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sexta-feira, 18 de maio de 2018

Boletim diário da ONU Brasil: “Concurso da ONU premia executivos que promovem objetivos globais” e 19 outros.

Boletim diário da ONU Brasil: “Concurso da ONU premia executivos que promovem objetivos globais” e 19 outros.

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Posted: 15 May 2018 01:55 PM PDT
A brasileira Tânia Consetino, presidente da Schneider Eletric para a América do Sul, foi reconhecida como SDG Pionner em 2017: Foto: Rede Brasil do Pacto Global/Fellipe Abreu
A brasileira Tânia Cosentino, presidente da Schneider Eletric para a América do Sul, foi reconhecida como SDG Pionner em 2017: Foto: Rede Brasil do Pacto Global/Fellipe Abreu
O Pacto Global da ONU recebe até 16 de junho inscrições para a premiação SDG Pionners 2018, que reconhece o trabalho de líderes empresariais no avanço dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS). Podem concorrer dirigentes de empresas signatárias e participantes das redes locais do Pacto Global.
Desde 2016, três brasileiros foram escolhidos para participar do seleto grupo de 19 pioneiros que inspiram as redes locais do Pacto Global. A brasileira Tânia Cosentino, presidente da Schneider Eletric para a América do Sul, foi reconhecida como SDG Pionner em 2017 por sua gestão sustentável no setor energético.
No ano passado, o evento de entrega do prêmio reuniu mais de 400 lideranças corporativas em Nova Iorque. Em 2016, a diretora de imprensa e sustentabilidade da BM&FBovespa e atual vice-presidente da Rede Brasil, Sônia Favaretto, e o presidente da Beraca, Ulisses Sabará, foram agraciados pela premiação.
O concurso é uma oportunidade para inspirar negócios e potencializar os esforços das empresas signatárias na adesão aos ODS, elevando as práticas da gestão corporativa. O processo de seleção dos SDG Pionners, conduzido pelo Pacto Global, envolve um comitê de especialistas composto por instituições públicas, privadas e entidades sem fins lucrativos.
Clique aqui para fazer a inscrição.
 
Posted: 15 May 2018 01:37 PM PDT
Eleitor em local de votação em Erbil, na região do Curdistão, no Iraque, participando das primeiras eleições nacionais desde que os militares iraquianos declararam a vitória sobre o Estado Islâmico do Iraque e do Levante (ISIL), no final de 2017. Foto: ONU/UNAMI
Eleitor em local de votação em Erbil, na região do Curdistão, no Iraque, participando das primeiras eleições nacionais desde que os militares iraquianos declararam a vitória sobre o Estado Islâmico do Iraque e do Levante (ISIL), no final de 2017. Foto: ONU/UNAMI
O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, parabenizou o povo iraquiano pela realização das primeiras eleições parlamentares nacionais, no último sábado (12), desde que o país declarou vitória sobre o Estado Islâmico do Iraque e do Levante (ISIL/Dae’sh) no final do ano passado.
“Após a derrota militar do Dae’sh, tais eleições representam um novo avanço para a construção de uma democracia mais consolidada no Iraque”, disse Guterres em um comunicado divulgado por seu porta-voz.
De acordo com relatos divulgados pela mídia, cerca de 7 mil candidatos de 87 partidos participaram do pleito. A ONU forneceu assistência técnica à Comissão Eleitoral Independente do Iraque (IHEC, na sigla em inglês).
O secretário-geral saudou os esforços incansáveis dos funcionários eleitorais, agentes partidários e forças de segurança por tornar as eleições, em grande parte, pacíficas e organizadas.
“Ele elogia todos os iraquianos que participaram. Em particular, os deslocados internos que votaram apesar das condições difíceis”, informou o comunicado.
Apelando a todos os políticos iraquianos e seus apoiadores para manter a paz enquanto os votos são processados, o chefe da ONU ratificou que qualquer disputa eleitoral deve ser resolvida pelos canais legais, e o processo eleitoral deve ser completado através da formação de um governo inclusivo o mais rápido possível.
“A ONU continua comprometida em apoiar o governo e o povo do Iraque neste esforço”, concluiu o comunicado.
Antes das eleições, Jan Kubis, representante especial do secretário-geral da ONU para o Iraque e chefe da Missão de Assistência da organização no país (UNAMI), apelou a todos os iraquianos, incluindo na região do Curdistão, a se unir, visando fortalecer um Iraque plenamente soberano, unido, democrático e federal.
“Desde as últimas eleições, quatro anos atrás, o Iraque enfrentou o pior ataque do grupo terrorista Dae’sh, que cometeu atrocidades sem precedentes. Hoje, com as estruturas de Dae’sh derrotadas e o país libertado, é a sua oportunidade de consolidar esta vitória histórica que foi conquistada com o sangue dos mártires e a união e perseverança do povo, e embarcar em um novo começo”, disse Kubis, na última quinta-feira (10).
No sábado, Kubis visitou vários locais de votação em Fallujah, a oeste da capital iraquiana, Bagdá, descrevendo o processo como “muito ordenado” e acrescentando que estava muito impressionado ao ver o número de pessoas, especialmente mulheres, indo votar.
 
