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quinta-feira, 26 de julho de 2018

Boletim diário da ONU Brasil: “Após tragédia na Grécia, ONU pede esforços de prevenção a incêndios florestais no mundo” e 10 outros.

Boletim diário da ONU Brasil: “Após tragédia na Grécia, ONU pede esforços de prevenção a incêndios florestais no mundo” e 10 outros.

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qua, 25 de jul 18:41 (Há 19 horas)
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Boletim diário da ONU Brasil: “Após tragédia na Grécia, ONU pede esforços de prevenção a incêndios florestais no mundo” e 10 outros.

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Posted: 25 Jul 2018 02:32 PM PDT
Bombeiros dinamarqueses trabalham com a Força Interina das Nações Unidas no Líbano (UNIFIL) para combater incêndio no Líbano. Foto: ONU/Pasqual Gorriz
Bombeiros dinamarqueses trabalham com a Força Interina das Nações Unidas no Líbano (UNIFIL) para combater incêndio no Líbano. Foto: ONU/Pasqual Gorriz
Após a morte de pelo menos 80 pessoas devido a incêndios florestais perto da capital grega, Atenas, nos últimos dias, a principal autoridade da ONU para redução do risco de desastres enviou suas condolências às famílias das vítimas e pediu mais investimentos em prevenção no mundo todo.
Descrevendo as mortes na Grécia como uma “tragédia verdadeiramente dolorosa”, Mami Mizutori, que também é representante especial da ONU para redução do risco de desastres, manifestou suas “sinceras condolências ao governo e ao povo grego neste momento difícil, enquanto as buscas por desaparecidos continuam”.
O incêndio começou na segunda-feira (23) à tarde e se espalhou rapidamente pela pequena cidade de Mati, 29 quilômetros a leste de Atenas. O número de mortos deve aumentar na medida em que avançam as buscas. Centenas de pessoas ficaram feridas.
“Devemos àqueles que perderam suas vidas na Grécia e em outros lugares intensificar os esforços na prevenção e supressão de incêndios florestais”, disse. “Investir em resposta a desastres e preparação são ações vitais para este esforço, considerando que as perdas globais com incêndios florestais atingiram níveis recordes no ano passado, e poucas partes do mundo são poupadas deste risco à medida que a mudança climática multiplica a ameaça”.
Mizutori enfatizou que o risco de incêndio deve ser levado em consideração quando estratégias nacionais e locais para redução do risco de desastres estiverem sendo desenvolvidas para cumprir o prazo de 2020 para reduzir as perdas por desastres, conforme descrito no Marco de Sendai para Redução de Riscos de Desastres.
Segundo um relatório da União Europeia, as florestas cobrem mais de um terço da área total da Europa. Grandes incêndios florestais tem afetado o continente repetidamente, especialmente os países do Mediterrâneo, lembrou o documento, enquanto “a atividade humana (acidental, negligente ou deliberada) é uma das causas mais comuns”.
Este ano, a Suécia sofreu grandes incêndios florestais e 2017 registou um elevado número de incêndios mortais em Portugal, Espanha e Itália. Nos últimos anos, a extensão de áreas devastadas por incêndios na Europa, no oeste dos Estados Unidos e no sudeste da Austrália aumentou dramaticamente, de acordo com o Escritório da ONU para Redução de Risco de Desastres (UNISDR).
 
Posted: 25 Jul 2018 01:49 PM PDT
Secretário-geral da ONU, António Guterres. Foto: ONU/Mark Garten
Secretário-geral da ONU, António Guterres. Foto: ONU/Mark Garten
Após o rompimento de uma represa em uma hidrelétrica em construção ter matado dezenas de pessoas e deixando outras centenas desaparecidas no Laos, o secretário-geral da ONU, António Guterres, disse na terça-feira (24) que a Organização está pronta para apoiar os esforços de resgate e socorro, caso seja solicitado pelas autoridades.
De acordo com informações da imprensa internacional, o colapso da represa provocou enchentes que varreram a província de Attapeu, no sudeste do Laos, cobrindo aldeias e deixando mais de 6 mil pessoas desabrigadas.
“O secretário-geral da ONU está entristecido com as mortes e danos significativos causados ​​por um rompimento na hidrelétrica em construção, o que se adicionou à destruição provocada pela tempestade tropical Son”, disse seu porta-voz Stéphane Dujarric em comunicado.
A estimativa é de que ao menos 20 pessoas tenham morrido nas enchentes provocadas pelo rompimento da represa. Segundo a imprensa internacional, as tempestades contínuas provocaram um grande acúmulo de água no reservatório do projeto, o que colocou pressão sobre a barragem.
O secretário-geral da ONU enviou suas condolências às famílias das vítimas e ao governo e ao povo do país do Sudeste Asiático, ao mesmo tempo em que expressou a disposição da ONU de apoiar os esforços nacionais de resgate e socorro, caso seja necessário, disse Dujarric.
 
