Posted: 28 Feb 2020 11:20 AM PST
O anúncio foi feito depois que o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, recebeu dados que mostram que nas últimas 24 horas a China registrou o menor número de casos em mais de um mês (329), com 78.959 no total. Mais de 36.000 pessoas também se recuperaram do COVID-19 somente na China, disse a OMS. Medo, boatos e estigma são os maiores inimigosEm declarações à imprensa nesta sexta-feira, o chefe da ONU, António Guterres, pediu a todos os governos que intensifiquem esforços e façam todo o possível para conter a doença, sem estigmatização e com respeito aos direitos humanos. Ele também pediu solidariedade e apoio global.Ecoando as palavras de Tedros, o secretário-geral da ONU enfatizou a importância da preparação, e não do pânico, e declarou que o “maior inimigo no momento não é o vírus. É o medo, são os boatos e o estigma”. Disseminação continuaO mundo continuou mostrando um aumento nas infecções, com 4.351 casos confirmados em 49 países e 67 mortes.Tedros disse que, embora o aumento do número de casos e de países afetados nos últimos dias seja preocupante, não havia evidências de que o vírus se espalhe livremente nas comunidades. Ele acrescentou que 24 casos de infecção foram exportados da Itália para 14 países e 97 casos foram exportados do Irã para 11 países. “O aumento contínuo do número de casos e o número de países afetados nos últimos dias são claramente preocupantes”, disse ele. “Nossos epidemiologistas têm monitorado esses desenvolvimentos continuamente e agora aumentamos nossa avaliação do risco de propagação e do risco de impacto do COVID-19 para muito alto no nível global.” Primeiro caso na África SubsaarianaNa Nigéria, onde o primeiro caso de infecção foi confirmado e isolado, a agência da ONU disse ter “grande confiança” de que o país poderá conter o vírus.Isso se deve ao fato de a Nigéria ter tido sucesso ao lidar com outros surtos de doenças, como a febre de Lassa e o sarampo — e investido significativamente para fazer isso, disse Mike Ryan, chefe para o Programa de Emergências em Saúde da OMS. Atualmente, mais de 20 vacinas estão em desenvolvimento em todo o mundo, juntamente com vários medicamentos terapêuticos; os primeiros resultados são esperados em semanas, disse Tedros. Responsabilidade pessoal é essencialEnquanto isso, a melhor coisa que as pessoas podem fazer é ser diligentes em relação à sua higiene pessoal, insistiu o chefe da agência de saúde da ONU, e ficar atentas aos sintomas, que incluem tosse seca e febre.Para a prevenção, é particularmente importante lavar as mãos com sabão ou álcool gel, espirrar ou tossir em um lenço ou na dobra do braço, e ficar em casa em caso de sintomas. Explicando as implicações da mais recente avaliação de ameaças, Ryan disse que, embora fosse o nível mais alto de alerta, o objetivo era incentivar os países a agir, em vez de alarmá-los. “Precisamos desacelerar esse vírus, porque os sistemas de saúde em todo o mundo — e quero dizer no Norte e no Sul — simplesmente não estão prontos. O risco de disseminação aumentou claramente, mas o risco de impacto também subiu por causa do que vemos em sistemas de saúde em todo o mundo.” Hora de agir“É hora de se preparar. É hora de agir, e as pessoas precisam fazer uma verificação da realidade agora e realmente entender que é necessária uma abordagem de todos os governos e sociedades.”Ecoando a necessidade de ações agressivas, como a implementada pela China, a Dra. Maria Van Kerkhove, da OMS, observou que outros países que seguiram sua liderança obtiveram sucessos semelhantes na contenção do vírus, resultando em um espaço valioso para a respiração de seus sistemas de saúde. |
Posted: 28 Feb 2020 10:28 AM PST
Clique para exibir o slide.No ano passado, as condições no maior centro de acolhimento para solicitantes de refúgio nas ilhas gregas eram sombrias. As pessoas careciam do básico em termos de higiene, banheiros, segurança e serviços médicos, e a Agência da ONU para Refugiados (ACNUR) pediu urgentemente por melhorias.
