Powered By Blogger

quinta-feira, 14 de junho de 2018

Boletim diário da ONU Brasil: “Países da ONU firmam compromisso para melhorar saúde de 3 bilhões de pessoas até 2023” e 10 outros.

Boletim diário da ONU Brasil: “Países da ONU firmam compromisso para melhorar saúde de 3 bilhões de pessoas até 2023” e 10 outros.

Link to ONU Brasil

Posted: 29 May 2018 02:28 PM PDT
Delegações de 194 países se reuniram em Genebra, na sede da OMS, para a 71ª Assembleia Mundial da Saúde. Foto: OMS
Delegações de 194 países se reuniram em Genebra, na sede da OMS, para a 71ª Assembleia Mundial da Saúde. Foto: OMS
Em Genebra para a 71ª Assembleia Mundial da Saúde, delegações de 194 países concordaram na semana passada em levar mais saúde, prevenção e atendimento para 3 bilhões de pessoas até 2023. Metas firmadas junto à Organização Mundial da Saúde (OMS) visam garantir que nos próximos cinco anos, 1 bilhão de pessoas sejam incluídas em sistemas de cobertura universal, 1 bilhão de indivíduos estejam mais bem protegidos contra emergências e 1 bilhão de cidadãos tenham saúde e bem-estar melhores.
Concluído no último sábado (26), o encontro entre representantes dos países-membros da OMS definiu o plano de trabalho da agência da ONU para os próximos cinco anos. Dirigentes também adotaram resoluções sobre temas específicos, como resposta a emergências, saúde digital, cólera, poliomielite, tuberculose, doenças crônicas não transmissíveis, nutrição, atividade física, escassez de medicamentos e vacinas e os altos índices de picadas de cobras.
“A saúde tem o poder de transformar a vida de um indivíduo, mas também tem o poder de transformar famílias, comunidades e nações”, disse o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, durante o encerramento da assembleia.
“O compromisso que testemunhei nesta semana me dá muita esperança e confiança de que, juntos, podemos promover a saúde, manter o mundo seguro e servir os que estão em situação de vulnerabilidade”, acrescentou.
Conheça as resoluções e compromissos aprovados na sede do organismo internacional, na Suíça:

Nutrição

Os delegados renovaram por unanimidade seu compromisso de investir e ampliar as políticas de nutrição para melhorar a alimentação de bebês e crianças pequenas. Segundo avaliação dos próprios Estados-membros, o progresso tem sido lento e desigual para cumprir as metas da Assembleia Mundial da Saúde sobre o tema.
Apesar dos desafios, países identificaram um pequeno avanço na redução da baixa estatura para a idade. O número de crianças com menos de cinco anos que têm esse problema caiu de 169 milhões em 2010 para 151 milhões em 2017.
A OMS está liderando ações para melhorar a nutrição, incluindo uma iniciativa mundial para tornar todos os hospitais amigáveis aos bebês, ampliar a prevenção da anemia em meninas adolescentes e prevenir o sobrepeso entre crianças por meio do aconselhamento sobre alimentação complementar.

Regulamento Sanitário Internacional

Os delegados receberam com satisfação um plano estratégico quinquenal que foi proposto pela OMS para melhorar a resposta a problemas de saúde pública. O Regulamento Sanitário Internacional é um instrumento legal e vinculante para 196 países. Seu objetivo é ajudar os países a prevenir e a responder a situações de risco grave, que têm o potencial de atravessar fronteiras e ameaçar pessoas em todo o mundo.
Em 2017, a OMS registrou um total de 418 ocorrências de saúde pública em seu sistema de gerenciamento. No relatório, a fonte inicial de 136 desses episódios foram agências governamentais nacionais, incluindo Pontos Focais Nacionais do Regulamento Sanitário Internacional.

Saúde digital

Os delegados concordaram com uma resolução sobre saúde digital, que convoca os Estados-membros a priorizar o desenvolvimento e o maior uso das tecnologias na saúde. Ferramentas foram descritas como meio de promover a cobertura universal de saúde e avançar nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas, os ODS.
A OMS terá que desenvolver uma estratégia global sobre saúde digital e apoiar o aumento de escala dessas tecnologias nos países, fornecendo assistência técnica e orientação normativa, monitorando tendências e promovendo as melhores práticas para ampliar o acesso aos serviços de saúde.
A resolução também pede aos governos que identifiquem áreas prioritárias nas quais se beneficiariam da assistência da OMS. Entre os campos de eventual atuação da agência da ONU, estão implementação, avaliação e ampliação de serviços e aplicações de saúde digital, segurança de dados, questões éticas e legais.
Um exemplo de tecnologia de saúde digital já existente é o uso de mensagens de texto de celular para promover mudanças positivas de comportamento, tendo em vista a prevenção e o gerenciamento de doenças como o diabetes.

Picadas de cobra

Os delegados concordaram com uma resolução que visa reduzir o número de pessoas em todo o mundo que morrem ou vivem com problemas físicos ou mentais causados pela picada de cobras. Por ano, 2,7 milhões de pessoas são mordidas por cobras venenosas. De 81 mil a 138 mil pessoas morrem por causa do contato com as substâncias peçonhentas. Para cada indivíduo que morre após uma picada de cobra, outras quatro ou cinco apresentam deficiências como cegueira, mobilidade restrita ou amputação, além de desenvolverem transtorno de estresse pós-traumático.
Reconhecendo a necessidade urgente de melhorar o acesso a soros seguros e eficazes, os delegados chamaram a OMS a acelerar os esforços mundiais para controlar o envenenamento por picadas de cobras.