Posted: 25 Jul 2018 12:48 PM PDT
Poluição por plásticos. Foto: pixabay/meineresterampe (CC)
Poluição por plásticos. Foto: pixabay/meineresterampe (CC)
O estudo mais importante sobre os hábitos de consumo dos brasileiros será apresentado na Casa da ONU, em Brasília (DF), na quarta-feira (26). O evento, promovido pela ONU Meio Ambiente, reunirá especialistas e representantes de diversos setores da sociedade para discutir o grau de consciência dos brasileiros no comportamento de consumo, além de apontar desafios, motivações, gatilhos e barreiras.
A série histórica desenvolvida pelo Instituto Akatu está em sua quinta edição e, desta vez, incluiu dados segmentados por região do país. A pesquisa também apontou as percepções e expectativas do consumidor quanto às práticas de sustentabilidade e de responsabilidade socioambiental das empresas, bem como as preferências individuais em relação aos caminhos para a sustentabilidade ou para o consumismo.
“Mapear de que forma os brasileiros e brasileiras percebem a sustentabilidade no seu dia a dia e comparar esta percepção com os hábitos de consumo é um passo fundamental para entendermos como as mensagens estão chegando até as pessoas, quais perfis estão mais ou menos engajados no assunto e onde ainda é preciso avançar e melhorar em termos de sensibilização e de políticas públicas”, afirmou a representante da ONU Meio Ambiente, Denise Hamú.
“Por ser um estudo amplo e complexo, que também funciona como um termômetro para mensurar o alcance no país do Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 12, que visa assegurar padrões de produção e de consumo sustentáveis até 2030, achamos importante promover este debate com a sociedade na capital federal”, complementou.
De acordo com o diretor-presidente do Instituto Akatu, Helio Mattar, a pesquisa apontou que empresas que cuidam das pessoas, tanto dentro quanto fora, são mais respeitadas. O estudo também apontou um desejo por um estilo de vida mais saudável.
Segundo ele, outro ponto relevante é a confiabilidade. Em tempos de notícias falsas, a fonte da informação é tão relevante quanto qual é a empresa ou marca que está divulgando ações. “A fonte pode colocar em xeque a marca, em especial entre os menos conscientes, sendo imprescindível que a informação de fontes confiáveis para os consumidores confirme a reputação de sustentabilidade da empresa”, disse.
Para a realização da pesquisa, o Instituto Akatu contou com o patrocínio institucional da ONU Meio Ambiente.
 
