Dalai Lama pede a budistas o fim da violência contra muçulmanos
Líder religioso completa 79 anos neste domingo (6).
'O Buda prega o amor e a compaixão', afirmou em discurso.
Para dezenas de milhares de fieis reunidos no norte da Índia - entre eles o ator americano Richard Gere - o líder religioso declarou que a violência nesses dois países, de maioria budista, contra minorias muçulmanas é inaceitável.
"Peço aos budistas desses países que tenham em mente a imagem do Buda antes de cometer esses crimes", afirmou Dalai Lama, nos arredores de Leh, no Himalaia.
"O Buda prega o amor e a compaixão. Se Buda estiver ali, protegerá os muçulmanos dos ataques budistas", assegurou.
O Dalai Lama abandonou o Tibete em 1959 para refugiar-se na Índia, depois de uma tentativa fracassada de levante contra a dominação chinesa.
O chefe espiritual budista também mostrou-se impactado pela onda de violência de extremistas sunitas, mas sem citar especificamente o Iraque, que passa pela insurgência do Estado Islâmico (EI).
A violência intercomunitária em Mianmar, que atrapalha a reforma política iniciada no país em 2012, já deixou ao menos 250 mortos, principalmente em ataques contra muçulmanos.
No Sri Lanka, no mês passado, quatro pessoas foram mortas e centenas de lojas e casas foram danificadas no pior episódio de violência religiosa na ilha asiática em décadas.
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