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sexta-feira, 25 de maio de 2018

Boletim diário da ONU Brasil: “Europa deve fazer sua voz ser ‘mais ouvida’ em nosso ‘perigoso’ mundo, diz chefe da ONU” e 16 outros. Entrada x ONU Brasil Cancelar inscrição 18:36 (Há 18 horas)

Boletim diário da ONU Brasil: “Europa deve fazer sua voz ser ‘mais ouvida’ em nosso ‘perigoso’ mundo, diz chefe da ONU” e 16 outros.

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Posted: 24 May 2018 02:08 PM PDT
Secretário-geral da ONU, António Guterres (à esquerda), e Jean-Claude Juncker, presidente da Comissão Europeia, dão declarações a repórteres em uma coletiva de imprensa em Bruxelas. Foto: Comissão Europeia
Secretário-geral da ONU, António Guterres (à esquerda), e Jean-Claude Juncker, presidente da Comissão Europeia, dão declarações a repórteres em uma coletiva de imprensa em Bruxelas. Foto: Comissão Europeia
Em um mundo cada vez mais perigoso, a União Europeia (UE) precisa fazer sua voz ser “mais ouvida” como um “pilar central” para o multilateralismo, afirmou o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, em visita a Bruxelas neste mês (16).
Discursando no coração da UE, o chefe da ONU declarou a repórteres que as mudanças climáticas, a multiplicação de conflitos e o regime global de não proliferação são ameaças não apenas às instituições multilaterais, como também ao sistema de direito internacional.
“Vivemos em um mundo perigoso. Pela primeira vez em muitas décadas, o regime de não proliferação, tanto de armas nucleares quanto de armas químicas, foi posto em questão”, afirmou Guterres em uma coletiva de imprensa com o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker.
Ele destacou que a ‘guerra fria’ está de volta, porém sem os mecanismos de diálogo que existiam nas relações entre o ‘Ocidente’ e a União Soviética para garantir que “as coisas não saíssem de controle”.
“Temos uma multiplicação de conflitos em todos os lugares, cada vez mais ligados uns com os outros, e relacionados a uma ameaça global de terrorismo que pode atingir qualquer lugar do mundo”, continuou.
O chefe da ONU citou as mudanças climáticas como mais um desafio, afirmando que, embora a globalização tenha trazido grandes benefícios, o processo também aumentou “dramaticamente” a desigualdade, além de trazer impactos à segurança em todo o mundo.
“Nesse mundo perigoso, é absolutamente essencial preservar duas coisas: instituições de governança multilateral e a soberania da lei nas relações internacionais”, enfatizou Guterres.
Reforçando o papel crucial da Europa nesse processo, o secretário-geral fez um apelo à União Europeia para “ser cada vez mais unida, efetiva e presente, para que sua voz seja mais ouvida nas relações internacionais como um pilar central para o multilateralismo no mundo de hoje”.
O secretário-geral concluiu declarando que a ONU apoia os esforços da EU para “resgatar” o acordo nuclear com o Irã, conhecido como Plano de Ação Conjunto Global, do qual os Estados Unidos se retiraram, além de outros esforços “de maneira a criar condições para um mundo onde a paz, segurança, desenvolvimento sustentável e ação contra a mudança global do clima sejam as atividades principais e de cooperação comum”.
 
Posted: 24 May 2018 01:17 PM PDT
Zona segura para refúgio em Um Baru, no norte de Darfur. Foto: UNAMID\Hamid Abdulsalam
Zona segura para refúgio em Um Baru, no norte de Darfur. Foto: UNAMID\Hamid Abdulsalam
O chefe do Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA), Mark Lowcock, pediu à comunidade internacional neste mês de maio (14) para intensificar a ajuda humanitária vital para 7,1 milhões de sudaneses vulneráveis e investir mais no desenvolvimento socioeconômico do país.
“Milhões de pessoas enfrentam necessidades humanitárias sérias e crescentes”, disse Mark Lowcock, chefe humanitário da ONU, no final de uma visita de três dias ao Sudão, enfatizando a importância do acesso humanitário livre e contínuo.
“Muitos sofreram nos últimos 15 anos, mas não podemos deixá-los voltar para uma situação em que sejam completamente dependentes da assistência humanitária”, acrescentou o representante da ONU, ressaltando a necessidade de ampliar a ajuda ao desenvolvimento de longo prazo com o objetivo de ajudar o país a ser mais resiliente.
Durante sua missão, o subsecretário-geral da ONU para Assuntos Humanitários reuniu-se com funcionários do governo, saudando seus esforços para melhorar o acesso humanitário a áreas remotas, incluindo aquelas controladas por grupos armados não estatais.
O chefe humanitário da ONU, Mark Lowcock, visita o Kordofan do Sul durante sua missão de três dias ao Sudão. Foto: ONU/OCHA
O chefe humanitário da ONU, Mark Lowcock, visita o Kordofan do Sul durante sua missão de três dias ao Sudão. Foto: ONU/OCHA
Lowcock também falou com parceiros humanitários e visitou assentamentos para os deslocados internos em Murta e Kulba, em Kordofan do Sul.
Embora os cessar-fogos unilaterais tenham melhorado a segurança em Darfur, Kordofan do Sul e Nilo Azul, os recentes confrontos entre grupos armados na região de Jebel Marra, em Darfur, provocaram uma onda de deslocamentos internos, disse o chefe do organismo internacional.
“É fundamental fortalecer os mecanismos de proteção social para os mais frágeis, incluindo retornados, deslocados internos e comunidades de acolhimento”, disse ele, destacando sua preocupação particular com a proteção de mulheres e crianças vulneráveis à violência sexual.
Lowcock elogiou o governo sudanês e as pessoas que abrigam cerca de 1,2 milhão de refugiados este ano, incluindo mais de 770 mil do Sudão do Sul, país devastado pela guerra. Os aumentos de preços significam que muitos não podem comprar alimentos, enquanto a recente escassez de combustível afetou a capacidade dos comboios de ajuda para alcançar muitos dos mais necessitados.
Ele pediu à comunidade internacional que forneça mais apoio ao Plano de Resposta Humanitária coordenado pela ONU em 2018, que está pedindo 1,4 bilhão de dólares. Até agora, neste ano, os doadores forneceram cerca de 229 milhões de dólares.