Posted: 15 May 2018 01:28 PM PDT
Casos de boas práticas de empresas como Fundação Renova, MRV, Unimed BH, Localiza e Siemens foram apresentados durante o workshop. Foto: FIEMG
Casos de boas práticas de empresas como Fundação Renova, MRV, Unimed BH, Localiza e Siemens foram apresentados durante o workshop. Foto: FIEMG
O combate à corrupção em todas suas formas está entre as metas dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). Para engajar o setor privado em torno do tema, a Rede Brasil do Pacto Global, em parceria com a Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (FIEMG), promoveu no início de abril (4), em Belo Horizonte, um workshop sobre avaliação de riscos de corrupção. O treinamento é realizado com base no “Guia de avaliação de risco de corrupção”, produzido pelo Pacto Global da ONU e traduzido para o português pela Rede Brasil.
Casos de boas práticas de empresas como Fundação Renova, MRV, Unimed BH, Localiza e Siemens foram apresentados durante o workshop. O encontro reuniu especialistas em “compliance” (conformidade com as leis), que debateram de que forma medidas de integridade e transparência favorecem a relação entre empresas e consumidores.
“As empresas têm se preocupado mais com a organização do ‘compliance’ porque perceberam que é risco para o negócio não ter procedimentos de conformidade e integridade”, disse a gerente de responsabilidade social e empresarial da FIEMG, Luciene Araujo.
A presidente da Comissão de Compliance da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Fernanda Lana, afirmou que não basta estar de acordo com as leis e normas reguladoras, sendo necessário atuar na prevenção à corrupção. “Precisamos criar uma cultura de compliance interna e externa, porque a empresa não vive sozinha. Ela está em um ambiente com outras partes, como fornecedores, entes do governo, clientes e instituições”, alertou.
O diretor de compliance da Siemens e coordenador do Grupo de Trabalho Anticorrupção da Rede Brasil do Pacto Global, Reynaldo Goto, elogiou a realização da capacitação sobre o tema. “Ela é importante porque traz uma metodologia mundialmente reconhecida para que os executivos tenham ciência dos riscos de corrupção”, disse.
O evento contou ainda com a participação do chefe-substituto da Controladoria Regional da União do Estado de Minas Gerais, Breno Alves, que abordou as principais mudanças nas normas e leis voltadas para o combate à corrupção.
“Temos hoje uma linha focada na construção de um cenário ético, com procedimentos e discussões que abrangem desde a educação infantil até o relacionamento entre empresas. E outra com um cenário mais combativo em relação à corrupção. Nesse ponto, foram grandes modificações normativas com a Lei Anticorrupção, que permitiu a responsabilização das pessoas jurídicas”, comentou.
 
Posted: 15 May 2018 01:21 PM PDT
Lista da OMS apresenta diagnósticos essenciais para melhorar tratamento e saúde da população. Foto: Agência Brasil
Lista da OMS apresenta diagnósticos essenciais para melhorar tratamento e saúde da população. Foto: Agência Brasil
No mundo, 46% dos adultos com diabetes tipo 2 ainda não tiveram o transtorno identificado. A estimativa é da Organização Mundial da Saúde (OMS), que lançou nesta terça-feira (15) uma Lista de Diagnósticos Essenciais, a primeira sobre o tema. Publicação recomenda ampliação do acesso a 113 testes que podem melhorar a qualidade de vida da população.
“Ninguém deveria sofrer ou morrer por falta de serviços de diagnóstico ou porque os testes certos não estavam disponíveis”, ressaltou o diretor-geral da agência da ONU, Tedros Adhanom Ghebreyesus.
O organismo internacional aponta que o diagnóstico tardio de problemas de saúde crônicos pode levar a complicações mais graves e a um gasto maior com serviços. Já no caso de patologias infecciosas, como a tuberculose e o HIV, foi verificado um risco maior de transmissão, além de dificuldades no tratamento.
A lista da OMS aborda testes in vitro – isto é, exames de materiais humanos como sangue e urina. Do total de métodos diagnósticos, 58 são testes para a detecção de uma ampla gama de problemas comuns. A agência das Nações Unidas considera esse conjunto de exames essencial para formar a base da identificação, acompanhamento e gestão de pacientes.
Os outros 55 testes visam diagnosticar e monitorar infecções prioritárias, como HIV, tuberculose, malária, hepatites B e C, papilomavírus humano (HPV) e sífilis.
Alguns dos diagnósticos são particularmente adequados para instalações de atenção primária, onde os serviços de laboratório operam muitas vezes com poucos recursos ou são, em alguns casos, inexistentes. Esses exames incluem, por exemplo, os testes que diagnosticam rapidamente a malária em crianças e os glicosímetros para verificar diabetes. Tais métodos não exigem eletricidade nem profissionais treinados.
“Nosso objetivo é fornecer uma ferramenta que possa ser útil a todos os países, testar e tratar melhor, mas também usar os fundos de saúde de forma mais eficiente, concentrando-se nos testes verdadeiramente essenciais”, explica Mariângela Simão, diretora-geral assistente para Acesso a Medicamentos, Vacinas e Produtos Farmacêuticos da OMS.
“Nossa outra meta é sinalizar para os países e desenvolvedores que os testes da lista devem ser de boa qualidade, seguros e acessíveis.”
De forma semelhante à da Lista de Medicamentos Essenciais da OMS, que está em uso há quatro décadas, a publicação sobre diagnósticos deve servir como referência para os países atualizarem ou desenvolverem seu próprio marco.
Para realmente beneficiar os pacientes, os governos nacionais precisarão garantir suprimentos adequados e de qualidade, além de oferecer treinamento aos profissionais de saúde e promover o uso seguro dos materiais de testagem. A OMS dará apoio aos países conforme eles adaptam a lista ao contexto local.
A nova orientação do organismo internacional foi elaborada após uma extensa consulta dentro e fora da OMS. A instituição da ONU atualizará o documento regularmente. Nos próximos meses, será aberta uma chamada de contribuições para adicionar novos diagnósticos à próxima edição.
A expectativa da agência das Nações Unidas é de que a lista se expandirá significativamente nos próximos anos, pois deverá incorporar outras áreas importantes, incluindo resistência antimicrobiana, patógenos emergentes, doenças tropicais negligenciadas e doenças crônicas não transmissíveis.
Acesse a lista clicando aqui.
 