Desde então, as coisas em Moria se tornaram ainda mais difíceis. Sardar, um solicitante de refúgio do Afeganistão, sente os problemas na pele. Durante anos, ele trabalhou como médico em um hospital no norte do Afeganistão e morou em uma casa grande. Mas então ele foi forçado a fugir. Desde as últimas semanas, sua casa tem sido uma pequena tenda nos limites do centro. Ele mora lá com a esposa, os quatro filhos e o sogro, que ficou cego em um ataque de mísseis anos atrás e precisa de cuidados. “A vida é muito difícil aqui… As condições neste campo não são aceitáveis”, disse Sardar. Uma das principais razões para a escassez de recursos é a falta de agilidade na transferência de solicitantes de refúgio para acomodações apropriadas no continente. Enquanto mais pessoas continuam chegando, pouquíssimas conseguem sair, e os números continuam crescendo. Moria é o maior dos cinco centros nas ilhas gregas do Mar Egeu e se tornou um símbolo da resposta da Europa à chegada de solicitantes de refúgio e migrantes vindos em barcos da Turquia. O centro foi construído para abrigar cerca de 2.200 pessoas. No entanto, nos últimos meses a população da região aumentou para mais de 18.000 pessoas. A maioria dos recém-chegados, como Sardar, está alojada em abrigos improvisados em um olival próximo. Agora, a maioria das pessoas precisa andar mais e ficar na fila por horas para conseguir comida, água e tomar banho. Sacos de lixo estão espalhados por todo o centro e cortes de eletricidade são frequentes. No assentamento informal, cada banheiro é compartilhado por mais de 100 pessoas. Muitos adultos recorrem ao uso de fraldas à noite para evitar ter que deixar suas barracas e ir ao banheiro no escuro. O ACNUR está novamente pedindo à Grécia que intensifique os esforços para combater a superlotação e melhorar as condições no local. Em apelo ao governo grego, foi feito um pedido para que medidas emergenciais sejam adotadas para acelerar seus planos de transferir um número maior de solicitantes de refúgio para acomodações apropriadas no continente. “O ACNUR está pronto para ajudar com transferências para o continente e para encontrar maneiras rápidas de aumentar a capacidade de recepção, com assistência financeira para possibilitar que os solicitantes aluguem um apartamento, além de criar novos locais de acomodação”, afirmou o representante do ACNUR na Grécia, Philippe Leclerc. Sob o programa ESTIA (apoio emergencial à integração e acomodação, em tradução livre), financiado pela Comissão Europeia, o ACNUR e o governo grego estão apoiando alguns dos solicitantes de refúgio mais vulneráveis com 25.700 vagas em apartamentos em toda a Grécia, em parceria com prefeitos e ONGs. Mais de 90.000 solicitantes de refúgio e refugiados recebem assistência financeira mensalmente através do mesmo programa. Sardar está muito frustrado com esta situação. Como médico, ele se sente capaz de ajudar, mas suas qualificações são reconhecidas apenas em seu país de origem. Assim, ele passa a maioria dos dias em filas para coletar comida e água. Certo dia, ele foi com seus filhos a um ponto de coleta de água, mas as torneiras secaram e eles não foram capazes de encher suas garrafas de plástico. Caminhando de volta por uma trilha lamacenta, ele encontrou outro afegão, Abdul, de 67 anos, sentado em um banquinho do lado de fora de sua barraca. No Afeganistão, Abdul havia sido diagnosticado com câncer de pulmão. Abdul disse que foi tratado com nada além de paracetamol desde que chegou ao campo. Sardar só pôde examinar seus raios-X, segurando-os contra a luz do sol e depois encolher os ombros, impotente. Os médicos de Moria e do hospital local estão sobrecarregados. ONGs e médicos voluntários trabalham dia e noite. Mesmo assim, muitas vezes eles só conseguem atender os casos mais urgentes e até condições crônicas graves são deixadas sem tratamento. Apesar das condições, as pessoas fazem todo o possível para tornar a vida mais confortável para suas famílias. O lixo enche os becos, mas as barracas são mantidas limpas e arrumadas. As famílias fazem pão todos os dias em fornos que cavaram na terra. As crianças não recebem educação formal, mas muitas brincam, com bolinhas de gude ou de futebol. Ao mesmo tempo, muitas famílias enfrentam problemas que não podem resolver por conta própria. Um pai sírio conta sobre a sua filha de 4 anos que perdeu a audição há dois anos quando uma bala