Após 15 anos de conflito, comunidade internacional parece ter esquecido uma das maiores crises humanitárias do mundo

O conflito armado no país tem provocado o deslocamento de milhões de pessoas desde 2003. Cinco milhões e meio de pessoas ainda precisam de ajuda humanitária, aos que agora se somam mais de 700 mil refugiados do Sudão do Sul.
Imerso numa profunda crise humanitária desde 2003, o Sudão conta com mais de 5 milhões de pessoas que precisam de ajuda humanitária, das quais 3,1 milhões vêm da província de Darfur, e milhões de deslocados por causa dos conflitos violentos.
No ano passado, apesar dos conflitos esporádicos, o país recebeu milhares de deslocados do vizinho Sudão do Sul e o número já alcançou os 770 mil refugiados.
Marta Ruedas, chefe humanitária da ONU no Sudão, em visita ao assentamento de Tawilla para deslocados internos. Foto: ONU/OCHA
Marta Ruedas, chefe humanitária da ONU no Sudão, em visita ao assentamento de Tawilla para deslocados internos. Foto: ONU/OCHA
“Caso fosse uma crise recente, suas dimensões, sua escala e suas necessidades a tornariam uma das maiores crises mundiais – mas, apesar disso, o Sudão está em risco de sair do radar dos doadores internacionais”, disse Marta Ruedas, chefe humanitária das Nações Unidas no Sudão.
“Apesar da gravidade, ninguém percebeu isso porque é um conflito que vem se arrastando há muito tempo. A necessidade ainda existe, mas a resposta não é mais a mesma e nós precisamos que as pessoas respondam como a necessidade exige”, continuou Ruedas.
Segundo o escritório da ONU no país, os recentes refugiados têm chegado em condições preocupantes e muitos morreram tentando chegar até a fronteira. Segundo Ruedas, o apoio recebido não tem sido suficiente.
A ONU e seus parceiros humanitários têm solicitado um apoio de 3 bilhões de dólares para fornecer assistência aos refugiados e deslocados do Sudão do Sul. Desse valor, 1,5 bilhão estaria destinado ao auxílio para as comunidades e agências locais que têm dado apoio aos refugiados sul-sudaneses nos países vizinhos, incluindo 327 milhões para o Sudão.
A prioridade atual é o auxílio para a compra de alimento e água, além de investimento nos serviços de saúde.
A grande maioria da população mais necessitada é de deslocados sudaneses que precisam de assistência para obter apoio alimentar e de subsistência, educação, água, saneamento e serviços de saúde.
O governo diz que aproximadamente 400 mil pessoas, incluindo deslocados internos e refugiados, têm retornado às suas casas, mas que a maioria continua relatando que as condições não são suficientes para um retorno seguro e com acesso a serviços básicos. Muitos deles preferem se integrar às comunidades onde moram atualmente.
“Muitos deles estão nos acampamentos há 10, 15 anos, e nós os chamamos de deslocados, mas na verdade são pessoas que moram há quase duas décadas no mesmo local”, disse Ruedas.
Segundo a coordenadora residente e humanitária da região, deveria ser possível integrá-los à comunidade onde eles moram atualmente – considerados, na prática, subúrbios das comunidades – ou, caso eles desejarem e puderem retornar aos seus locais de origem, “deveríamos ser capazes de permitir que assim o façam, que se estabeleçam lá e não façam mais parte do número de deslocados internos”.
O apelo para a ajuda humanitária para 2017 no país alcançou apenas 46% de financiamento e foi a primeira vez que, do total da ajuda solicitada, foi arrecadada menos da metade desde que começou a crise de Darfur, em 2003.
“O Sudão tem feito parte dos registros de doação humanitária durante tanto tempo que tem causado um esgotamento entre os doadores. Mas só porque o conflito permanece após tantos anos, não quer dizer que a necessidade seja menor”, concluiu Ruedas.
 
Posted: 24 May 2018 12:48 PM PDT
A ONU está recebendo contribuições de organizações da sociedade civil, defensores dos direitos humanos e todas as partes interessadas sobre a situação dos defensores de direitos humanos, com o objetivo de identificar os principais desafios enfrentados por eles, bem como avanços importantes.
As informações serão incluídas no relatório global do relator especial sobre o tema para a Assembleia Geral das Nações Unidas.
Interessados(as) devem responder ao questionário e encaminhar suas respostas até o dia 13 de junho de 2018. Acesse as informações completas através do link: http://bit.ly/2LuL5L0.
 
Posted: 24 May 2018 12:46 PM PDT
Rede de distribuição de energia elétrica. Foto: EBC
Rede de distribuição de energia elétrica. Foto: EBC
No Dia Mundial da Energia, celebrado em 29 de maio, FURNAS receberá em sua sede, no Rio de Janeiro, um evento gratuito e aberto ao público sobre geração de energia e desenvolvimento sustentável. Atividades serão realizadas em conjunto com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), que lança o Glossário do Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) nº 7 — Energia Limpa e Acessível. Publicação foi patrocinada por Furnas.
Na ocasião, estarão presentes porta-vozes do setor, como o superintendente de Estudos Econômicos e Energéticos da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Jefferson Borghetti Soares, o diretor de país do PNUD, Didier Trebucq, e o assessor sênior do PNUD Brasil, Haroldo Machado Filho.
Serão discutidos temas como os desafios de implementação do Acordo de Paris para o cumprimento das metas da Agenda 2030, o setor de energia no mundo e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).
Durante o Dia Mundial da Energia, FURNAS colocará à disposição do público, no pátio da empresa, a unidade móvel do projeto Educar Para Preservar. Criado em parceria com o Instituto EFORT, a carreta baú com 15 metros de comprimento é equipada com tecnologia de ponta para promover diferentes possibilidades de aprendizado e consciência sobre o consumo de energia. O espaço conta com material audiovisual, maquetes, jogos, experimentos interativos, filmes em 3D e realidade aumentada.
O evento acontece no Espaço Furnas Cultural a partir das 8h30 e as inscrições podem ser realizadas por meio do link http://bit.ly/2KKZT7h.
Serviço
“Diálogos sobre Geração de Energia para o Cumprimento da Contribuição Nacionalmente Determinada do Brasil para o Alcance do Acordo de Paris e dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável”
Data: 29 de maio de 2018
Local: Espaço Furnas Cultural (capacidade: 192 pessoas)
Endereço: Rua Real Grandeza, 219 – Botafogo; Entrada gratuita
Duração: 8h30 às 12h30
Realização: Furnas e PNUD
Apoio Institucional: Pacto Global, Centro Rio+ e Ministério do Meio Ambiente
 
