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quinta-feira, 3 de maio de 2018

Boletim diário da ONU Brasil: “Prêmio Itaú-UNICEF reconhece projetos para o desenvolvimento de crianças e adolescentes” e 12 outros.

Boletim diário da ONU Brasil: “Prêmio Itaú-UNICEF reconhece projetos para o desenvolvimento de crianças e adolescentes” e 12 outros.

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Posted: 24 Apr 2018 02:25 PM PDT
O Prêmio Itaú-UNICEF, que até o ano passado reconhecia parcerias entre organizações da sociedade civil (OSCs) e escolas públicas, ganha uma nova categoria, dedicada a ações realizadas exclusivamente por OSCs. Foto: EBC
O Prêmio Itaú-UNICEF, que até o ano passado reconhecia parcerias entre organizações da sociedade civil (OSCs) e escolas públicas, ganha uma nova categoria, dedicada a ações realizadas exclusivamente por OSCs. Foto: EBC
Há 23 anos reconhecendo iniciativas de educação integral no país, o Prêmio Itaú-UNICEF abre inscrições para sua 13ª edição. O objetivo da premiação é identificar, estimular e dar visibilidade a projetos que contribuam para garantir o desenvolvimento integral de crianças e adolescentes entre 6 e 18 anos em situação de vulnerabilidade social. Neste ano, a premiação terá um aporte 47,5% maior do que em 2017, totalizando 5,9 milhões de reais.
O prêmio, que até o ano passado reconhecia parcerias entre organizações da sociedade civil (OSC) e escolas públicas, ganhou uma nova categoria, dedicada a ações realizadas exclusivamente por OSC. As inscrições podem ser feitas até 21 de maio pelo site premioitauunicef.org.br.
“O prêmio procura dar visibilidade a boas práticas que são mobilizadoras e incentivam outras organizações a também desenvolver ações que promovam o desenvolvimento integral de crianças e adolescentes. O novo formato visa ampliar o alcance do prêmio e atingir um maior número de ações e localidades beneficiadas”, explica a gerente de fomento do Itaú Social, Camila Feldberg.
“Cada criança, cada adolescente precisa de muitos espaços para aprender e desenvolver suas habilidades. Ao longo de sua história, o prêmio vem mostrando que é possível construir, junto com as organizações da sociedade civil, uma escola não para as crianças, mas das crianças, das famílias, das comunidades”, explica Florence Bauer, representante do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) no país.

Sobre o Prêmio Itaú-UNICEF

O Prêmio Itaú-UNICEF é uma iniciativa do Itaú Social e do UNICEF, com coordenação técnica do Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária (CENPEC).De acordo com a superintendente do CENPEC, Mônica Franco, ao longo de toda sua trajetória, o prêmio tem tido um papel fundamental na promoção da educação integral de qualidade e na superação das desigualdades sociais no Brasil.
“Isso se deve ao fortalecimento de organizações da sociedade civil e de suas articulações com os projetos políticos pedagógicos das escolas públicas”, destaca. “Unindo a premiação de projetos a ações de formação dos diferentes atores educacionais, o prêmio integra escolas, organizações e territórios, na perspectiva da garantia de direitos de nossas crianças, adolescentes e jovens”.
Na categoria OSC em Ação, deverão ser inscritos os projetos concebidos, planejados e executados pela organização e que sejam oferecidos diretamente para crianças e adolescentes. Na categoria Parceria em Ação, participam ações realizadas obrigatoriamente em parceria entre OSC e escola pública.

Etapas de seleção

A avaliação dos projetos considera a forma como incorporam as oportunidades educativas existentes no município para potencializar suas ações, bem como o envolvimento dos participantes nos processos de planejamento, execução e monitoramento.
Em agosto, serão conhecidos os 100 projetos semifinalistas, sendo 60 na categoria OSC em Ação e 40 na categoria Parceria em Ação. Cada OSC semifinalista receberá o valor de 20 mil reais, já as parcerias semifinalistas receberão 40 mil reais, sendo 20 mil reais para a OSC e 20 mil para a escola.
A partir desse grupo, haverá, em setembro, a seleção de 30 projetos finalistas, sendo 20 OSCs, que receberão mais 40 mil reais cada, e dez parcerias que serão premiadas com mais 100 mil reais, sendo 50 mil para a OSC e 50 mil reais para a escola.
Os seis projetos vencedores nacionais serão anunciados em novembro. A categoria OSC terá quatro premiadas por ordem de colocação (primeiro lugar, 150 mil reais; segundo lugar, 140 mil reais; terceiro lugar, 130 mil reais; e quarto lugar, 120 mil reais). Na categoria Parceria, serão duas vencedoras. O primeiro lugar recebe mais 400 mil reais e o segundo lugar, 360 mil reais, valores divididos igualmente entre a organização e a escola.
A 12ª edição, realizada em 2017, recebeu 1.651 inscrições de parcerias formadas por organizações da sociedade civil e escolas públicas. Foram concedidos 4 milhões de reais em prêmios a 96 parcerias reconhecidas nas diversas fases, beneficiando mais de 19 mil crianças em todas as regiões do país.
As quatro vencedoras nacionais receberam 130 mil reais por organizações e escolas. Desde a primeira edição do prêmio, foram registradas mais de 17 mil inscrições e 1.750 cidades tiveram ações contempladas.
Os projetos premiados no ano passado foram: Circulando a Cultura na Escola (Major Sales, RN); Aluno repórter – a imprensa na escola (Bragança, PA); Projeto Olho Vivo (Niterói, RJ); e Cultura, Esporte e Cidadania (Criciúma, SC).
 