atingiu a casa da família no leste da Síria. Eles chegaram a Moria em outubro de 2019, mas foram informados de que precisam procurar um especialista em Atenas para um diagnóstico completo e possível tratamento. Por enquanto, eles não têm outra opção senão esperar. “As crianças da idade dela estão aprendendo as primeiras letras e falando corretamente e isso parte meu coração”, disse. “Ela não consegue ouvir para aprender.” As autoridades tentaram melhorar a situação das pessoas consideradas mais vulneráveis, como menores desacompanhados e mães solteiras. Mesmo assim, o aumento do número de recém-chegados significa que as pessoas forçadas a esperar pela ajuda de que precisam agora precisam aguardar ainda mais. O ACNUR está pedindo aos Estados-membros da União Europeia que demonstrem sua solidariedade e ajudem a aliviar a pressão com a realocação de solicitantes de refúgio. |
Posted: 28 Feb 2020 09:57 AM PST
Falando a professores e alunos da The New School, uma universidade na cidade de Nova Iorque, o chefe da ONU declarou-se feminista orgulhoso e pediu aos homens em todos os lugares apoio aos direitos das mulheres. “Assim como a escravidão e o colonialismo eram uma mancha nos séculos anteriores, a desigualdade das mulheres deveria nos envergonhar no século 21. Porque não é apenas inaceitável; é estúpido”, disse. Para o chefe da ONU, a desigualdade de gênero e a discriminação contra mulheres e meninas continuam sendo uma injustiça em todo o mundo. “Desde a ridicularização das mulheres como histéricas ou hormonais, até o julgamento rotineiro das mulheres com base em sua aparência; dos mitos e tabus que cercam as funções corporais naturais das mulheres, ao ‘mansplaining’ e à culpabilização da vítima — a misoginia está em toda parte”, disse ele. No cerne da questão está o poder, pois as estruturas de poder dominadas por homens sustentam tudo, desde economias nacionais, sistemas políticos, mundo corporativo e além. Mas ele ressaltou que o patriarcado também tem impacto sobre homens e meninos, prendendo-os em rígidos estereótipos de gênero, enquanto uma mudança sistêmica está muito atrasada. “É hora de parar de tentar mudar as mulheres e começar a mudar os sistemas que as impedem de alcançar seu potencial. Nossas estruturas de poder evoluíram gradualmente ao longo de milhares de anos. Uma evolução adicional está atrasada. O século 21 deve ser o século da igualdade para as mulheres”, afirmou. Problemas criados pelo homem, ‘soluções lideradas por humanos’O desmantelamento da desigualdade de gênero transformará o mundo, afirmou o chefe da ONU, e é fundamental para resolver desafios globais como conflitos e violência, assim como a crise climática.Também ajudará a diminuir a desigualdade digital, levar a uma globalização mais justa e aumentar a representação política. “A oportunidade dos problemas criados pelo homem — e eu escolho essas palavras deliberadamente — é que eles têm soluções conduzidas por humanos”, disse ele. Enquanto as Nações Unidas completam 75 anos este ano, o organismo global está adotando amplas medidas para apoiar os direitos das mulheres, continuou ele. O mês passado marcou o início de uma Década de Ação para alcançar os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), destinados a construir sociedades pacíficas, prósperas e inclusivas, além de proteger o planeta. A Década de Ação visa transformar instituições e estruturas, ampliar a inclusão e impulsionar a sustentabilidade. “Revogar leis que discriminam mulheres e meninas; aumentar a proteção contra a violência; diminuir a desigualdade na educação e no acesso às tecnologias digitais das meninas; garantir acesso total aos serviços e direitos de saúde sexual e reprodutiva e acabar com as disparidades salariais entre homens e mulheres são apenas algumas das áreas que estamos mirando”, disse ele. No nível pessoal, o secretário-geral da ONU se comprometeu a aprofundar seu compromisso de destacar e apoiar a igualdade de gênero durante o restante de seu mandato. Ele tomará medidas em nível global, como exigir mudanças de governos que têm leis discriminatórias, e dentro da ONU, fortalecendo o trabalho sobre os vínculos entre a violência contra as mulheres e a paz e a segurança internacionais. “A igualdade de gênero é uma questão de poder; poder que tem sido zelosamente guardado pelos homens por milênios. Trata-se de um abuso de poder que está prejudicando nossas comunidades, nossas economias, nosso meio ambiente, nossos relacionamentos e nossa saúde”, disse Guterres. |