Atividade física

Os representantes nacionais endossaram o Plano de Ação Mundial da OMS sobre Atividade Física, uma nova iniciativa que busca estimular a prática de exercícios por pessoas de todas as idades. Com isso, a estratégia visa combater doenças crônicas não transmissíveis, incluindo as cardíacas, acidentes vasculares cerebrais, diabetes, câncer de mama e câncer do colo do útero.
Mundialmente, 23% dos adultos e 81% dos adolescentes com idade entre 11 e 17 anos não atendem às recomendações mundiais sobre atividade física. A prevalência da inatividade chega a 80% em algumas populações adultas, influenciadas por mudanças nos padrões de transporte, uso de tecnologia, urbanização e valores culturais.
O objetivo do plano da OMS é reduzir em 15% a ocorrência global da inatividade física entre adultos e adolescentes até 2030.

Tecnologias para pessoas com deficiência ou em dificuldade

Os delegados adotaram uma resolução que chama os países a criar e fortalecer políticas sobre tecnologias assistenciais — como cadeiras de rodas, aparelhos auditivos, andadores, óculos de leitura e próteses de membros. Com essas ferramentas, pessoas com deficiência, idosos ou outros indivíduos com algum tipo de dificuldade são capazes de ter uma vida produtiva e digna, participando da educação, do mercado de trabalho e da comunidade.
A medida também prevê a elaboração de um relatório sobre o tema até 2021. Pesquisa abordará acesso a essas tecnologias e será elaborada pela OMS.
De acordo com a agência da ONU, 1 bilhão de pessoas se beneficiariam de produtos de assistência, um número que aumentará para mais de 2 bilhões até 2050. No entanto, 90% delas não têm acesso a tais ferramentas devido aos altos custos e à falta de disponibilidade.

Febre reumática e doença cardíaca reumática

Os delegados concordaram ainda com uma resolução que pede à OMS o lançamento de uma resposta coordenada para combater a doença cardíaca reumática. O problema afeta cerca de 30 milhões de pessoas a cada ano. Estimativas indicam que, em 2015, a doença deve ter causado 350 mil mortes. A patologia ocorre mais comumente na infância e afeta desproporcionalmente meninas e mulheres.
A doença cardíaca reumática é um problema evitável que se desenvolve a partir da febre reumática aguda. Apesar da disponibilidade de meios efetivos para a prevenção e o tratamento, os casos não diminuíram significativamente nos últimos anos.
 
Posted: 29 May 2018 01:17 PM PDT
Guterres cumprimenta oficial da MINUSMA em cerimônia para marcar o Dia Internacional dos Trabalhadores das Forças de Paz, 29 de maio. Foto: MINUSMA
Guterres cumprimenta oficial da MINUSMA em cerimônia para marcar o Dia Internacional dos Trabalhadores das Forças de Paz, 29 de maio. Foto: MINUSMA
Em visita ao Mali para o Dia Internacional dos Trabalhadores das Forças de Paz, o secretário-geral da ONU, António Guterres, disse nesta terça-feira (29) “ter orgulho de ser colega” dos soldados que servem sob a bandeira da Organização, no país e em outras partes do mundo. Dirigente reconheceu que as circunstâncias na nação africana são “extremamente perigosas” e prometeu melhorias em treinamentos, equipamentos e capacidades operacionais.
“Hoje, no Mali, na República Centro-Africana, na República Democrática do Congo e no Sudão do Sul, temos quatro operações de manutenção da paz que não correspondem mais ao que era concebido como manutenção da paz quando as Nações Unidas começaram a realizar essas operações”, ressaltou o chefe da ONU em pronunciamento para integrantes da MINUSMA, a missão de paz no Mali, e para o primeiro-ministro do país, Soumeylou Boubèye Maïga.
“Essas operações foram concebidas numa lógica em que haveria um acordo de paz estável entre os diferentes ex-combatentes de um país ou de um grupo de país. E o papel dos capacetes-azuis seria somente assegurar a consolidação da paz, a estabilização do país, e facilitar a transição rumo à democracia”, acrescentou Guterres.
Mas atualmente, no Mali e nos outros três países africanos, a paz não está garantida, segundo o secretário-geral. “Vocês trabalham num contexto em que existem grupos terroristas que não respeitam nada nem ninguém. Vocês trabalham num contexto em que existe tráfico de droga, de seres humanos, de armas”, lembrou o dirigente.
🇲🇱#Mali : Antonio Guterres, Secrétaire général de l’ONU, “fier d’être le collègue des Casques bleus” https://t.co/6ibs2rj6eh #ServingForPeacepic.twitter.com/w1wdQSd9Vr
— MINUSMA (@UN_MINUSMA) 29 de maio de 2018

Guterres ressaltou que, em prol da proteção de civis, os capacetes-azuis no Mali mostraram ser capazes de todos os sacrifícios — para muitos, isso incluiu o sacrifício supremo da vida. Em 2017, 21 militares e sete civis da MINUSMA morreram em serviço.
“Eu quero lhes agradecer profundamente por esse esforço, por esses sacrifícios, quero lhes homenagear e dizer como sou orgulhoso de trabalhar com vocês pela paz, pelo desenvolvimento e os direitos humanos no mundo inteiro”, afirmou o secretário-geral, que disse ainda que os capacetes-azuis são o “símbolo mais evidente” das próprias Nações Unidas.