Posted: 15 May 2018 01:09 PM PDT
Vista aérea da cidade de Belet Weyne, na região de Hiraan, Somália, submersa pelas águas do rio Shabelle em 30 de abril de 2018. A cidade enfrenta o pior caso de inundação de sua história, com 150 mil habitantes forçados a deixar suas casas. Foto: ONU/Ilyas Ahmed
Vista aérea da cidade de Belet Weyne, na região de Hiraan, Somália, submersa pelas águas do rio Shabelle em 30 de abril de 2018. A cidade enfrenta o pior caso de inundação de sua história, com 150 mil habitantes forçados a deixar suas casas. Foto: ONU/Ilyas Ahmed
Agências das Nações Unidas reforçaram suas ações na Somália em resposta a uma série de enchentes devastadoras que atingem diversas partes do país. As inundações impactaram quase 500 mil pessoas e deslocaram em torno de 175 mil habitantes de suas casas.
De acordo como a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), as enchentes atuais são algumas das piores que a região já teve, uma vez que o nível de água no momento excede o período de retorno – intervalo estimado entre ocorrências de igual magnitude de um fenômeno natural – de 50 anos.
“Deslocados internos continuam sendo os mais vulneráveis aos impactos de enchentes, muitos campos estão localizados em áreas de baixa altitude”, disse Stéphane Dujarric, porta-voz do secretário-geral da ONU, a repórteres em Nova Iorque no final de abril.
“Parceiros humanitários no local têm priorizado água, saneamento, higiene, saúde, abrigo e alimentos em suas intervenções”, completou.
As chuvas fortes e enchentes relâmpago vêm apenas meses após uma seca devastadora que deixou mais de 6 milhões de pessoas em necessidade de assistência humanitária.

Enchentes mais graves do que esperado

A magnitude da chuva está muito além do previsto, disse Yngvil Foss, chefe adjunta do Escritório das Nações Unidas de Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA) na Somália.
“Inicialmente, todos os atores humanitários começaram seus socorros com os meios e recursos disponíveis”, ela disse, observando como agências de socorro da ONU conseguiram angariar fundos ao longo da semana anterior para incrementar intervenções críticas.
A Organização Mundial da Saúde (OMS), por exemplo, entregou 4,5 milhões de toneladas métricas de medicação e outros suprimentos médicos no dia 29 de abril para Belet Weyne, capital da província de HirShabelle, duramente atingida pelas enchentes.
Tropas de paz da Missão da União Africana na Somália (AMISOM) também evacuaram mais de 10 mil residentes em Belet Weyne de partes alagadas da cidade, além de garantir lonas e água para as vítimas.

Mais financiamento é necessário com urgência

Apesar das recentes boas notícias em relação ao financiamento, mais fundos são necessários urgentemente para ajudar o número crescente de deslocados.
No dia 30 de abril, o presidente da Somália, Mohamed Abdullahi Mohamed ‘Farmajo’, visitou áreas afetadas pelas inundações e fez um apelo à comunidade internacional por ajuda humanitária urgente.
O Plano de Resposta Humanitária para a Somália de 2018, que totaliza 1,5 bilhão de dólares (antes das chuvas), só possui 19% de fundos. Lançado pelas agências das Nações Unidas e parceiros humanitários, o plano busca auxiliar em torno de 5,4 milhões de pessoas com assistência.
 
Posted: 15 May 2018 01:00 PM PDT
A eliminação das gorduras trans é fundamental para proteger a saúde e salvar vidas. Foto: ONU/Domínio Público
A eliminação das gorduras trans é fundamental para proteger a saúde e salvar vidas. Foto: ONU/Domínio Público
Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou na segunda-feira (14) o REPLACE, guia com um passo-a-passo para eliminar os ácidos graxos trans produzidos industrialmente do suprimento global de alimentos. A eliminação das gorduras trans é fundamental para proteger a saúde e salvar vidas. A OMS estima que, a cada ano, a ingestão de gordura trans leve a mais de 500 mil mortes de pessoas com doenças cardiovasculares.
Gorduras trans produzidas industrialmente estão presentes nas gorduras vegetais hidrogenadas, como margarina e ghee, e em salgadinhos, alimentos assados e frituras. Os fabricantes costumam utilizá-las por terem uma vida útil mais longa do que outras gorduras. No entanto, alternativas mais saudáveis podem ser usadas, não afetando o sabor ou o custo dos alimentos.
“A OMS pede aos governos que usem o pacote de ação REPLACE para eliminar os ácidos graxos trans produzidos industrialmente do suprimento de alimentos”, disse o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus. “A implementação das seis ações estratégicas do REPLACE ajudará a alcançar a eliminação da gordura trans e representará uma importante vitória na luta global contra as doenças cardiovasculares.
O pacote de ações REPLACE fornece seis ações estratégicas para assegurar a eliminação rápida, completa e sustentada das gorduras trans produzidas industrialmente a partir do suprimento de alimentos. O guia sugere revisar fontes alimentares com gordura trans produzidos industrialmente e o panorama para as mudanças políticas necessárias; promover a substituição de gorduras trans produzidas industrialmente por gorduras e óleos mais saudáveis; e legislar ou promulgar ações regulatórias para eliminar gorduras trans produzidas industrialmente.
Outras recomendações envolvem avaliar e monitorar o teor de gorduras trans no suprimento de alimentos e mudanças no consumo de gordura trans entre a população; conscientizar sobre o impacto negativo na saúde das gorduras trans entre formuladores de políticas, produtores, fornecedores e o público; e estimular a conformidade de políticas e regulamentos.
Vários países de alta renda praticamente eliminaram as gorduras trans produzidas industrialmente por meio de limites legalmente impostos sobre a quantidade que pode estar contida nos alimentos embalados. Alguns governos implementaram proibições de óleos parcialmente hidrogenados, a principal fonte de gorduras trans produzidas industrialmente.
Na Dinamarca, primeiro país a impor restrições às gorduras trans produzidas industrialmente, o teor de gordura trans dos produtos alimentares diminuiu drasticamente e as mortes por doenças cardiovasculares diminuíram mais rapidamente do que em países comparáveis da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).
“A cidade de Nova Iorque eliminou a gordura trans produzida industrialmente há uma década, seguindo a liderança da Dinamarca”, disse Tom Frieden, presidente e CEO da “Resolve to Save Lives”, uma iniciativa da “Vital Strategies”. “A gordura trans é um químico tóxico desnecessário, que mata, e não há razão para as pessoas no mundo todo continuarem expostas a ela”.
“Em países de baixa e média renda, onde o controle do uso de gorduras trans produzidas industrialmente é frequentemente mais fraco, são necessárias ações para garantir que os benefícios sejam vividos igualmente em todo o mundo.
O embaixador global da OMS para doenças crônicas não transmissíveis, Michael Bloomberg, ex-prefeito de cidade de Nova Iorque e fundador da Bloomberg Philanthropies, argumentou que “proibir gorduras trans na cidade de Nova Iorque ajudou a reduzir o número de ataques cardíacos sem mudar o sabor ou o custo dos alimentos”. Segundo ele, a eliminação de seu uso em todo o mundo poderia salvar milhões de vidas.
“Uma abordagem abrangente do controle do tabaco nos permitiu fazer mais progresso globalmente na última década do que quase todos pensavam ser possível. Agora, uma abordagem semelhante à gordura trans pode nos ajudar a fazer esse tipo de progresso contra as doenças cardiovasculares, outra das principais causas mundiais de morte evitável.”
A eliminação do suprimento global de alimentos com gorduras trans produzidas industrialmente foi identificada como uma das metas prioritárias do plano estratégico da OMS, que orientará o trabalho da organização entre 2019 e 2023.
O plano está na pauta da 71ª Assembleia Mundial da Saúde, a ser realizada em Genebra entre os dias 21 e 26 de maio. Como parte dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU, a comunidade global se comprometeu a reduzir em um terço até 2030 as mortes prematuras por doenças crônicas não transmissíveis. A eliminação global de gorduras trans produzidas industrialmente pode ajudar a atingir esse objetivo.
“Por que nossos filhos deveriam ter um ingrediente tão inseguro em seus alimentos?”, questionou Tedros. “O mundo está agora embarcando na Década de Ação da ONU sobre Nutrição, usando-a como uma bússola para melhorar o acesso à alimentação e à nutrição saudáveis. A OMS também está usando esse marco para trabalhar com governos, indústria alimentícia, academia e sociedade civil para garantir sistemas alimentares mais saudáveis para as gerações futuras, inclusive eliminando as gorduras trans produzidas industrialmente.”