Posted: 28 Feb 2020 09:26 AM PST
O WFP Brasil realizou avaliações recentes segundo as quais a alimentação escolar no país alcançou resultados importantes em muitas áreas. O número médio de dias de merenda escolar foi de 113 entre 2013 e 2015, ou 56,8% dos 199 dias letivos. Esse é um resultado significativo para um país de baixa renda que iniciou recentemente a transição da gestão de seu programa de alimentação escolar doméstico (HGSF) para o governo local. Para que isso se tornasse realidade, o escritório local do WFP apoiou etapas essenciais de fortalecimento da capacidade institucional do Ministério da Educação Básica e Secundária, do Ministério da Agricultura e da sociedade civil na gestão do programa e para aumentar a taxa de compras locais. Apesar dos importantes progressos alcançados, as partes locais interessadas ainda demandam apoio adicional do WFP para implementar o programa em grandes regiões do país. Para garantir a sustentabilidade, a diretora do escritório local do WFP, Wanja Kaaria, enfatiza que a preparação para a gestão do programa e sua entrega ao governo da Gâmbia é um elemento essencial no design de qualquer novo projeto de alimentação escolar. Mesmo que a capacidade dos Ministérios da Educação e da Agricultura ainda seja insuficiente para uma gestão totalmente eficaz do projeto, já estão em andamento apoios para um programa de alimentação escolar de propriedade nacional, incluindo uma rubrica orçamentária específica para a iniciativa no Orçamento Nacional (2018), com uma primeira provisão de 590 mil dólares. Um roteiro baseado em resultados para guiar os estágios restantes do fortalecimento da capacidade do Ministério da Educação está atualmente sendo preparado como parte da mobilização de recursos do WFP Brasil e do escritório do WFP no país. As avaliações também demonstram que o WFP realizou pilotos de sucesso no país. Os dados indicam que a modalidade de gestão escolar baseada em transferência de renda (CTB) é um bom modelo de baixo custo. Na Gâmbia, uma modalidade de CTB tem as seguintes vantagens: contribuir para uma boa nutrição e hábitos alimentares saudáveis dos estudantes; o cardápio da escola está em harmonia com a cultura local e a disponibilidade de alimentos e inclui legumes frescos produzidos localmente; depende de forte participação e propriedade da comunidade; apoia os agricultores locais através da compra de alimentos produzidos localmente. Este último item beneficia especialmente as mulheres rurais, que produzem 80% da cesta de alimentos consumidos nas escolas. Algumas conquistas já foram obtidas pelo WFP Brasil e pelo escritório do WFP no país na iniciativa conjunta de mobilização de fundos para apoiar e buscar recursos para o desenvolvimento. Essas conquistas incluem planejamento e financiamento estratégico (WFP, instituições nacionais e subnacionais têm recursos financeiros para realizar atividades de fortalecimento da capacidade para atender às metas de fome zero); projeto e entrega do programa das partes interessadas (melhorar a disponibilidade de alimentos para populações inseguras em áreas específicas, incluindo crianças em idade escolar e pequenos agricultores). As crianças em idade escolar podem ter acesso a alimentos adequados e nutritivos durante todo o ano, através do programa de alimentação escolar, e os pequenos agricultores podem ter acesso a alimentos através da renda gerada pela venda de sua produção aos mercados escolares). Há ainda o engajamento e a participação de atores não estatais (fornecer cadeia de suprimentos e apoio ao mercado, inclusive para alimentação escolar em casa, para pequenos agricultores aumentarem a produtividade e o acesso aos mercados, complementados pela criação de ativos da comunidade por meio de atividades de treinamento para capacidades duras e flexíveis). |
Posted: 28 Feb 2020 08:00 AM PST