Posted: 24 Apr 2018 01:53 PM PDT
Profissionais da OIM estão divulgando informações para migrantes no Chile entenderem processo de regularização. Foto: OIM
Profissionais da OIM estão divulgando informações para migrantes no Chile entenderem processo de regularização. Foto: OIM
O Chile deu início nesta semana (23) a um plano para regularizar a situação de migrantes vivendo em insegurança jurídica no país. Projeto tem o apoio da Organização Internacional para as Migrações (OIM), que espera ajudar 300 mil estrangeiros a normalizar seu status. Em 2017, a nação sul-americana tinha quase 1 milhão de migrantes em seu território, número que equivale a 5,5% de toda a população.
Segundo Norberto Girón, chefe da OIM no Chile, o organismo das Nações Unidas está em contato direto com os beneficiários da iniciativa, divulgando informações sobre os processos de regularização e sobre os documentos exigidos pelas autoridades chilenas. A agência também promoverá ações de integração e em prol da igualdade de direitos da população migrante.
No Chile, a maioria dos migrantes (63%) vive na região metropolitana. A segunda área com a maior proporção de estrangeiros é a zona costeira de Antofagasta (9,4%).
O Chile tem avançado na avaliação das solicitações de migrantes. Em março deste ano, uma média de 4 mil processos foi analisada por dia. Até o final de 2018, a expectativa das autoridades é analisar 1,1 milhão de processos na região metropolitana — o que representaria um aumento de 21% na comparação com 2017.
A ampliação das capacidades governamentais é uma resposta ao crescimento no número de requisições feitas por estrangeiros. De 2016 para 2017, houve um crescimento de 45% no número de processos, que passou de 567 mil para 823 mil.
Liderado pelo Ministério do Interior e Segurança Pública, o plano nacional de regularização migratória faz parte da proposta de reforma da Lei de Migrações, aprovada no início de abril (8) pelo presidente Sebastián Piñera Echeñique. A mudança no texto inclui uma série de medidas para garantir uma migração segura, ordenada e regular.
Durante o anúncio da medida, o chefe do Estado chileno disse que o país “tem sido e continuará sendo um país aberto e acolhedor com a imigração”.
 
Posted: 24 Apr 2018 01:47 PM PDT
A produção de grãos na Coreia do Norte tem sido severamente prejudicada pela seca prolongada. Foto: FAO/Cristina Coslet
A produção de grãos na Coreia do Norte tem sido severamente prejudicada pela seca prolongada. Foto: FAO/Cristina Coslet
As Nações Unidas e seus parceiros precisam urgentemente de 111 milhões de dólares para oferecer ajuda humanitária a milhões de pessoas na Coreia do Norte, incluindo crianças cujo crescimento foi prejudicado pela desnutrição.
“A assistência humanitária é vital para milhões de pessoas comuns que vivem na Coreia do Norte”, disse o coordenador-residente da ONU no país, Tapan Mishra, este mês (12). “No entanto, o financiamento vem diminuindo rapidamente a cada ano, atingindo menos de um terço do valor necessário para os programas humanitários”, acrescentou.
De acordo com o Escritório das Nações Unidas de Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA), em meio a tensões políticas, a insegurança alimentar crônica e a desnutrição infantil estão disseminadas na Coreia do Norte.
A estimativa é de que mais de 10 milhões de pessoas, ou 40% da população do país, estejam precisando de assistência humanitária. A má nutrição continua a ser uma preocupação, com mais de um quarto das crianças apresentando desnutrição e atraso no crescimento.
O OCHA citou diversas razões complexas e multifacetadas para as altas taxas de desnutrição na Coreia do Norte, incluindo o terreno montanhoso, com apenas 17% de terras favoráveis para o cultivo, além da agricultura amplamente dependente de métodos agrícolas tradicionais. Além disso, mudanças nos padrões climáticos tornaram o país vulnerável a secas e inundações, o que muitas vezes resulta em baixa produção agrícola.
Os norte-coreanos também encontram dificuldades para acessar serviços básicos, e grande parte da população vive sem uma fonte segura de água potável. Além disso, quase um quarto dos habitantes do país não possui instalações de saneamento básico, o que contribui para sérios problemas de saúde.
O Plano de Necessidades e Prioridades 2018, lançado este mês (12) descreve as necessidades financeiras para garantir auxílio à cerca de seis milhões de pessoas. O documento inclui o financiamento de atividades para melhorar o acesso à água, alimentos nutritivos e saneamento, assim como artifícios para tornar as comunidades resilientes a desastres naturais.
Mishra disse que o programa do ano passado conseguiu alcançar mais de 6 milhões de pessoas com ajuda humanitária. “No entanto, sem o financiamento adequado, as agências serão forçadas a reduzir seu trabalho, com sérios impactos na vida das pessoas comuns”, enfatizou.
 