Posted: 25 Jul 2018 12:37 PM PDT
Fundação Oswaldo Cruz, no Rio de Janeiro. Foto: Wikimedia Commons/Econt
Fundação Oswaldo Cruz, no Rio de Janeiro. Foto: Wikimedia Commons/Econt
Tem início amanhã (26), no Rio de Janeiro, o 12º Congresso Brasileiro de Saúde Coletiva (Abrascão), com a participação do chefe da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) no Brasil, Joaquín Molina, e da ex-presidente do Chile Michelle Bachelet. Evento promoverá debates e oficinas até o próximo domingo (29), no campus Manguinhos da Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ).
A cerimônia de abertura do evento acontece na quinta-feira às 8h e será coordenada por Molina. Uma das participantes será a ex-chefe do Estado chileno. O evento principal será realizado nas Grandes Tendas – Auditório Marielle Franco.
Das 15h45 às 16h30, Mariângela Simão, diretora-geral assistente para Acesso a Medicamentos, Vacinas e Produtos Farmacêuticos da Organização Mundial da Saúde (OMS), ministrará palestra sobre o “Acesso a medicamentos no contexto dos ODS (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU): avançando a agenda antes de 2030”. Apresentação acontece nas Grandes Tendas, auditório David Capistrano.
Na sexta-feira (27), Tomás Pippo, coordenador de Medicamentos e Tecnologia em Saúde da OPAS/OMS Brasil, será um dos debatedores na mesa-redonda “Medicamentos essenciais – avançando a agenda global para uma abordagem regional”. A discussão começa às 10h20, no auditório E36. No mesmo dia, Renato Tasca, coordenador de Sistemas e Serviços de Saúde, vai liderar a mesa-redonda “Austeridade e saúde”, que ocorrerá nas Grandes Tendas, Auditório Marielle Franco.
A contribuição do Programa Mais Médicos para a sustentabilidade do Sistema Único de Saúde (SUS) será tema de outra mesa, também no dia 27, às 15h, no pavilhão Leonidas Deane, auditório Maria Deane. O debate terá mediação de Gabriel Vivas, coordenador do Mais Médicos na OPAS/OMS, e participação de expositores do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e da Universidade Federal da Bahia (UFBA).
Especialistas da Espanha, Canadá e Banco Mundial participarão da mesa-redonda “Inovação na Atenção à Saúde para o Controle das Condições Crônicas: experiências do Canadá, Espanha e América Latina”. O evento será conduzido pela coordenadora de Determinantes da Saúde, Doenças Crônicas Não Transmissíveis e Saúde Mental da OPAS/OMS no Brasil, Katia de Pinho Campos. Encontro acontece das 15h às 16h30 nas Grandes Tendas, auditório David Capistrano.
Haydee Padilla, coordenadora de Família, Gênero e Curso de Vida da OPAS/OMS no Brasil, participa no sábado (28) da palestra de Bremem De Mucio, assessor regional em saúde sexual e reprodutiva do Centro Latino-Americano de Perinatologia, Saúde da Mulher e Reprodutiva (CLAP/SMR). A apresentação “Estratégia Zero Morte Materna por Hemorragia: reduzindo inequidades” acontece às 10h20, no INI(IPEC) – auditório B17.
No domingo, 29 de julho, Bernardino Vitoy, oficial da OPAS/OMS no Brasil, integrará a mesa-redonda “Presença das práticas integrativas e complementares em saúde na América Latina”. Às 10h20, no INCQS/Bloco 9, auditório C40.
A programação completa do Congresso está disponível em http://www.saudecoletiva.org.br/programacao/index_programado.php.
 
Posted: 25 Jul 2018 12:12 PM PDT
Sob o lema “Não deixar ninguém para trás”, a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável traz desafios para governos, sociedade, empresas e universidades para tomar iniciativas que transformem realidades excludentes por meio da distribuição equitativa de oportunidades e riquezas para todas as pessoas.
Os avanços feitos até agora rumo aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e em meio à Década Internacional de Afrodescendentes foram analisados por especialistas negras a partir da indicação de oportunidades e desafios nas questões de gênero e raça no Brasil.
Ao longo desta semana, de 23 a 27 de julho, a ONU Mulheres compartilha visões de 11 especialistas negras por meio da ação digital #MulheresNegrasNosODS, desenvolvida pela ONU Mulheres Brasil em parceria com o Comitê Mulheres Negras Rumo a um Planeta 50-50 em 2030 e apoio da Embaixada do Reino dos Países Baixos.
“A sociedade civil é um dos agentes estratégicos para a Agenda 2030 num contexto amplo de parcerias. Para fazer acontecer a Agenda 2030 no Brasil, visões e trabalho integrado com o movimento de mulheres negras e especialistas negras são importantes para fazer avançar a implementação dos ODS”, disse Nadine Gasman, representante da ONU Mulheres Brasil e coordenadora do Grupo Temático de Gênero, Raça e Etnia da ONU Brasil.
Segundo ela, o trabalho integrado com o movimento de mulheres negras também é importante para o alcance do plano de ação da Década Internacional de Afrodescendentes, com foco nas realidades e nos problemas nacionais, tendo como objetivo encontrar soluções que transformem a vida de brasileiras e brasileiros até 2030.
Durante a semana, nove ODS serão abordados, como forma de lembrar o Dia Internacional da Mulher Negra, Latino-Americana e Caribenha. Os temas serão expostos a partir dos conhecimentos de Ângela Gomes, do Movimento Negro Unificado; Carla Akotirene Santos, assistente social e pesquisadora; Fernanda Bairros, nutricionista e professora de Saúde Coletiva da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS); Juliana César Nunes, jornalista; Lúcia Xavier, assistente social e integrante do Comitê Mulheres Negras Rumo a um Planeta 50-50 em 2030.
Outras participantes incluem Maria Inês Barbosa, coordenadora de Programa de Gênero, Raça e Etnia do Fundo de Desenvolvimento das Nações Unidas para a Mulher (UNIFEM); Suelaine Carneiro, socióloga e mestra em Educação pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar); Tânia Palma, assistente social e ex-ouvidora da Defensoria da Bahia; Tatiana Nascimento, poeta e fundadora do Coletivo Padê Editorial; Valdecir Nascimento, da Articulação de ONGs de Mulheres Negras Brasileiras; e Vilma Reis, socióloga e ouvidora externa da Defensoria Pública do Estado da Bahia.
Os posicionamentos e as sugestões foram coletados durante a Jornada Formativa Mulheres Negras Rumo a um Planeta 50-50 em 2030, promovida pela ONU Brasil e ONU Mulheres em parceria do Comitê Mulheres Negras Rumo a um Planeta 50-50 em 2030, com base no alinhamento entre o manifesto da Marcha das Mulheres Negras 2015 contra o Racismo e a Violência e pelo Bem Viver e dos ODS.
Dentre os temas abordados pelas especialistas negras, estão violência contra as mulheres negras; racismo nas cidades; mídia; trabalho decente e crescimento econômico; saúde da população negra; participação política e democracia; acesso à justiça e encarceramento de mulheres negras; segurança alimentar e nutricional; saberes tradicionais e biodiversidade.
De acordo com Vilma Reis, “a Década Internacional de Afrodescendentes é um chamado para continuar a caminhada após a Conferência de Durban contra o Racismo e a Discriminação Racial”. “O tipo de aliança que se busca é para saber como quebrar o ciclo de vulnerabilidade da população negra e quais respostas serão construídas para dentro do país. Os movimentos estão atuando no país, mas nós precisamos de retaguarda”.