Nota aos editores

Existem duas fontes principais de gorduras trans: fontes naturais (nos produtos lácteos e carne de ruminantes, como vacas e ovelhas) e fontes produzidas industrialmente (óleos parcialmente hidrogenados).
Os óleos parcialmente hidrogenados foram inicialmente introduzidos no suprimento de alimentos no início do século 20 como um substituto da manteiga, e se tornaram mais populares nos anos 1950 e 1970, com a descoberta dos impactos negativos na saúde dos ácidos graxos saturados. Óleos parcialmente hidrogenados são usados principalmente para frituras e como ingrediente em produtos assados; eles podem ser substituídos em ambos os casos.
A OMS recomenda que o consumo total de gordura trans seja limitado a menos de 1% do consumo total de energia, o que se traduz em menos de 2,2 g/dia em uma dieta de 2 mil calorias. As gorduras trans aumentam os níveis de colesterol LDL, um biomarcador bem aceito para o risco de doenças cardiovasculares, e diminui os níveis de colesterol HDL, que levam o colesterol das artérias e o transportam para o fígado, que o secreta para a bile.
Dietas ricas em gorduras trans aumentam o risco de doença cardíaca em 21% e de mortes em 28%. Substituir as gorduras trans por ácidos graxos insaturados diminui o risco de doença cardíaca, em parte, melhorando os efeitos negativos das gorduras trans nos lipídeos do sangue. Além disso, existem indicações de que a gordura trans pode aumentar a inflamação e a disfunção endotelial.
A OMS realiza até 1º de junho uma consulta pública on-line para revisar as orientações atualizadas sobre o consumo de ácidos graxos saturados para adultos e crianças.
 
Posted: 15 May 2018 12:56 PM PDT
Bandeira das Nações Unidas na sede da ONU em Nova York. Foto: ONU/Mark Garten
Bandeira das Nações Unidas na sede da ONU em Nova York. Foto: ONU/Mark Garten
Líderes no sistema das Nações Unidas prometeram em abril aumentar seus esforços para acabar com o assédio sexual em seus ambientes de trabalho, garantindo uma abordagem de tolerância zero, de modo que abusadores sejam responsabilizados e equipes se sintam seguras para relatar incidentes.
O secretário-geral da ONU, António Guterres, em nota a correspondentes emitida por seu porta-voz, “reiterou que estava seriamente preocupado com todas as alegações de assédio sexual nas Nações Unidas e faz da resolução desse problema uma prioridade”.
“Assédio em qualquer forma ofende os princípios que defendemos como organização e diminui nossos valores centrais e trabalho”, acrescentou Guterres ao Conselho de Chefes Executivos da ONU (CEB), que realizou um encontro em Londres. O evento contou com a presença de 31 chefes-executivos de agências, fundos e programas da ONU.

O encontro incluiu uma sessão especial para discutir o tema do assédio sexual, liderada pelo secretário-geral. Ele reafirmou seu comprometimento pessoal com uma política de tolerância zero à prática.
Em declaração, os chefes do CEB afirmaram que assédio sexual resulta de uma cultura de discriminação e privilégio, baseada em desigualdade de gênero, e que não há espaço para tais práticas no Sistema as Nações Unidas.
Eles também reiteraram seu compromisso coletivo à tolerância zero em casos de assédio, ao fortalecimento da prevenção centrada na vítima e em esforços de resposta, para manter um ambiente de trabalho seguro e inclusivo.
Além disso, o Conselho se comprometeu a realizar ações em três áreas centrais: denúncias, investigação e processos de decisão. Medidas incluem mecanismos como linhas telefônicas 24 horas para denunciar e garantir acesso a apoio, além da instituição de procedimentos rápidos para receber, processar e lidar com reclamações. E, também, prover treinamentos mandatórios.
O secretário-geral disse em nota que “está conferindo grande poder às mulheres” em todo o Sistema ONU, com mais mulheres do que homens agora nos principais cargos de gestão.