Posted: 24 May 2018 12:27 PM PDT
Cynthia Weber participou de evento no UNAIDS para lembrar Dia Internacional contra a LGBTIfobia. Foto: UNAIDS
Cynthia Weber participou de evento no UNAIDS para lembrar Dia Internacional contra a LGBTIfobia. Foto: UNAIDS
Na Inglaterra, o casamento do Príncipe Harry e de Meghan Markle fez história — por vários motivos. Pela primeira vez no telejornalismo, uma emissora de notícias, a Sky News, usou inteligência artificial (IA) para identificar ao vivo os convidados do matrimônio real. Mas para Cynthia Weber, professora de Relações Internacionais e Estudos de Gênero na Universidade de Sussex, a utilização do software de reconhecimento facial, embora tenha funcionado como um truque elegante, causa preocupação.
“Há quem afirme que essa tecnologia pode identificar a orientação sexual de uma pessoa”, disse a pesquisadora durante evento na véspera do Dia Internacional contra a Homofobia, Transfobia e Bifobia (17), em Genebra, na sede do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS (UNAIDS).
Cynthia se referia a um estudo da Universidade de Stanford que analisou mais de 35 mil imagens de pessoas brancas sem deficiências físicas, de 18 a 40 anos. As fotos eram de usuários de um site norte-americano de relacionamentos. Os cientistas compararam as orientações sexuais fornecidas por sistemas de inteligência artificial com as informações encontradas nos perfis pessoais. A pesquisa concluiu que o dispositivo de reconhecimento facial pode determinar a orientação sexual de alguém com uma precisão até 30% mais alta do que os humanos.
A especialista lembrou que organizações dos direitos LGBTI rotularam a análise como pseudocientífica ou “ciência sucateada” — o estudo usou uma amostragem enviesada em termos de raça e idade e equiparou orientação sexual com atividade sexual.
“O resultado é que o algoritmo de inteligência artificial do estudo só encontra o que foi programado para encontrar: estereótipos sobre heterossexuais, gays e lésbicas,” explicou Cynthia. Ela acredita que conhecimentos sobre inteligência artificial podem gerar oportunidades em muitos campos, mas vê muito mais riscos e perigos do que vantagens para a população LGBTI.
Quando a IA é combinada à tecnologia de reconhecimento facial e a um algoritmo de orientação sexual, pelo menos quatro questões surgem. Primeiro, a privacidade. Em legislações domésticas e no direito internacional, o rosto de uma pessoa não é protegido por leis de privacidade. Isso permite que as faces sejam escaneadas e lidas por todos, desde governos até a Sky News.
Em segundo lugar, precisão. “Em um mundo além do casamento real, a tecnologia de inteligência artificial e reconhecimento facial está longe de ser perfeita, mesmo quando tenta apenas combinar nomes com rostos. E muito menos quando tenta combinar orientações sexuais presumidas com rostos,” explicou Cynthia.
Para a pesquisadora, a preocupação principal é o conhecimento. Como um algoritmo pode saber mais sobre a sexualidade de alguém do que a própria pessoa? Cynthia considera que a abordagem binária de códigos e dados legíveis por computadores não é compatível com o vasto espectro do gênero e da sexualidade.
Os propósitos a que servem as informações de IA também suscitam inquietações. “Deixe a Sky News usá-la para comentários sobre casamentos, mas e se a polícia as utilizar em países onde a homossexualidade é criminalizada?”, questionou Cynthia.
A escritora entende que a IA influencia a imaginação e impulsiona a inovação, mas acredita que a categorização de pessoas geralmente provoca mais danos que benefícios. “As pessoas precisam se certificar de que a inteligência artificial seja orientada pela ética e não, apenas pela tecnologia”, concluiu.
O evento no escritório da agência da ONU foi organizado com a Associação Suíça LGBTI Pride@Work e a UN Globe, uma organização LGBTI das próprias Nações Unidas.
 
Posted: 24 May 2018 12:26 PM PDT
O presidente das Filipinas, Rodrigo Duterte. Foto: Presidential Communications Operations Office/Wikimedia Commons
O presidente das Filipinas, Rodrigo Duterte. Foto: Presidential Communications Operations Office/Wikimedia Commons
O governo das Filipinas tem que retirar líderes e defensores de povos indígenas e dos direitos humanos de uma lista de mais de 600 pessoas supostamente ligadas a “organizações terroristas”, pediu neste mês o Comitê sobre Eliminação da Discriminação Racial das Nações Unidas.
decisão foi comunicada no final da 95ª sessão do Comitê sobre a Eliminação da Discriminação Racial, realizada em Genebra entre 23 de abril e 11 de maio.
O Comitê, que monitora a implementação da convenção antirracismo da ONU – que o governo das Filipinas ratificou em 1967 – abordou a terrível situação enfrentada pelos defensores dos povos indígenas e dos direitos humanos envolvidos na luta contra a discriminação racial no país.
Atuando sob o seu mecanismo preventivo – o Aviso Prévio e os Procedimentos de Ação Urgente, que visam evitar que determinadas situações se transformem em conflitos e limitar a escala de graves violações da Convenção –, o Comitê se mostrou extremamente preocupado com a inclusão de titulares e ex-titulares do mandato da ONU nessa lista.
“A lista pretende intimidar as pessoas que lutam por seus direitos e os povos indígenas que defendem suas terras. Faz parte de uma campanha mais ampla do Estado Parte estreitar o espaço democrático e visar vários grupos de pessoas”, acrescentaram os membros do Comitê.
Em sua decisão, o Comitê solicita às Filipinas que adotem medidas efetivas para proteger os defensores dos povos indígenas e dos direitos humanos, e promover um ambiente propício para que possam realizar seu trabalho sem medo.
Além disso, o órgão solicitou às autoridades filipinas que forneçam informações relativas a este assunto e sobre as medidas adotadas até 16 de julho de 2018.
 