Posted: 24 Apr 2018 01:19 PM PDT
Trabalhadores da construção civil atuam em projeto de expansão do Canal do Panamá. Foto: Banco Mundial
Trabalhadores da construção civil atuam em projeto de expansão do Canal do Panamá. Foto: Banco Mundial
Embora uma recuperação moderada da economia mundial tenha levado a um aumento do financiamento para o desenvolvimento em 2017, um novo relatório das Nações Unidas revelou este mês (13) que grande parte dos investimentos ainda é de curto prazo, colocando em risco os compromissos globais para a criação de economias sustentáveis.
“O mundo possui recursos suficientes, mas eles não são alocados nas áreas que apresentam maior necessidade”, disse o secretário-geral da ONU, António Guterres, no prefácio do relatório de 2018, denominado “Financiamento para o Desenvolvimento: Progresso e Perspectivas“.
O documento afirma que a visão de curto prazo, com foco excessivo em projetos que rendem lucros rápidos às custas de interesses de longo prazo, como a melhora da infraestrutura e treinamento profissional, está entre os principais desafios para o financiamento da implementação da Agenda 2030 de Desenvolvimento Sustentável.
O chefe da ONU alertou: “as escolhas que fizermos agora sobre financiamento (ao desenvolvimento) serão fundamentais”.
As perspectivas para cerca de 800 milhões de pessoas entre as mais pobres do mundo continuam pouco otimistas. O relatório anual sobre como subsidiar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) revelou que o sistema atual recompensa investidores, financiadores e gerentes de projetos que priorizam lucros de curto prazo. Isso resulta no arquivamento dos projetos de infraestrutura, excluindo pequenas empresas e mulheres do sistema de financiamento.
“Boas notícias econômicas em algumas regiões mascaram um risco muito real de que os mais pobres estejam sendo deixados para trás”, disse Liu Zhenmin, subsecretário-geral do Departamento de Assuntos Econômicos e Sociais da ONU. “Não há espaço para complacência”, acrescentou.
Segundo o relatório, um crescente interesse em investimentos socialmente responsáveis ​​não substitui uma transformação mais ampla no sistema de financiamento de projetos.
 
Posted: 24 Apr 2018 12:54 PM PDT
Refugiado iemenita ferido, Seif Zeid Abdullah está de muletas no acampamento Markazi, em Djibuti. Foto: ACNUR/Oualid Khelifi
Refugiado iemenita ferido, Seif Zeid Abdullah está de muletas no acampamento Markazi, em Djibuti. Foto: ACNUR/Oualid Khelifi
alto-comissário da ONU Zeid Ra’ad Al Hussein condenou na sexta-feira (20) o aumento da violência e dos ataques contra civis no mundo, em pronunciamento no qual lembrou que este ano é comemorado o 70º aniversário da Declaração Universal dos Direitos Humanos, em 10 de dezembro.
“Hoje, a propagação da violência em diversas regiões, muitas anteriormente estáveis, é alarmante. Ataques contra alvos civis estão se tornando generalizados e quase rotineiros”, declarou Zeid em comunicado.
“Porque a intolerância é uma máquina insaciável. E suas rodas, uma vez que começam a funcionar em certa amplitude, tornam-se incontroláveis ​​— triturando mais profundamente, de forma mais cruel e ampla.”
O chefe de direitos humanos da ONU ressaltou a importância da colaboração entre países para garantir a segurança internacional, destacando o novo cenário de tensão entre nações.
“Há um novo desprezo pela cooperação multilateral, que é a única maneira de enfrentar os desafios e resolver as disputas pacificamente. Há um claro e ameaçador retorno aos instintos tóxicos e profundos que conduzem à violência: intolerância, preconceito e ódio”, afirmou.
Segundo Zeid, ainda há muito a ser feito no exercício da garantia dos direitos humanos. “Em nenhum lugar os direitos foram alcançados de maneira irreversível. Em todos os países, parece que um grupo de pessoas ou aspirantes a líderes minam ou atacam princípios fundamentais com base em pretextos fabricados”.
O alto-comissário também reiterou a importância da Declaração Universal dos Direitos Humanos para a promoção do desenvolvimento. “Para aqueles Estados que adotaram a visão da Declaração, ela trouxe benefícios mensuráveis. Milhões de pessoas ganharam justiça por seus direitos, além de proteção nacional e internacional quando esses direitos são prejudicados”, completou.
 