A COP13 foi a primeira de uma série de reuniões internacionais relacionadas à natureza que serão realizadas em 2020 e que culminarão na Convenção sobre Diversidade Biológica (CDB) da ONU no final deste ano, quando será adotada uma nova estratégia global para a biodiversidade na próxima década — o Marco Pós-2020 de Biodiversidade. “Com a COP13, reconhecemos o importante papel da Convenção na proteção da natureza mundo afora. A CMS está posicionada para lidar exclusivamente com a conservação das espécies migratórias e seus habitats e contribuir para reverter as tendências de redução de espécies e biodiversidade no mundo”, disse a secretária-executiva da CMS, Amy Fraenkel. A COP13 foi a maior na história da Convenção, com 2.550 pessoas presentes, incluindo 263 delegados e delegadas representando 82 partes, 11 delegados e delegadas de cinco países que não fazem parte da Convenção, 50 representantes de agências das Nações Unidas, 70 representantes de ONGs internacionais, 127 representantes de ONGs nacionais e mais de 100 membros da mídia nacional e internacional. Dez novas espécies foram adicionadas aos apêndices da CMS na COP13. Sete foram adicionadas ao Apêndice I, que fornece proteção estrita aos seguintes animais: elefante asiático, onça-pintada, grande abetarda indiana, sisão bengalês, sisão, albatroz-das-antípodas e tubarão-galha-branca-oceânico. O urial, o tubarão-martelo-liso e o cação-bico-de-cristal foram listados para proteção no Apêndice II, que abrange espécies migratórias que têm um status de conservação desfavorável e se beneficiariam com a ampliação das ações internacionais de cooperação e conservação. Também foram acordadas ações conjuntas (novas e ampliadas) com planos de conservação direcionados para 14 espécies. A COP13 também adotou a Declaração de Gandhinagar, que enviará uma mensagem para a primeira sessão de negociação do Grupo de Trabalho Aberto sobre o Marco Pós-2020 de Biodiversidade, a ser realizada em Roma na próxima semana. A Declaração pede que espécies migratórias e que o conceito de “conectividade ecológica” sejam integrados e priorizados no novo Marco, que deve ser adotado na Conferência da ONU sobre Diversidade Biológica, em outubro. O primeiro relatório sobre o Estado das Espécies Migratórias apresentado à COP13, mostra que, apesar de algumas histórias de sucesso, a população da maioria das espécies migratórias cobertas pela CMS está em declínio. A COP13 concordou que deve ser feita uma revisão mais aprofundada para entender melhor o estado de cada espécie e as principais ameaças que elas enfrentam. “O primeiro relatório sobre o estado das espécies foi um verdadeiro alerta para a Convenção e as Partes reconheceram a importância de uma análise mais profunda”, afirmou Fraenkel. “A COP13 deu um mandato claro para preparar um relatório modelo sobre a situação das espécies migratórias, o que nos dará uma ideia melhor do que está acontecendo — e também será uma ferramenta necessária para entender onde precisamos focar nosso trabalho.” A COP também concordou com várias medidas políticas transversais para lidar com ameaças a espécies migratórias: Integrar as considerações sobre biodiversidade e espécies migratórias na política nacional de energia e clima e promover o uso de energia renovável ambientalmente correta; Fortalecer iniciativas para combater a matança, a captura e o comércio ilegais de aves migratórias; Mitigar os impactos da infraestrutura linear, como estradas e ferrovias, em espécies migratórias; Enfrentar o uso insustentável de proteína de animais selvagens aquáticos; Realizar uma revisão dos níveis de capturas acidentais de tubarões e raias e implementar medidas de mitigação de capturas acidentais de mamíferos marinhos nas operações nacionais de pesca; Aprofundar nossa compreensão da importância da cultura e da complexidade social dos animais para a conservação das espécies ameaçadas; Investigar o possível comércio de espécies do Apêndice I da CMS e as implicações para seu estado de conservação. Durante o relançamento do Programa de Embaixadores da CMS, dois embaixadores e uma embaixadora foram nomeados. O conservacionista de renome internacional Ian Redmond (para espécies terrestres), a exploradora e ambientalista premiada Sacha Dench (para espécies aviárias) e o ator indiano e ativista ambiental Randeep Hooda (para espécies aquáticas). Eles ajudarão a aumentar a sensibilização sobre o importante trabalho da CMS e sobre a situação das espécies migratórias. Sete Campeões de Espécies Migratórias foram reconhecidos durante um evento especial de alto nível às vésperas da conferência. No âmbito do Programa Campeão, a Alemanha, Índia, Itália, Mônaco, Noruega, Comissão Europeia e Agência do Meio Ambiente de Abu Dhabi foram saudados por suas generosas contribuições para as iniciativas da CMS. Os motivos variam desde a conservação