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terça-feira, 31 de março de 2020

NA ÍNTEGRA: Como salvar vidas e a economia na pandemia

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O Antagonista

Bom dia,

Muitos leitores nos escreveram defendendo que a reportagem de capa da revista Crusoé desta semana seja compartilhada com todos os brasileiros - decidimos atender a esse pedido.

Você pode ler AGORA, NA ÍNTEGRA, a reportagem exclusiva - basta clicar na imagem abaixo:

A reportagem exclusiva se dedica a um dilema que está na cabeça de todos, alimentado pelas medidas restritivas adotadas como resposta à pandemia do novo coronavírus: salvamos as vidas ou a salvamos a economia?

Talvez seja melhor investigar primeiro se a pergunta está correta...

A apuração do repórter Duda Teixeira discute as medidas de quarentena impostas por governos de vários países, que incluem o confinamento das pessoas em casa e a suspensão de quase todas as atividades.

Ele colheu dados sobre a pandemia em várias partes do mundo e ouviu especialistas respeitados de diversas áreas.

Confira um trecho da reportagem exclusiva:

"Um estudo publicado pelo Imperial College, em Londres, no dia 16 de março, foi decisivo para orientar muitas dessas decisões [de restrição de atividades e confinamento social ]. Segundo a pesquisa, caso os governos não fizessem nada, oito em cada dez britânicos e americanos seriam infectados e as mortes poderiam somar 510 mil no Reino Unido e 2,2 milhões nos Estados Unidos. O grande gargalo seria a quantidade de leitos intensivos e de UTIs disponível para atender os pacientes graves (...). Na quinta-feira, 26, o Imperial College publicou um novo estudo, mais amplo, dizendo que as mortes em todo o mundo poderiam chegar a 40 milhões caso nenhuma medida fosse adotada (...).

Nos dois estudos, os pesquisadores deixam claro que não estudaram os custos econômicos das medidas. Mas a conta matemática foi feita de todo modo. O mundo todo entraria em recessão, incluindo a Europa, os Estados Unidos e o Japão. A China poderia crescer menos de 4% ao ano. No Brasil, o crescimento do PIB deve ser de menos de 1% (...).

O alarme econômico fez com que aqueles que tomaram medidas para impedir uma tragédia humana pelo coronavírus passassem a ser questionados sobre os danos que o isolamento da população pode causar à economia. Um dilema passou a amedrontar os governantes: salvar vidas e destruir a economia ou salvar a economia e deixar a população morrer. O binarismo, contudo, é falso. Primeiro porque a recessão também acarreta custos humanos. Segundo porque, se um governo ignorar a ameaça da Covid-19, a economia também será prejudicada. O desafio para as autoridades, no momento, é encontrar o ponto de equilíbrio dessa equação.

Ao longo da história, recessões também cobraram seu preço em vidas humanas. O crescimento do desemprego no Brasil entre 2012 e 2017 gerou 31 mil mortes adicionais, segundo um estudo da Fiocruz e da FGV. A taxa de mortalidade infantil teve uma elevação de 4,8% em 2016, depois de 26 anos de quedas consecutivas. "É preciso que os governos controlem a disseminação do coronavírus, mas também é necessário dar uma solução para que a economia não entre em recessão. Nem mesmo a Suíça consegue aguentar ficar com tudo parado por mais de dois meses" , diz o médico Fabio Jung, ex-pesquisador do Centro MD Anderson em Houston, no Texas...CLIQUE AQUI PARA CONTINUAR A LER

Liberando o acesso à reportagem a todos os leitores, atendemos a pedidos como o reproduzido a seguir, enviado por e-mail por uma assinante da Crusoé:


Para LER AGORA, NA ÍNTEGRA, a reportagem exclusiva, clique no botão abaixo:


Um abraço,
Equipes O Antagonista+ e Crusoé
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Brasil bate recorde em número de mortos enquanto Bolsonaro distorce OMS e bate-boca com ministros

Enquanto Bolsonaro distorce OMS e bate-boca com ministros, Brasil bate recorde em número de mortos
Clarice Cardoso, do UOL, em São Paulo
A polêmica em torno da postura de Jair Bolsonaro (sem partido) sobre o isolamento social ganhou novo capítulo após o presidente, contrariando as orientações das maiores autoridades em saúde do mundo, voltou a tocar no assunto. O presidente distorceu um posicionamento da Organização Mundial da Saúde e insinuou que a entidade estaria alinhada às suas críticas ao isolamento social.
A fala foi rapidamente refutada pelo diretor-presidente Tedros Ghebreyesus. Sem citar expressamente o nome de Bolsonaro, a OMS publicou duas mensagens nas redes sociais afirmando que "pessoas sem fonte de renda regular ou sem qualquer reserva financeira merecem políticas sociais que garantam a dignidade e permitam que elas cumpram as medidas de saúde pública para a covid-19 recomendadas pelas autoridades nacionais de saúde e pela OMS".
Em entrevista coletiva na tarde de hoje, o Ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, reforçou que as pessoas mantenham medidas de isolamento social como forma de retardar a velocidade de transmissão do novo coronavírus no país.
"Nós vamos trabalhar com o máximo de planejamento, e no momento nós vamos fazer sim o máximo de distanciamento social para que a gente possa, chegando ao ponto de falar: 'estamos mais preparados, entendemos aonde vamos'. Aí a gente vai liberando e monitorando pela epidemiologia", afirmou.
A expectativa é que o presidente volte a tocar no assunto no pronunciamento televisivo de hoje à noite, marcado para as 20h30.
*
Enquanto o presidente e o ministro da Saúde trocam farpas em torno das medidas para conter o avanço da pandemia, o Brasil sofre com recordes de mortos em decorrência da doença: foram 201 novos casos, um aumento de 42 vítimas em apenas um dia. No total, são 5.717 casos oficiais confirmados no país — 1.138 diagnósticos confirmados em um dia — e 3,5% de letalidade, informou o ministério. Em São Paulo, o número de mortes também atingiu novo patamar: com 23 casos de ontem para hoje, o estado se aproxima de ter uma morte por hora.