Posted: 24 Apr 2018 12:43 PM PDT
O venezuelano Raul recebe seu certificado do reitor da Universidade Federal de Roraima, Jefferson Fernandes do Nascimento. Foto: ACNUR/Flávia Faria
O venezuelano Raul recebe seu certificado do reitor da Universidade Federal de Roraima, Jefferson Fernandes do Nascimento. Foto: ACNUR/Flávia Faria
Em Boa Vista, 75 venezuelanos concluíram na semana passada um curso de português oferecido pela Universidade Federal de Roraima (UFRR). O projeto Português para Acolhimento formou sua sétima turma e as vagas para a próxima, que começará as aulas ainda este mês, acabaram poucas horas após a abertura das inscrições. Iniciativa da instituição de ensino faz parte de projeto de cooperação com a Agência da ONU para Refugiados (ACNUR).
De acordo com os dados mais recentes do Comitê Nacional para Refugiados (CONARE), 17.865 venezuelanos solicitaram refúgio no Brasil em 2017. Em 2016, foram 3.375. Estima-se que 40 mil entraram pelo estado de Roraima e estejam morando na capital Boa Vista.
Idealizadora do projeto, a professora do departamento de Relações Internacionais da UFRR, Julia Camargo, ressalta que apesar das semelhanças entre o português e o espanhol, as pessoas em processo migratório frequentemente se sentem inibidas na hora de se comunicar. Ela explica que as aulas não são apenas um espaço para o ensino de português, mas também de acolhimento.
“Aqui todos se ajudam, e eu vejo que isso traz autoconfiança, vontade de vencer e esperança nesse novo começo de vida”, acrescenta.
As aulas acontecem no período noturno. Os professores são alunos da própria universidade, que lecionam de forma voluntária.
Raul, de 22 anos, é solicitante de refúgio e já está no Brasil há dois meses. Um dos formandos do projeto, o venezuelano afirma que “o curso foi uma excelente ferramenta para melhorar minha interação com os brasileiros e aumentar as oportunidades de trabalho”.
Venezuelanas e venezuelanos exibem seus certificados de língua portuguesa após conclusão de curso da Universidade Federal de Roraima, em Boa Vista. Foto: ACNUR/Flavia Faria
Venezuelanas e venezuelanos exibem seus certificados de língua portuguesa após conclusão de curso da Universidade Federal de Roraima, em Boa Vista. Foto: ACNUR/Flavia Faria
Outra concluinte foi Gabriela, de 25 anos, também solicitante de refúgio. Ela vive em Boa Vista há seis meses. “A rede formada entre os colegas é fundamental para superar os desafios de estar em um novo país”, avalia a ex-aluna.
Julia também destaca a importância do envolvimento dos estudantes da UFRR. Para a docente, a oportunidade dos universitários de colocar em prática tudo que aprendem na sala de aula é transformadora. “Os alunos ganham maturidade, uma troca cultural incrível e, ao mesmo tempo, crescem muito enquanto seres humanos”, afirma.
A voluntária Juliana Carvalho, estudante de Relações Internacionais da UFRR, já faz parte do projeto há um ano e, além das aulas de português, oferece assistência jurídica a migrantes e solicitantes de refúgio. Para a jovem, fazer parte do recomeço da vida de tantas pessoas é inspirador.
“Eles nos dizem que se sentem acolhidos quando aprendem português e, para nós, voluntários, isso é muito gratificante.”
O programa Português para Acolhimento integra a Cátedra Sérgio Vieira de Melo (CSVM), implementada pelo ACNUR no Brasil em parceria com diferentes instituições de ensino superior. Além de difundir temas relacionados a refúgio no meio universitário, a iniciativa também visa promover a formação acadêmica e a capacitação de professores e estudantes no assunto. O trabalho direto com os refugiados em projetos comunitários também é uma prioridade.
 
Posted: 24 Apr 2018 12:25 PM PDT
Campo de refugiados no norte de Camarões abriga nigerianos que fugiram da violência do grupo terrorista Boko Haram. Foto: OCHA/Ivo Brandau
Campo de refugiados no norte de Camarões abriga nigerianos que fugiram da violência do grupo terrorista Boko Haram. Foto: OCHA/Ivo Brandau
Refugiados nigerianos e requerentes de asilo que fogem da violência do grupo terrorista Boko Haram continuam a ser deportados de Camarões, informou na sexta-feira (20) a Agência da ONU para Refugiados (ACNUR). O organismo internacional ressaltou a necessidade de conceder proteção internacional aos necessitados.
“Pedimos mais uma vez que as autoridades de Camarões parem de deportar refugiados e garantam proteção daqueles que fogem de perseguições e da instabilidade na Nigéria, em acordo com as obrigações nacionais e internacionais do país”, disse o ACNUR em comunicado.
Desde o início deste ano, 385 refugiados nigerianos e requerentes de asilo foram forçados a deixar Camarões, a maioria no último mês, incluindo 160 pessoas em 10 de abril e outras 118 uma semana depois. No total, foram registrados mais de 87,6 mil refugiados nigerianos em Camarões.
“Esses retornos são uma violação ao princípio que proíbe as deportações forçadas e de não devolução. Eles são um retrocesso significativo no avanço alcançado por Camarões em garantir refúgio aos civis nigerianos que fogem da violência do Boko Haram”, afirmou o ACNUR.
Em nota, a agência da ONU disse reconhecer preocupações legítimas sobre segurança nacional por parte dos países atingidos pela crise provocada pelo grupo terrorista. O organismo internacional reforçou, no entanto, que a proteção dos refugiados e a segurança nacional não podem ser vistos como preceitos incompatíveis.
“O correto funcionamento dos sistemas de triagem, registro e refúgio ajuda a garantir a segurança do país que recebe esses refugiados”, afirmou a agência, reiterando seu apoio ao governo de Camarões para garantir que todos os que buscam proteção internacional tenham acesso a procedimentos apropriados de recepção.
 