Para Fernanda Bairros, os ODS demandam proximidade com o movimento de mulheres negras. “Os dados mostram que, mesmo com melhor renda, as mulheres negras ainda têm maior insegurança alimentar. Precisamos discutir os ODS por meio de uma agenda com o movimento de mulheres negras para a segurança alimentar, para que se possa pensar estratégias para enfrentar esse cenário”.
Lúcia Xavier considera a importância da defesa pública em favor dos direitos humanos das afro-brasileiras. “Romper com o racismo significa mostrar a capacidade política das mulheres negras. É fundamental dar suporte e financiar as ações das mulheres negras e comunicar sobre como vivem”.
“A ONU precisa trazer de volta um patamar de direitos que fale da participação da mulher, do direito humano como base para o desenvolvimento sustentável, com respeito ao meio ambiente e dizer que a miséria não pode ser a base da riqueza do país. Atuar na contramão do retrocesso, colocar essas questões na pauta do dia e lembrar o Brasil dos compromissos internacionais que assumiu”, concluiu.

 
Posted: 25 Jul 2018 11:26 AM PDT
Juliana Paes discute racismo em novo episódio da campanha #UseLaranja, uma iniciativa da ONU pelo fim da violência de gênero. Image: ONU Mulheres
Juliana Paes discute racismo em novo episódio da campanha #UseLaranja, uma iniciativa da ONU pelo fim da violência de gênero. Image: ONU Mulheres
A violência contra as mulheres negras é o tema do terceiro episódio da campanha #UseLaranja, uma iniciativa da ONU Mulheres pelo fim da violência de gênero. No dia 25 de cada mês, a atriz Juliana Paes divulga um vídeo sobre o combate às agressões e abusos contra as mulheres. Em julho, a mensagem aborda as consequências da discriminação racial e lembra o Dia Internacional da Mulher Negra, Latino-americana e Caribenha, observado na mesma data.
Juliana, que é defensora para a Prevenção e a Eliminação da Violência contra as Mulheres da ONU Mulheres Brasil, alerta que “o machismo e o racismo agem sobre o modo de vida das mulheres negras”. “Elas são discriminadas pela cor da pele, pelos seus traços físicos, pela sua religiosidade”, acrescenta a artista no vídeo, que faz parte da campanha UNA-SE pelo fim da violência contra as mulheres.
Para a representante da ONU Mulheres no Brasil, Nadine Gasman, “isso requer ações de prevenção e enfrentamento em que as mulheres negras sejam consideradas pela sua especificidade e representação populacional, o que traz desafios concretos em termos de resposta dos serviços essenciais de atenção e políticas públicas”.
Na avaliação da dirigente, dar visibilidade por meio da campanha para os problemas das mulheres negras é uma medida importante para sensibilizar a sociedade brasileira.
No pronunciamento para a #UseLaranja, Juliana Paes lembra ainda outros desafios vividos pela população afrodescendente do sexo feminino. “(Elas) recebem menores salários e vivem em locais com menos segurança. São tratadas como se tivessem menos direitos, inclusive quando vão buscar apoio para romper o ciclo de violência em relacionamentos afetivos”, aponta.