Posted: 24 May 2018 11:59 AM PDT
Clique para exibir o slide.No ocasião do Dia Mundial das Abelhas, a ONU Brasil promoveu evento em Brasília (DF) para lembrar a importância desses insetos e de outros polinizadores para a produção de alimentos no mundo. A data, observada no último domingo (20), aborda a necessidade econômica e ambiental de protegê-las.
Segundo a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), 75% da alimentação humana depende, direta ou indiretamente, de plantas polinizadas ou beneficiadas pela polinização. Das 100 espécies de culturas que fornecem 90% dos alimentos do mundo, mais de 70 são polinizadas por abelhas, de acordo com a ONU Meio Ambiente.
“Por essa razão, as abelhas são consideradas ‘ajudantes invisíveis’ de agricultores em todo o mundo”, disse durante o evento o coordenador-residente do Sistema Nações Unidas no Brasil e representante-residente do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), Niky Fabiancic.
De acordo com o representante da FAO no Brasil, Alan Bojanic, as abelhas mantêm o equilíbrio em nossos ecossistemas, e sua presença ou ausência podem indicar o estado do meio ambiente e alertar sobre possíveis ameaças ou mudanças do clima.
“No entanto, populações de abelhas e outros polinizadores diminuíram significativamente, e algumas abelhas e borboletas estão ameaçadas. Algumas das razões são pragas, o uso de pesticidas e práticas agrícolas insustentáveis, poluição e perda de habitat, danos que podem ser atribuídos em grande parte à atividade humana”, declarou.
Ele citou pesquisa feita pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP), segundo a qual as abelhas correm o risco de desaparecer das cidades brasileiras até 2047. O levantamento indicou que, das 25 mil espécies de abelhas existentes no mundo, cerca de 3 mil vivem nos municípios brasileiros. Noventa por cento desses municípios devem sofrer com a extinção desses insetos nos próximos 30 anos, trazendo prejuízos para todos os seres vivos.
“No entanto, há muito que podemos fazer para proteger as abelhas e outros polinizadores. Manter seus habitats, comprometer-se com práticas agrícolas mais sustentáveis, levando em conta os conhecimentos indígenas e tradicionais, evitando o uso de pesticidas, são ações fundamentais para salvaguardar essas espécies.”
Segundo Bojanic, cada um de nós pode, em nossas decisões de consumo, escolher produtos orgânicos sempre que possível e ajudar a aumentar a conscientização sobre a importância das abelhas para nossos ecossistemas. “Essas ações não apenas garantirão o futuro desses laboriosos insetos, mas também ajudarão a proteger o meio ambiente e a humanidade”, concluiu.
 
Posted: 24 May 2018 11:24 AM PDT
A detecção e o tratamento precoce do câncer de colo do útero podem aumentar drasticamente a chance de sobrevivência de uma mulher. Foto: UNAIDS
A detecção e o tratamento precoce do câncer de colo do útero podem aumentar drasticamente a chance de sobrevivência de uma mulher. Foto: UNAIDS
Estudos mostram que as mulheres vivendo com HIV têm entre quatro e cinco vezes mais chances de desenvolver câncer invasivo de colo do útero. No entanto, a doença pode ser evitada por meio da exames e do tratamento precoce de lesões pré-cancerosas.
A detecção e o tratamento precoce do câncer de colo do útero podem aumentar drasticamente a chance de sobrevivência de uma mulher — as mulheres com lesões pré-invasivas têm uma taxa de sobrevida de cinco anos de quase 100%.
Uma nova parceria de 30 milhões de dólares com o objetivo de ajudar a acabar com o câncer de colo do útero, liderada por Plano de Emergência do Presidente dos Estados Unidos para Alívio da AIDS (PEPFAR), Instituto George W. Bush e Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS (UNAIDS) vai acelerar os esforços capazes de salvar vidas em oito países africanos.
Devido à alta prevalência do HIV na África Subsaariana, e porque as mulheres da região não são examinadas ou tratadas tão cedo ou com a mesma frequência que as mulheres em outras partes do mundo, o câncer de colo do útero continua sendo o tipo de câncer mais fatal em mulheres na região.
Para abordar o risco desproporcional entre mulheres vivendo com HIV e a necessidade de aumentar as taxas de triagem e tratamento na África Subsaariana, o PEPFAR, o Instituto George W. Bush e o UNAIDS anunciaram recentemente a Parceria para Acabar com a AIDS e o Câncer de Colo do Útero.
A iniciativa foi concebida para eliminar de maneira eficaz a doença entre as mulheres que vivem com HIV na África Subsaariana dentro do espaço de tempo de uma geração. “Quando confrontamos o sofrimento — quando salvamos vidas —, oferecemos um respiro de esperança a populações devastadas, fortalecemos e estabilizamos a sociedade e tornamos nosso país e o mundo mais seguros”, disse o ex-presidente dos Estados Unidos George W. Bush.
“Nesta semana, estamos anunciando a próxima fase de nossa parceria com o Plano de Emergência do Presidente dos EUA para Alívio da AIDS e com o UNAIDS: um plano para eliminar efetivamente o câncer de colo do útero entre mulheres vivendo com HIV dentro do espaço de tempo de uma geração.”
A parceria focará seu trabalho em oito países da África Subsaariana onde a prevalência do HIV e do câncer de colo do útero são altos — Botsuana, Lesoto, Malaui, Moçambique, Namíbia, Suazilândia, Zâmbia e Zimbábue. Há cerca de 6 milhões de mulheres vivendo com HIV nesses oito países. Mais de 100 mil mulheres são diagnosticadas anualmente com câncer de colo do útero na África Subsariana.
“A parceria nos permitirá examinar e tratar lesões pré-cancerosas entre as mulheres que vivem com HIV como nunca antes”, disse o diretor-executivo do UNAIDS, Michel Sidibé. “A nova estratégia da parceria, que inclui o rastreamento do câncer de colo do útero a cada dois anos entre mulheres vivendo com HIV com mais de 30 anos, visa reduzir a incidência do câncer de colo do útero em 95% nesta população em oito países da África Subsaariana”.
A parceria engajará os governos de cada um dos países para garantir que as mulheres e meninas vivendo com HIV sejam uma prioridade dos programas nacionais de prevenção e controle do câncer de colo do útero. Além disso, também irá impulsionar o poder de advocacy das primeiras-damas, ministros, sociedade civil, líderes globais de saúde e financiadores para melhorar os esforços de implementação e acelerar o progresso rumo ao objetivo de acabar com o câncer de colo do útero.
“Graças à generosidade do povo americano, o Plano de Emergência do Presidente dos EUA para Alívio da AIDS salvou a vida de milhões de mulheres vivendo com HIV em todo o mundo”, disse a coordenadora global de AIDS dos Estados Unidos e representante especial para diplomacia da Saúde Global, Deborah Birx. “Devemos garantir que essas mulheres — mães, filhas, tias e avós — que estão vivendo com HIV e prosperando, não sucumbam ao câncer de colo do útero”.
A nova parceria é baseada nos esforços bem-sucedidos da iniciativa Pink Ribbon Red Ribbon. Desde a sua criação em 2011, a Pink Ribbon Red Ribbon e seus parceiros examinaram mais de meio milhão de mulheres para o câncer de colo do útero em Botsuana, Etiópia, Tanzânia e Zâmbia, trataram quase 32 mil mulheres com lesões pré-cancerosas e vacinaram quase 150 mil meninas de 9 a 13 anos contra o papilomavírus humano (HPV) tipo 2.
 