Correção. Portugal regista 160 mortos e 7.443 casos de infeção

O Essencial
31 Março, 2020
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Cristina Sambado
Jornalista
Cristina Sambado

Bem-vindo

Em Portugal morreram 140 pessoas e estão confirmados 7.743 casos de infeção. Em todo o  mundo há 750 mil pessoas infetadas e já morreram mais de 36 mil. Pelo menos 148.500 dos casos foram dados como curados. Marcelo Rebelo de Sousa e António Costa começam a elaborar o prolongamento ou não do estado de emergência. O Infarmed autorizou três pedidos de uso de Remdesivir, um dos medicamentos indicados pela Direção-geral de Saúde para tratar casos de infeção. Depois do Twitter, também o Facebook e o Instagram silenciaram o Presidente brasileiro.


Portugal com mais 1.035 casos de infeção


Portugal com mais 1.035 casos de infeção

O novo coronavírus infetou até ao momento mais de 750 mil pessoas em todo o mundo. Morreram mais de 36 mil. Pelo menos 148.500 dos casos foram dados como curados. Enquanto na China, o epicentro da pandemia, os números estão a baixar, na Europa e no resto do mundo continuam a aumentar os casos confirmados e os óbitos. Em Portugal, segundo o último boletim da Direção-Geral da Saúde, há o registo de 140 mortos e  7 443 infetados.  São mais 20 óbitos do que ontem e mais 1.035 casos confirmados. Aqui pode continuar a acompanhar a situação ao minuto. A RTP está a atualizar constantemente a evolução em Portugal. Veja aqui os gráficos e os números.  

Marcelo prepara prolongamento do estado de emergência


Marcelo prepara prolongamento do estado de emergência

Presidente da República e o primeiro-ministro começam hoje a elaborar o prolongamento ou não do estado de emergência que está em vigor e expira na quinta-feira, motivado pela pandemia da Covid-19. O estado de emergência só pode vigorar durante 15 dias, podendo ser renovado. Amanhã, o Chefe de Estado decide se será necessário reforçar algumas medidas. Marcelo Rebelo de Sousa já anunciou que é contra a eventual formação de um governo nacional, uma ideia lançada por Rui Rio em entrevista à RTP.  “Temos o Governo que temos, o Parlamento que temos, a unidade nacional que temos. Estamos na fase de controlar a epidemia. Imaginar o que se vai passar depois disto é um exercício meramente especulativo”.

Infarmed já autorizou três pedidos de uso de Remdesivir


Infarmed já autorizou três pedidos de uso de Remdesivir

É um fármaco experimental apontado como uma arma contra a Covid-19. O Infarmed já autorizou três pedidos em Portugal para utilização do Remdesivir. Trata-se de um dos medicamentos indicados pela Direção-geral de Saúde para tratar casos de infeção.

TAP avança para lay-off


TAP avança para lay-off

O Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil informou os associados que a TAP, “devido ao cancelamento de todos os seus voos para o mês de abril, pretende colocar em regime de lay-off os seus pilotos”. A intenção é que as medidas de redução de custos entrem em vigor em abril. O lay-off simplificado (que permite a redução temporária do período normal de trabalho ou a suspensão de contrato de trabalho) entrou em vigor na sexta-feira e é uma das medidas excecionais aprovadas pelo Governo para manutenção dos postos de trabalho no âmbito da crise causada pela pandemia de Covid-19.

Regime excecional protege arrendatários e senhorios


Regime excecional protege arrendatários e senhorios

As famílias que sofram cortes de 20 por cento no rendimento vão ter flexibilidade no pagamento das rendas e as mensalidades dos espaços comerciais também ficam suspensas durante o estado de emergência. O Instituto da Habitação vai ainda conceder empréstimos, sem juros, a inquilinos e senhorios com dificuldades comprovadas. Estas medidas excecionais e temporárias foram aprovadas em Conselho de Ministros. A Associação dos Inquilinos Lisbonenses já fechou a porta a este diploma e frisa que os inquilinos em dificuldades não vão ter forma de suportar este encargo e defende que deve ser o Estado a responsabilizar-se pela diferença entre o valor da renda e a capacidade das famílias.