Campanha #UseLaranja

Mensalmente, a campanha #UseLaranja divulga conteúdos sobre violência de gênero por meio das redes sociais de Juliana, da ONU Mulheres Brasil e da ONU Brasil. As publicações são feitas todo dia 25, data lembrada pela comunidade internacional como o Dia Laranja pelo Fim da Violência contra as Mulheres.
Os vídeos da iniciativa convocam mulheres e homens a se envolver com as mobilizações do Dia Laranja. Nos próximos meses, os posts abordarão temas como identificação e enfrentamento da violência de gênero nas empresas, prevenção nas escolas, apoio e acolhimento para vítimas, abuso doméstico e familiar. Outros tópicos incluirão a violência psicológica, a violência patrimonial e a liberdade das mulheres na escolha de roupas e acessórios.
O Dia Laranja foi proposto pela juventude latino-americana para ampliar as ações contra a violência de gênero, levando-as além do Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra as Mulheres, o 25 de novembro. Nesta data, três irmãs dominicanas que se opunham à ditadura em seu país foram assassinadas.
O Dia Laranja faz parte também da campanha do secretário-Geral da ONU “UNA-SE pelo Fim da Violência contra as Mulheres”, lançada em 2008 pelas Nações Unidas. Os pilares da iniciativa na América Latina e no Caribe incluem o acesso à justiça, a prevenção pela educação e também com ações em comunidades e meios de comunicação. Outra estratégia é a mobilização de toda a sociedade, especialmente os jovens e homens. No Brasil, o projeto UNA-SE é implementado pelo grupo temático inter-agencial sobre gênero, raça e etnia da ONU, liderado pela ONU Mulheres.
 
Posted: 25 Jul 2018 09:14 AM PDT
Atenção à saúde da mulher é tema de chamada pública da OPAS e do Conselho Nacional de Saúde (CNS). Foto: EBC
Foto: EBC
Neste 25 de julho, Dia Laranja pelo Fim da Violência contra as Mulheres, a Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde (OPAS/OMS) faz uma campanha de conscientização sobre a violência sexual, uma das formas de abuso e agressão contra a população do sexo feminino. Agência da ONU esclarece o que é esse tipo de violação, suas consequências e como combatê-la.
O que é violência sexual?
A violência sexual é definida pela OMS como “todo ato sexual, tentativa de consumar um ato sexual ou insinuações sexuais indesejadas; ou ações para comercializar ou usar de qualquer outro modo a sexualidade de uma pessoa por meio da coerção por outra pessoa, independentemente da relação desta com a vítima, em qualquer âmbito, incluindo o lar e o local de trabalho”.
Segundo o organismo das Nações Unidas, a coerção pode ocorrer de diversas formas e por meio de diferentes graus de força, intimidação psicológica, extorsão e ameaças. A violência sexual também pode acontecer se a pessoa não estiver em condições de dar seu consentimento, em caso de estar sob efeito do álcool e outras drogas, dormindo ou mentalmente incapacitada, entre outros casos.
A violência sexual abrange:
  • Estupro dentro de um relacionamento;
  • Estupro por pessoas desconhecidas ou até mesmo conhecidas;
  • Tentativas sexuais indesejadas ou assédio sexual, que podem acontecer na escola, no local de trabalho e em outros ambientes;
  • Violação sistemática e outras formas de violência, particularmente comuns em situações de conflito armado (como a fertilização forçada);
  • Abuso de pessoas com incapacidades físicas ou mentais;
  • Estupro e abuso sexual de crianças;
  • Formas “tradicionais” de violência sexual, como casamento ou coabitação forçada.
O quão comum é a violência sexual?
Os dados mais precisos sobre violência sexual vêm de pesquisas populacionais. Outras fontes de dados são relatórios policiais e estudos de contextos clínicos e organizações não governamentais. No entanto, como apenas uma pequena proporção de casos é relatada, a taxa de ocorrência é subestimada. Um estudo latino-americano, por exemplo, estimou que apenas cerca de 5% das vítimas adultas de violência sexual denunciaram o crime à polícia.
Há muitas razões pelas quais as mulheres não denunciam a violência sexual:
  • Falta de apoio;
  • Vergonha;
  • Medo de represálias;
  • Sentimento de culpa;
  • Receio de que não acreditem nela;
  • Temor de ser maltratada ou socialmente marginalizada.
Quais são as consequências da violência sexual para a saúde?
Dados indicam que sobreviventes de violência sexual podem sofrer consequências comportamentais, sociais e de saúde mental. As meninas e mulheres são as mais afetadas por lesões e doenças resultantes da violência e coerção sexuais, não só porque constituem a maioria das vítimas, mas também porque são vulneráveis aos desdobramentos dessas agressões na saúde sexual e reprodutiva.
Entre os exemplos de consequências da violência sexual para a saúde das mulheres, a OMS destaca:
  • Gravidez não planejada;
  • Aborto inseguro;
  • Disfunção sexual;
  • Infecções sexualmente transmissíveis — incluindo HIV;
  • Fístula traumática;
  • Depressão;
  • Transtorno por estresse pós-traumático;
  • Ansiedade;
  • Dificuldade para dormir;
  • Sintomas somáticos;
  • Comportamento suicida;
  • Transtorno de pânico.
Muitas vezes, a violência sexual resulta em morte, cometida pelo agressor ou pelos problemas de saúde causados pela própria agressão, como suicídio e abortos inseguros.
Quais são os melhores métodos para combater a violência sexual?
Embora, no passado, as estratégias de combate à violência sexual tenham se concentrado no sistema de justiça criminal, existe atualmente um movimento geral rumo a uma abordagem de saúde pública que reconhece múltiplos fatores de risco. Esses agravantes interagem em níveis individual, relacional, comunitário e social. Nessa perspectiva, enfrentar a violência sexual requer a cooperação de vários setores, como saúde, educação, assistência social e justiça criminal. A saúde pública busca ampliar a atenção e a segurança a toda a população e enfatiza a prevenção, garantindo que as vítimas de violência tenham acesso a serviços e apoio adequados.
A OMS apoia a campanha das Nações Unidas Una-se Pelo Fim da Violência Contra as Mulheres. Saiba mais clicando aqui.
 