Posted: 24 Apr 2018 11:55 AM PDT
Políticas de alimentação escolar no Brasil. Foto: PMA/Vinícius Limongi
Políticas de alimentação escolar no Brasil. Foto: PMA/Vinícius Limongi
Cinco merendeiras de escolas públicas brasileiras que venceram a segunda edição do concurso “Melhores Receitas de Alimentação Escolar” chegaram na segunda-feira (23) à República Dominicana para conhecer a experiência do país em alimentação escolar. A viagem faz parte do prêmio da disputa, concedido durante evento ocorrido em outubro do ano passado.
O concurso foi promovido pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), do Ministério da Educação (MEC), e teve o apoio do projeto de Fortalecimento de Programas de Alimentação Escolar na América Latina e no Caribe, do Programa de Cooperação Internacional Brasil – Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO).
A missão na República Dominicana inclui uma visita a Punta Cana, ao escritório da FAO em Santo Domingo e ao Conselho Nacional do Instituto Nacional de Bem-Estar dos Estudantes (INABIE), uma agência descentralizada ligada ao Ministério da Educação do país (MINERD) e criada para promover serviços de transporte, nutrição escolar e serviços de saúde, apoio estudantil em uniformes e suprimentos, entre outros.
As merendeiras brasileiras também conhecerão a experiência de escolas sustentáveis no município de Monte Plata, uma política intersetorial que promove participação social; educação alimentar e nutricional – hortas escolares pedagógicas; melhoria da infraestrutura escolar; adoção de cardápios adequados e saudáveis de acordo com a cultura local; e compras diretas de alimentos da agricultura familiar local.
Para a coordenadora do projeto, Najla Veloso, a viagem é uma oportunidade para que “essas profissionais possam refletir sobre suas práticas, conhecer outras experiências e ampliar seus conhecimentos sobre a oferta de alimentação escolar”.
Em Monte Plata, as merendeiras e representantes do governo brasileiro e do projeto conhecerão o sistema de vigilância alimentar e nutricional dos estudantes (SISBANE).
O concurso “Melhores Receitas de Alimentação Escolar”, que recebeu mais de 2 mil inscrições em sua primeira etapa, teve como objetivo valorizar o papel das merendeiras que trabalham diariamente na alimentação escolar de milhares de alunos das escolas públicas do Brasil. Em 2016, a primeira edição do concurso levou as vencedoras à cidade de Santiago, no Chile, para conhecer a experiência da alimentação escolar daquele país.

Lista de vencedoras

Representando a Região Norte, a vencedora foi Maria Claudia Ferreira dos Santos, com o prato “Macarronada Paraense”. Ela trabalha na Escola Municipal Jose Alves Cunha, em Belém (PA). Representando o Nordeste, a ganhadora foi Gilda Rosângela Cordeiro de Souza, com o tradicional “Caldo Nordestino”, feito com carne de bode, da Escola Juazeiro, de Tacaratu (PE).
Representando a Região Centro-Oeste, a vencedora foi Débora de Souza Leal Ribeiro, com o prato “Legumes ao Creme de Milho”, da Escola Doutor José Maria Fernandes Leitão, da cidade de Novo Oriente (GO). Representando o Sudeste, a ganhadora foi Luciana Aparecida Pinheiro, com o prato “Arroz Minerim”, da Escola Municipal Interventor Noraldino Lima, de São Sebastião do Paraíso (MG). Representando a Região Sul, a vencedora foi Daniela Fernanda Felizardo, com o prato “Polenteca”, da EMI Feliz da Vida, de Bento Gonçalves (RS).
 
Posted: 24 Apr 2018 11:09 AM PDT
Cuba foi escolhida para o lançamento regional por seus êxitos na eliminação de doenças preveníveis por vacinação e no desenvolvimento de vacinas. Foto: UNICEF/Shehab Uddin
Cuba foi escolhida para o lançamento regional por seus êxitos na eliminação de doenças preveníveis por vacinação e no desenvolvimento de vacinas. Foto: UNICEF/Shehab Uddin
A Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) lançou na segunda-feira (23) em Cuba a Semana de Vacinação das Américas — iniciativa de imunização mais importante do continente. Durante a campanha, organizada pela agência da ONU desde 2003, os países da região vacinarão 70 milhões de pessoas contra mais de uma dezena de doenças.
“A vacinação é uma das ferramentas mais poderosas que a ciência nos deu para prevenir doenças e salvar vidas”, afirmou Carissa F. Etienne, diretora da OPAS, durante o lançamento da Semana no Instituto de Ciências Básicas e Pré-Clínicas Victoria de Girón, em Havana. Ministros e outras autoridades de saúde da América Latina e do Caribe, bem como de outras regiões do mundo, também participaram do evento.
Cuba foi escolhida para o lançamento regional por seus êxitos na eliminação de doenças preveníveis por vacinação e no desenvolvimento de vacinas, disse Etienne. “É um exemplo de compromisso, investimento e ‘paixão’ por saúde”, declarou. A diretora também lembrou que o país obteve conquistas na eliminação da poliomielite, tétano neonatal, difteria, sarampo, rubéola, síndrome da rubéola congênita, coqueluche e caxumba.
O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, também participou do lançamento da iniciativa, que inspirou a OMS a organizar, desde 2012, a Semana Mundial de Imunização. Tedros afirmou que “Cuba não desfruta apenas de cobertura universal de vacinas, mas também produz e exporta esses produtos”, lembrando que a Semana é uma oportunidade “para lembrar o incrível valor das vacinas”.
As vacinas salvam até 3 milhões de vidas a cada ano por doenças como sarampo, coqueluche e diarreia. Segundo a agência da ONU, nunca antes houve um número tão grande de crianças sendo vacinadas em todo o mundo. Mesmo assim, milhões delas não recebem esses instrumentos que salvam vidas. “Não devemos tolerar um mundo em que uma criança morra por uma doença que pode ser facilmente evitada por uma vacina acessível”, disse o diretor-geral da OMS.
O vice-ministro da Saúde Pública de Cuba, José Miranda, disse que no país “a vacinação é totalmente gratuita, universal e integrada ao primeiro nível de atenção”. Ele acrescentou que Cuba alcança “uma cobertura superior a 98% em todas as vacinas, resultando em um alto nível imunológico da população”.
Miranda destacou ainda que “uma média de 4,8 milhões de doses de vacinas contra 13 doenças são administradas anualmente” e que oito das 11 vacinas aplicadas são produzidas no país. Ele lembrou que a primeira campanha contra a pólio em Cuba ocorreu em 1962, quando 2,6 milhões de crianças e adolescentes com menos de 15 anos foram vacinados. Esses e outros esforços levaram o país a se tornar o primeiro na região a eliminar essa enfermidade.