da vida selvagem na África até a implementação de medidas para preservar a vida marinha. A Agência do Meio Ambiente de Abu Dhabi (EAD) e a CMS estenderam sua parceria de uma década para proteger os dugongos, as aves de rapina da África-Eurásia e outros animais migratórios classificados como de importância regional 3. Um acordo de doadores foi assinado durante um evento de alto nível no dia de abertura da COP13. A Etiópia aderiu ao Memorando de Entendimento sobre a Conservação de Aves de Rapina Migratórias na África e Eurásia da CMS (Raptors MOU, em inglês). O país é estratégico para a conservação de aves migratórias de rapina, dada a sua localização ao longo da rota da África Oriental, uma significativa rota de migração para milhões de aves de rapina. Além disso, o MOU para tubarões tem mais duas organizações colaboradoras – a Divers for Sharks e a Save Our Seas Foundation. Dois conjuntos de selos comemorativos foram emitidos na COP13. Um conjunto especial de selos da ONU com espécies migratórias ameaçadas resultou de uma colaboração da Administração Postal das Nações Unidas (AJONU), da Convenção sobre Espécies Migratórias (CMS) e da Convenção sobre o Comércio Internacional das Espécies da Flora e Fauna Selvagens Ameaçadas de Extinção (CITES). Durante a cerimônia de abertura na segunda-feira (24), o governo da Índia também emitiu uma edição especial de selos com a grande abetarda indiana — o mascote da COP13. Essa foi a primeira COP da CMS a ser inaugurada por um chefe de governo do país anfitrião. Em seu discurso de abertura, o primeiro-ministro indiano Narendra Modi observou que a conservação da vida selvagem e dos habitats faz parte do ethos cultural da Índia há muito tempo. A Índia, como anfitriã da COP13, assumirá o papel de Presidência da COP pelos próximos três anos. O primeiro-ministro Modi se comprometeu a focar na conservação de aves migratórias ao longo da Rota Central da Ásia e anunciou a criação de uma instalação para a realização de pesquisas e avaliações sobre conservação de aves migratórias e tartarugas marinhas, redução da poluição por microplásticos e plásticos descartáveis, áreas de proteção transfronteiriças e desenvolvimento de infraestruturas sustentáveis. Ele também destacou alguns dos esforços do país na conservação da vida selvagem, incluindo os emblemáticos tigre, leão, elefante asiático, leopardo da neve, rinoceronte-indiano e a grande abetarda indiana. “O governo da Índia e o estado de Gujarat foram excelentes anfitriões da COP13”, disse o secretário executivo Fraenkel. “O espírito de ‘Athithi Devo Bhava’ foi sentido por todas as pessoas das delegações presentes na conferência e sua mensagem subjacente – que também foi capturada no tema da COP13 – agora ressoará de Gandhinagar para o mundo: as espécies migratórias conectam o planeta e juntos as saudamos em casa!” |
Posted: 28 Feb 2020 07:33 AM PST
Durante a prática, são abordados os temas trabalhados pelo Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) nas capacitações dentro do projeto Prevenção e Redução da Gravidez Não Intencional na Adolescência nos Municípios do Oeste do Paraná, em parceria com a ITAIPU Binacional. Capitão Leônidas Marques faz parte do grupo de 51 municípios comprometidos com o projeto e que têm enviado profissionais de saúde, educação e assistência social para capacitações que buscam reforçar a rede de atendimento e aprimorar os conhecimentos sobre assuntos trabalhados no dia a dia no contato com adolescentes. Dessa forma, muitos dos temas trabalhados dentro das capacitações do projeto acabam sendo adaptados para serem abordados também nas atividades desenvolvidas com adolescentes. É o caso das aulas de ioga promovidas dentro do Centro de Convivência, da Secretaria de Assistência Social do município. “A gente usa o ioga com temas, abordando alimentação, cuidados pessoais, sexualidades, drogas”, explica a professora Roseli Inês Grizza. Segundo ela, como há atividades realizadas em conjunto com pais e responsáveis, a prática tem servido também como uma ferramenta de aproximação entre as famílias, estimulando debates que nem sempre são fáceis de serem iniciados em casa. Jailton de Oliveira tem 16 anos e participou das aulas e atividades promovidas em 2019 no Centro de Convivência junto com a mãe, Dulce Helena de Oliveira. Para ele, as aulas de ioga ajudam na socialização e no aprendizado sobre cuidados pessoais. “Sempre