Posted: 24 May 2018 11:23 AM PDT
Secretário-geral da ONU, António Guterres, fala ao Conselho de Segurança. Foto: ONU/Loey Felipe
Secretário-geral da ONU, António Guterres, fala ao Conselho de Segurança. Foto: ONU/Loey Felipe
O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, afirmou nesta quinta-feira (24) estar “profundamente preocupado” com o cancelamento da reunião entre os líderes dos Estados Unidos e da Coreia do Norte.
Falando em Genebra, quando o secretário-geral falou sobre a nova Agenda para o Desarmamento, Guterres pediu que as duas partes “continuem seu diálogo para encontrar um caminho para a desnuclearização pacífica e verificável da Península Coreana”.
A decisão de cancelar a cúpula, que deveria ocorrer em Cingapura em 12 de junho, veio na forma de uma carta da Casa Branca – embora ambos os lados tenham duvidado nos últimos dias de que as negociações poderiam progredir no próximo mês, segundo relatos da imprensa.
O presidente dos EUA, Donald Trump, discutiria a desnuclearização da península com o líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un. Este teria sido o primeiro encontro pessoal entre os líderes dos dois países.
O anúncio dos EUA veio apenas algumas horas após um anúncio da Coreia do Norte, que havia desmantelado e fechado seu local de testes nucleares em Punggye-ri.
De acordo com relatos da mídia, três túneis no local foram supostamente destruídos em explosões realizadas na quinta-feira (24) de manhã e à tarde, horário local.
O fechamento, no entanto, não foi verificado por especialistas internacionais.
Um porta-voz do secretário-geral da ONU disse que é “lamentável que especialistas internacionais não tenham sido convidados” para o fechamento do local. A declaração acrescentou que Guterres espera que o fechamento contribua para os esforços em prol da paz sustentável na região.
A Península Coreana continua sendo um dos mais longos conflitos não resolvidos do mundo, que começou em junho de 1950. Um armistício promoveu um cessar-fogo em 1953, mas a guerra nunca terminou oficialmente.
Os líderes das duas Coreias realizaram uma reunião histórica na fronteira seus dois países, no final de abril.
 
Posted: 24 May 2018 11:02 AM PDT
A Coalizão Global sobre Prevenção do HIV lançou seu primeiro relatório de progresso. Foto: UNAIDS
A Coalizão Global sobre Prevenção do HIV lançou seu primeiro relatório de progresso. Foto: UNAIDS
A Coalizão Global sobre Prevenção do HIV lançou na terça-feira (22) em Genebra, na Suíça, seu primeiro relatório de progresso, com um balanço dos avanços alcançados no fortalecimento do compromisso político em torno do tema seis meses depois do lançamento da iniciativa.
Foram implementadas coalizões nacionais de prevenção para acelerar e coordenar melhor as respostas, estabelecidas novas metas ambiciosas de programas de prevenção em muitos países e lançadas estratégias focadas na prevenção do HIV.
“Há muitos exemplos promissores de países em toda a coalizão com os quais podemos aprender”, disse a ministra da Saúde do Quênia, Sicily Kariuki.
Bons exemplos de iniciativas incluem a intensa distribuição de preservativos em alguns países da África Austral; alta cobertura de circuncisão masculina médica voluntária em vários países da África Oriental; programas para populações-chave, inclusive na Índia e na Ucrânia; e a profilaxia pré-exposição, amplamente introduzida no Brasil e no México, assim como aconteceu na África do Sul e no Quênia.
No entanto, o relatório também mostra que muito ainda precisa ser feito. Políticas sobre idade de consentimento ainda representam grandes barreiras para que os adolescentes tenham acesso aos serviços. Leis punitivas e práticas coercitivas dificultam o acesso de populações-chave aos serviços de saúde.
“Todos os dias, há 1 mil novas infecções por HIV entre mulheres jovens e adolescentes. As lacunas dos programas de prevenção continuam enormes”, disse o diretor-executivo do UNAIDS, Michel Sidibé.
Para que os esforços de prevenção sejam sustentáveis, a sociedade civil deve ser engajada significativamente em todas as coalizões nacionais de prevenção e seus conhecimentos devem ser utilizados. A prevenção do HIV também precisa ser financiada adequadamente.
“Quando formamos a coalizão, identificamos quatro motivos principais que nos impediam de avançar: lacunas na liderança política, barreiras políticas para uma prevenção eficaz, lacunas no financiamento de prevenção e falta de implementação sistemática do programa em escala. Com a adoção do Roteiro de Prevenção do HIV até 2020, nos comprometemos a enfrentar essas questões”, disse o ministro da Saúde e da Infância do Zimbábue, David Parirenyatwa.
Mais de 200 delegados, incluindo 11 ministros da Saúde de países da coalizão, assim como ministros de três outros países que acabaram de se juntar à iniciativa —Botswana, Irã e Mianmar — participaram do evento de lançamento, na 71ª Assembléia Mundial da Saúde.
 