Vacinas para a saúde universal

A imunização é um elemento básico para a saúde universal, o que significa que todas as pessoas, em todos os lugares, devem estar cobertas e ter acesso a cuidados de qualidade, sem enfrentar barreiras e sem ter que passar por dificuldades financeiras. Estima-se que o aumento do acesso às vacinas em países de baixa e média renda até 2030 poderia evitar que 24 milhões de pessoas caíssem na pobreza devido aos gastos com saúde.
A Semana de Vacinação é uma oportunidade para aumentar a cobertura de imunização e garantir que todos tenham acesso a ela. Durante a campanha, milhares de profissionais de saúde das Américas farão um esforço especial para alcançar as populações mais vulneráveis e com pouco acesso aos serviços de saúde.
O continente americano eliminou seis doenças preveníveis por vacinas: varíola, poliomielite, sarampo, rubéola e síndrome da rubéola congênita e tétano neonatal. No entanto, atualmente existem surtos de sarampo, difteria e febre amarela dentro e fora da região. “É responsabilidade de cada país manter uma alta cobertura de vacinação em nível local para prevenir e controlar esses surtos”, disse Etienne.
Onze países informaram que, durante a Semana, reforçarão a imunização contra o sarampo, vacinando 6 milhões de pessoas. Cinco países vacinarão contra a febre amarela.
A 16ª Semana de Vacinação nas Américas será realizada até 28 de abril e tem como lema: “Fortaleça suas defesas. Vacine-se. As vacinas funcionam”. Mais de 720 milhões de pessoas de todas as idades foram vacinadas durante as campanhas realizadas no marco da Semana de Vacinação das Américas.
Outros países que realizaram o lançamento regional da Semana de Vacinação nos últimos anos foram México, Jamaica, Belize-Guatemala, Uruguai e Haiti.

Reconhecimento de sanitarista cubano

Durante a cerimônia, Etienne entregou um reconhecimento da OPAS ao especialista em saúde cubano Miguel Angel Galindo Sardinpa “pelo trabalho de uma vida dedicada à vacinação”. Galindo, de 85 anos, era responsável pelo Programa Nacional de Imunização do país e, sob sua liderança, foi desenvolvida a primeira campanha contra a poliomielite, há 55 anos.
Graduado na carreira médica na Faculdade de Medicina da Universidade de Havana em 1960, Galindo assumiu várias responsabilidades durante a carreira. Foi médico e diretor do Hospital Heíroes de Baire, diretor regional de Saúde Pública da Ilha de Pinos, chefe do departamento de epidemiologia da Regional de Saúde Pública de Guanabacoa e Marianao, chefe do departamento de epidemiologia do Centro Provincial de Higiene e Epidemiologia da capital, da Delegação Médica em Guiné-Bissau e África Ocidental, além do Programa Nacional de Imunização.
Ele também recebeu reconhecimento como Trabalhador de Mérito da Saúde Pública em 1997, Membro Honorário da Sociedade Dominicana de Pediatria em 1991 e, em 1999, Prêmio de Imunização da OPAS.
 