 
Posted: 15 May 2018 12:48 PM PDT
A Missão das Nações Unidas no Sudão do Sul (UNMISS) oferece proteção aos civis que fogem da violência em Wau. Foto: UNMISS/ONU
A Missão das Nações Unidas no Sudão do Sul (UNMISS) oferece proteção aos civis que fogem da violência em Wau. Foto: UNMISS/ONU
O aumento da violência em partes do Sudão do Sul está deixando milhares de civis em risco e ameaçando o frágil processo de pacificação no país mais jovem do mundo, alertou a missão de paz das Nações Unidas no local.
“Civis inocentes estão presos em meio ao fogo cruzado, incluindo muitas mulheres, crianças e idosos”, disse David Shearer, representante especial do secretário-geral da ONU no Sudão do Sul e chefe da missão das Nações Unidas no país (UNMISS).
“Nossas equipes no local estão reportando incidentes de homicídio, violência sexual, casas sendo incendiadas, roubo de gado e saque a hospitais e escolas.”
Foram informados conflitos intensos em Nhialdiu, Mayendit, Rupchai, Thaker e Mirinyal, na proximidade de Leer e Bentiu (na região da Unity), e também nos arredores de Motot e Akobo, em Jonglei.
Em Leer, no norte do país, confrontos armados têm ocorrido próximos a uma base operacional da UNMISS. Pacificadores estão em alerta máximo para proteger em torno de 600 habitantes deslocados que buscaram refúgio nos arredores, disse a missão das Nações Unidas.
As hostilidades forçaram a realocação de 30 trabalhadores humanitários, o que resultou na suspensão de serviços de auxílio.
“Essa onda de violência […] é incompatível com o acordo de suspensão de hostilidades que foi assinado há poucos meses”, explicou Shearer.
“Pedimos que os envolvidos no conflito baixem armas, ponham os interesses do povo como prioridade e trabalhem juntos para construir paz duradoura.”
Além disso, com a iminência das negociações de paz no Fórum da Revitalização de Alto Nível, o chefe da UNMISS reforçou a necessidade para que todas as partes cessem o confronto e “se unam em boa fé”.
“Líderes políticos devem demonstrar que estão dispostos a se comprometer e resolver esse conflito que vem causando terríveis danos aos habitantes.”
 
Posted: 15 May 2018 12:42 PM PDT
Forças de paz da missão da ONU na República Centro-Africana (MINUSCA) em patrulha na capital do país, Bangui. Foto: ONU/MINUSCA
Forças de paz da missão da ONU na República Centro-Africana (MINUSCA) em patrulha na capital do país, Bangui. Foto: ONU/MINUSCA
Na República Centro-Africana, o fim da violência e a garantia de estabilidade ainda são objetivos difíceis de serem alcançados, apesar dos esforços de diversos atores, disse um oficial sênior das Nações Unidas ao Conselho de Segurança.
O país tem sido atormentado por décadas de instabilidade e conflitos. Uma nova onda de violência teve início em dezembro de 2012, quando a coalizão rebelde majoritariamente muçulmana Séléka realizou uma série de ataques coordenados. Um acordo de paz foi firmado em janeiro de 2013, mas rebeldes retomaram a capital Bangui em março, forçando o presidente François Bozizé a fugir.
Desde então, um governo de transição foi estabelecido e encarregado de restaurar a paz. O conflito, no entanto, assumiu conotações cada vez mais sectárias quando o movimento anti-Balaka, majoritariamente cristão, se armou, levando a novos confrontos entre comunidades nos arredores de Bangui.
O Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA) descreveu a República Centro-Africana como “um país frágil” devastado por anos de conflito e que enfrenta desafios estruturais e econômicos.
A tragédia dos refugiados e de habitantes impossibilitados de retornar para suas casas devido à violência “agrava um cenário onde a vida de quase metade da população seria impossível sem assistência de emergência”, disse Parfait Onanga-Anyanga, representante especial do secretário-geral e chefe da Missão Multidimensional Integrada das Nações Unidas para a Estabilização da República Centro-Africana (MINUSCA).
Tais abusos e violações “inaceitáveis” de direitos humanos são cometidos principalmente por grupos armados que ainda praticam atividades criminosas e se recusam a aceitar ofertas do governo para diálogo, acrescentou.
Um novo ataque contra forças pacificadoras no dia 10 de abril salientou a fragilidade da segurança pública no país. O incidente, que ocorreu após uma operação conjunta da MINUSCA e de forças policiais locais para desarmar e prender grupos de criminosos fortemente armados, deixou um pacificador de Ruanda a serviço da missão morto e mais oito integrantes feridos na capital, Bangui.
Um comunicado emitido pelo porta-voz da ONU, Stéphane Dujarric, afirmou que o secretário-geral António Guterres pediu às autoridades do país que investiguem os ataques e levem rapidamente os responsáveis à justiça, lembrando que atentados contra forças de paz da ONU “podem constituir um crime de guerra”.
O incidente também coincidiu com uma visita do subsecretário-geral da ONU para Operações de Manutenção da Paz, Jean-Pierre Lacroix, e do comissário da União Africana para Paz e Segurança, Smail Chergui, ao país.
Em comunicado, os dois líderes declararam: “Nós, representantes da União Africana e das Nações Unidas, decidimos conduzir uma visita conjunta à República Centro-Africana para expressar nossa solidariedade e total apoio ao povo centro-africano e ao processo de busca pela paz no país”.
Eles também condenaram os ataques que mataram e feriram os soldados de paz.