Posted: 24 May 2018 10:47 AM PDT
Plenário da 71ª Assembleia Mundial da Saúde em Genebra, na Suíça. Foto: OMS
Plenário da 71ª Assembleia Mundial da Saúde em Genebra, na Suíça. Foto: OMS
Encorajados a debater formas de alcançar saúde para todos e assumir o compromisso com a cobertura universal, ministros e delegados das Américas compartilharam suas experiências no plenário da 71ª Assembleia Mundial da Saúde, que ocorre esta semana em Genebra, na Suíça.
No total, mais de 25 delegações das Américas discursaram no plenário. Na abertura da assembleia, na segunda-feira (21), Canadá, Cuba, Argentina, Honduras, Curaçao e Equador fizeram apresentações. Leia, a seguir, um resumo das apresentações de outros países da região.

Brasil: cooperação internacional para fortalecer sistemas de saúde

Em seu discurso perante a Assembleia Mundial da Saúde, o ministro da Saúde, Gilberto Occhi, falou sobre os desafios de gerir um sistema de saúde universal para os países em desenvolvimento. Afirmou que, por essa razão, o Brasil presta cooperação internacional em saúde como uma estratégia para promover o desenvolvimento sustentável.
Occhi também destacou que o Brasil tem enfrentado um surto de sarampo na fronteira norte, além do de febre amarela, de forma coordenada com a Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde (OPAS/OMS). “Em parceria com os países vizinhos da América do Sul, estamos intensificando as ações de vigilância epidemiológica e fortalecendo o cuidado nas regiões fronteiriças.”
O ministro também disse que não há saúde universal sem acesso a medicamentos, vacinas, tecnologias e serviços de saúde. Por isso, o governo brasileiro anunciou uma doação voluntária à OMS para promover o acesso a medicamentos e vacinas. Assista aqui ao discurso.

México: saúde não é uma mercadoria; mercado não deve decidir rumos

O secretário da Saúde do México, José Robles, abordou as desigualdades que atentam contra a saúde. “Vivemos em um mundo de contrastes e o principal desafio para a humanidade é reduzir as desigualdades, incluindo no acesso aos serviços de saúde”, argumentou.
Robles enfatizou que a saúde é um direito humano, mas que os indivíduos também têm responsabilidade em, por exemplo, abordar fatores de risco para doenças crônicas não transmissíveis. Disse ainda que alguns “inimigos” da saúde são modificáveis por meio de uma população informada e com acesso aos serviços. “A saúde não é uma mercadoria e o mercado não deve decidir o rumo de sua atenção.” Assista aqui ao discurso.

Costa Rica: considerar a saúde em todas as políticas

A embaixadora da Costa Rica, Elayne Whyte, explicou ante às Nações Unidas o processo que o país vive, há décadas, para alcançar a cobertura universal em saúde e descreveu o impacto disso em relação ao aumento da expectativa de vida. Nesse sentido, ela afirmou que “é indispensável considerar a saúde em todas as políticas”.
Whyte disse que a Costa Rica é consciente dos grandes desafios que ainda enfrenta para garantir o caminho rumo à saúde universal. Na ocasião, pediu por mecanismos de coordenação em nível global para que o compartilhamento de informações sobre boas práticas flua em todo o mundo. Assista aqui ao discurso.

EUA: compromisso em doar US$ 7 mi à OMS para resposta ao surto de ebola

O secretário de Saúde e Serviços Humanos dos EUA, Alex M. Azar, pontuou que o trabalho da OMS deve ter como prioridade as doenças infecciosas que podem cruzar fronteiras. “Estamos mais bem preparados, em parte, porque os Estados Unidos investem generosamente em prevenção, tanto dentro do país como no exterior”.
Azar adicionou que a OMS deve continuar fortalecendo sua coordenação para atender as emergências mundiais. Ele citou o atual surto de ebola no Congo para ilustrar que a OMS deve se concentrar em sua função mais essencial. Anunciou também que o país doará 7 milhões de dólares para a resposta ao surto, além da assistência que já está sendo oferecida por meio de profissionais. Assista aqui ao discurso.

Jamaica: atenção primária é a chave para alcançar saúde universal

O ministro da Saúde da Jamaica, Christopher Tufton, afirmou que é necessária uma visão inovadora na abordagem dos desafios para alcançar a cobertura universal em saúde. Ele enfatizou que o país acredita firmemente que a atenção primária é a chave para alcançar a saúde universal e que o foco deve estar na prevenção e na saúde com base comunitária. Tufton enumerou as medidas adotadas pela Jamaica, incluindo um plano estratégico de dez anos para a formação de um seguro de saúde nacional.
Tufton também expressou sua satisfação pela integração do impacto da mudança climática na saúde no programa de trabalho da OMS, já que essa é uma questão que afeta sua região. Ele atentou os países para a escassez dos profissionais de saúde, em particular enfermeiras e enfermeiros, o que constitui um desafio para alcançar a saúde universal. Assista aqui ao discurso.

Uruguai: saúde universal implica decisões que envolvem outros setores

O ministro da Saúde do Uruguai, Jorge Basso, afirmou que seu país vem implementando uma série de políticas públicas para assegurar a saúde universal. Entre elas, destacam-se a Reforma da Saúde, o Sistema Nacional de Cuidados e as melhoras no sistema educativo, “que junto a uma política econômica que tem gerado estabilidade, emprego e investimento, têm permitido que a sociedade uruguaia se beneficie com um crescimento econômico contínuo de 14 anos”.
“O grande desafio que o país enfrenta é aprofundar e melhorar a qualidade dessas políticas para alcançar o maior impacto possível e tornar sustentável nosso processo de desenvolvimento”, disse.
O ministro lembrou também que o presidente do Uruguai, Tabaré Vázquez, está impulsionando, junto a autoridades da Finlândia e da Rússia, uma iniciativa promovida pelo diretor-geral da OMS, Tedros Ghebreyesus, para que os países adotem as decisões políticas necessárias para diminuir a carga de mortes prematuras por doenças crônicas não transmissíveis.
Espera-se que o resultado desse trabalho, disse Basso, culmine em um “uma contribuição substancial e que na reunião das Nações Unidas, em Nova Iorque, a liderança política se renove para avançar decididamente na prevenção e controle dessas doenças, dando sinais claros de que há prioridades na área da saúde que estão acima de qualquer outro interesse”. Assista aqui ao discurso.

