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sexta-feira, 27 de março de 2020

76 mortos, 4268 casos confirmados

O Essencial
27 Março, 2020
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Sérgio Alexandre
Jornalista
Sérgio Alexandre

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76 mortos e 4268 contagiados por COVID-19 em Portugal. Chegou ao Porto o primeiro avião com equipamento médico fretado pelo governo. Resistência liderada por Alemanha e Holanda impede que Conselho Europeu chegue a acordo sobre emissão das coronabonds. António Costa insurge-se contra discurso “repugnante, mesquinho e anti-europeu” do ministro holandês das Finanças. Xi Jinping telefona a Trump e propôe aliança entre China e EUA para combater a pandemia. Boris Johnson tem COVID-19 e vai ficar em quarentena.


76 mortos, 4268 casos confirmados


76 mortos, 4268 casos confirmados

Portugal regista até hoje 76 mortos e 4268 confirmações de contágio por COVID-19. Ao longo do dia, toda a informação nacional e internacional mais relevante sobre a pandemia vai sendo agregada neste artigo em atualização permanente. Alguns destaques: acaba de chegar ao Porto o primeiro avião com equipamento médico fretado pelo governo; a DGS lembra que, apesar da situação de exceção que vivemos, a vacinação e as consultas de vigilância da saúde infantil continuam obrigatórias e não sofrem qualquer adiamento, bem como o importantíssimo teste do pezinho; o Sindicato Independente dos Médicos exige requisição civil para reabrir serviços do SAMS; o primeiro-ministro britânico está contagiado com COVID-19 e vai entrar em quarentena;  Índia e Hong Kong bateram os respetivos máximos diários de casos de doença confirmados.

Espanha não facilita


Espanha não facilita

Em Espanha, as autoridades acreditam que está para breve o pico epidémico, uma vez que já há alguns dias se tem observado um decréscimo do número de novos casos. Mas a prudência manda o governo do país a manter a possibilidade de agravamento das medidas restritivas a população e empresas, caso a curva estatística da doença não inicie a fase descendente.

Costa critica discurso "repugnante" de ministro holandês


Costa critica discurso "repugnante" de ministro holandês

Da vídeo-reunião de ontem do Conselho Europeu poderia ter saído uma estratégia musculada e comum para combater os múltiplos efeitos nefastos da pandemia nos países da União. Podia ter saído, mas não saiu. Numa preocupante reminiscência do que se passou durante a recente crise económica, aquilo a que se assistiu foi a divergências insanáveis entre os países do norte e os restantes relativamente às chamadas coronabonds, ou eurobonds, emissão de dívida pública à escala da UE, para financiar o combate à COVID-19. Entre os parceiros europeus existe uma maioria favorável e esta medida, mas a sua adoção exige unanimidade. Em resultado desse impasse, provocado pela renitência de Alemanha, Holanda, Áustria e Finlândia, o acordo alcançado no Conselho Europeu de ontem foi, nas palavras do primeiro-ministro português, “manifestamente insuficente”. António Costa foi particularmente duro com o ministro holandês das Finanças, depois de Hopke Hoekstra ter alvitrado, esta semana, durante uma reunião do Ecofin, que a União Europeia devia investigar países como Espanha e Itália por não terem margem orçamental para fazer face aos problemas causados pela crise pandémica. Discurso “repugnante”, “mesquinho”, que “ameaça o futuro da UE”, contrapôs o líder português.

Crédito à taxa zero


Crédito à taxa zero

Ao contrário de perspetivas mais cinzentas, relativamente às consequências económicas e à recuperação no pós-crise global da COVID-19, a consultora internacional Roland Berger supõe que a Economia mundial não vai precisar de muito tempo para se restabelecer, uma vez passada a emergência. E Portugal está alinhado com União Europeia, estima a financeira de origem alemã, pelo que considera irrealistas cenários que apontam para quebras no PIB de sete a dez por cento. A Roland Berger dá nota positiva às medidas de apoio à Economia nacional postas em marcha pelo governo, mas propõe afinações. Por exemplo, taxa de juros de valor zero nas linhas de crédito destinadas às empresas e injeção direta de capital nas PME e profissionais liberais, para pagamento de salários, de modo a atenuar a subida da taxa de desemprego.

"Cooperação é a única opção"


"Cooperação é a única opção"

A epidemia segue em ritmo galopante nos Estados Unidos, que, nas últimas horas ultrapassaram a China como o país com mais casos de COVID-19 em todo o Mundo. Xi Jinping estendeu a mão a Donald Trump e convidou o Presidente americano a participar num esforço de entreajuda na luta internacional contra a doença, pondo uma pausa nas rivalidades entre as duas potências. É a “única opção” para o sucesso, urge o Chefe de Estado chinês.

BCG, aliado inesperado?


BCG, aliado inesperado?

É nos laboratórios científicos de todo o Mundo que decorre uma das mais importantes frentes da batalha contra a pandemia, em busca de uma vacina ou de tratamentos que enfraqueçam o poder do novo coronavírus. Uma das estratégias presentemente consideradas com potencial para retardar a disseminação e ganhar tempo, enquanto não surge uma vacina específica contra a COVID-19, é a nossa bem conhecida BCG. A vacina para a tuberculose vai começar a ser testada em profissionais de saúde australianos contagiados. Se o BCG atuar como se prevê, haverá “uma redução na frequência e gravidade dos sintomas” da doença provocada pelo SARS-CoV-2. Experiência semelhante vai ser conduzida em larga escala em vários países europeus.





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#fiqueemcasa

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