Necessidade de apoio financeiro

Outra fonte de preocupação na República Centro-Africana é a falta de recursos financeiros para garantir a implementação de planos de desenvolvimento. Ursula Mueller, secretária-geral assistente para os Assuntos Humanitários da ONU, fez um apelo na capital do país.
“A República Centro-Africana está enfrentando uma crise humanitária em grande escala”, disse Mueller. “A violência está se espalhando rapidamente pelo país enquanto necessidades urgentes e críticas estão aumentando. Nós temos de lidar com elas. Civis continuam a sofrer com o peso da violência e da insegurança.”
A ONU e seus parceiros estão buscando 516 milhões de dólares para atender as necessidades de quase 2 milhões de pessoas no país este ano, um número que representa cerca de metade da população.
No entanto, como destacado por Mueller, o financiamento para operações humanitárias na República Centro-Africana foi reduzido nos últimos três anos. Enquanto isso, o número de deslocados internos quase dobrou em 2017, atingindo o número de 694 mil pessoas.
“Eu vi pessoas famintas. Eu convoco a comunidade internacional a apoiar a resposta humanitária em Paoua. Se não recebermos financiamento, pessoas vão morrer”, afirmou.
Devido à violência, muitos deslocados passaram a viver em comunidades locais em Paoua, o que esgotou os limitados recursos disponíveis no local.
Mueller também agradeceu os trabalhadores humanitários na cidade e em todo o país.
“Eles estão fazendo um trabalho incrível sob condições muito difíceis. Os ataques direcionados os impedem de prestar assistência com potencial de salvar vidas. Quatorze trabalhadores humanitários foram mortos no ano passado. Isso é inaceitável”, completou.
Em Paoua, Mueller se encontrou com mulheres deslocadas e ficou admirada com sua força em meio ao que descreveu como “incríveis dificuldades”.
Mueller afirmou: “Elas querem segurança, paz e escolas. O que qualquer mãe quer para seus filhos”.
Uma das mulheres, Veronique, fugiu para Paoua com seus seis filhos depois que seu marido foi morto. Outra mulher, Esther, falou sobre sua luta para ter acesso a comida, saúde e educação.
Durante seu encontro com o presidente da República Centro-Africana, Faustin Archange Touadéra, Mueller reforçou a necessidade de intensificar os esforços para proteção de civis. Ela também compartilhou as preocupações expressas pelas pessoas deslocadas em Paoua, ou seja, a necessidade de segurança para ajudá-los a voltar para suas casas.
 
Posted: 15 May 2018 12:33 PM PDT
Vítimas de tráfico humano. Foto: ONU/Martine Perret
Vítimas de tráfico humano. Foto: ONU/Martine Perret
O Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC) participou no início do mês de encontro para debater a assistência dada pelo Brasil a vítimas de tráfico internacional. Evento em Brasília reuniu representantes do Judiciário e do Executivo para discutir marcos sul-americanos que podem melhorar políticas públicas do país. Especialistas alertaram para momento de fragilização das instituições que prestam serviços para quem sofreu esse tipo de violação.
Na pauta dos diálogos, ocorridos em 2 e 3 de maio, estava a implementação do protocolo de atenção às mulheres em situação de tráfico internacional, um documento regional aprovado pela Reunião de Ministras e Altas Autoridades do MERCOSUL. A medida prevê que países do bloco estabeleçam formas de cooperação ampla para ajudar mulheres nessas circunstâncias. Outra determinação é a adoção de uma abordagem de gênero na aplicação das legislações sobre direitos humanos.
“O contexto nacional atual cria desafios para a institucionalização de políticas públicas e a implementação do protocolo, considerando que as instituições que prestam assistência direta às vítimas de tráfico foram reduzidas”, ressaltou Tais Cerqueira, coordenadora-geral de Acesso à Justiça e Fortalecimento da Rede de Assistência à Mulher, da Secretaria Nacional de Políticas para Mulheres (SPM).
Outra problema discutido foi a necessidade de melhorias na articulação entre os serviços de assistência social e de saúde. “É importante unir as redes para melhorar as ações contra o tráfico de pessoas”, afirmou a delegada Janaína Gadelha.
Rafaela Seixas Fontes, da Divisão de Assistência Consular do Ministério das Relações Exteriores, explicou como os postos consulares são pontos focais de denúncia e apoio às vítimas do tráfico de pessoas no exterior. Os especialistas presentes lembraram que minorias raciais e trans estão frequentemente entre as vítimas desse tipo de crime.
Participaram da reunião representantes do Ministério dos Direitos Humanos e Justiça, da Defensoria Pública da União, da Polícia Federal, da Polícia Rodoviária Federal e dos comitês de enfrentamento ao tráfico de pessoas de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.
O evento foi financiado pela Ação Global para Prevenir e Combater o Tráfico de Pessoas e o Tráfico Ilícito de Migrantes, programa conhecido pela sigla GLO.ACT. A iniciativa é fruto de uma parceria entre a União Europeia, o UNODC, a Organização Internacional para as Migrações (OIM) e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF). Instituições prestam assistência às autoridades governamentais e às organizações da sociedade civil, apoiando o desenvolvimento de estratégias para combater o tráfico de pessoas e contrabando de migrantes.
 