Desafios nacionais e regionais

Guterres também disse ter consciência dos problemas da MINUSMA que podem ser solucionados para reduzir riscos. O chefe da ONU declarou que está desenvolvendo estratégias para melhorar o apoio aos capacetes-azuis em todas as áreas — incluindo equipamentos, treinamentos, capacidades para mobilizar o Conselho de Segurança e os países que contribuem com tropas, material ou assistência financeira.
Em mensagem para o primeiro-ministro, o secretário-geral explicou que a ONU sabe que cabe aos maleses a resolução de tensões domésticas. Entre os atuais desafios, lembrou Guterres, estão a concretização do acordo de paz e reconciliação em todos os campos, a organização de eleições que funcionem como um fator de transparência e legitimidade para o vínculo entre a população e as autoridades e a garantia da segurança no centro do Mali, considerada essencial para a unidade nacional.
“A paz no Mali é um fator de segurança em escala global. É preciso que o mundo entenda isso e é preciso que o mundo os apoie sem condições”, disse o chefe da ONU.
Guterres enfatizou ainda que tem trabalhado para buscar solidariedade internacional com a Força Conjunta do G5 do Sahel — uma aliança militar entre Burkina Faso, Mali, Mauritânia, Níger e Chade para combater atividades criminosas que desestabilizam a região.

 
Posted: 29 May 2018 01:01 PM PDT
Haiti foi o vencedor da primeira edição da Copa dos Refugiados, em 2014. Foto: ACNUR
Haiti foi o vencedor da primeira edição da Copa dos Refugiados, em 2014. Foto: ACNUR
O maior projeto de integração esportiva que envolve refugiados e migrantes terá início em Porto Alegre (RS) neste fim de semana. A chamada Copa dos Refugiados de Futebol envolve a participação de 120 jogadores amadores que representarão seus respectivos países de origem: Angola, Colômbia, Guiné Bissau, Haiti, Líbano, Peru, Senegal e Venezuela.
No sábado (2), a primeira etapa da disputa será no Estádio Passo D’Areia do Esporte Clube São José, a partir das 9h. As semifinais e a grande final do torneio serão realizadas no Estádio Beira Rio, do Sport Club Internacional, no domingo (3), às 13h. Além dos jogos, está programada uma ação de empregabilidade com cadastramento de currículos de refugiados, que posteriormente serão encaminhados para empresas da indústria, do comércio e de serviços do Rio Grande do Sul.
O vencedor da etapa de Porto Alegre disputará a chamada Copa do Brasil de Refugiados, um quadrangular que envolverá também os vencedores do torneio regional que será realizado em São Paulo (no mês de julho) e no Rio de Janeiro (agosto), assim como um time misto composto por refugiados de diferentes nacionalidades.
A etapa de Porto Alegre da Copa dos Refugiados já está em seu segundo ano e é realizada pela ONG África do Coração, em parceria com a Ponto Agência de Inovação Social.
São apoiadores do projeto Agência da ONU para Refugiados (ACNUR), Prefeitura de Porto Alegre (por meio da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social e Esporte), Associação Antônio Vieira (ASAV), Sport Club Internacional, gestora do estádio B.RIO, Esporte Clube São José, Federação Gaúcha de Futebol, Associação Buriti de Arte, Cultura e Esporte (ABACE), Beat Conteúdo e Relacionamento, Agência Matriz, Fuerza Studio, Uniritter e Sociedade Libanesa.
A patrocinadora oficial da etapa de Porto Alegre da Copa do Brasil de Refugiados é a marca de arroz SunRice.
Para assistir aos jogos em Porto Alegre, será cobrado ingresso único no valor de 10 reais. Os recursos arrecadados serão destinados ao projeto Tunipiquês – ação social que promoverá cursos gratuitos sobre linguagem e cultura brasileira aos refugiados e migrantes, visando facilitar a inserção dessa população na sociedade brasileira e no mercado de trabalho. A expectativa é de que o público presente nos jogos supere os números do ano passado, ultrapassando 3 mil pessoas.
 