gostei da aula de ioga porque você interage sempre, aprende a relaxar, fica em harmonia com a natureza. A gente fala sobre o corpo, que não pode deixar estranho tocar, e sempre confiar para falar com alguém se acontece alguma coisa.” “É muito bom porque o que a gente não educa em casa, eles aprendem aqui”, completa a mãe de Jailton, Dulce. Para ela, as aulas também são uma oportunidade de pensar mais nela mesma. “Se você fica em casa, fica em função do trabalho. Quando venho aqui, me distraio. A aula só tem uma vez por semana, então tem que aproveitar.” “É muito bom porque aprende muita coisa, ocupa a cabeça. O adolescente vai crescendo e sabendo que tem que se cuidar, cuidar do próprio corpo”, completa Jurema da Silva, também participante do grupo e avó de Daniela Campos da Silva, de 14 anos, aluna do Centro de Convivência. “Se a gente não falar, a gente vai aprender com quem? A gente tem que aprender com os pais, a professora ensina bastante coisa. Eu gosto bastante, para a gente aprender mais do que a gente sabe”, completa a neta. Segundo a orientadora social do espaço, Gabrial Knecht dos Reis, as capacitações têm ajudado profissionais que trabalham com adolescentes a entender melhor alguns temas importantes do dia a dia, facilitando o contato e servindo de inspiração para diferentes atividades. “Em algumas aulas, consegui falar um pouco sobre a sexualidade e passar o que aprendi nas capacitações, falando com eles na linguagem deles. A gente tenta fazer com que saiam um pouco dessa rotina de ficar em casa e que aprendem algo para a vida”, afirma. Sobre o projetoIniciado em 2018, o projeto Prevenção e Redução da Gravidez Não Intencional na Adolescência nos Municípios do Oeste do Paraná é uma parceria entre o UNFPA e a ITAIPU Binacional.Ele prevê ações em quatro frentes: Comunicação, Saúde, Educação e Gestão do Conhecimento. O objetivo é trabalhar com os 51 municípios do oeste do Paraná que assinaram o termo de adesão ao projeto, trazendo uma experiência positiva ao realizar ações para a prevenção e redução da gravidez não intencional na adolescência. As ações têm foco no desenvolvimento socioeconômico, criando e ampliando oportunidades para que adolescentes e jovens ajudem na construção de serviços acolhedores de saúde e também tenham garantidas condições de ampliar suas habilidades para a vida e competências socioemocionais. |
Posted: 28 Feb 2020 07:07 AM PST
Embora os países tenham concordado em investir pelo menos 26 bilhões de dólares por ano até o final de 2020, em 2018 o total de investimentos foi de apenas 19 bilhões de dólares — um déficit de 7 bilhões de dólares e uma queda de 1 bilhão de dólares em relação a 2017. Trata-se de uma preocupante tendência de queda no financiamento geral para o HIV. No entanto, o argumento para investir na resposta à AIDS é forte. Uma análise recente dessa relação custo-benefício, usando a abordagem de renda total de Lamontagne et al. (2019), demonstrou o retorno econômico do fim da epidemia de AIDS. Os cálculos mostram que, sob a abordagem Fast-Track (Aceleração da Resposta) — segundo a qual um alto investimento inicial leva a grandes reduções em novas infecções por HIV e mortes relacionadas à AIDS —, cada dólar investido gera até 6,44 dólares em retornos econômicos em países de baixa e média renda. Mesmo em um cenário mais conservador de cobertura constante — em que o investimento na cobertura dos serviços relacionados ao HIV foi mantido constante nos níveis de 2015 e as novas infecções por HIV e mortes relacionadas à AIDS não caem — o retorno econômico de cada dólar investido ainda é positivo nos países de baixa e média renda: 2,55 dólares. A análise mostra variações entre diferentes regiões do mundo, oscilando, sob a abordagem Fast-Track (Aceleração da Resposta), de 1,05 dólar na Europa Oriental e Ásia central a 6,58 dólares na Ásia e no Pacífico. De qualquer forma, a mensagem central permanece: o investimento no HIV realmente compensa. |
politica evolutiva mundo laico pela separação da religião do estado por la separação de la religión del estado evolutionary secular political world ,the separation of religion from state Эволюционный светская политическая мир отделение религии от государства/العالم السياسي العلماني التطوري فصل الدين عن الدولة עולם פוליטי חילוני אבולוציונית הפרדת דת מהמדינה
domingo, 1 de março de 2020
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