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sexta-feira, 6 de março de 2020

Posted: 06 Mar 2020 12:09 PM PST
Posted: 06 Mar 2020 11:32 AM PST
Clique para exibir o slide.Ao longo do mês de março, o Aeroporto de Brasília (DF) exibe na entrada dos portões de embarque para voos domésticos frases em homenagem ao mês das mulheres.
“Aviação também é coisa de mulher”; “Ela não é um avião, ela é a comandante”; “Seja uma mulher que decole outras mulheres”; “Voe como uma garota”; “O mundo é pequeno para elas”; “Mulheres podem ir para onde quiserem” são algumas das frases exibidas.
Para a Inframerica, administradora do terminal brasiliense, trata-se de uma ação importante com o objetivo de inspirar não apenas as profissionais do setor de aviação, mas também todas as meninas e mulheres que nutrem o sonho de alçar voos cada vez mais altos.
A ação da concessionária conta com o apoio do Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA).
“Iniciativas como essas são muito importantes para demonstrar a necessidade de levantar e empoderar mulheres e meninas, de lutar pela igualdade de gênero. Este é um mês estratégico para quem trabalha com direitos humanos”, afirma Astrid Bant, representante do UNFPA no Brasil.
As frases serão exibidas em todos os portões das salas de embarque do aeroporto até 31 de março.
 
Posted: 06 Mar 2020 10:57 AM PST

Uma série de eventos nas Nações Unidas, nesta sexta-feira (6), marca de forma antecipada o Dia Internacional da Mulher, celebrado em 8 de março. Em 2020, o tema é “Eu sou a Geração Igualdade: concretizar os direitos das mulheres”.
Em mensagem em vídeo (acima), o secretário-geral da organização, António Guterres, faz um chamado urgente para ação que leve à igualdade de gênero. Para alcançar essa meta, o chefe da ONU diz que é essencial transformar as relações de poder quando a misoginia – o ódio às mulheres –, está em todas as partes.

Tabus

Essas manifestações são presentes, segundo o chefe da ONU, “desde o ridicularizar das mulheres como histéricas ou ‘hormonais’, até o julgamento sobre sua aparência, passando por mitos e tabus sobre as funções corporais delas, a atribuição da culpa e as chamadas ‘aulas de explicação’ (mansplaining) que os homens gostam de oferecer às mulheres sobre os mais variados tópicos”.
No pronunciamento, o secretário-geral sublinha que “o século 21 deve ser o século da igualdade para as mulheres”. O apelo a todos é que façam sua parte para torná-lo uma realidade.
Nesta sexta-feira, o chefe da ONU participa da celebração antecipada na sede da organização com representantes de várias gerações de ativistas que contribuíram na criação da Plataforma de Ação de Pequim que celebra 25 anos.

Roteiro

Foi a 4ª Conferência Mundial sobre as Mulheres, realizada em 1995 na capital chinesa, que adotou o roteiro que é considerado o mais progressista para dar poder a este grupo em nível global.
Um dos destaques da comemoração do Dia Internacional da Mulher nas Nações Unidas é o debate de questões ainda por resolver para o empoderamento feminino.
A professora Nina Ranieri, que coordena a Cátedra UNESCO de Direito à Educação da Universidade de São Paulo, relatou à ONU News, em Nova Iorque, como a desigualdade de gênero se reflete na carreira acadêmica.

Filhos

“As meninas, quando terminam o doutorado, estão na hora de ter filhos. É o começo da década delas, dos 30 anos. Isso retarda, atrasa a carreira, até ter os filhos. Que foi o que me aconteceu. A minha carreira docente começa aos 40 anos. É uma carreira tardia quando comparada com a dos meus colegas que antes dos 60 anos já chegaram a professor titular. Muito antes, com 40, 50 anos. E as mulheres não. Acaba se prolongando em virtude desses atrasos na carreira.”
Um novo relatório lançado pelas Nações Unidas que lidera o tema, a ONU Mulheres, destaca que o progresso rumo à igualdade de gênero está atrasado e os difíceis ganhos enfrentam ameaças.
O estudo lançado para marcar a celebração aponta que menos de dois terços das mulheres entre 25 e 54 anos exercem trabalho remunerado, em comparação com mais de 93% dos homens.
As mulheres continuam realizando grande parte dos cuidados não remunerados e domésticos, recebendo em média 16% a menos que os homens.