Posted: 29 May 2018 12:34 PM PDT
Mulheres e crianças acendem velas formando a palavra “paz” em evento comunitário organizado pela Associação de Mulheres Tecelãs de Vidas em Mocoa, Colômbia. Foto: ACNUR/Ruben Salgado Escudero
Mulheres e crianças acendem velas formando a palavra “paz” em evento comunitário organizado pela Associação de Mulheres Tecelãs de Vidas em Mocoa, Colômbia. Foto: ACNUR/Ruben Salgado Escudero
O alto-comissário da ONU para os direitos humanos, Zeid Ra’ad Al Hussein, disse no sábado (26) que o compromisso assinado pelos cinco candidatos à presidência da Colômbiade “respeitar, proteger e garantir os direitos humanos” era “sem precedentes, impressionante e comovente”.
“Acreditamos que esta seja a primeira vez que todos os candidatos à presidência se comprometem formalmente de maneira inequívoca a defender os direitos humanos”, disse Zeid.
As declarações foram feitas antes das eleições de domingo (27), que levaram para o segundo turno Iván Duque, de 41 anos, e Gustavo Petro, de 58. O segundo turno ocorre daqui a três semanas no país.
“Isso vem como uma lufada de ar fresco em um mundo onde tantos líderes políticos vêm minimizando ou desrespeitando ativamente suas obrigações de defender a lei internacional de direitos humanos. Agradeço os líderes políticos da Colômbia por darem este passo positivo, e peço a quem ganhar a eleição que faça todos os esforços para cumprir este acordo histórico”, completou.
O acordo, organizado pelo Escritório do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (ACNUDH) na Colômbia e assinado individualmente por cada um dos cinco candidatos, afirma que, como candidatos à presidência da Colômbia, prometem publicamente que em seu governo “haverá uma ênfase especial em respeitar, proteger e garantir os direitos humanos”.
“Ao mesmo tempo, as ações do meu governo promoverão, em todo o país e, em particular, nas áreas mais afetadas pelo conflito e pela violência, a inclusão política, econômica e social das pessoas que vivem nessas áreas”, afirma o texto do compromisso.
Reconhecendo um dos mais sérios e persistentes problemas que assolam o país, o compromisso também observa especificamente a análise do ACNUDH de que é importante proteger líderes, líderes rurais e defensores dos direitos humanos, “o que levaria a uma verdadeira inclusão política, econômica e social no país”.
O escritório do ACNUDH na Colômbia, inaugurado em 1997, é uma das mais antigas, maiores e mais respeitadas presenças de campo da Organização em todo o mundo. Desempenhou um importante papel nas negociações que levaram à assinatura do acordo de paz entre o atual governo e as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC), em setembro de 2016.
Quando anunciou a assinatura do compromisso na capital colombiana, Bogotá, na quinta-feira (24), o chefe do ACNUDH na Colômbia, Alberto Brunori, enfatizou os quatro principais desafios que o próximo presidente terá que enfrentar: combater a impunidade, incluindo em casos de feminicídio e violência contra a mulher; fornecer garantias para a defesa dos direitos humanos, lembrando que ataques letais contra defensores dos direitos humanos são sintomas mais visíveis de um problema mais profundo, enquanto o medo da violência leva à autocensura e produz paralisia da ação coletiva necessária em uma sociedade democrática.
Outro desafio inclui aproveitar a oportunidade oferecida pelo processo de paz para consolidar um poder que respeite os direitos humanos por meio da consolidação do Estado de direito, fortalecendo as instituições públicas no nível local, incluindo o combate à corrupção e a garantia de uma reforma rural ampla, como previsto no acordo de paz.
Ele citou também o desafio de fornecer segurança enquanto protege direitos, incluindo uma resposta firme às atividades criminosas, respeitando simultaneamente os padrões de direitos humanos.
“Esses desafios refletem problemas reais, crônicos e diários que têm contido o desenvolvimento político, social e econômico da Colômbia”, disse Zeid na sede do ACNUDH em Genebra. “O fato de todos os candidatos à presidência terem prometido enfrentá-los, assim como abordar todas as outras questões de direitos humanos na Colômbia, é um importante passo adiante”.
“Esperamos que, acima de tudo, a população colombiana cobre as promessas do próximo presidente e de seus sucessores. Fazer uma promessa é uma coisa. Realizá-la é outra. Mas todos nós temos um parâmetro claro para medir o desempenho do vencedor após tomar posse como presidente”, concluiu.
 
Posted: 29 May 2018 11:43 AM PDT
Torre Eiffel, em Paris. Foto: Flickr (CC)/Blair-39
Torre Eiffel, em Paris. Foto: Flickr (CC)/Blair-39
Após visita à França, a relatora especial da ONU Fionnuala Ni Aolain criticou neste mês (26) as leis anti-terrorismo do país, onde novas legislações ameaçam fragilizar os direitos à privacidade e associação, bem como as liberdades de movimento e de crença. Especialista expressou preocupação com o fato de que medidas podem afetar desproporcionalmente os franceses muçulmanos, contribuindo para sua estigmatização e marginalização.
A nova política francesa para combater o extremismo entrou em vigor em 1º de novembro do ano passado, encerrando formalmente um estado de emergência que durou quase dois anos, após os atentados de Paris.
“É profundamente preocupante que a comunidade muçulmana minoritária esteja sendo retratada como uma “comunidade suspeita” em si mesma, por meio da aplicação ampla e sustentada de um lei anti-terrorismo”, afirmou Fionnuala, após viagem ao país dos dias 14 a 23 de maio.
A relatora reconheceu os contínuos e sérios desafios de segurança que a França enfrenta. Para Fionnuala, é incontestável a necessidade de dar segurança para todos os cidadãos.
“Não há dúvida de que um Estado pode legalmente aplicar restrições para proteger a ordem pública, mas um ponto de inflexão claro aparece para a exceção quando medidas contra o terrorismo provocam efeitos profundos, duradouros e potencialmente desproporcionais sobre o exercício dos direitos humanos e liberdades civis fundamentais”, enfatizou.
Segundo a especialista independente, é evidente que os franceses muçulmanos “foram a principal comunidade sujeita às medidas de exceção, tanto durante o estado de emergência, quanto com a nova lei, em conjunto com outras medidas contra o terrorismo”. Fionnuala lembrou o fechamento de mesquitas e interferências nas liberdades religiosas.