Posted: 24 Apr 2018 09:42 AM PDT
Novos palestrantes estão com presença confirmada no Fórum Pacto Global – 15 anos da Rede Brasil, que ocorre em 16 de maio no auditório do Museu de Arte de São Paulo (MASP). O evento debaterá o panorama dos avanços e perspectivas da sustentabilidade corporativa desde o início das atividades do Pacto Global da ONU no Brasil, em 2003, até o contexto atual dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).
Entre os palestrantes confirmados estão Tim Mohin, presidente-executivo global da organização internacional Global Reporting Iniciative (GRI); Teresa Vernaglia, presidente-executiva da empresa de saneamento básico BRK Ambiental; Nadine Gasman, representante da ONU Mulheres Brasil; e Francisco Mena, representante regional do Escritório do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (ACNUDH).
Denise Hills, presidente da Rede Brasil, participará como mediadora do painel de abertura “15 anos de Rede Brasil do Pacto Global – avanços e desafios para o futuro”, que terá a presença do coordenador-residente do Sistema ONU no Brasil e representante-residente do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) no Brasil, Niky Fabiancic, e do secretário nacional de Articulação Social (SEGIV), Henrique Ferreira.
Na sequência, serão discutidas estratégias de negócios para empresas em consonância com os ODS, por meio das falas do secretário-executivo da Rede Brasil do Pacto Global, Carlo Pereira, do diretor das Redes Locais das Américas do Pacto Global, Javier Cortes, e do presidente-executivo global da GRI, Tim Mohin. Durante o encontro, ainda serão lançadas duas publicações inéditas: “An Analysis of the Goals and Targets”, sobre as estratégias de alinhamento das empresas aos ODS, e “Integração dos ODS no Setor Elétrico Brasileiro”, sobre a implementação dos ODS no modelo de negócios do setor elétrico do país.
O evento ainda busca debater a sustentabilidade no setor privado em suas diversas frentes por meio dos painéis temáticos de água, anticorrupção, direitos humanos e ODS, que contarão com a presença de representantes de setor privado, academia e agências da ONU.
Haverá ainda palestras sobre empoderamento feminino, com a participação da jornalista e colunista do El Pais, Eliane Brum, e da representante da ONU Mulheres, Nadine Gasman, que também abordará a parceria do Pacto Global com a iniciativa WEPs (sigla em inglês para “Princípios de Empoderamento Feminino”). Outra palestra, com o tema “Inovação para a disseminação dos ODS”, contará com Samira Almeida, presidente-executiva da editora de livros digitais StoryMax.
Entre os mediadores dos painéis, estão nomes como Andréia Sadi, jornalista e comentarista da GloboNews, Mathew Shirts, jornalista e ex-diretor da Nation Geographic Brasil, Eliane Trindade, colunista da Folha de S.Paulo, e Maristela Marques Baioni, representante residente assistente do PNUD no Brasil. A atriz e escritora Maria Paula realizará a abertura do evento.
O Fórum Pacto Global – 15 anos da Rede Brasil tem o apoio da empresa química alemã BASF, da Fundação Dom Cabral, da Companhia Paranaense de Energia (COPEL), da empresa italiana de geração e distribuição de energia ENEL, da mineradora Vale, da BRK Ambienal, da EDP Energias do Brasil e da empresa farmacêutica Sanofi.
Clique aqui para se inscrever.
Clique aqui para acessar a programação completa.
 
Posted: 24 Apr 2018 08:16 AM PDT
Clique para exibir o slide.O Departamento de Salvaguarda e Segurança das Nações Unidas (UNDSS) no Brasil realizou em abril em diferentes cidades brasileiras o workshop “Women’s Security Awareness Training – WSAT”, voltado para prevenção, proteção e mitigação dos riscos aos quais as funcionárias da Organização estão expostas.
O curso é decorrente de um novo capítulo do Manual de Política de Segurança da ONU, que contempla considerações específicas de gênero na gestão da segurança, para além do objetivo mais amplo do Sistema Nações Unidas de atingir a paridade de gênero até 2028.
O treinamento teve carga horária intensa de 9 horas com o objetivo de abordar os diferentes tipos de violência de gênero e formas de enfrentá-la.
A intenção também foi fortalecer as habilidades das funcionárias e o conhecimento sobre medidas de segurança para prevenção, proteção e mitigação dos riscos. O treinamento incluiu ainda um módulo sobre as diversas formas de assédio e as possibilidades de proteção.
O curso ocorreu em 6 de abril em Boa Vista (RR), com a participação de oito funcionárias das agências que atuam na região. No Rio de Janeiro, foi realizado na semana passada (18), com a participação de 26 funcionárias do Sistema ONU e convidadas de entidades parceiras. As atividades também ocorrerão este ano em São Paulo e Brasília, com a possibilidade de ocorrer em outras cidades.
 
Posted: 23 Apr 2018 02:48 PM PDT
Michel Sidibé, chefe do UNAIDS, no púlpito da  6ª Conferência de AIDS do Leste Europeu e Ásia Central. Foto: UNAIDS
Michel Sidibé, chefe do UNAIDS, no púlpito da 6ª Conferência de AIDS do Leste Europeu e Ásia Central. Foto: UNAIDS
Um recorde de 3 mil representantes de 60 países participaram da 6ª Conferência de AIDS do Leste Europeu e Ásia Central. Realizado na semana passada, em Moscou, encontro debateu problemas na resposta à epidemia, como a sub-alocação de recursos para iniciativas voltadas para grupos mais vulneráveis. As duas regiões são as únicas em que o número de novas infecções por HIV e mortes relacionadas à AIDS ainda está aumentando.
Segundo o Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS (UNAIDS), apenas 3% do total de gastos com HIV no Leste Europeu e na Ásia Central vão para projetos focados nas chamadas populações-chave – que incluem pessoas que usam drogas injetáveis, migrantes, profissionais do sexo, transexuais, indivíduos privados de liberdade e homens que fazem sexo com homens.
Realizada do dia 18 a 20 de abril, a conferência teve debates separados por quatro áreas: prevenção, ciência e tratamento, sociedade civil e cooperação internacional. De acordo com o programa da ONU, um dos organizadores do evento em parceria com o governo russo, houve avanços recentes, mesmo com os persistentes desafios regionais.
Na Armênia e em Belarus, onde a OMS verificou a eliminação da transmissão do HIV de mãe para filho.
A maioria dos países do Leste Europeu e Ásia Central adotou a abordagem de teste e tratamento e o custo médio da terapia antirretroviral de primeira linha caiu de quase 2 mil dólares por pessoa por ano para menos de 200 dólares.
“Estamos constantemente monitorando o desenvolvimento do novo tratamento, porque é importante não apenas comprar remédios – falamos muito sobre a redução de seu custo, a disponibilidade deste medicamento em nosso país e no exterior –, mas é muito importante formar uma cultura de adesão à terapia antirretroviral, que não é tão simples”, afirmou durante a conferência a vice-primeira-ministra da Rússia, Olga Golodets.
O primeiro-ministro Dmitry Medvedev acrescentou que “o financiamento de programas especializados cresce a cada ano e uma assistência significativa é fornecida aos estados do Leste Europeu e da Ásia Central para combater essa doença (a AIDS).”
Também presente, o diretor-executivo do UNAIDS, Michel Sidibé, afirmou que “a Rússia tem tudo de que precisa para acabar com a AIDS e ajudar outros países na região”.
“Espero que, quando nos reunirmos novamente para a Conferência de AIDS da Europa Oriental e Ásia Central em 2020, a Rússia tenha atingido 90-90-90”, completou o dirigente, em alusão aos objetivos da ONU para os próximos três anos.
As metas 90-90-90 são um conjunto de compromissos dos países-membros para garantir que, até 2020, 90% das pessoas vivendo com HIV estarão cientes de seu estado sorológico positivo, 90% dos indivíduos com o vírus estarão sob tratamento e 90% das pessoas em tratamento estarão com a carga viral indetectável.
 