Posted: 25 Jul 2018 09:09 AM PDT
No Dia Internacional da Mulher Negra, Latino-Americana e Caribenha, lembrado em 25 de julho, o Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) homenageia a professora do Distrito Federal Gina Vieira, que tem se destacado pelo ensino da igualdade de gênero nas escolas a partir de obras escritas por mulheres.
A homenagem faz parte da ação digital “Destaque Laranja”, uma iniciativa do Sistema ONU no Brasil em reconhecimento a pessoas, cidades, escolas, universidades, empresas e outras instituições com atuação relevante para a prevenção e eliminação da violência contra as mulheres e meninas no país.
Filha de doméstica e pedreiro, Gina Vieira recebeu dos pais semialfabetizados um grande investimento em educação. “Aprendi com os meus pais que os estudos transformariam minha vida. Eles diziam que a educação me daria super poderes. Eu acreditei e hoje estou aqui”.
A ideia que norteou a professora hoje muda a vida de centenas de adolescentes e jovens da rede pública de ensino do Distrito Federal.
Mulher negra, nascida na região administrativa de Ceilândia, na periferia de Brasília, Gina Vieira é criadora do projeto pedagógico “Mulheres Inspiradoras”, e trabalha pela igualdade de gênero dando visibilidade para grandes mulheres que muitas vezes ficam esquecidas.
Durante sua história, Gina mobilizou esforços para reverter a educação falha e a falta de credibilidade que a estrutura social impõe às crianças negras. O racismo socialmente naturalizado se estendeu durante todo o processo de construção de sua carreira. Até hoje, mesmo tendo seu trabalho reconhecido e premiado nacionalmente, essa condição afeta consideravelmente a vida da professora.
“Na escola, eu percebi o que já havia fora dela: o racismo. Mas, na infância, tive uma professora chamada Creuza Lima. Diferentemente de todas as pessoas que faziam chacota comigo, riam de mim, do meu cabelo, da minha dificuldade em aprender, ela me colocou no colo, me deu carinho e se dedicou para que eu aprendesse. Isso mexeu muito comigo na época e me inspirou a ser uma professora como ela.”
Anos mais tarde, Gina cursou magistério, fez concurso público para a Secretaria de Educação do Distrito Federal e passou a exercer a profissão dos sonhos. Primeiramente, lecionando para crianças e, após a conclusão da Faculdade de Letras, para adolescentes.
“Foi um choque de realidade para mim, pois comecei a dar aulas para estudantes que não estavam interessados em aprender. Eles faziam muita bagunça, se comportavam muito mal. Eu ficava pensando o porquê isso acontecia, já que a educação tinha mudado a minha realidade.”
Nesse contexto, a professora passou por um período de adoecimento psicológico e, em sua recuperação, decidiu entrar na realidade da juventude, fazendo quatro pós-graduações em áreas conexas à adolescência.
Durante os estudos, percebeu que os e as jovens estudantes não interagiam bem com a escola por falta de motivação. “A escola, com seu sistema arcaico, não abraçava esse estudante. Então, o estudante também não se sentia pertencente àquele ambiente”.
Foi então que decidiu inovar na metodologia de ensino. A fim de superar as dores que sua trajetória de mulher negra e periférica trazia e que via estampada também em seus alunos, a educadora, apaixonada por literatura, levou para a sala de aula obras escritas por mulheres.
“Escolhi as obras, duas delas escritas por mulheres que tinham mais ou menos a idade das e dos estudantes — Malala Yousafzai e Anne Frank. Mas também selecionei nomes como Carolina Maria de Jesus e Cristiane Sobral, aqui de Brasília.”
A partir daí, nascia, em 2013, o projeto “Mulheres Inspiradoras”, com o intuito de ampliar o conhecimento e contribuir para o debate em torno da necessidade de desconstrução do machismo.
Dando visibilidade para mulheres que muitas vezes ficam esquecidas, Gina dá especial atenção às mulheres negras. Antes do projeto, a professora não havia tido contato com questões referentes à igualdade de gênero e nem à literatura negra.
“Estudando e pesquisando para ministrar as aulas, eu pude me empoderar nessa pauta. Com as obras de Cristiane Sobral, me reconheci negra e me senti motivada a assumir minha negritude”, disse.
A professora, que alisava o cabelo havia pelo menos 20 anos, decidiu então assumir sua identidade negra, passar pela transição capilar para manter o cabelo crespo.