Soluções

Quanto à violência, 18% das mulheres sofreram esse tipo de atos de um parceiro íntimo no ano passado. As novas tecnologias aumentam a exposição a novas formas de violência como o assédio cibernético, sem soluções políticas à vista.
As desigualdades no setor de educação se refletem numa realidade de 32 milhões de meninas que continuam fora da escola. Na política, os homens ocupam três quartos dos assentos parlamentares.

O relatório destaca ainda a exclusão de figuras de sexo feminino dos processos de paz. As mulheres representam apenas 13% dos negociadores e 4% dos assinantes desses acordos.
As celebrações deste ano marcam ainda o 20º aniversário da resolução 1325 do Conselho de Segurança das Nações Unidas sobre mulheres, paz e segurança e a primeira década depois da criação da ONU Mulheres.
(Matéria da ONU News, de Nova Iorque)
 
Posted: 06 Mar 2020 10:21 AM PST
Participaram do encontro, representantes do Instituto Ethos, MSD e Semina. Foto: UNFPA Brasil/Juliana Soares
Participaram do encontro, representantes do Instituto Ethos, MSD e Semina. Foto: UNFPA Brasil/Juliana Soares
Discutir o atual cenário da saúde e dos direitos sexuais e reprodutivos no país e pensar em estratégias e ações para 2020. Estes foram os principais assuntos que guiaram o Comitê Diretivo da Aliança pela Saúde e pelos Direitos Sexuais e Reprodutivos no Brasil em reunião realizada na quinta-feira (5), em São Paulo (SP).
A aliança formada por empresas e organizações filantrópicas tem o Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) em seu secretariado executivo.
“Temos o prazer de apoiar o grupo e amadurecer esta iniciativa, dessa forma, propor ações concretas para o ano de 2020”, destacou a representante do UNFPA no Brasil, Astrid Bant. “Nosso papel é garantir que esta rede do setor privado tenha infraestrutura e base para avançar nessa importante pauta”, completou.
Para Kelly Aguilar, especialista sênior para relações governamentais da empresa de cuidados de saúde MSD Brasil, é importante que haja ações relacionadas ao tema da prevenção da gravidez não intencional na adolescência para 2020 e em diante.
“Um dos caminhos para tratar deste tema é abordá-lo pela perspectiva de ‘projetos de vida’ que oferecem alternativas à gravidez”, disse Aguilar.
Durante a reunião, foram lembrados os avanços da iniciativa em 2019, como o crescimento da campanha e o lançamento do edital Ela Decide — com foco em violência de gênero.
Outros projetos também foram abordados, como a Caravana Tá no Rumo , com foco em planejamento de vida para adolescentes, além de ações em Roraima com mulheres indígenas e não indígenas refugiadas e migrantes.
Também foram debatidos planos para 2020. Entre eles, o lançamento do segundo edital Ela Decide para apoiar pequenos projetos ligados à pauta da saúde e dos direitos sexuais e reprodutivos no Brasil, que ainda precisará obter recursos para sua execução, além de novos materiais e guias práticos com pauta semelhante direcionados ao ambiente corporativo.
Participaram do encontro, representantes do Instituto Ethos, MSD e Semina.
 