Relatora recomenda investigações independentes de possíveis violações

Mesmo com mecanismos legislativos e judiciais consideráveis na França, a relatora alertou para limitações na responsabilização por violações de direitos humanos que podem ter ocorrido durante o estado de emergência.
Fionnuala se disse preocupada com a ausência de garantias legais suficientes para proteger os direitos de pessoas submetidas a medidas administrativas, sobretudo as que dizem respeito às liberdades de movimento, privacidade, vida familiar, crença e prática religiosa.
“A França tem de continuar seu trabalho em parceria genuína com todos os seus cidadãos e dar passos específicos para prevenir essa confusão (entre lutar contra o terrorismo e violar direitos), incluindo através das melhores práticas em monitoramento independente, consultas à comunidade e reparações quando violações dos direitos humanos são feitas por meio de ação legislativa e administrativa”, completou Fionnuala.
Para a relatora, as estratégias anti-terrorismo da França devem ser implementadas com base e respeito ao direito internacional, incluindo aos direitos humanos, ao direito humanitário e dos refugiados. Políticas também devem enfrentar não só as manifestações do terrorismo, como também as condições que levam à sua disseminação.
Fionnuala Ni Aolain é relatora especial das Nações Unidas sobre a proteção dos direitos humanos no contexto do enfrentamento ao terrorismo.
 
Posted: 29 May 2018 10:03 AM PDT
Segurança pública foi tema de conferência organizada pelo Banco Mundial em São Paulo. Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil
Segurança pública foi tema de conferência organizada pelo Banco Mundial em São Paulo. Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil
O Banco Mundial realizou na semana passada (24) a conferência “Prevenção da violência e segurança pública: desafios, boas práticas e caminhos para uma gestão mais eficiente”, em um esforço de unir conhecimento de acadêmicos, representantes de organizações da sociedade civil e autoridades.
O evento teve a presença do ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, e foi realizada em conjunto com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), em parceria com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) e com o Mestrado Profissional em Gestão de Políticas Públicas da Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getulio Vargas (MPGPP).
A conferência tratou dos temas “Desafios para a segurança pública no Brasil e a experiência dos organismos multilaterais”; “Programas de prevenção da violência”; e “Governança da segurança pública: como melhorar a qualidade do gasto público e a gestão por resultados?”.
Em sua fala de abertura, o ministro criticou, entre outros, a falta de procedimentos padronizados em todos os estados, o que dificulta a criação de dados que possam levar a ações preventivas de segurança em âmbito nacional.
“Nós, sob o aspecto Estado, não temos informações fidedignas e confiáveis sob as quais instituir uma política nacional comum voltada para a segurança”, declarou, criticando também a superpopulação do sistema penitenciário.
“Chegamos à condição de sermos a terceira maior população carcerária do mundo. Isso não é sustentável do ponto de vista orçamentário, isso não é sustentável em termos de espaço e isso não é sustentável inclusive pelos efeitos extremamente nocivos e danosos que tem para a sociedade”, justifica.
Deram a sua contribuição para o assunto Martin Raiser, diretor do Banco Mundial no Brasil, e Laura Chioda, economista sênior do organismo internacional, que apresentou o estudo “Stop the violence in Latin America” (Pare a violência na América Latina, em tradução livre). A publicação detalha os índices de violência em toda a América Latina e sugere políticas de prevenção que atinjam a população desde o nascimento até a vida adulta.
“Nunca é cedo demais ou tarde demais para a prevenção. Tanto o acompanhamento pré-natal quanto iniciativas que impactam adultos se mostraram eficazes na prevenção da violência e do crime”, argumenta Laura.
O estudo da economista aponta que os que mais provocam e sofrem com essa violência são jovens do sexo masculino, com idade entre 15 e 24 anos. No caso de negros, os números são ainda maiores. “A América Latina tem uma das maiores taxas de homicídios do mundo, mesmo não sendo uma zona de conflito”, conclui.
Também contribuíram para a discussão representantes da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP), Fundação Getulio Vargas (FGV), Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), Fight for Peace, Instituto Cidade Segura, Instituto Sou da Paz, Bando Interamericano de Desenvolvimento (BID) e Universidade de Brasília (UnB).
O diretor do Banco Mundial no Brasil, Martin Raiser, participou do evento em São Paulo. Foto: Banco Mundial/Guilherme Ferreira Martins
O diretor do Banco Mundial no Brasil, Martin Raiser, participou do evento em São Paulo. Foto: Banco Mundial/Guilherme Ferreira Martins
 