Peru: saúde universal com base em equidade e solidariedade

A ministra da Saúde do Peru, Silvia Pessah Eljay, explicou que a cobertura universal em saúde não é suficiente e que se requere a oferta e a prestação de serviços de qualidade. Nesse sentido, o país tem trabalhado para promover um sistema integral e acessível, que prioriza as pessoas mais vulneráveis.
Silvia indicou que o país ainda está trabalhando para preencher as lacunas que impedem alcançar todas as pessoas “com base em equidade e solidariedade” – por meio de seguros de saúde personalizados em redes para que os serviços sejam complementados. O país também trabalha para fechar as brechas de financiamento à cobertura universal de saúde. Assista aqui ao discurso.

Colômbia: novos desafios em segurança sanitária

Em seu discurso na Assembleia Mundial da Saúde, a embaixadora da Colômbia em Genebra, Beatriz Londoño, destacou o caminho percorrido por cada país para a implementação da saúde universal com um plano único de benefícios para os cidadãos, acesso equitativo aos medicamentos e um novo modelo de atenção à saúde, que inclui a implementação dos compromissos incluídos nos acordos de paz do país.
Londoño também citou os “novos desafios para a segurança da saúde”, como os recentes surtos de sarampo, difteria e febre amarela na região. A embaixadora explicou que seu país estava recebendo um alto fluxo de migrantes venezuelanos e descreveu os cuidados de saúde prestados a essa população. Afirmou também que é necessário “avançar em uma resposta regional, na cooperação internacional” para responder de forma integral a essa situação”. Assista aqui ao discurso.

Venezuela: medidas para enfrentar os atuais desafios

A vice-ministra da Saúde da Venezuela, Indhriana Parada, afirmou que, nos últimos 20 anos, o país passou de um sistema de saúde assistencial para um sistema de saúde integral, equitativo e participativo, que presta atendimento gratuito a toda sua população.
Indhriana explicou que, em 2017, após a introdução da difteria e do sarampo no país, um amplo plano de vacinação para conter os surtos foi desenvolvido com o apoio da OPAS/OMS e de equipes formadas por médicos cubanos.
Ela afirmou também que o país assume 100% dos custos com medicamentos e os produz, mas enfrenta um bloqueio econômico que o impede de acessar outros medicamentos e vacinas. A vice-ministra ressaltou que está investindo em ações para prevenir a malária, entre outros pontos. Assista aqui ao discurso.

Panamá: reduzir a carga das “doenças de transmissão social”

O ministro da Saúde do Panamá, Miguel Mayo Di Bello, assegurou que o país está comprometido a superar as barreiras que impedem a cobertura universal, como a pobreza e a exclusão social.
Nesse sentido, a reforma da saúde que está sendo implementada aborda políticas como a melhoria da oferta de água e serviços de saneamento básico, fortalecimento da atenção primária à saúde e maior capacitação em recursos humanos.
Também procura reduzir o ônus das doenças crônicas não transmissíveis, “ou doenças de transmissão social, onde o controle dos fatores de risco também é uma prioridade nacional”. Ele disse também que está trabalhando em relação aos impostos para bebidas açucaradas e rotulagem adequada de alimentos, entre outros.
Mayo mencionou a Agenda de Saúde 2030 como um guia para desenvolver planos de saúde rumo ao futuro. Assista aqui ao discurso.

Chile: o envelhecimento é um desafio ao sistema de saúde

O Chile avançou em direção a um sistema solidário e eficiente de saúde nos últimos 10 anos, mas que agora enfrenta o desafio do envelhecimento da população – o que supõe novos caminhos para o sistema de saúde ao longo do tempo, argumentou a subsecretária da Saúde do Chile, Paula Daza.
“Noventa por cento das pessoas idosas atualmente é atendida no sistema público de saúde, por isso estamos trabalhando com o curso de vida para desenvolver políticas de prevenção”, disse. Daza garantiu que promover a saúde da população é uma prioridade do governo de seu país.
Além disso, ela comentou em seu discurso as medidas adotadas para a redução do risco em desastres naturais, em coordenação com a OPAS, com o intuito de fortalecer as capacidades em emergências do país. Assista aqui ao discurso.

El Salvador: rompendo as barreiras para alcançar a saúde universal

“A saúde universal é a oportunidade que milhões de pessoas historicamente excluídas têm de seu direito à saúde. Para elas, estamos quebrando as barreiras econômicas, geográficas, tecnológicas e culturais”, disse a ministra da Saúde de El Salvador, Violeta Menjívar, que descreveu em detalhes as ações tomadas pelo governo.
A ministra destacou que o número de estabelecimentos de atenção primária dobrou, esforços foram feitos para aumentar a densidade de recursos humanos em áreas rurais mais remotas e a participação social da comunidade foi promovida como a base do modelo de saúde. Afirmou também que seus objetivos, de acordo com as particularidades do país, estão alinhados aos da OMS. Ela ainda agradeceu à OPAS pelo apoio a todas essas reformas. Assista aqui ao discurso.

Guatemala: o trabalho intersetorial levará à cobertura universal de saúde

O ministro da Saúde da Guatemala, Carlos Soto, falou sobre os desafios que o país enfrenta em termos de saúde e explicou o que está sendo feito para que eles sejam superados. “O governo definiu a saúde como uma prioridade. Nosso compromisso é de que todos os guatemaltecos tenham acesso à saúde; esse é o eixo estratégico da reforma de saúde”, disse.
“Na Guatemala, nossos desafios são grandes, mas estamos convencidos de que o trabalho intersetorial trará cobertura universal de saúde”, assegurou. Assista aqui ao discurso.
 