Posted: 06 Mar 2020 10:09 AM PST

 
Posted: 06 Mar 2020 09:55 AM PST
Em dezembro de 2017, a Assembleia Geral das Nações Unidas aprovou resolução criando a Década da ONU para a Agricultura Familiar (2019-2028). Foto: MDA
Em dezembro de 2017, a Assembleia Geral das Nações Unidas aprovou resolução criando a Década da ONU para a Agricultura Familiar (2019-2028). Foto: MDA
O escritório regional da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) para América Latina e o Caribe definiu novas datas para o ciclo de conferências online Série 2030 deste ano.
Em 2019, mais de 7 mil técnicos, profissionais e gestores públicos de 40 países participaram das quatro primeiras conferências da Série 2030, relacionadas a sistemas alimentares, inclusão social, mudanças climáticas e agricultura familiar.
Cerca de 2,5 mil participantes receberam certificados e, em cada evento, cerca de 700 novos alunos da academia, administração pública, ONGs e organizações internacionais aderiram.
As inscrições estão abertas para participar da quinta conferência online – “Série 2030: Desenvolvimento territorial e seus desafios institucionais”. A conferência será realizada na quinta-feira (12), às 12h (horário de Brasília), e será ministrada por Ángela Penagos (Centro Latino-Americano para o Desenvolvimento Rural da Colômbia) e Arilson Favareto (Universidade Federal do ABC), com moderação de Carolina Trivelli (Instituto de Estudos Peruanos).
Os documentos tratados neste momento serão 31, A Agenda 2030 e a transformação dos territórios rurais: um desafio para as instituições latino-americanas; e 32, Desenvolvimento Territorial Rural na América Latina e no Caribe.
As Conferências Online – Série 2030, organizadas pelo escritório regional da FAO para a América Latina e o Caribe e pelo Instituto de Estudos do Peru (IEP), apresentam uma coleção de 30 documentos que reúnem trabalhos de mais de 90 especialistas regionais e internacionais dedicados a futuro da agricultura, da alimentação e do desenvolvimento rural.
Clique aqui para participar da conferência.
 
Posted: 06 Mar 2020 09:37 AM PST
No campo de Moria, na ilha de Lesvos, no norte da Grécia, uma frase expressa o desejo de milhões de refugiados e migrantes pelo mundo: ‘Movimento de Liberdade’. Foto: Gustavo Barreto (2016)
No campo de Moria, na ilha de Lesbos, no norte da Grécia, uma frase expressa o desejo de milhões de refugiados e migrantes pelo mundo: ‘Movimento de Liberdade’. Foto: Gustavo Barreto (2016)
Agência da ONU para Refugiados (ACNUR) emitiu comunicado na quinta-feira (5) no qual pede alívio das tensões na fronteira da Turquia com a União Europeia, tendo em vista o aumento atual de deslocamentos de pessoas no país — incluindo refugiados e solicitantes de refúgio.
O ACNUR disse estar monitorando o desdobramento dos acontecimentos na Turquia e na Grécia e oferecendo apoio aos países. “Como em todas as situações como essa, é importante que as autoridades evitem quaisquer medidas que possam aumentar o sofrimento das pessoas vulneráveis.”
“Todos os Estados têm o direito de controlar suas fronteiras e gerenciar movimentos irregulares, mas, ao mesmo tempo, devem abster-se de usar força excessiva ou desproporcional e manter sistemas para lidar com solicitantes de refúgio de maneira ordenada.”
Segundo o ACNUR, nem a Convenção de 1951, relativa ao estatuto dos refugiados, nem a lei da União Europeia para os refugiados fornecem qualquer base jurídica para a suspensão da recepção de pedidos de refúgio.
Nas fronteiras entre a Turquia e a UE, o ACNUR está trabalhando com parceiros nacionais (Crescente Vermelho Turco, Organização Internacional para as Migrações e Fundo das Nações Unidas para a Infância), avaliando a situação e fornecendo assistência humanitária quando necessário.
Os grupos lá incluem sírios, afegãos, iranianos, sudaneses e outras nacionalidades, incluindo mulheres, crianças e famílias que chegam em condições precárias.
Na Grécia, as equipes do ACNUR relataram a chegada de cerca de 1.200 pessoas nos dias 1 e 2 de março nas ilhas do Egeu Oriental (Lesbos, Chios, Samos) – número acima da taxa diária recente. O ACNUR reabasteceu os estoques de alimentos secos e cobertores para apoiar os recém-chegados e confirmou que outros atores têm itens adicionais em estoque.
“A Grécia e outros Estados na fronteira externa da UE não devem enfrentar sozinhos essa questão. Recursos, capacidade e solidariedade europeus contínuos são necessários para aumentar a resposta da Grécia”, afirmou o ACNUR.
“Ao mesmo tempo, o apoio internacional à Turquia, que já abriga milhões de refugiados, bem como a outros países vizinhos à Síria, deve ser mantido e intensificado.”
Embora a situação nas fronteiras ocidentais da Turquia e na Grécia e o movimento de milhares de pessoas sejam preocupantes, o desastre humanitário que se desenrola no noroeste da Síria e as enormes necessidades humanitárias em Idlib para cerca de 950 mil pessoas deslocadas internamente continuam exigindo ações urgentes, disse o ACNUR.
 