Posted: 29 May 2018 09:06 AM PDT
Clique para exibir o slide.Primeira e única mulher brasileira a concluir uma missão de paz da ONU a bordo de um navio, a capitã de fragata Carla Daniel, de 51 anos, acostumou-se a vanguardismos. Desde dezembro do ano passado, ela também é a primeira militar brasileira a trabalhar no Departamento de Operações de Paz das Nações Unidas (DPKO), em Nova Iorque.
Carla atua no Escritório de Assuntos Militares (OMA, na sigla em inglês), que faz parte do Serviço de Operações Militares em Andamento (CMOS), como oficial de assuntos de missões de paz. Ela faz o elo entre a missão, no caso a Força Interina de Segurança das Nações Unidas para Abyei (UNISFA), a ONU e o país que contribui com militares para essa operação, a Etiópia.
“Minha função é monitorar diariamente os fatos que ocorrem na missão, detalhar patrulhas, principais acontecimentos, como está a força naquele dia”, disse Carla em entrevista por telefone ao Centro de Informação das Nações Unidas para o Brasil (UNIC Rio). Antes de Nova Iorque, ela estava lotada no 1º Distrito Naval, no Rio.
Nascida na capital fluminense, Carla fez faculdade de Comunicação Social, ingressando na carreira militar em 1998 após ser aprovada em concurso para sua área de formação. Mas a vontade de ingressar no Exército surgiu muito antes, quando tinha 16 anos e ainda era aluna do tradicional Colégio Pedro II, no centro da cidade.
“Em 1983, um professor deu uma palestra sobre a primeira viagem do Brasil à Antártida”, lembrou a capitã de fragata, e aquilo despertou o desejo de servir à Marinha. Ela ocupou diferentes cargos desde que ingressou na instituição, trabalhando em cidades como Salvador e Brasília.
Em 2014, candidatou-se para atuar como capacete-azul na Força Interina das Nações Unidas no Líbano (UNIFIL). Foi aprovada para ser assistente militar do comandante e oficial de informação pública da força interina naquele país.
“Sempre quis trabalhar em missão de paz. (…) Essa coisa de você ajudar as pessoas, promover a paz e o bem-estar social, está presente desde a minha infância”, disse. “Me voluntariei pela primeira vez em 2004. Demorou dez anos para conseguir”, detalhou.
“Não era uma cultura mandar mulheres. Eu fui a primeira militar a cumprir uma missão de paz a bordo de um navio. A primeira e a única até agora.”
De agosto de 2014 a fevereiro de 2015, Carla permaneceu em uma embarcação com 263 militares homens que realizavam a patrulha da área costeira do Líbano. Tinha entre suas funções cuidar da agenda do almirante e da logística de suas visitas em terra. Também mantinha contatos com a imprensa local libanesa para tratar de assuntos relativos à operação.
“Muitas mulheres não se sentem confortáveis, até mesmo pela estrutura (do navio). A Marinha começou a recrutar mulheres somente em 1981. É algo paulatino. Tem sempre a primeira. É um desafio”, declarou.
Convidada a renovar seu mandato na missão, a capitã de fragata declinou o convite e, em 2015, decidiu voltar ao Rio, onde ficou encarregada da Comunicação Social da Marinha até se candidatar para o atual cargo, em Nova Iorque.
Apesar do trabalho no DPKO ser mais burocrático, Carla é a única militar feminina no escritório. Isso ocorre porque os cargos são muito concorridos entre o pessoal do Exército, uma instituição historicamente comandada por homens.
Para se ter uma ideia, para se candidatar à posição que Carla ocupa atualmente, os candidatos precisavam ser tenentes-coronéis ou comandantes, ter experiência em missões de paz e graduação na academia militar. Carla reúne todos esses requisitos, além de mestrado e pós-graduação.
“Se levarmos em conta apenas os estudos acadêmicos, não é tanta coisa. Mas junte a isso a carreira militar e a participação em uma missão da ONU, então começa a ser mais difícil no Brasil e em alguns outros países encontrar uma militar mulher. Para chegar ao meu posto atual, levei 18 anos. Significa que depois de terminar a faculdade, você tem que esperar ao menos 18 anos”, explicou.
Carla enfatizou a importância da presença feminina nas operações da ONU. “Nas missões de paz, muitas vezes é difícil que mulheres vítimas de conflito procurem refúgio junto a um homem. Em uma missão, uma mulher faz diferença muito grande”, disse. Em 2015, ela participou de um curso de especialização da ONU em Pretória, na África do Sul, focado em preparar oficiais mulheres para cenários de conflito armado.
Para aquelas que desejam seguir carreira militar nas Nações Unidas, Carla aconselhou se preparar para atender os requisitos militares. “Para ir para a missão, tem que gostar de idiomas, saber respeitar a diversidade, que é primordial. Se preparar para a missão, ver o que é necessário para o currículo para ter condições de atuar, não só no DPKO, mas em campo, onde as mulheres fazem mais diferença”.
Ela reconhece que a pressão é grande. “Se você está fazendo algo que ninguém fez antes, não pode errar. Porque se errar, vai fechar a porta de todas que estão atrás de você”, concluiu.

Estratégia do secretário-geral da ONU

Em setembro de 2017, o secretário-geral da ONU, António Guterres, lançou uma nova estratégia para a paridade de gênero na Organização, de forma a iniciar uma campanha para avançar com essa meta dentro das Nações Unidas.
A estratégia é um elemento central em sua proposta de reforma da ONU, em linha com o compromisso de modernizar a Organização e sua força de trabalho. A iniciativa fornece um caminho para atingir a paridade em níveis seniores de liderança até 2021.
“Esse objetivo não é apenas sobre números, mas sobre transformar nossa cultura institucional para que possamos acessar e capitalizar todo nosso potencial”, disse Guterres na ocasião do lançamento da estratégia.
Uma das medidas já foi colocada em prática. Em fevereiro deste ano, Guterres anunciou que, pela primeira vez na história, as mulheres são maioria nos cargos de direção do Secretariado da ONU.
O relatório divulgado com a estratégia mostrou que apenas cinco agências da ONU atingiram a paridade de gênero nos níveis profissionais e de liderança, enquanto a maioria está a 10 pontos percentuais de atingi-la.
Mas os números agregados mascaram uma forte sub-representação das mulheres em algumas das categorias mais essenciais: a gestão sênior e de liderança, e nas missões de campo, particularmente em áreas afetadas por conflitos onde a ONU tem papel proeminente.
Segundo o documento, há uma relação inversa no Sistema ONU entre cargos de liderança e representação das mulheres — quanto mais alto o cargo, maior a desigualdade de gênero; a desigualdade é maior no Secretariado do que no restante do Sistema em todos os níveis; e as desigualdades mais fortes, difíceis e persistentes estão nas operações de paz.
“As mudanças também têm sido muito lentas, com alguns níveis (de cargos) mostrando quase nenhum progresso em uma década”, disse o documento. “(A paridade de gênero) tem como objetivo criar um ambiente de trabalho que abrace a igualdade, erradique os desequilíbrios e seja inclusivo para todos os funcionários”, disse o secretário-geral da ONU na ocasião.
 