Posted: 15 May 2018 12:29 PM PDT
UNICEF estima que cerca de 800 mil crianças foram deslocadas por conflitos interétnicos nas províncias de Tanganyika e Kivu do Sul, na República Democrática do Congo. Alguns, como esta jovem e sua irmã, buscaram refúgio em acampamentos improvisados que foram criados em torno da cidade de Kalemie. Foto: UNICEF/Vockel
UNICEF estima que cerca de 800 mil crianças foram deslocadas por conflitos interétnicos nas províncias de Tanganyika e Kivu do Sul, na República Democrática do Congo. Alguns, como esta jovem e sua irmã, buscaram refúgio em acampamentos improvisados que foram criados em torno da cidade de Kalemie. Foto: UNICEF/Vockel
Apesar da grande oferta de recursos naturais e de consideráveis transformações socioeconômicas após iniciativas lideradas pelo governo, os anos de violência por grupos armados, conflitos étnicos no leste do país e instabilidade política criaram grande insegurança alimentar, segundo o Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA).
A primeira conferência internacional para auxílio à República Democrática do Congo (RDC), ocorrida no Escritório das Nações Unidas em Genebra em abril, deu alertas pessimistas sobre a crescente crise humanitária que aflige o país africano.
De acordo com Mark Lowcock, chefe humanitário da ONU, mais de 2 milhões de crianças sofrem de desnutrição aguda severa, e 13 milhões de habitantes precisam de assistência urgente, o dobro do número dos necessitados no ano anterior.
De acordo com ele, o país enfrenta o “pior surto de cólera em quinze anos”, e uma “epidemia de violência sexual”, cometida majoritariamente contra crianças.
Além disso, milhares de agricultores na província de Kasai sofreram com a perda de temporadas de cultivo sucessivamente, resultando em uma queda de produção.
A necessidade de garantia de fundos para prestar auxílio à RDC foi reforçada pelo secretário-geral da ONU, António Guterres, em seu discurso de abertura à conferência.
Guterres também apelou aos Estados-membros por meio de uma mensagem em vídeo sobre a importância de mostrar solidariedade a “milhões de pessoas que estão sofrendo” em uma das maiores crises humanitárias do mundo, enquanto a ONU e o governo da RDC continuam a colaborar para responder às necessidades.
Segundo a ONU, o país precisa de um auxílio de 1,7 bilhão de dólares, quase quatro vezes mais do que o montante garantido no ano passado.
Além disso, são necessários mais 500 milhões de dólares para apoiar 807 mil refugiados congoleses em países vizinhos e mais de 540 mil refugiados de outros países que buscaram asilo na RDC.
Sigrid Kaag, a ministra do Comércio Exterior e Cooperação para o Desenvolvimento dos Países Baixos, descreveu a RDC como palco de um conflito “esquecido” que precisa desesperadamente de apoio da comunidade internacional.
Ela enfatizou o impacto da violência de gênero contra meninas e mulheres jovens que conheceu em uma recente visita ao país, descrevendo como algumas pediram ajuda na forma de kits de estupro, enquanto outras perguntaram como cuidar dos bebês que haviam dado à luz após abuso sexual.
Durante a conferência, Jean-Philippe Chauzy, da Organização Internacional para as Migrações (OIM), reforçou a importância da cooperação internacional para prestar ajuda ao país: “Confrontada com o aumento das tensões intercomunitárias, a instabilidade política e um ambiente cada vez mais inseguro, a comunidade humanitária internacional precisa fortalecer seu apoio e compromisso com o povo congolês”.
Ele acrescentou: “Nós simplesmente não podemos ignorar a velocidade e a magnitude dessa crise”.
 
Posted: 15 May 2018 12:19 PM PDT
Foto: UNODC
Foto: UNODC
Como parte de seus esforços globais para promover o esporte na prevenção do crime juvenil, o Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC) oferece apoio, por meio de doações, a iniciativas locais de organizações não governamentais. Uma das ações selecionadas foi lançada recentemente no bairro da Cidade de Deus, no Rio de Janeiro.
A ONG brasileira Instituto Companheiros das Américas (ICA) está implementando o Programa Vencer, que liga esportes à empregabilidade através do treinamento de habilidades empreendedoras para jovens em situação de risco. A iniciativa visa ajudar jovens a desenvolver habilidades necessárias para ingressar no mercado de trabalho ou reingressar no sistema de educação formal, fortalecendo sua resiliência ao crime e à violência, ao mesmo tempo em que apoia a comunidade como um todo.
Como parte de seu programa, a ICA utilizará a metodologia de treinamento em habilidades para a vida do UNODC, o Programa Vamos Nessa, que aborda fatores de risco específicos para o crime e o uso de drogas. Cinquenta jovens inscritos na iniciativa no início do ano continuarão a receber treinamento nos próximos seis meses.
No mês passado, o ICA e a Rede do Esporte para a Mudança Social (REMS) se uniram a várias ONGs como URECE Esporte e Cultura, Instituto Reação, Instituto Rumo Náutico, Instituto Promundo e Fundação Gol de Letra para celebrar o Dia Internacional do Esporte para o Desenvolvimento e a Paz. O evento reuniu dezenas de jovens, incluindo moradores da Cidade de Deus inscritos na iniciativa do ICA, para um dia de diversão por meio de atividades esportivas.
Atividades adicionais estão planejadas para os próximos meses por meio da iniciativa de financiamento do UNODC no Brasil com outras ONGs locais. Entre elas, está a Fundação Assis Chateaubriand, que fornecerá aconselhamento psicológico a jovens marginalizados em centros esportivos selecionados em Brasília, treinando-os para se tornar árbitros de futebol.
Em outra iniciativa, o Instituto Rumo Náutico irá engajar jovens em situação de risco no Rio de Janeiro no evento “Barcos como Instrumentos de Educação”, promovendo o esporte educacional e a vela como uma ferramenta educacional para fortalecer a resiliência da juventude.
 
