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quarta-feira, 25 de março de 2020

EM QUARENTENA: Com 57 mortes, governadores mantêm isolamento social, em oposição a Bolsonaro

25 DE MARÇO DE 2020
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Olá, boa noite.

Confira as principais notícias sobre a pandemia de coronavírus.

Boa leitura!
O pronunciamento do presidente Jair Bolsonaro desencadeou uma crise pública entre o Palácio do Planalto e os governadores do país. Pela manhã, Bolsonaro acusou os chefes do Executivo nos estados de fazer “demagogia barata” com a adoção de medidas restritivas contra a pandemia de coronavírus. Em seguida, trocou acusações com o governador de São Paulo , João Doria, em videoconferência que incluiu Wilson Witzel (Rio de Janeiro), Romeu Zema (Minas Gerais) e Renato Casagrande (Espírito Santo). À tarde, governadores debateram a crise política. Líderes dos nove estados do Nordeste anunciaram que vão manter as medidas e cobraram a liderança de Bolsonaro.

O que foi dito: Bolsonaro defendeu a adoção de “isolamento vertical”, em que apenas os idosos ficam confinados, projetou caos econômico e disse que há riscos de o país pode “sair da normalidade democrática”. Nos bastidores. a equipe econômica trabalha com projeções de encerramento gradual da quarentena a partir de 7 de abril.

Reação: o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, declarou rompimento com Bolsonaro. Witzel disse que o teor do pronunciamento “não encontra eco na sociedade”. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, sugeriu que Bolsonaro mudou de postura por pressão de investidores da Bolsa de Valores. No Congresso, parlamentares reagiram com críticas ao presidente. Em contrapartida, o prefeito do Rio, Marcelo Crivella, anunciou que vai reabrir lojas de material de construção e de conveniência em postos de gasolina.

Em paralelo: o ministro Luiz Henrique Mandetta (Saúde) alinhou o tom com o presidente e chegou a chamar a Covid-19 de “virose”. Na contramão de Bolsonaro, o vice-presidente Hamilton Mourão disse que a posição do governo é a defesa do isolamento social — ele fez sinal de reprovação quando Bolsonaro criticou Doria ( assista ao vídeo).

Repercussão internacional: o pronunciamento de Bolsonaro foi manchete na imprensa estrangeira. Jornais de diversos países apontaram que Bolsonaro se isolou politicamente ao rejeitar medidas de prevenção à pandemia. Questionado sobre as declarações, o comando da Organização Mundial da Saúde reforçou pedido para que as pessoas fiquem em casa.

Memória: há um mês, quando a Itália registrava 17 mortos, o primeiro-ministro Giuseppe Conte, preocupado com a economia, contestou o fechamento de escolas e do comércio. Estabelecimentos comerciais voltaram a abrir. Quando as mortes começaram a subir, o governo decretou quarentena obrigatória. Era tarde: o país se tornou o epicentro da pandemia e já tem 7.500 mortos, o dobro da China. Conte pediu, hoje, que todos os países sejam rigorosos contra a Covid-19.
Ao atualizar o número de mortes para 57 e o de contágios para 2.433, o Ministério da Saúde anunciou que vai liberar a partir de sexta-feira 3,4 milhões de unidades de cloroquina , medicamento para malária que poderá ser usado em pacientes graves de coronavírus. O governo elaborou um protocolo — o remédio precisa ser aplicado em hospital e monitorado por médicos — e alertou que a substância não pode ser usada como prevenção, nem é indicada para sintomas leves. Cientistas ainda realizam pesquisas para comprovar a eficácia do medicamento no combate à Covid-19.

Panorama no Brasil: as regiões Norte, Nordeste e Sul registraram as primeiras mortes relacionadas à pandemia. PernambucoAmazonas e Rio Grande do Sul têm um óbito cada. São Paulo concentra os casos fatais (48) e de contaminações (862). O Rio tem seis mortes e 370 pessoas infectadas. Veja o mapa do contágio no Brasil.

Outro olhar: a Covid-19 avança mais depressa no Brasil do que a maioria das previsões indicava . Cientistas alertam que o vírus se propaga mais rapidamente do que se projetava há 20 dias em São Paulo, no Rio e em Brasília — as três cidades são eixos da disseminação da infecção para outras partes do país. Enquanto isso, uma pesquisa na Inglaterra estima que os casos notificados no Brasil representam apenas 11% do número real de contágios no país.
Assim como a Itália, a Espanha superou o número de mortes por coronavírus registrado na China. Os espanhóis contabilizam 3.434 vítimas fatais — 738 nas últimas 24 horas, o recorde diário — e mais de 47 mil contaminados. Os italianos alcançaram 7.500 mortes. A França também tem visto o aumento dos casos fatais da Covid-19: já são mais de 1.300, mas autoridades de saúde do país admitem que o número é muito maior do que os dados oficiais. E a Alemanha, que tem 149 óbitos, disse que o país ainda está na fase inicial da epidemia.

Panorama nos EUA: os Estados Unidos chegaram a 60 mil casos de coronavírus e se aproxima do cenário da Itália, com 70 mil contágios. Nova York continua sendo o foco de infecções mais grave, com metade das notificações da doença no país. Mais de 800 pessoas morreram.

Mobilização global: a ONU apresentou um plano humanitário para ajudar países mais vulneráveis à pandemia. A organização pediu ajuda para formar um fundo de US$ 2 bilhões, que financiará iniciativas em nações da América do Sul, África, Ásia e Oriente Médio. O Banco Mundial e o Fundo Monetário Internacional também pediram aos credores um alívio na dívida de países pobres.
NO BRASIL
2.433
CONFIRMADOS
57
MORTOS
NO MUNDO
466.836
CONFIRMADOS
21.152
MORTOS
Cursos online e conferências virtuais com amigos estão entre as dicas para encarar o distanciamento social
5 notícias importantes do dia
Enem 2020: o governo avalia adiar o exame, previsto para outubro, por causa dos atrasos nos cronogramas das escolas. Secretários estaduais de Educação decidiram manter aulas suspensas.
Recursos estaduais: após São Paulo e Bahia, Paraná e Maranhão obtiveram no STF a suspensão do pagamento de parcelas da dívida com a União. Os estados devem usar o dinheiro no combate ao coronavírus.
Mutirão: Witzel anunciou a distribuição de cestas básicas para 1 milhão de famílias que estão na extrema pobreza, pobreza e de baixa renda.
Socorro nos EUA: o Congresso e a Casa Branca chegaram a um acordo sobre pacote de US$ 2 trilhões para ajudar trabalhadores, pequenos negócios e corporações durante a crise global.
Surto no Reino Unido: o príncipe Charles, de 71 anos, testou positivo e apresenta sintomas “brandos” da Covid-19.
Vídeo explica como é o embate interno e as armas do corpo para enfrentar o coronavírus
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