Histórias de vida

Após a leitura das obras de personalidades femininas, os estudantes tinham um encontro com algumas mulheres com variadas profissões e trajetórias de vida.
Foram médicas, professoras, atrizes e, uma delas, a professora Creuza, exemplo na infância de Gina Vieira. Depois desta etapa, os jovens levaram, para a sala de aula, histórias das mulheres inspiradoras de sua vida. O auge do projeto foi a publicação de um livro com mais de 100 histórias que envolviam mães, tias, avós e amigas dos estudantes.
O projeto “Mulheres Inspiradoras” venceu diversos prêmios. O primeiro deles, em 2014, foi o 4º Prêmio Nacional de Educação e Direitos Humanos, apoiado pelo Ministério da Educação. Em seguida veio o 8º Prêmio Professores do Brasil e o 10º Prêmio Construindo a Igualdade de Gênero. O projeto também foi o vencedor do 1º Prêmio Ibero-Americano.
Com a parceria internacional do Banco de Desenvolvimento da Américas Latina (CAF), a iniciativa foi implementada em mais de 30 escolas, atingindo cerca de 3 mil jovens. Em média, 80 professores e professoras estão sendo treinados como multiplicadores da ação; e mais de 1,5 mil obras escritas por mulheres já foram distribuídas para instituições de ensino.
 
Posted: 25 Jul 2018 08:13 AM PDT
Roda de conversa promovida pela ONU em Brasília celebrou o Dia Internacional da Mulher Negra, Latino-americana e Caribenha. Foto: ONU
Roda de conversa promovida pela ONU em Brasília celebrou o Dia Internacional da Mulher Negra, Latino-americana e Caribenha. Foto: ONU
Em uma roda de conversa para celebrar o Dia Internacional da Mulher Negra, Latino-americana e Caribenha, comemorado em 25 de julho, o coordenador-residente da ONU Brasil, Niky Fabiancic, homenageou na terça-feira (24), em Brasília (DF), ativistas e artistas negras, como Sueli Carneiro, Carolina Maria de Jesus, Marielle Franco e Angela Davis. Para o dirigente, os esforços dessas mulheres permitiram enxergar o sexismo e o racismo como elementos estruturantes da sociedade.
“Hoje, graças à luta incansável de Sueli, Maria Carolina e muitas outras mulheres, conhecidas e anônimas, sabemos um pouco mais sobre quão difundidos são os seus efeitos (do racismo e machismo). Sabemos, por exemplo, por dados do IPEA (o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), que no Brasil as mulheres negras ainda não alcançaram 40% da renda dos homens brancos e ganham cerca de 60% em relação a mulheres brancas”, afirmou Fabiancic.
Também segundo o IPEA, 39,1% das mulheres negras empregadas estão inseridas em relações precárias de trabalho.
“Sabemos também, de acordo com o Mapa da Violência, que, enquanto os assassinatos de mulheres brancas reduziram 10% entre 2003 e 2013, os de mulheres negras aumentaram 54%. No Brasil, a cada três mulheres em privação de liberdade, duas são negras”, acrescentou o chefe das Nações Unidas no Brasil.
Fabiancic ressaltou ainda que “mulheres negras são sub-representadas na política, nos cargos de chefia, no governo, nos meios de comunicação” e também na própria ONU. O dirigente explicou que a Organização tem adotado medidas para reverter essa disparidade em seus quadros funcionais.
Atualmente, a ONU Brasil conta com o Grupo Temático de Gênero, Raça e Etnia da América Latina. A instituição também tem o apoio do comitê “Mulheres Negras rumo a um Planeta 50-50”, além de parcerias com os movimentos de mulheres negras do país e da região.