Posted: 29 May 2018 08:44 AM PDT

Em mensagem para o Dia Internacional dos Trabalhadores das Forças de Paz, observado nesta terça-feira (29), o secretário-geral António Guterres lembrou os 70 anos da primeira missão de paz criada pelas Nações Unidas, no Oriente Médio. Data, afirmou o chefe da Organização, é também uma oportunidade para honrar os mais de 3,7 mil capacetes-azuis mortos em serviço.
Atualmente, a ONU mantém 14 missões de paz, com quase 88 mil soldados, 12,8 mil civis e 1,3 mil voluntários.
“Em 29 de maio de 1948, o Conselho de Segurança das Nações Unidas autorizou a primeira operação de manutenção da paz das Nações Unidas – a Organização de Supervisão da Trégua da ONU no Oriente Médio. Neste 70º aniversário, expressamos nossa gratidão aos mais de 1 milhão de homens e mulheres que serviram sob a bandeira da ONU, salvando incontáveis vidas”, afirmou o dirigente máximo do organismo internacional.
Desde a primeira operação de paz, outras 70 foram criadas pelas Nações Unidas.
Tropas da Organização de Supervisão da Trégua da ONU no Oriente Médio. Foto: ONU/JG
Tropas da Organização de Supervisão da Trégua da ONU no Oriente Médio. Foto: ONU/JG
O secretário-geral está em Bamako, capital do Mali, para as atividades que marcarão o dia mundial. Segundo o chefe da ONU, a viagem ao país africano tem por objetivo “expressar minha solidariedade com os colegas que enfrentam altas baixas e uma enorme volatilidade”.
A Missão de Paz da ONU no Mali, conhecida pela sigla MINUSMA, é considerada a mais perigosa da ONU. No ano passado, 21 soldados e sete civis perderam a vida em serviço.
Guterres visitará algumas regiões do país e se encontrará com grupos de jovens, mulheres e religiosos. O secretário-geral se reunirá com o presidente malês, Ibrahim Boubacar Keïta, e o primeiro-ministro, Soumeylou Boubèye Maïga, além de conhecer funcionários da ONU. Em solidariedade ao mês de jejum dos muçulmanos, o Ramadã, o chefe da ONU disse que também observará a prática.
O dirigente está acompanhado da diretora-executiva do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), Henrietta Fore, e do subsecretário-geral para operações de paz, Jean-Pierre Lacroix.

“Ao reconhecemos um legado de serviço e sacrifício em todo o mundo, também estou comprometido em agir pela manutenção da paz – uma ação para tornar nossas operações mais seguras e eficazes nos ambientes desafiadores de hoje”, acrescentou Guterres em pronunciamento para a data.
Neste dia, disse, “honramos os mais de 3,7 mil capacetes-azuis que pagaram o preço final” em missões em todo o mundo.
O dirigente também reiterou seu compromisso em fortalecer o papel das forças de paz na promoção dos direitos humanos e no combate à exploração e abuso sexuais.
“A manutenção da paz das Nações Unidas é um investimento comprovado na paz, segurança e prosperidade globais. Juntos, comprometemo-nos a fazer tudo o que pudermos para permitir que essa missão seja bem-sucedida”, concluiu Guterres.

 
Posted: 29 May 2018 06:00 AM PDT
O Centro de Excelência contra a Fome apoia países africanos a reproduzir iniciativas brasileiras de alimentação escolar. Na imagem, criança se alimenta em centro do Programa Mundial de Alimentos na Região das Nações, Nacionalidades e Povos do Sul (SNNPRS), na Etiópia. Foto: PMA/Silvanus Okumu
O Centro de Excelência contra a Fome, mantido pela ONU e pelo Brasil, apoia países africanos e asiáticos a reproduzir iniciativas brasileiras de alimentação escolar. Na imagem, criança se alimenta em centro do Programa Mundial de Alimentos na Região das Nações, Nacionalidades e Povos do Sul (SNNPRS), na Etiópia. Foto: PMA/Silvanus Okumu
O Centro de Excelência contra a Fome, do Programa Mundial de Alimentos das Nações Unidas, e a Rinaldi Produções, responsável pela dupla de palhaços Patati Patatá, uniram esforços para promover campanhas e arrecadar recursos para ações de combate à fome no Brasil e no mundo.
O Centro de Excelência contra a Fome resulta de uma aliança entre o Programa Mundial de Alimentos, maior agência humanitária da Organização das Nações Unidas, e o Brasil. O Centro tem como objetivo apoiar países na busca de soluções duradouras para a fome, e a principal ferramenta para isso é a alimentação escolar. Os programas de alimentação escolar trazem múltiplos benefícios para os países em desenvolvimento, já que melhoram os indicadores educacionais, garantem nutrição mínima e saúde para crianças e movimentam a economia local, principalmente por meio da compra de alimentos produzidos por agricultores familiares.
O Patati Patatá há mais de 20 anos leva entretenimento de qualidade para crianças e suas famílias. A marca é responsável por animações, músicas, shows, circos e um programa de televisão, com grande alcance em todo o Brasil. O desejo compartilhado de contribuir para a construção de um mundo mais justo e equitativo, em que crianças tenham acesso à alimentação adequada e à educação de qualidade, aproximou as duas instituições para uma parceria que vai ajudar a divulgar o trabalho do Centro de Excelência no Brasil e fortalecer os esforços de captação de recursos.
“Acreditamos que a parceria com o Patati Patatá vai ajudar o Programa Mundial de Alimentos a conscientizar os brasileiros sobre o valor da solidariedade e da cooperação entre países”, afirmou Daniel Balaban, diretor do Centro de Excelência contra a Fome e representante do Programa Mundial de Alimentos no Brasil. “O Centro de Excelência promove justamente a cooperação entre países, para que todo o mundo possa trabalhar junto e superar a fome, que ainda afeta 815 milhões de pessoas”, explicou Balaban.
“O Patati Patatá oferece conteúdo não apenas para crianças, mas para famílias, e a criança é a porta de entrada para sensibilizar a família toda sobre solidariedade e direitos das crianças”, afirmou Igor Faria, diretor da Rinaldi Produções. “Esta é uma empresa familiar, e essa parceria com uma instituição como o Programa Mundial de Alimentos, que tem um histórico de trabalho sério em todo o mundo, é uma realização para nossa família, em consonância com nossos valores”, completou.
A assinatura do termo de parceria entre o Centro de Excelência contra a Fome e o Patati Patatá ocorrerá no escritório do Programa Mundial de Alimentos em Brasília e contará com um pocket show da dupla de palhaços para cerca de 30 crianças.
Serviço
Assinatura de acordo de parceria entre o Centro de Excelência contra a Fome e o Patati Patatá
Quando: 1º de junho de 2018, às 15h
Onde: Programa Mundial de Alimentos, SHN Quadra 1 Bloco A, sala 1122, Ed. Le Quartier, Brasília