Posted: 06 Mar 2020 09:23 AM PST
Segundo a OMS, os morcegos são os mais prováveis transmissores ​​do COVID-19. Porém, também é possível que o vírus tenha sido transmitido aos seres humanos a partir de outro hospedeiro intermediário, seja um animal doméstico ou selvagem. Foto: PNUMA
Segundo a OMS, os morcegos são os mais prováveis transmissores ​​do COVID-19. Porém, também é possível que o vírus tenha sido transmitido aos seres humanos a partir de outro hospedeiro intermediário, seja um animal doméstico ou selvagem. Foto: PNUMA
As doenças transmitidas de animais para seres humanos estão em ascensão e pioram à medida que habitats selvagens são destruídos pela atividade humana. Cientistas sugerem que habitats degradados podem incitar e diversificar doenças, já que os patógenos se espalham facilmente para rebanhos e seres humanos.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) relata que um animal é a provável fonte de transmissão do coronavírus de 2019 (COVID-19), que infectou milhares de pessoas em todo o mundo e pressionou a economia global.
Segundo a OMS, os morcegos são os mais prováveis transmissores ​​do COVID-19. Porém, também é possível que o vírus tenha sido transmitido aos seres humanos a partir de outro hospedeiro intermediário, seja um animal doméstico ou selvagem.
Os coronavírus são zoonóticos, o que significa que são transmitidos de animais para pessoas. Estudos anteriores constataram que a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS, em inglês) foi transmitida de gatos domésticos para seres humanos, enquanto a Síndrome Respiratória do Oriente Médio passou de dromedários para humanos.
“Portanto, como regra geral, o consumo de produtos de origem animal crua ou mal cozida deve ser evitado. Carne crua, leite fresco ou órgãos de animais crus devem ser manuseados com cuidado para evitar a contaminação cruzada com alimentos não cozidos”, comunicou a OMS.
A declaração veio alguns dias antes de a China tomar medidas para coibir o comércio e o consumo de animais silvestres.
“Os seres humanos e a natureza fazem parte de um sistema interconectado. A natureza fornece comida, remédios, água, ar e muitos outros benefícios que permitiram às pessoas prosperar”, disse Doreen Robinson, chefe para a Vida Selvagem no Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA).
“Contudo, como acontece com todos os sistemas, precisamos entender como este funciona para não exagerarmos e provocarmos consequências cada vez mais negativas”, complementou.
O relatório “Fronteiras 2016 sobre questões emergentes de preocupação ambiental” do PNUMA mostra que as zoonoses ameaçam o desenvolvimento econômico, o bem-estar animal e humano e a integridade do ecossistema.
Nos últimos anos, várias doenças zoonóticas emergentes foram manchete no mundo por causarem ou ameaçarem causar grandes pandemias, como ebola, gripe aviária, febre do Vale do Rift, febre do Nilo Ocidental e zika vírus.
Segundo esse relatório, nas últimas duas décadas, as doenças emergentes tiveram custos diretos de mais de 100 bilhões de dólares, podendo saltar para vários trilhões de dólares caso os surtos tivessem se tornado pandemias humanas.
Para impedir o surgimento de zoonoses, é fundamental endereçar as múltiplas ameaças aos ecossistemas e à vida selvagem, entre elas, a redução e fragmentação de habitats, o comércio ilegal, a poluição, a proliferação de espécies invasoras e, cada vez mais, as mudanças climáticas.
 
