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quinta-feira, 3 de janeiro de 2019

Em reunião com Bolsonaro, presidente de Portugal defende acordo Mercosul-União Europeia


Por Guilherme Mazui, G1 — Brasília
 

O presidente da República, Jair Bolsonaro, recebe o presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Souza, no Palácio do Planalto, em Brasília — Foto: Evaristo Sá/AFPO presidente da República, Jair Bolsonaro, recebe o presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Souza, no Palácio do Planalto, em Brasília — Foto: Evaristo Sá/AFP
O presidente da República, Jair Bolsonaro, recebe o presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Souza, no Palácio do Planalto, em Brasília — Foto: Evaristo Sá/AFP
O presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa afirmou nesta quarta-feira (2) que defendeu em reunião com o presidente Jair Bolsonaro a assinatura do acordo comercial entre a União Europeia e o Mercosul.
Sousa está em visita ao Brasil, onde acompanhou na terça (1º) a posse de Bolsonaro como presidente da República. Na manhã desta quarta, os dois se reuniram no Palácio do Planalto.
Após o encontro, o líder português afirmou que seu país faz "o que pode" para facilitar o acordo entre os dois blocos econômicos – o Mercosul é composto por Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai.
"Também se falou da relação União Europeia Mercosul e da importância de fechar esse acordo, que tem sido complexo, mas Portugal está permanentemente fazendo o que pode para fechar esse acordo, é muito importante para as duas partes", disse Sousa a jornalistas.
O Mercosul tenta há quase duas décadas selar um tratado de livre-comércio com países da União Europeia. Neste período, as conversas entre os blocos avançaram, recuaram, foram suspensas e retomadas.
O sucesso das negociações foi defendido ao longo do mandato do agora ex-presidente Michel Temer. O presidente português tem a mesma posição.
Sousa foi questionado por jornalistas sobre a posição de Bolsonaro em relação ao acordo, já que o novo presidente costuma citar a preferência por acordos bilaterais (entre dois países).
O presidente de Portugal citou que a "posição" de seu país leva em conta o "pragmatismo" nas relações exteriores.
"O pragmatismo obriga a que se tenha presente o que é útil, a ver além das relações bilaterais, também instrumentos de acordo multilaterais que, mesmo sem conteúdo ideológico, sem anteparo doutrinário, possam facilitar as exportações, o comercio, a circulação econômica e financeira", argumentou.
Sousa afirmou que a reunião foi "formalmente" e "substancialmente" muito boa. A situação das comunidades brasileira em Portugal e portuguesa no Brasil foi discutida. Ele destacou que "teoricamente" há 100 mil brasileiros no país europeu, porém na prática o número é maior.
Segundo o líder estrangeiro, as chancelarias dos dois países ficaram de acertar uma data, entre o final de 2019 e o início de 2020, uma visita de Bolsonaro a Portugal.

Mike Pompeo

Bolsonaro teve nesta quarta-feira as primeiras audiências com lideranças de governos estrangeiros depois que assumiu a Presidência da República. Antes, ele participou da cerimônia de transmissão de cargo de quatro ministros.
A primeira audiência de Bolsonaro foi com o secretário de Estado dos Estados Unidos, Mike Pompeo. O novo chanceler, Ernesto Araújo, e os ministros Augusto Heleno (GSI) e Fernando Azevedo e Silva (Defesa) também participaram da reunião.
Mike Pompeo também esteve na manhã desta quarta em reunião com o ministro Ernesto Araújo no Palácio do Itamaraty. Após o encontro, Pompeo disse que EUA e Brasil compartilham um "profundo desejo" de retorno da Venezuela à democracia.
Após a audiência com Pompeo, Bolsonaro recebeu o presidente de Portugal e, sem seguida, teve reuniões separadas com o primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, e com o vice-presidente do parlamento chinês, Ji Bingxuan.
Bolsonaro já havia conversado por telefone com Orbán em novembro do ano passado. Na oportunidade, ele disse que pretende ser um "grande parceiro" do líder húngaro.
Político de direita, Orbán se destaca, segundo agências internacionais, por discursos xenófobos e por medidas que isolam a Hungria da Europa.
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  • Geraldo Gomes
    HÁ 20 HORAS
    SQN pois o presidente é contra relações em blocos.
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