Mulheres negras pelos direitos humanos

Fabiancic enfatizou que “as mulheres negras têm estado, desde sempre, na linha de frente pela defesa dos direitos humanos”. “Destaco neste sentido o trabalho exemplar da Marielle Franco”, afirmou o dirigente, lembrando a trajetória da vereadora do Rio de Janeiro, assassinada em março último.
“Quando as mulheres negras avançam, toda a sociedade avança. Ou ainda, como disse Angela Davis, ‘quando as mulheres negras se movimentam, toda a estrutura da sociedade se movimenta com elas'”, defendeu o coordenador-residente.
Na avaliação do dirigente, as mulheres afrodescendentes são uma população central para que o Brasil, a América Latina e o Caribe alcancem os 17 Objetivos do Desenvolvimento Sustentável da ONU e as 169 metas da Agenda 2030. Segundo Fabiancic, o conceito da filosofia ubuntu — ‘Eu sou, porque nós somos’ —, lema de Marielle, resume o espírito dessa agenda global.
“Para muito além dos dados, as mulheres afrolatinoamericanas, caribenhas e da diáspora são a chave para pensarmos novos sentidos para democracia, igualdade e justiça social. Levar a sério as dinâmicas em torno de gênero e raça na região é o mesmo que estender a toda a sociedade um convite para pensarmos um mundo novo”, completou.
 
Posted: 25 Jul 2018 07:05 AM PDT

Em mensagem para o 25 de julho, Dia da Mulher Negra, Latino-americana e Caribenha, a cantora Gaby Amarantos pede o fim da violência contra as brasileiras negras. No Brasil, sete em cada dez mulheres vítimas de assassinato são afrodescendentes. Gaby está com a ONU na campanha #VidasNegras. Saiba mais http://bit.ly/vnegras.
Foto de capa do vídeo: Wikimedia Commons/Gareth Jones
 
Posted: 24 Jul 2018 02:00 PM PDT
Missão da ONU recolhe armamentos em floresta colombiana. Foto: ONU/Hector Latorre
Missão da ONU recolhe armamentos em floresta colombiana. Foto: ONU/Hector Latorre
Celebrando a realização da primeira sessão de um novo Congresso na Colômbia, as Nações Unidas disseram na sexta-feira (20) que a inclusão de ex-rebeldes no corpo legislativo marcou sua transição “das armas para a política”.
Em comunicado à imprensa, a Missão de Verificação da ONU na Colômbia e outras operações das Nações Unidas no país disseram que “comemoram a instalação hoje do Congresso colombiano resultante das eleições legislativas mais participativas e pacíficas em décadas”.
Eles acrescentaram que a inclusão no Senado e na Câmara de representantes da Força Alternativa Revolucionária do Comum, nome do partido criado a partir da desmobilização da guerrilha das FARC (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia), “marca a transição deste grupo das armas para a política e a transição do país do conflito para a busca pela reconciliação”.
Em 2016, o governo e as FARC assinaram um acordo de paz, encerrando um conflito de 50 anos. Em meados de março deste ano, as primeiras eleições legislativas após o acordo de paz foram realizadas, atraindo milhões de colombianos para as urnas.
As entidades da ONU observaram que os desafios da violência e da pobreza persistem nas áreas rurais do país, e disseram esperar que, “em um clima de harmonia nacional, o trabalho de um novo Congresso seja decisivo para a extensão da presença do Estado sob o império da lei e a consolidação da paz em toda a Colômbia”.
 
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