Posted: 15 May 2018 11:48 AM PDT
O FMI prevê crescimento de 2,3% para a economia brasileira este ano. Foto: EBC
O FMI prevê crescimento de 2,3% para a economia brasileira este ano. Foto: EBC
O crescimento na América Latina e no Caribe está sendo retomado, graças à demanda doméstica mais forte. O ambiente global mais favorável também ajudou ao recuperar o preço das matérias-primas. Mas para garantir um crescimento mais durável com benefícios disseminados, a região precisa investir mais em setores-chave, como infraestrutura e educação, para impulsionar a produtividade no longo prazo, disse o Fundo Monetário Internacional (FMI) em relatório publicado na sexta-feira (11).
O documento “Regional Economic Outlook” estima que o crescimento da região deve ficar em 1,3% em 2017 e em 2% em 2018. Para o ano que vem, a expectativa é de avanço de 2,8%.
Após a recuperação do consumo privado em 2017, o investimento privado deve subir e se tornar o principal impulsionador da atividade econômica, depois de três anos de contração.
Apesar da retomada, os níveis de investimento devem permanecer abaixo dos vistos em outras regiões, limitando o potencial de crescimento latino-americano e caribenho, de acordo com o relatório.
A região enfrenta muitos desafios. De acordo com o relatório, fatores não econômicos que podem prejudicar a recuperação econômica recente incluem incerteza política devido às eleições em diversos países, tensões geopolíticas e eventos climáticos extremos.
O aumento dos riscos econômicos externos — notadamente, uma mudança em direção a políticas mais protecionistas e um aperto súbito das condições financeiras globais — também poderia pesar sobre as perspectivas de crescimento.
Olhando para o futuro, as perspectivas de crescimento de longo prazo para a América Latina e o Caribe permanecem moderadas, sugerindo que há dificuldades para que os níveis de renda nesses países alcancem os das economias avançadas.
Apesar dos avanços recentes na redução da pobreza e da desigualdade, a América Latina e o Caribe continua sendo a região mais desigual do mundo. Em resposta a esses desafios e para garantir um crescimento duradouro que beneficie a todos, os formuladores de políticas da região precisarão implementar reformas e políticas fundamentais que se concentrem em colocar a dívida pública em uma trajetória sustentável, com especial atenção para a qualidade do ajuste, disse o FMI.
O organismo internacional também sugere melhorar a comunicação e a transparência dos bancos centrais em relação a choques futuros; investir mais em pessoas por meio de gastos mais eficientes em educação; melhorar infraestrutura, que também impulsionaria outros investimentos na região.
O FMI menciona também a necessidade de combater a corrupção ao melhorar a governança e o ambiente de negócios; abrir mais os países para o comércio internacional e o mercado financeiro, o que pode ser visto como um passo rumo a uma maior integração global; entre outros pontos.
O crescimento na América do Sul está sendo impulsionado pelo fim da recessão em Argentina, Brasil e Equador; por preços mais elevados das matérias-primas; e por uma moderação do avanço da inflação, que deu espaço para afrouxamento monetário.
No curto prazo, México, América Central e partes do Caribe irão se beneficiar do crescimento mais forte dos Estados Unidos. No entanto, potenciais implicações da reforma tributária norte-americana e renegociações em andamento do Tratado Norte-Americano de Livre Comércio (NAFTA, na sigla em inglês) também estão criando incertezas para a região.
Na Argentina, a atual previsão é de um crescimento real de 2% para o Produto Interno Bruto (PIB) em 2018. Mesmo que indicadores de alta frequência indiquem que a atividade econômica permaneceu robusta no início de 2018, a severa seca que atingiu o país terá impacto negativo na produção agrícola e nas exportações. A expectativa é de que no ano que vem o impacto negativo da seca seja revertido, ainda de acordo com o FMI.
No Brasil, o PIB deve crescer 2,3% em 2018, graças a condições externas favoráveis e à retomada do consumo privado e do investimento. A melhora da atividade levará a uma deterioração moderada da conta-corrente. Um risco central, no entanto, é que a agenda política possa mudar após as eleições presidenciais de outubro, elevando a volatilidade dos mercados e a incerteza sobre o cenário no médio prazo, disse o FMI.
Clique aqui para acessar o relatório (em inglês).
 
Posted: 15 May 2018 11:28 AM PDT
Onesimo Jerônimo Santos e seu filho participaram do concurso Pais brasileiros, exposição fotográfica que mostra como é ser pai no Brasil. Iniciativa é apoiada pela ONU Mulheres Brasil e pela Embaixada da Suécia e promovida pelo movimento ElesPorElas. Foto: ONU Mulheres
Onesimo Jerônimo Santos e seu filho participaram do concurso Pais brasileiros, exposição fotográfica que mostra como é ser pai no Brasil. Iniciativa é apoiada pela ONU Mulheres Brasil e pela Embaixada da Suécia e promovida pelo movimento ElesPorElas. Foto: ONU Mulheres
A ONU Mulheres e a missão diplomática da Suécia inauguraram nesta terça-feira (15), em São Paulo, a exposição “Pais presentes: a paternidade ativa na Suécia e no Brasil”. Mostra fotográfica, instalada na estação Paraíso do metrô, aborda a igualdade de gênero na criação dos filhos. Iniciativa é do movimento ElesPorElas, das Nações Unidas, que busca trazer homens para a luta contra as disparidades entre eles e as mulheres.
Com a intervenção no metrô, a ONU e a representação do país nórdico esperam incentivar uma nova cultura de divisão das tarefas entre o pai e a mãe, além de fomentar políticas sobre o tema. A responsabilidade pela criação dos filhos é culturalmente atribuída às mulheres. Mas para as Nações Unidas e o governo sueco, é latente a necessidade de evoluir para uma visão mais justa de partilha, em que os cuidados com o lar e com a família sejam distribuídos igualitariamente.
No Brasil e em outros países, um número crescente de pais está começando a perceber o dever e as vantagens de participar mais da criação dos filhos. A ideia de que o pai é somente um provedor vem sendo cada vez mais questionada por homens que querem mudar estereótipos e se beneficiar de um papel mais ativo no desenvolvimento e crescimento das crianças.

Concurso de fotos deu origem à exposição

Em 1974, a Suécia substituiu a licença maternidade pela licença parental, sendo o primeiro país a ter um dos sistemas mais generosos do mundo. O regime sueco permite que os pais fiquem em casa com seus filhos por 480 dias, recebendo até 80% do salário, pago pelo Estado. A lei prevê ainda que 90 dias são reservados exclusivamente para o pai e 90 dias, para a mãe. O restante pode ser transferido livremente.
A iniciativa da ONU Mulheres no Brasil foi inspirada pelo trabalho “Pais Suecos”, uma exposição realizada pelo fotógrafo Johan Bävman. O ensaio explora como os pais da nação nórdica enxergam o papel do homem moderno, que se distancia das funções parentais tradicionais. A mostra também revela os efeitos positivos de um sistema de licença que possibilita a participação de todas e todos no início da vida dos filhos.
Em 2017, a agência das Nações Unidas e a missão sueca no Brasil lançaram o concurso de fotos #PaisBrasileiros, com o objetivo de levantar o debate sobre a paternidade no país sul-americano. A competição convocou homens brasileiros a compartilharem suas historias de como é ser pai no Brasil. Cada participante teve de enviar uma foto ilustrando uma situação cotidiana com os filhos.
Das imagens recebidas, 12 foram escolhidas para fazer parte da exposição inaugurada nesta semana em São Paulo. A autoria de todas as obras é das famílias.
No Brasil, o sistema de licença maternidade permite à mãe ficar em casa com o seu bebê por 120 dias. A licença paternidade, porém, garante que os pais permaneçam apenas cinco dias fora do trabalho. Em 2008, uma nova lei criou a Política Nacional Integrada para a Primeira Infância.
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