Posted: 24 May 2018 08:50 AM PDT
Birgit Gerstenberg é a nova representante do ACNUDH na América do Sul. Foto: CEPAL/Carlos Vera
Birgit Gerstenberg é a nova representante do ACNUDH na América do Sul. Foto: CEPAL/Carlos Vera
A alemã Birgit Gerstenberg assume neste mês a chefia do escritório sul-americano do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (ACNUDH). Com mais de 20 anos de experiência na ONU, a dirigente traz para a representação regional da agência uma bagagem que inclui passagens por missões de paz e por países como Jamaica, Uganda, Colômbia, Guatemala e El Salvador.
Sobre o trabalho à frente do ACNUDH na América do Sul, a veterana afirmou que espera “manter um diálogo permanente e fortalecer a cooperação com todos os setores da sociedade, incluindo os Estados, sociedade civil e outros atores relevantes, com ênfase naquelas pessoas e grupos que com frequência são discriminados e deixados para trás”.
Birgit representou o organismo das Nações Unidas em Uganda e foi assessora de direitos humanos do Escritório do Coordenador-Residente da ONU na Jamaica. Também coordenou as instalações do ACNUDH em Darfur, monitorando a situação de pessoas forçadamente deslocadas pelo conflito na região. A especialista ocupou cargos técnicos nas missões de paz da ONU em El Salvador e na Guatemala.
Com sede em Santiago, no Chile, o escritório sul-americano da agência da ONU tem a missão de observar, promover e proteger os direitos humanos em nove países — Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Equador, Paraguai, Peru, Uruguai e Venezuela.
 
Posted: 24 May 2018 08:10 AM PDT
Atriz Emma Watson esconde livros no metrô de Londres. Imagem de novembro de 2016. Foto: Instagram/Emma Watson
Atriz Emma Watson esconde livros no metrô de Londres. Imagem de novembro de 2016. Foto: Instagram/Emma Watson
A estação Vila Prudente, do metrô de São Paulo, será palco amanhã (25), às 14h, da primeira caça aos livros promovida pela ONU Mulheres no Brasil. Participantes terão uma hora para encontrar uma das 150 cópias do livro “Malala: a menina que queria ir para a escola”, da brasileira Adriana Carranca. Desses volumes, 30 trazem um cupom para a troca por mais uma obra, escolhida e autografada por atrizes e personalidades, como a britânica Emma Watson, embaixadora da Boa Vontade da agência das Nações Unidas.
A ação do organismo internacional visa incentivar a leitura de obras escritas por mulheres e que abordem igualdade de gênero, raça e etnia. A inciativa foi inspirada no clube de leitura online de Watson, chamado “Nossa estante compartilhada” (do inglês, “Our Shared Shelf”). Famosa por interpretar a Hermione da série Harry Potter, a atriz enviou para o Brasil um volume assinado do livro “A Cor Púrpura”, de Alice Walker.
A caça aos livros da agência das Nações Unidas leva o nome do Movimento ElesPorElas (HeForShe, em inglês), criado pela ONU para trazer homens e meninos para a luta pelo fim das desigualdades de gênero. O projeto está aberto para receber apoio de qualquer pessoa, sejam homens ou mulheres. Com o jogo no metrô de São Paulo, o organismo internacional espera envolver mais jovens no movimento.
“Queremos incentivar cada vez mais a leitura de livros sobre mulheres inspiradoras e sobre a igualdade de gênero, em especial entre jovens, pois a leitura é uma fonte poderosa de conhecimento e empoderamento. A literatura feminista é capaz de nos trazer novas perspectivas, de transformar a nossa maneira de pensar, de nos fornecer novas referências de representatividade, e de eliminar preconceitos, de modo a inspirar os leitores e leitoras a se tornarem conscientes de comportamentos preconceituosos e que discriminam e se tornarem agentes da mudança para a igualdade de gênero”, disse Nadine Gasman, representante da ONU Mulheres Brasil.

Atrizes e apresentadoras brasileiras também apoiam caça aos livros

As integrantes do elenco do Canal GNT, Astrid Fontenelle, Bela Gil, Fernanda Rodrigues, Gaby Amarantos, Helena Rizzo, Mariana Weickert, Micaela Goes, Mônica Martelli e Pitty também deram sua contribuição para a caça aos livros, selecionando obras para as sortudas e sortudos que acharem os cupons premiados.
Outros títulos foram escolhidos por Camila Pitanga, embaixadora da ONU Mulheres no Brasil, Taís Araújo e Kenia Maria, defensoras dos Direitos das Mulheres Negras da agência das Nações Unidas, e Juliana Paes, defensora para a Prevenção e a Eliminação da Violência contra as Mulheres. A diretora-executiva da Mauricio de Sousa Produções, Mônica Sousa, e a representante da ONU Mulheres Brasil, Nadine Gasman, também mandaram volumes para a competição.
A Caça aos Livros ElesPorElas HeForShe é realizada em parceria com o Metrô de São Paulo e com o apoio das empresas Atento, Avon, Canal GNT e Heads Propaganda.
Confira abaixo as obras que foram escolhidas e doadas pelas personalidades apoiadoras da ação:
Malala, a menina que queria ir para a escolaAdriana Carranca
A cor púrpuraAlice Walker
A princesa salva a si mesma neste livroAmanda Lovelace
Um defeito de corAna Maria Gonçalves
Mulheres, Raça e ClasseAngela Davis
Mônica ForçaBianca Pinheiro
Sejamos todos feministasChimamanda Adichie
Para educar crianças feministasChimamanda Adichie
A hora da estrelaClarice Lispector
Mulheres que correm com os lobosClarissa Pinkola Estés
Ponciá VicêncioConceição Evaristo
Olhos d’águaConceição Evaristo
A amiga genialElena Ferrante
Vivendo minha vidaEmma Goldman
Histórias de ninar para garotas rebeldes Vol. 1 e 2Francesca Cavallo e Elena Favilli
Lute como uma garotaLaura Barcella e Fernanda Lopes
O Conto da AiaMargaret Atwood
As cientistas: 50 mulheres que mudaram o mundoRachel Ignotofsky
FomeRoxane Gay
O segundo sexoSimone de Beauvoir
Um teto todo seuVirginia Woolf

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Coordenadora do Movimento ElesPorElas HeForShe
ONU Mulheres Brasil
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