O Programa Mundial de Alimentos das Nações Unidas salva vidas em emergências e transforma as vidas de milhões de pessoas por meio do desenvolvimento sustentável. O PMA trabalha em mais de 80 países em todo o mundo, alimentando pessoas em conflitos e desastres e estabelecendo a fundação para um futuro melhor.
O Centro de Excelência contra a Fome do PMA é um fórum global para diálogo de políticas e aprendizagem Sul-Sul sobre programas de alimentação escolar e segurança alimentar e nutricional. O Centro de Excelência, uma parceria entre o PMA e o governo brasileiro, foi criado para apoiar governos na África, Ásia e América Latina no desenvolvimento de soluções sustentáveis contra a fome.
Siga o PMA/Centro de Excelência contra a Fome no Twitter (twitter.com/WFP_CEAHBrazil), no Facebook (www.facebook.com/WFPCEAHBrazil) e no Instagram (WFP_CentroExcelencia).
Para mais informações, contatar:
Isadora Ferreira, WFP/Centro de Excelência contra a Fome, +5561 2193 8513, +5561 9260 9835
isadora.ferreira@wfp.org
 
Posted: 28 May 2018 03:54 PM PDT

Acompanhe o trabalho do FIDA no Brasil clicando aqui.
 
Posted: 28 May 2018 02:43 PM PDT
Crise humanitária no Iêmen é considerada a "pior do mundo" pela ONU. Foto: OCHA/Giles Clarke
Crise humanitária no Iêmen é considerada a “pior do mundo” pela ONU. Foto: OCHA/Giles Clarke
Em pronunciamento na sexta-feira (25), o chefe humanitário das Nações Unidas, Mark Lowcock, afirmou que 10 milhões de iemenitas poderão correr risco de morrer de fome, caso a situação no país não melhore até o final de 2018. Contingente se somaria aos 8,4 milhões de indivíduos que já enfrentam escassez de alimentos considerada severa pela ONU. No Iêmen, 22 milhões de pessoas dependem de assistência ou proteção humanitária para sobreviver.
Lowcock lembrou os riscos enfrentados pelos meninos e meninas iemenitas — um em cada quatro está fora da escola, privado de educação e vulnerável ao recrutamento por grupos armados e a outras formas de exploração. Outro problema é o reaparecimento da cólera, que já infectou 600 mil pessoas no país.
Desde 2014, o Iêmen vive uma guerra civil entre os Houthi e uma coalizão de países liderada pela Arábia Saudita. O conflito destruiu o país e instaurou a “pior crise humanitária do mundo”, segundo a ONU.
“Profissionais humanitários estão sendo detidos e intimidados, e vistos estão sendo adiados ou negados. Programas e missões estão tendo interferência de modos que vão contra os princípios humanitários”, criticou o dirigente da ONU, cobrando a revogação pelo governo de restrições a equipes de ajuda.
De acordo com o coordenador, importações de materiais de assistência e de alimentos comerciais foram negadas recentemente, prejudicando o abastecimento de operações de emergência.
“A confiança entre empresas de frete comercial se deteriorou devido aos atrasos, incluindo por conta de inspeções realizadas pela coalização liderada pelos sauditas, depois que esses veículos foram liberados pelo UNVIM”, acrescentou Lowcock.
UNVIM é a sigla para o Mecanismo de Verificação e Inspeção da ONU para o Iêmen. O organismo foi criado para facilitar trocas comerciais nos portos iemenitas, administrando pedidos e coordenado inspeções de carga em Hudaydah, Saleef e Ras Isa.
O representante das Nações Unidas ressaltou que agências humanitárias estão prontas para ampliar a entrega de assistêcia. Lowcocok cobrou que as partes do conflito cooperem mais, a fim de reduzir o sofrimento de civis.
“Chamo todas as partes a se engajar de forma significativa com a ONU, sem pré-condições, para alcançar um acordo duradouro, negociado, rumo à paz sustentável.”
 

Nenhum comentário:

Postar um comentário