Posted: 06 Mar 2020 07:12 AM PST
Exposição “Alguns eram vizinhos” no Centro Cultural da Justiça Federal. A mostra é produzida em parceria com o Museu Memorial do Holocausto dos Estados Unidos. Foto: UNIC Rio/Joana Berwanger
Exposição “Alguns eram vizinhos” no Centro Cultural da Justiça Federal. A mostra é produzida em parceria com o Museu Memorial do Holocausto dos Estados Unidos. Foto: UNIC Rio/Joana Berwanger
A mostra fotográfica “Alguns eram vizinhos”, produzida em parceria com o Museu Estadunidense em Memória do Holocausto e o Programa Educacional da ONU sobre o Holocausto, foi prorrogada no Centro Cultural da Justiça Federal do Rio de Janeiro até o dia 29 de março. Realizada pelo Centro de Informação das Nações Unidas para o Brasil (UNIC Rio), a exposição traz reflexões sobre o que as pessoas fizeram – ou deixaram de fazer – durante o período da Segunda Guerra Mundial, em atitudes que ajudaram – ou não – vítimas do antissemitismo e do nazismo.
Aberta em 28 de janeiro, a mostra já recebeu mais de 8 mil visitantes e permanecerá em cartaz até o dia 29 de março, com horário de visitação das 12 às 19h, de terça a domingo, e entrada franca.
O Programa Educacional da ONU sobre o Holocausto foi estabelecido pela Assembleia Geral da ONU em 2005 para encorajar a sociedade civil a participar da memória e educação sobre o Holocausto, como forma de ajudar a prevenir futuros atos genocidas. As Nações Unidas lembram as vítimas do holocausto a cada 27 de janeiro, data em que as tropas soviéticas libertaram os prisioneiros do Campo de Concentração e Extermínio Nazista Alemão Auschwitz Birkenau (1940-1945).
SERVIÇO
Centro Cultural da Justiça Federal no Rio de Janeiro – Galerias do 1º andar
Av. Rio Branco, 241 – Centro
Rio de Janeiro
De 3ª a domingo, das 12h às 19h, até 29/03/2020 – Entrada franca.
 
Posted: 06 Mar 2020 06:32 AM PST
Mulheres em Bangladesh pedem igualdade de gênero. Foto: UNICEF/Jannatul Mawa
Mulheres em Bangladesh pedem igualdade de gênero. Foto: UNICEF/Jannatul Mawa
O relatório “Revisão dos direitos das mulheres, 25 anos depois de Pequim” (disponível em inglês) faz um balanço sobre como está sendo implementado o plano de igualdade de gênero adotado pelos países em 1995, a Plataforma de Ação de Pequim, que exige mais paridade e justiça.
O documento cita um progresso vacilante e observa que os avanços conquistados com muito esforço estão sendo revertidos pela desigualdade desenfreada, pelas mudanças climáticas, pelos conflitos e pelas políticas de exclusão.
A análise destaca a falta de ação eficaz para aumentar a representação das mulheres nas principais decisões e alerta que a Plataforma nunca será realizada se todas as mulheres e meninas não forem reconhecidas e priorizadas.

Nenhum país alcançou a igualdade de gênero

“A análise dos direitos das mulheres mostra que, apesar de alguns progressos, nenhum país alcançou a igualdade de gênero”, disse Phumzile Mlambo-Ngcuka, diretora-executiva da ONU Mulheres.
Lembrando que “a igualdade não é apenas um quarto dos assentos nas mesas de poder”, ela afirmou que esta, no entanto, é “a realidade atual da representação das mulheres, em geral”.
Os homens ocupam 75% de todos os assentos parlamentares, 73% dos cargos administrativos, compõem 70% dos negociadores climáticos, bem como a maioria dos postos de manutenção da paz.

“Apenas metade é uma parcela igual e apenas igual é suficiente”, enfatizou a chefe da ONU Mulheres.

É possível mudar em meio a ‘oportunidades sem precedentes’

Apesar dos desafios globais sem precedentes, o relatório também prova que é possível uma mudança positiva, citando movimentos feministas globalmente; ilustrando o sucesso das ações coletivas das mulheres pela responsabilização por crimes contra elas; e apresentando iniciativas bem-sucedidas na ampliação dos serviços públicos para atender aos direitos das mulheres — desde o aumento do acesso à contracepção e cuidados infantis, à redução da violência doméstica e ao aumento da participação das mulheres na política e na construção da paz.
O relatório também destaca os avanços desde a adoção da Plataforma de Pequim, ou seja, mais meninas na escola, menos mulheres morrendo no parto, mais mulheres nos parlamentos e um maior número de leis que apoiam a igualdade para as mulheres.
Mlambo-Ngcuka disse: “2020 apresenta uma oportunidade sem precedentes de mudar as coisas para as gerações atuais e futuras de mulheres e meninas”.
Para acelerar o progresso durante a Década de Ação da ONU, ela apontou para a campanha Geração Igualdade de sua agência, que visa “entregar resultados revolucionários e promover a igualdade para mulheres e meninas”.
No sentido de intensificar mudanças sistêmicas e duradouras, a igualdade de gênero deve ser mais bem financiada para aproveitar a tecnologia e a inovação e garantir o desenvolvimento inclusivo de mulheres e meninas que enfrentam múltiplas formas de discriminação.

