta de 17,5%. Os números são da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL), que aponta o superávit brasileiro como motor do crescimento do comércio exterior regional no ano passado. Organismo também associa expansão à valorização dos metais e minerais no cenário internacional.
No ano passado, o volume das exportações brasileiras chegou a 217,7 bilhões de dólares. Já as importações alcançaram a marca de 150,7 bilhões, valor que representou um crescimento de 9,6% na comparação com 2016, quando a compra de mercadorias de outros países caiu 19,8%. O superávit do Brasil de 2017 foi estimado em 67 bilhões de dólares.
Na América Latina e Caribe, as exportações alcançaram um total de 978,6 bilhões de dólares, quase 13% a mais do que em 2016. A alta ficou acima da média mundial para 2017 (10,1%). Os bens importados somaram 976,4 bilhões, com aumento de 8,7%.
O pequeno saldo positivo na balança comercial da região foi assegurado pelos desempenhos do Brasil e da Venezuela, que teve superávit de 25,6 bilhões de dólares. Os dois países compensaram déficits no comércio de países como Argentina e México, com saldo negativo entre 8 e 10 bilhões de dólares, devido sobretudo ao aumento de importações de bens intermediários. Os superávits do Chile, Peru e Suriname também ajudaram a equilibrar as trocas comerciais na região.
Os produtos brasileiros representaram 22% de todas as exportações da América Latina e Caribe em 2017 — o Brasil fica atrás apenas do México (42%), maior exportador e também importador da região. As importações do Brasil equivaleram a 15% das compras regionais. As do México, a 43%.
De acordo com a CEPAL, em 2017, os países latino-americanos e caribenhos se beneficiaram de uma alta de mais de 25% nas cotações do alumínio, cobre, carvão, chumbo, mineral de ferro e zinco. Também foram verificados preços mais altos para os produtores de petróleo, com valorização de 17,9% no valor da commoditie. As exportações de minérios e petróleo cresceram 29% no ano passado.
As flutuações dos produtos agrícolas foram variadas — os óleos e as sementes oleaginosas tiveram elevações abruptas de preço, ao passo que os grãos de cacau, café, açúcar, tabaco e trigo apresentaram queda.
A comissão econômica da ONU identificou ainda uma expansão de 10,4% no comércio entre nações latino-americanas e caribenhas. Mas as trocas intrarregionais representaram apenas 16% de todas as exportações, uma proporção menor do que a registrada para 2016 (16,4%).

Superávit com Estados Unidos, déficit com a China

A CEPAL ressalta que, ao longo de 2017, o superávit da América Latina e do Caribe em relação aos Estados Unidos aumentou e chegou a 116 bilhões de dólares. Alcançando 427 bilhões de dólares, as exportações da região para o país norte-americano cresceram 8,6%. Em 2016, o quadro foi de contração (-8,4%).
Com a Ásia, porém, o quadro se inverte. O déficit comercial aumentou para 107 bilhões de dólares, mesmo com o aumento das exportações para países asiáticos. Em 2017, 20,1% das exportações latino-americanas e caribenhas tiveram o continente como destino. No ano anterior, o índice foi de 18,1%.
Posted: 12 Jul 2018 08:16 AM PDT
Clique para exibir o slide. Foi realizado no fim de junho (27), na Escola de Inovação e Políticas Públicas da Fundação Joaquim Nabuco, em Recife (PE), a primeira edição no estado do Modelo da Organização das Nações Unidas, ou MONU, simulação realizada por estudantes do ensino secundário ou universitários para simular o funcionamento da ONU e, assim, desenvolverem suas habilidades de falar em público.
Os MONU visam desenvolver as capacidades de jovens interessados em trabalhar no âmbito internacional, seja na carreira diplomática ou em tribunais internacionais. Os estudantes têm contato prático com a vivência em instituições de caráter supra-estatal e desenvolvem aspectos como a capacidade de argumentação, oratória e retórica, o entendimento sobre documentos e convenções internacionais, o poder de liderança e tomada de decisões, técnicas de negociação, entre outras práticas.
“É excelente ver que estudantes tão variados em termos de gênero, idade e etnias, estão entusiasmados com o trabalho da ONU”, disse o diretor do Centro de Informação das Nações Unidas para o Brasil (UNIC Rio), Maurizio Giuliano.
A edição em Pernambuco teve a participação de estudantes e graduandos dos cursos de Direito e Ciência Política da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). O objetivo foi introduzir uma cultura de simulações no estado e ampliar o exercício do estudo de práticas diplomáticas no Nordeste do país.
“Fico feliz em saber que posso ser uma inspiração para vocês por meio do meu trabalho, mas há algo muito mais importante: vocês são uma real e forte inspiração para mim. Nosso trabalho é feito não só para o presente, mas em boa parte para o futuro — para vocês, jovens, e aqueles que ainda não nasceram”, declarou Giuliano.
Durante sua palestra, Giuliano abordou o trabalho da ONU no mundo sob o ponto de vista de sua experiência, que desde o ano 2000 o levou a trabalhar para seis diferentes entidades das Nações Unidas em 14 países. No âmbito da campanha “Brasileiros na ONU”, o diretor do UNIC Rio também explicou os canais para trabalhar nas Nações Unidas, e deu dicas para os interessados.
O modelo em Pernambuco teve seis comitês, sendo cinco comitês temáticos e de imprensa internacional. Entre os temas abordados, estavam os limites do monitoramento no século 21; a Corte Interamericana de Direitos Humanos (CIDH); a violência de gênero; entre outros. Houve ainda comitês que abordaram o tema do trabalho infantil e proteção contra o trabalho escravo; a promoção do direito da criança à educação, entre outros. Com 105 inscritos, o evento ocorreu entre os dias 27 a 30 junho e deve ter uma segunda edição em 2019.

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