Posted: 23 Apr 2018 02:10 PM PDT
Maria do Carmo Vieira Araujo, 50, Ednalva Maria de Jesus, 31, e Dilma Jesus Panteleon, 40, descascam raízes de mandioca na Cooperativa na Aldeia Marcação Kiriri, perto de Ribeira do Pombal, no Estado da Bahia (12 de abril de 2016). O projeto permitiu mulheres a trabalhar, socializar, processar e vender os seus produtos de modo a sustentar a sua comunidade. O Projeto de Desenvolvimento Rural Sustentável da Região Semiárida da Bahia (Projeto Pró-semiárido), cofinanciado pelo FIDA, tem trabalhado com o povo Kiriri para permitir que eles utilizem seu conhecimento tradicional e tradições como fundamento para construir seu sustento. Foto: IFAD/Lianne Milton/Panos
Maria do Carmo Vieira Araujo, 50, Ednalva Maria de Jesus, 31, e Dilma Jesus Panteleon, 40, descascam raízes de mandioca na Cooperativa na Aldeia Marcação Kiriri, perto de Ribeira do Pombal, no Estado da Bahia (12 de abril de 2016). O projeto permitiu mulheres a trabalhar, socializar, processar e vender os seus produtos de modo a sustentar a sua comunidade. O Projeto de Desenvolvimento Rural Sustentável da Região Semiárida da Bahia (Projeto Pró-semiárido), cofinanciado pelo FIDA, tem trabalhado com o povo Kiriri para permitir que eles utilizem seu conhecimento tradicional e tradições como fundamento para construir seu sustento. Foto: IFAD/Lianne Milton/Panos
O Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (FIDA) visitou a Bahia na semana passada para avaliar as atividades do Pró-Semiárido, iniciativa que visa combater a miséria em comunidades agrícolas. Agência da ONU reafirmou seu apoio às atividades de estímulo ao crescimento no meio rural.
“A avaliação foi positiva, no que diz respeito à perspectiva de execução para 2018 e à aceleração dos trabalhos em campo”, afirmou o oficial de Programas do FIDA, Hardi Vieira, durante reuniões com gestores. Encontros tiveram início na segunda-feira (16) e se encerraram na última sexta (20).
Atualmente, o projeto entre o estado e o organismo internacional é implementado nos 32 municípios com os mais altos índices de pobreza do semiárido. O programa capacita agricultores familiares e promove melhorias nos processos produtivos, além de estimular a participação igualitária das mulheres nos negócios.
“A Bahia é nossa tradicional parceira e o único estado com escritório da agência de financiamento no Brasil, que agora ganha uma ampliação, com o escritório de cooperação Sul-Sul e ampliação das parcerias, em Brasília”, acrescentou Vieira.
O representante do fundo da ONU disse ainda que a instituição seguirá apoiando esforços para garantir o abastecimento de água em todo o estado.
“A obra de ampliação do armazenamento de água, no Distrito Irrigado de Ponto Novo, com o fusegate, está concluída e é um exemplo de que continuaremos atuando juntos para que a situação do fornecimento de água na região seja normalizada.”
Para o secretário estadual de Desenvolvimento Rural, Jerônimo Rodrigues, a visita do FIDA permitiu colocar “um olhar mais macro sobre as questões que envolvem a agricultura e o desenvolvimento rural como um todo”.
“Pensamos desde aquela família que precisa de uma cisterna para consumo humano de água até as redes de comercialização das cadeias produtivas”, disse.
Ao longo da semana, o FIDA participou de capacitações em procedimentos de aquisições com técnicos de organismos gestores do Pró-Semiárido. A equipe da agência da ONU também se reuniu com os chefes dos escritórios locais do projeto de Senhor do Bonfim, JuazeirO

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