2020: um ano marcante para a igualdade de gênero

Além do 25º aniversário da Conferência de Pequim, o ano terá:
  • 64ª Sessão da Comissão sobre o Status da Mulher.
  • Fórum da Geração Igualdade no México, em maio, e na França, em julho.
  • Reunião de alto nível da 75ª Assembleia Geral da ONU sobre igualdade de gênero, em setembro.
  • 20º aniversário da Resolução 1325 do Conselho de Segurança sobre mulheres, paz e segurança, em outubro.
  • O marco de cinco anos dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).
  • 10º aniversário da ONU Mulheres.
 
Posted: 06 Mar 2020 05:58 AM PST
A instalação da Infinity Classroom na praça principal da sede da ONU visa dar visibilidade à crise global da educação. (26 de setembro de 2019). Foto: TheirWorld
A instalação da Infinity Classroom na praça principal da sede da ONU visa dar visibilidade à crise global da educação. (26 de setembro de 2019). Foto: TheirWorld
O fechamento de escolas em 13 países devido à epidemia do novo coronavírus COVID-19 interrompeu a educação de mais de 290 milhões de estudantes, um número recorde, informou a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) na quinta-feira (5).
As crianças desfavorecidas são as mais atingidas pelas medidas de emergência, declarou a diretora geral da UNESCO, Audrey Azoulay.
“Embora o fechamento temporário de escolas como resultado de crises de saúde e outras não seja novo, infelizmente, a escala e a velocidade globais da atual perturbação educacional são sem precedentes e, se prolongada, pode ameaçar o direito à educação”.
Outros nove países implementaram fechamentos escolares localizados: a UNESCO estima que, se esses países fecharem escolas em todo o país, mais 180 milhões de crianças serão impedidas de frequentar a escola.
Dados oficiais da UNESCO mostram que a grande maioria dos alunos afetados está na China (mais de 233 milhões), seguida pelo Japão (quase 16,4 milhões) e Irã (mais de 14,5 milhões).
A agência alerta que o fechamento de escolas é problemático por várias razões. Eles afetam negativamente a aprendizagem; diminuem a produtividade econômica, à medida que os pais passam a ter dificuldades para equilibrar os compromissos de trabalho com os cuidados com as crianças; e ampliam a desigualdade, pois famílias desfavorecidas tendem a ter níveis mais baixos de educação e menos recursos para preencher as lacunas de aprendizado.
Outras consequências negativas incluem má nutrição (muitas crianças dependem de refeições escolares gratuitas ou com desconto), tensões não intencionais nos sistemas de saúde (as mulheres representam uma grande parcela dos profissionais de saúde em muitos países e muitas vezes têm que faltar ao trabalho quando as escolas fecham, para cuidar de seus filhos) e aumento da evasão escolar (é um desafio garantir que as crianças retornem à escola após o fechamento).
Azoulay disse que a UNESCO está trabalhando com países para garantir a continuidade do aprendizado para todos. A agência está ajudando a implementar programas de ensino à distância em larga escala e planeja convocar uma reunião de emergência de ministros da Educação na próxima semana.
Em coletiva de imprensa, Tedros Adhanon Ghebreyesus, chefe da Organização Mundial da Saúde (OMS), alertou que alguns países não estão levando o surto a sério o suficiente ou decidiram que não há nada que possam fazer para detê-lo.
Tedros insistiu que a epidemia pode ser adiada, mas somente se houver uma “abordagem coletiva, coordenada e abrangente que envolva todo o mecanismo do governo”.
Observando que os países estão planejando cenários semelhantes há algum tempo, o chefe da OMS os convocou a ativar seus planos e disse que as principais lideranças devem coordenar todas as partes do governo, incluindo segurança, diplomacia, finanças e transporte.
Nas últimas 24 horas, a China registrou 143 novos casos, a maioria na província de Hubei. Fora da China, 2.055 casos foram relatados em 33 países. Isso eleva o número total de casos globais para 95.265, com 3.281 mortes. Cento e quinze países não relataram nenhum caso.
 

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