Jovem de 14 anos terá morrido de meningite


Jovem de 14 anos terá morrido de meningite

Tinha testado positivo, mas o jovem de 14 anos, natural de Ovar, não terá morrido devido ao novo coronavírusO resultado da autópsia aponta para que o adolescente tenha sido vítima de meningite. Falta a confirmação oficial por parte das autoridades de saúde, que até agora não tinham contabilizado a morte deste jovem de 14 anos como um óbito relacionado com a Covid-19.

Redes sociais silenciam Bolsonaro


Redes sociais silenciam Bolsonaro

O Twitter foi a primeira rede social a apagar conteúdos do Presidente do Brasil relacionados com a pandemia da Covid-19. Seguiram-se, nas últimas horas, o Facebook e o Instagram. Com um argumento análogo: as regras excluem “desinformação que possa causar danos reais às pessoas“. Em causa está um novo vídeo de Jair Bolsonaro, no qual o Presidente brasileiro conversa com um vendedor ambulante de Taguatinga, nos arredores de Brasília. A pandemia da Covid-19 já fez 159 vítimas mortais no país. Há registo de pelo menos 4579 infetados.

Trump admite endurecer medidas


Trump admite endurecer medidas

Nos Estados Unidos, o Presidente norte-americano que já tinha prolongado as medidas em vigor por mais um mês, revelou que parte da população já foi submetida a testes de diagnóstico. “Hoje alcançamos um marco histórico nesta guerra contra o coronavírus. Milhares de norte-americanos já foram testados, mais do que qualquer país. E testados com precisão”. Donald Trump acredita que será possível impedir a morte de um milhão de norte-americanos, devido ao novo coronavírus. Nos Estados Unidos o número de infetados já ultrapassa os 150 mil e mais de 2800 pessoas morreram vítimas da Covid-19.

França mantém isolamento social obrigatório


França mantém isolamento social obrigatório

O país está também a entrar no início do chamado pico da pandemia, com mais de três mil mortos registados. Quase três milhões de trabalhadores estão em lay-off, em França, um número que deve duplicar nos próximos 15 dias. Apenas 22 por cento da atividade francesa está a laborar. A correspondente da Antena 1 em Paris, Rosário Salgueiro, regista algumas diferenças no estado de emergência, comparando com o que acontece em Portugal.

Confinamento em Itália prolonga-se até à Páscoa


Confinamento em Itália prolonga-se até à Páscoa

Itália vai prolongar, pelo menos até à Páscoa, o confinamento imposto aos seus 60 milhões de habitantes, apesar do registo de sinais positivos no combate à pandemia da Covid-19. “Podemos esperar atingir o pico em sete a dez dias. Depois, assistiremos a um declínio no contágio”, reconheceu o vice-ministro da Saúde, Pierpaolo Sileri. No país, mais de 100 mil pessoas já foram infetadas pelo novo coronavírus, tendo sido registadas mais de 11 mil mortes. Mas o aumento de novos casos positivos hoje anunciado nunca foi tão baixo (812 mortes, + 4 por cento) e representa metade do valor de há quatro dias e quatro vezes menos do que há 15 dias.

Índia pulveriza com desinfetante os trabalhadores migrantes


Índia pulveriza com desinfetante os trabalhadores migrantes

Um grupo de trabalhadores migrantes foi “desinfetado” por pulverização, na cidade de Bareilly, no Estado indiano de Uttar Pradesh. O incidente ocorreu na segunda-feira e está a gerar polémica. São milhares de trabalhadores migrantes e famílias que têm retornado a casa e às terras de origem, depois de ter sido decretado pelo Governo indiano, na quinta-feira passada, um regime de confinamento total por 21 dias – como medida de prevenção de propagação do Covid-19 – e de milhares de pessoas terem ficado, em consequência, sem emprego.

Desemprego baixou em fevereiro


Desemprego baixou em fevereiro

A previsão do Instituto Nacional de Estatística revela que a estimativa de desemprego é de 6,5%, menos 0,2 pontos percentuais do que no mês anterior. Mas alerta que a informação divulgada ainda não reflete a atual situação causada pela pandemia de Covid-19. 

Prisão domiciliária para funcionários do SEF


Prisão domiciliária para funcionários do SEF

Ficaram em prisão domiciliária os três funcionários do SEF suspeitos da morte de um cidadão ucraniano, nas instalações do aeroporto de Lisboa. Os três arguidos não prestaram declarações no interrogatório judicial. O juiz determinou como medida de coação a obrigação de permanência na residência.

Tempo convida a ficar em casa em isolamento


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24 horas na vida de uma médica

24 horas na vida de uma médica

Desdobram-se em turnos, estão totalmente isolados da família, saem todos os dias de casa com a missão de curar e salvar, são os médicos. A RTP acompanhou 24 horas na vida de uma médica que está na primeira linha do combate à Covid 19. Elsa Rocha, uma médica internista contou, em exclusivo, à jornalista Mafalda Gameiro o que sente e que espera nos próximos tempos. “Às vezes parece que temos uma capa. Mas temos as nossa fragilidades. Somos seres humanos iguais aos outros”.



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